segunda-feira, dezembro 14, 2009















RECORDAR É VIVER

SATIAGRAHA, O EMBATE CONTINUA
07/12/2009 15:58:23
Sergio Lirio
Em um despacho ríspido, o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, exigiu que a 6ª Vara Federal de São Paulo enviasse em 48 horas a Brasília os originais de todos os documentos, vídeos e áudios apreendidos ou produzidos durante a Operação Satiagraha. O despacho, da quinta-feira 3 de dezembro, termina assim: “A secretaria providenciará com urgência (em negrito) a comunicação desta determinação (…) a fim de que seja ela cumprida sem nenhuma delonga, sob pena – repita-se – de desobediência”.
A ordem foi cumprida pelo juiz substituto Fábio Rubem David Muzel (o titular, Fausto De Sanctis, está em férias). Um caminhão com as doze caixas que reúnem as provas da Satiagraha chegaram de caminhão ao STF à meia noite do domingo 6. É outro capítulo da disputa entre o grupo do Supremo ligado a Gilmar Mendes e De Sanctis. Grau havia solicitado o acesso à documentação no início de novembro, em atenção a pedido dos advogados de Dório Ferman, sócio do banco Opportunity investigado na Satiagraha. Em resposta de 16 de novembro, De Sanctis afirmou não ter colocado nenhum obstáculo à defesa dos acusados. E reiterou a ordem à Polícia Federal de permitir aos réus o acesso aos documentos.
A resposta de 14 páginas irritou bastante Grau. Além de ameaçar enquadrar De Sanctis por desobedência, o ministro do STF inverteu a lógica processual: ao solicitar os originais da Satiagraha, não só atendeu ao pedido da defesa como deixou a 6ª Vara sem acesso às provas recolhidas pela Polícia Federal. “Após o cumprimento dessa determinação (…) decidirei a respeito de sua guarda e da produção de cópia a serem fornecidas ao Juízo de Direito (De Sanctis)”, anotou Grau.
DAQUI A POUCO, O JUIZ DE SANCTIS TERÁ DE PEDIR PERMISSÃO AOS RÉUS PARA PODER CONSULTAR O PROCESSO. (revista Carta Capital - http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=5665)
- Não será surpresa se o honrado juiz for deportado no lugar do Cesare Battisti!
- Aliás, as decisões do nobre e eminente ministro não me surpreendem.






AMENIDADES
O Dr.Epstein é um médico famoso, que teve a sua formação em sua pequena cidade natal e então foi para New York, onde continuou seus estudos, tornando-se um dos melhores da América, no seu campo de trabalho.
Foi logo convidado para fazer uma conferência em sua cidade natal. Caminhou firme para o púlpito e colocou seu trabalho sobre ele, quando os papéis deslizaram para o chão. Ao se inclinar para apanhá-los, inadvertidamente, ele soltou gás.
O microfone amplificou para toda a sala e o som reverberou no recinto.
Bastante embaraçado, ele conseguiu se compor o bastante para ler o seu trabalho e, ignorando os aplausos retumbantes dos presentes, saiu pela porta, sem jamais retornar à cidade.
Décadas mais tarde, quando sua mãe adoeceu, ele voltou escondido para visitá-la. Reservou um quarto de hotel sob o nome Levyni e chegou no meio da madrugada.
O recepcionista perguntou-lhe se era a sua primeira visita à cidade e o Dr.Epstein respondeu:
- Não meu jovem, eu cresci e recebi minha educação aqui.
- Porque o senhor não nos visitou antes?
- Realmente eu voltei uma vez, há muitos anos, mas algo embaraçoso aconteceu e eu fiquei muito envergonhado de voltar.
O recepcionista consolou-o dizendo:
- Eu não tenho a sua experiência de vida, mas uma coisa eu aprendi: situações que nos embaraçam, às vezes nem mesmo são lembradas pelos outros. Aposto que foi o que aconteceu
com o seu incidente.
O Dr.Epstein respondeu:
- Não, filho, eu tenho dúvidas de que seja este o caso.
- Foi há muito tempo?
- Sim, há muitos anos.
- Foi antes ou depois do peido do Dr.Epstein?


PÉROLA
“Vocês! Querendo dar uma de arautos da moralidade. Quer ver aonde é que vocês vão chegar”. (nobre deputado Alberto Fraga, secretário de Transportes do governo Arruda, terça-feira, na reunião da Executiva do DEM – coluna Panorama Político – O Globo – 03.12.2009)
- O nobre deputado sabe do que está falando!
- Aliás, Sua Excelência, ex-PM e deputado federal, não raro aparece na telinha da TV Câmara pugnando por penas rigorosas, até mesmo a de morte, pra bandidos do andar de baixo, naturalmente.




É ISSO AÍ QUE ACONTECE NA REPUBLIQUETA DOS “PRESUMIVELMENTE INOCENTES” E NO DESCRÉDITO NA JUSTIÇA
Trecho da nota dos nobres probos governador e vice de Brasília, sobre o flagrante da propina (O Globo – 30.11.2009)
“Sabemos da nossa inocência, e confiamos no sereno e isento trabalho da Justiça de nosso país, onde a verdade sempre acaba se afirmado”...Os açodados juízos que, muito mais que atingir o princípio constitucional da presunção de inocência, colocam em risco a soberania da verdade democrática”.
- Já reparou, de Ali Babá a Paulo Maluf, todos acreditam na Justiça do nosso país!




ARQUIVADA AÇÃO DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO CONTRA PROIBIÇÃO DE VEICULAR MATÉRIAS SOBRE FERNANDO SARNEY
Por seis votos a três, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou a Reclamação (RCL) 9428, proposta pelo jornal O Estado de S. Paulo contra a proibição imposta pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) de publicar matérias sobre processo judicial que corre em segredo de justiça contra Fernando Macieira Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). (http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=117580 – 10.12.2009)
- Como sempre os votos favor da CENSURA que formaram a maioria, não me surpreenderam!
- Depois das aulas de liberdade de informação vindas com os votos dos ministros Carlos Ayres Brito e Celso de Mello, um dos eminentes ministros que votaram a favor da CENSURA chegou até a se sentir “oprimido”, muito embora, segundo Sua Excelência, tenha sido um dos perseguidos nos anos de chumbo promovidos pela ditadura militar, período de intensa CENSURA.

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