sábado, julho 21, 2012





























DURMA-SE COM UMA POLÍCIA DESTAS

VENTO BRABO

AMENIDADES
Uma mulher foi às compras em um supermercado perto de Casa, onde pegou:
- 2 caixas de leite integral,
- 1 dúzia de ovos,
- 1 litro de suco de laranja,
- 1 alface Americana,
- 1 kg . De café, e
- 1 pacote de bacon fatiado.
Enquanto ela passava as compras do carrinho para a esteira do caixa, um mineirinho bêbado, seguinte na fila, a observava.
Enquanto o caixa registrava as suas compras, o bêbado calmamente disse:
- Ocê deve sê sortera!
A mulher ficou um pouco espantada com a declaração, e intrigada com a intuição do bêbado, já que, de fato, era solteira. Ela olhou os seis itens sobre a esteira e nada viu de particular em sua seleção que pudesse sugerir ao bêbado seu estado civil. Com a curiosidade aguçada, ela disse:
- O senhor está absolutamente correto. Mas como diabos conseguiu descobrir isso?
E o bêbado respondeu:
- É que ocê é feia pra caraio!

DESASTRE AMBIENTAL: PEIXES DIABÉTICOS TERÃO QUE SER RETIRADOS DAS ÁGUAS DOCE DO AMAZONAS
Pesquisadores detectaram a presença de peixes diabéticos das águas doce do Rio Amazonas. Para que a espécie possa sobreviver, será necessário remover todos para o mar, onde existe água salgada.
Os pesquisadores e ambientalistas ainda não sabem como vão conseguir remover todos os peixes diabéticos da água doce para a água salgada do mar. "Primeiro precisamos examinar um por um, para saber quem tem diabete e quem não tem, para em seguida fazer a transferência do Rio Amazonas para o mar", disse um ambientalista.
Calcula-se que 200 mil peixes sofrem de diabete no Amazonas. A água doce do rio torna-se um veneno para os peixes que sofrem da doença. "Precisamos de um Rio Amazonas com águas Diet, ou transferir os peixes para o mar, do contrário morrerão todos", disse um pesquisador.
- É deboche, mas nada surpreenderia neste país surreal!

EIKE BATISTA PERDE 13 BILHÕES E THOR TERÁ QUE VENDER A FERRARI PARA AJUDAR O PAI
Eike Batista perdeu 13 bilhões de dólares em 2 dias, média de 26 bilhões de reais. O dinheiro perdido não foi encontrado e o bilionário desceu a escada dos mais ricos do mundo. O filho, Thor Batista, terá que vender a Ferrari pra ajudar o pai a recuperar uma pontinha do dinheiro e ficar 1 milhão de reais mais rico.
Nunca um brasileiro perdeu tanto do dinheiro, em tão pouco tempo, mesmo assim continua no topo dos brasileiros mais ricos. Enquanto Eike perdeu uma fortuna na Bolsa de Valores, Joaquim José de Piracicaba (SP) perdeu 50 reais, em um dia, no jogo do bicho e quase morre de fome, sem ter dinheiro pra fazer a feira de casa.
- É deboche, mas nada surpreenderia neste país surreal!

SENADO ENVIA SERVIDORES AOS EUA PARA CURSO DE ARAPONGAGEM
Três funcionários da Casa estudam no exterior técnicas de contraespionagem e como operar equipamentos de grampos telefônicos. Só em diárias, viagem custará R$ 28 mil
O Senado enviou três servidores aos Estados Unidos para um curso de especialização em contravigilância e operação de equipamento destinado à captação de escutas telefônicas. Apesar de ter anunciado, em novembro, que recuaria no projeto de comprar um dos dispositivos mais modernos do mercado para rastrear grampos, na sexta-feira, o diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, o diretor do Serviço de Tecnologia e Projetos da Polícia do Senado (Septro), Jacinto Murowaniecki, e o chefe do gabinete administrativo da Polícia do Senado, Rauf de Andrade Mendonça embarcaram para a cidade de Algood, no Tennessee, para participar de um treinamento de contraespionagem que começou ontem e terminará dia 27.
- Mas o que é isso, agora, virou a ABIN!



DITADOR NORTE-COREANO AFASTA LÍDERES E RECUPERA AMOR PARA MOSTRAR CONTROLE
Quem parece não estar interessado em aplausos é o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
O anúncio da TV norte-coreana informou que o chefe das Forças Armadas foi afastado por estar doente, mas na semana passada ele apareceu muito bem de saúde. Analistas dizem que foi algo típico das ditaduras: um expurgo.
O ditador Kim Jong-un, no comando do país há sete meses, estaria afastando os líderes mais ligados ao pai, Kim Jong-il, morto no ano passado, para mostrar que quem manda agora é ele.
...
- Já que ele é fanático pela Disney vai ver que ele quer nomear o Mickey como chefe das Forças Armadas!

POLICIAL CIVIL É PRESO EM DELEGACIA DO RJ ACUSADO DE SEQUESTRO E ROUBO
Agente e seu colega, que está foragido, foram denunciados pelo MP.
Policiais civis teriam mantido vítima em delegacia exigindo resgate.
O policial civil Pedro Hyppolito da Fonseca foi preso, nesta terça-feira (17), dentro da 126ª DP (Cabo Frio), Região dos Lagos do Rio de Janeiro, acusado de sequestro e roubo. O agente e André Rodrigo Saldanha Gomes, que também é policial civil e está foragido, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio após investigação realizada em parceria com a Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Segurança Pública.
Segundo a denúncia, em junho de 2008, André Rodrigo manteve um homem sequestrado dentro da 126ª DP, depois que a vítima foi à delegacia acompanhar um parente que recebera em casa notificação para comparecer à unidade. De acordo com o MP, o policial ameaçou matá-lo ou prendê-lo caso não fosse feito o pagamento imediato de R$ 10 mil. Ainda segundo a denúncia, o valor do resgate foi reduzido para R$ 5 mil, pagos no mesmo dia.
A investigação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP. Segundo os investigadores, André ligou para a vítima alguns dias depois, pedindo que o parente fosse novamente à delegacia para pegar uma certidão negativa. Porém, quando chegaram à unidade policial, os dois policiais sequestraram o parente, exigindo R$ 10 mil para que não o levassem preso, já que tinham um mandado de prisão contra ele. Além disso, roubaram relógio, joias e celulares, de acordo com a denúncia.
Os dois agentes são acusados ainda de terem mantido a vítima na delegacia, submetendo-a a "intenso sofrimento físico e mental", até que conseguissem o pagamento exigido. De acordo com a denúncia, a vítima foi transferida posteriormente para a carceragem de Araruama, de onde foi liberada por alvará de soltura.
- Durma-se com uma polícia destas!

JUÍZA PROÍBE ENTRADA NO FÓRUM COM DECOTE E BERMUDA
Está proibido, no Juizado Especial Cível de Barra do Piraí, no sul do Rio de Janeiro, a entrada de qualquer pessoa trajando decote, saia ou bermuda. Por decisão da juíza Elisa Pinto da Luz Paes, a ordem é barrar pessoas nessas condições. Uma placa informa a determinação na entrada do fórum: "proibida a entrada de pessoas trajando bermudas, camisetas, shorts e similares". As informações são do jornal O Dia.
A dona de casa Lourdes Dutra, de 50 anos, conta que já estava na sala de conciliação quando foi abordada. Ela vestia bermuda até o joelho e disse ter se sentido constrangida. Como morava perto do fórum, pode voltar para casa e trocar de roupa. Já a fiscal Janaína Marinho não teve a mesma sorte. Ela foi barrada em uma audiência por vestir bermuda e precisou gastar R$ 62 em uma calça. 
De acordo com o presidente da 6ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, Leni Marques, os próprios agentes foram encarregados pela juíza de analisar os trajes. Ele conta que até advogados têm dúvidas sobre a determinação.
...
- Já pensou se tivéssemos uma Justiça tão rigorosa no decoro das decisões e ações quanto o é na indumentária!

JOVEM ROUBA R$ 146 MIL DE BANCO NA INGLATERRA PARA DAR UM ‘UP’ NA IMAGEM E SEGUIR CARREIRA DE MODELO
A bancária Rachael Claire Martin roubou R$ 146 mil do banco onde trabalhava, para dar um “upgrade” na imagem e conseguir fazer sucesso como modelo. Para investir na carreira, a moça fez lipoaspiração, implante de silicone nos seios e extensão nos cabelos.
Segundo o site “Mail Online”, Rachel admitiu que roubou a quantia em um período de oito semanas. A britânica de 24 anos da cidade de Liskeard, na Inglaterra, gastou mais de R$ 12 mil para colocar silicone nos seios e R$ 5.400 em tratamento dentário, incluindo branqueamento dos dentes.
Além dos tratamentos cosméticos, Rachel torrou o dinheiro do banco em lojas de roupas, acessórios e maquiagens. A jovem viajou para outra cidade, onde fez as compras sem se preocupar em levantar suspeitas. E ainda curtiu baladas por lá, antes de voltar para casa.
- Pelo menos com o vestuário ela não precisa se preocupar que a terra de Sua Majestade fornecerá!

sexta-feira, julho 20, 2012






























CHARGES.COM.BR

AMENIDADES
Um cliente muito respeitado entra na padaria que freqüenta há anos e diz ao atendente:
- Olá, eu queria encomendar um bolo, pois amanhã é o aniversário da minha esposa.
- Tudo bem senhor Paiva, e quantas velinhas a gente põe nele?
- 30, como sempre!

Muito impressionantes os obituários publicados hoje sobre dom Eugenio Salles. Li, reli e fui conferir de novo o nome do retratado, pois achei que devia haver algum equívoco. Pensei que se tratasse de algum obituário tardio do saudoso dom Helder Câmara, este sim um santinho, que deixou suas pegadas missionárias, como exemplo de caridade cristã. Ele pregava uma igreja voltada para os pobres, era um exemplo de desprendimento, humildade, absoluta ausência de qualquer tipo de vaidade ou arrogância, um sacerdote de "pés descalços", totalmente solidário aos jovens perseguidos pela ditadura e, por isso mesmo, ele próprio um perseguido e removido, devido às políticas do clero, do Rio de Janeiro, então centro dos acontecimentos nacionais, para Olinda...
Dom Helder foi chamado de "Arcebispo Vermelho", teve seu acesso à mídia vetado pelo AI-5, foi pessoalmente perseguido pelo ditador Médici e, como contraponto a tantas maldades, dom Helder só havia plantado coisas boas: construiu a Cruzada São Sebastião no Jardim de Alah, fundou a Comissão de Justiça e Paz, fundou o Banco da Providência, que multiplicou e até hoje multiplica bondades aos pobres neste estado. Faz pensar que, não fosse por dom Helder, a posição da Igreja Católica no Rio de Janeiro, onde não tem mais a liderança que tinha, estaria bem pior...
Curiosamente, foi justamente durante o "período dom Eugenio" que a Igreja Católica no Rio de Janeiro e, por consequência, no Brasil - já que o Rio, sabemos, era, pois era mesmo, no tempo passado, o tambor de ressonância nacional, formava opinião, dava o exemplo - viu acontecer o início e a precipitação de seu declínio. Pois não vamos atribuir apenas à competência das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais ou, como querem alguns, à "ingenuidade dos fiéis", a queda da Igreja Católica nesse ranking...
"Você é 100% responsável pelo que lhe acontece", disse-me outro dia uma adepta da Mandala olhando-me dentro dos olhos. Estava certa. Somos mesmo. Assim foi com a Igreja Católica no Brasil. Com dom Eugenio à frente, fechando os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos", que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe, Zuzu Angel (e isso está documentado), e hoje, supreendentemente, os jornais querem nos fazer acreditar que ocorreu justo o contrário!...
Era público e notório e mais do que sabido naquela época que dom Eugenio endossava que fossem chamados de "padres vermelhos" (alcunha que, então, mesclava rejeição e pânico) aqueles religiosos que abrigavam, sob suas batinas poídas, em suas paróquias suburbanas, os jovens que tentavam escapar das torturas e das sentenças de morte sumária...
Mas não é isso que os obituários de hoje contam...
Como não contam da mágoa de padres jovens, brilhantes pregadores, que conseguiam lotar as missas de suas paróquias com legiões de fiéis, multidões de católicos, jovens padres que ganhavam visibilidade, convites, apareciam na imprensa, somavam admirações e logo eram removidos por dom Eugenio para paróquias bem distantes, como se fossem ironicamente punidos, em vez de serem premiados, pelo belo trabalho que realizavam para a Igreja Católica. Os bons pregadores eram afastados...
Alguns desses padres, que poderiam ter feito belíssimas carreiras no clero, foram podados na origem. Uns caíram no mais completo esquecimento. Outros entraram em depressão. Soube de alguns que abandonaram a batina. Não era de boa política sobressair-se na "era dom Eugenio Salles"...
Duplo castigo: para os padres e para os paroquianos, que assim iam acumulando decepções com sua religião. Outro fator que contribuiu para o declínio católico no Rio nesse período foi a série de proibições tolas, que, em vez de inspirar bondade, em vez de agregar seguidores, só motivaram afastamentos...
Nas cerimônias de casamento, foram proibidas músicas classificadas como "não sacras", e sabe-se lá por quais critérios. Então, por exemplo, uma jovem chamada Luciana não podia mais entrar na igreja ao som da singela cantiga "Luciana", de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, como esteve tão em moda. Caprichos, arbitrariedades, tolices, que só afastavam os católicos de sua igreja...
Batizados só podiam ser coletivos. Padres só eram autorizados a celebrar batizados e casamentos na igreja, não mais em residências, sítios, casas de festas. O que antes era corriqueiro passou a ser proibido. Então, tornou-se usual acontecerem casamentos de católicos oficiados por pastores protestantes. Logo, o oficiante mais procurado, era o pastor Jonas Rezende, pai da atriz Lidia Brondi, lembram? Que aliás prega lindamente. A sociedade católica do Rio de Janeiro acostumou-se a escutar as belíssimas preleções do pastor Jonas, seus inspiradíssimos sermões matrimoniais...
Tudo passou a ser difícil na Igreja Católica no Rio de Janeiro. Conseguir marcar uma missa de sétimo dia, só com pistolão. Uma extrema unção em casa, só gente muito bem relacionada. Vários pátios paroquiais laterais às igrejas, onde os fiéis antes confraternizavam, onde aconteciam as quermesses, os bazares, as reuniões pós-missas, antigos centros de convívio, foram entregues à especulação imobiliária. Viraram edifícios, shopping centers. Antigas igrejas foram passadas nos cobres. Instalaram-se em andares de prédio. Outras se tornaram construções espremidas entre um edifício e outro, como aconteceu com a Nossa Senhora da Paz. Igrejas sem horário pra abrir nem pra fechar, "por questões de segurança"...
A Igreja Católica, no Rio, sob a égide de dom Eugenio Salles, foi cada vez mais se distanciando dos pobres e se aproximando, cultivando, cortejando as estruturas do poder. Isso não poderia acabar bem. Acabou no menor percentual de católicos no país: 45,8%...
Não há, neste texto, qualquer intenção de ressentimento. Apenas o desejo jornalístico da correção histórica. Dom Eugenio padeceu na terra de um mal de saúde. Os pecados, já pagou por eles. Em seus últimos tempos de vida, a lucidez e a ausência dela alternaram-se. Atenciosos, o arcebispo dom Orani Tempesta, assim como o cardeal-arcebispo anterior, dom Eusébio, mantinham o antigo cardeal do Rio, dom Eugenio, vivendo na residência do Sumaré, com todos os cuidados, a família, a estrutura proporcionada pela Arquidiocese, a que não mais teria direito, por já estar afastado do cargo...
Dom Eugenio teve, em vida, uma grande habilidade: manter ótimas relações com os grandes jornais, para os quais contribuiu regularmente com artigos. Ótimas relações com os jornais, os jornalistas e os donos dos jornais antes da morte. E, como vimos pelo que foi publicado no dia de hoje, também após ela. E são os jornais que legam os registros que escrevem a História...

DOM EUGENIO SALLES ERA, COM TODO O RESPEITO, CARDEAL DA DITADURA
POR JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE
O tratamento que a mídia deu à morte do cardeal dom Eugenio Sales, ocorrida na última segunda-feira, com direito à pomba branca no velório, me fez lembrar o filme alemão "Uma cidade sem passado", de 1990, dirigido por Michael Verhoven. Os dois casos são exemplos típicos de como o poder manipula as versões sobre a história, promove o esquecimento de fatos vergonhosos, inventa despudoradamente novas lembranças e usa a memória, assim construída, como um instrumento de controle e coerção.
Comecemos pelo filme, que se baseia em fatos históricos. Na década de 1980, o Ministério da Educação da Alemanha realiza um concurso de redação escolar, de âmbito nacional, cujo tema é "Minha cidade natal na época do III Reich". Milhares de estudantes se inscrevem, entre eles a jovem Sônia Rosenberger, que busca reconstituir a história de sua cidade, Pfilzing – como é denominada no filme – considerada até então baluarte da resistência antinazista.
Mas a estudante encontra oposição. As instituições locais de memória – o arquivo municipal, a biblioteca, a igreja e até mesmo o jornal Pfilzinger Morgen – fecham-lhe suas portas, apresentando desculpas esfarrapadas. Ninguém quer que uma "judia e comunista" futuque o passado. Sônia, porém, não desiste. Corre atrás. Busca os documentos orais. Entrevista pessoas próximas, familiares, vizinhos, que sobreviveram ao nazismo. As lembranças, contudo, são fragmentadas, descosturadas, não passam de fiapos sem sentido.
A jovem pesquisadora procura, então, as autoridades locais, que se recusam a falar e ainda consideram sua insistência como uma ameaça à manutenção da memória oficial, que é a garantia da ordem vigente. Por não ter acesso aos documentos, Sônia perde os prazos do concurso. Desconfiada, porém, de que debaixo daquele angu tinha caroço – perdão, de que sob aquele chucrute havia salsicha – resolve continuar pesquisando por conta própria, mesmo depois de formada, casada e com filhos, numa batalha desigual que durou alguns anos.
Hostilizada pelo poder civil e religioso, Sônia recorre ao Judiciário e entra com uma ação na qual reivindica o direito à informação. Ganha o processo e, finalmente, consegue ingressar nos arquivos. Foi aí, no meio da papelada, que ela descobriu, horrorizada, as razões da cortina de silêncio: sua cidade, longe de ter sido um bastião da resistência ao nazismo, havia sediado um campo de concentração. Lá, os nazistas prenderam, torturaram e mataram muita gente, com a cumplicidade ou a omissão de moradores, que tentaram, depois, apagar essa mancha vergonhosa da memória, forjando um passado que nunca existiu.
Os documentos registraram inclusive a prisão de um judeu, denunciado na época por dois padres, que no momento da pesquisa continuavam ainda vivos, vivíssimos, tentando impedir o acesso de Sônia aos registros. No entanto, o mais doloroso, era que aqueles que, ontem, haviam sido carrascos, cúmplices da opressão, posavam, hoje, como heróis da resistência e parceiros da liberdade. Quanto escárnio! Os safados haviam invertido os papéis. Por isso, ocultavam os documentos.
Deus tá vendo
E é aqui que entra a forma como a mídia cobriu a morte do cardeal dom Eugênio Sales, que comandou a Arquidiocese do Rio, com mão forte, ao longo de 30 anos (1971-2001), incluindo os anos de chumbo da ditadura militar. O que aconteceu nesse período? O Brasil já elegeu três presidentes que foram reprimidos pela ditadura, mas até hoje, não temos acesso aos principais documentos da repressão.
Se a Comissão Nacional da Verdade, instalada em maio último pela presidente Dilma Rousseff, pudesse criar, no campo da memória, algo similar à operação "Deus tá vendo", organizada pela Policia Civil do Rio Grande do Sul, talvez encontrássemos a resposta. Na tal operação, a Polícia prendeu na última quinta-feira quatro pastores evangélicos envolvidos em golpes na venda de automóveis. Seria o caso de perguntar: o que foi que Deus viu na época da ditadura militar?
Tem coisas que até Ele duvida. Tive a oportunidade de acompanhar a trajetória do cardeal Eugênio Sales, na qualidade de repórter da ASAPRESS, uma agência nacional de notícias arrendada pela CNBB em 1967. Também, cobri reuniões e assembleias da Conferência dos Bispos para os jornais do Rio – O Sol, O Paiz e Correio da Manhã, quando dom Eugênio era Arcebispo Primaz de Salvador. É a partir desse lugar que posso dar um modesto testemunho.   Os bispos que lutavam contra as arbitrariedades eram Helder Câmara, Waldir Calheiros, Cândido Padin, Paulo Evaristo Arns e alguns outros mais que foram vigiados e perseguidos. Mas não dom Eugênio, que jogava no time contrário. Um dos auxiliares de dom Helder, o padre Henrique, foi torturado até a morte em 1969, num crime que continua atravessado na garganta de todos nós e que esperamos seja esclarecido pela Comissão da Verdade. Padres e leigos foram presos e torturados, sem que escutássemos um pio de protesto de dom Eugênio, contrário à teologia da libertação e ao envolvimento da Igreja com os pobres.
O cardeal Eugenio Sales era um homem do poder, que amava a pompa e o rapapé, muito atuante no campo político. Foi ele um dos inspiradores das "candocas" – como Stanislaw Ponte Preta chamava as senhoras da CAMDE, a Campanha da Mulher pela Democracia. As "candocas" desenvolveram trabalhos sociais nas favelas exclusivamente com o objetivo de mobilizar setores pobres para seus objetivos golpistas. Foram elas, as "candocas", que organizaram manifestações de rua contra o governo democraticamente eleito de João Goulart, incluindo a famigerada "Marcha da família com Deus pela liberdade", que apoiou o golpe militar, com financiamento de multinacionais, o que foi muito bem documentado pelo cientista político René Dreifuss, em seu livro "1964: A Conquista do Estado" (Vozes, 1981). Ele teve acesso ao Caixa 2 do IPES/IBAD.
Nós, toda a torcida do Flamengo e Deus que estava vendo tudo, sabíamos que dom Eugênio era, com todo o respeito, o cardeal da ditadura. Se não sofro de amnésia – e não sofro de amnésia ou de qualquer doença neurodegenerativa – posso garantir que na época ele nem disfarçava, ao contrário manifestava publicamente orgulho do livre trânsito que tinha entre os militares e os poderosos.
"Quem tem dúvidas…basta pesquisar os textos assinados por ele no JB e n'O Globo" – escreve a jornalista Hildegard Angel, que foi colunista dos dois jornais e avaliou assim a opção preferencial do cardeal:
"A Igreja Católica, no Rio, sob a égide de dom Eugenio Salles, foi cada vez mais se distanciando dos pobres e se aproximando, cultivando, cortejando as estruturas do poder. Isso não poderia acabar bem. Acabou no menor percentual de católicos no país: 45,8%…"
Portões do Sumaré
Por isso, a jornalista estranhou – e nós também – a forma como o cardeal Eugenio Sales foi retratado no velório pelas autoridades. Ele foi apresentado como um combatente contra a ditadura, que abriu os portões da residência episcopal para abrigar os perseguidos políticos. O prefeito Eduardo Paes, em campanha eleitoral, declarou que o cardeal "defendeu a liberdade e os direitos individuais". O governador Sérgio Cabral e até o presidente do Senado, José Sarney, insistiram no mesmo tema, apresentando dom Eugênio como o campeão "do respeito às pessoas e aos direitos humanos".
Não foram só os políticos. O jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta escreveu que dom Eugênio chegou a abrigar no Rio "uma quantidade enorme de asilados políticos", calculada, por baixo, numa estimativa do Globo, em "mais de quatro mil pessoas perseguidas por regimes militares da América do Sul". Outro jornalista, José Casado, elevou o número para cinco mil. Ou seja, o cardeal era um agente duplo. Publicamente, apoiava a ditadura e, por baixo dos panos, na clandestinidade, ajudava quem lutava contra. Só faltou arranjarem um codinome para ele, denominado pelo papa Bento XVI como "o intrépido pastor".
Seria possível acreditar nisso, se o jornal tivesse entrevistado um por cento das vítimas. Bastaria 50 perseguidos nos contarem como o cardeal com eles se solidarizou. No entanto, o jornal não dá o nome de uma só – umazinha – dessas cinco mil pessoas. Enquanto isto não acontecer, preferimos ficar com o corajoso depoimento de Hildegard Angel, cujo irmão Stuart, foi torturado e morto pelo Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, procurou o cardeal e bateu com a cara na porta do palácio episcopal.
Segundo Hilde, dom Eugênio "fechou os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos" que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe Zuzu Angel (e isso está documentado)". Ela acha surpreendente que os jornais queiram nos fazer acreditar "que ocorreu justo o contrário!", como no filme "Uma cidade sem passado".
Mas não é tão surpreendente assim. O texto de Hildegard menciona a grande habilidade, em vida, de dom Eugenio, em "manter ótimas relações com os grandes jornais, para os quais contribuiu regularmente com artigos". As azeitadas relações com os donos dos jornais e com alguns jornalistas em postos-chave continuaram depois da morte, como é possível constatar com a cobertura do velório. A defesa de dom Eugênio, na realidade, funciona aqui como uma autodefesa da mídia e do poder.
Os jornais elogiaram, como uma virtude e uma delicadeza, o gesto do cardeal Eugenio Sales que cada vez que ia a Roma levava mamão-papaia para o papa João Paulo II, com o mesmo zelo e unção com que o senador Alfredo Nascimento levava tucumã já descascado para o café da manhã do então governador Amazonino Mendes. São os rituais do poder com seus rapapés.
"Dentro de uma sociedade, assim como os discursos, as memórias são controladas e negociadas entre diferentes grupos e diferentes sistemas de poder. Ainda que não possam ser confundidas com a "verdade", as memórias têm valor social de "verdade" e podem ser difundidas e reproduzidas como se fossem "a verdade" – escreve Teun A. van Dijk, doutor pela Universidade de Amsterdã.
A "verdade" construída pela mídia foi capaz de fotografar até "a presença do Espírito Santo" no funeral. Um voluntário da Cruz Vermelha, Gilberto de Almeida, 59 anos, corretor de imóveis, no caminho ao velório de dom Eugênio, passou pelo abatedouro, no Engenho de Dentro, comprou uma pomba por R$ 25 e a soltou dentro da catedral. A ave voou e posou sobre o caixão: "Foi um sinal de Deus, é a presença do Espírito Santo" – berraram os jornais. Parece que vale tudo para controlar a memória, até mesmo estabelecer preço tão baixo para uma das pessoas da Santíssima Trindade. É muita falta de respeito com a fé das pessoas.  
"A mídia deve ser pensada não como um lugar neutro de observação, mas como um agente produtor de imagens, representações e memória" nos diz o citado pesquisador holandês, que estudou o tratamento racista dispensado às minorias étnicas pela imprensa europeia. Para ele, os modos de produção e os meios de produção de uma imagem social sobre o passado são usados no campo da disputa política.
Nessa disputa, a mídia nos forçou a fazer os comentários que você acaba de ler, o que pode parecer indelicadeza num momento como esse de morte, de perda e de dor para os amigos do cardeal. Mas se a gente não falar agora, quando então? Stuart Angel e os que combateram a ditadura merecem que a gente corra o risco de parecer indelicado. É preciso dizer, em respeito à memória deles, que Dom Eugênio tinha suas virtudes, mas uma delas não foi, certamente, a solidariedade aos perseguidos políticos para quem os portões do Sumaré, até prova em contrário, permaneceram fechados. Que ele descanse em paz!
P.S: O jornalista amazonense Fábio Alencar foi quem me repassou o texto de Hildegard Angel, que circulou nas redes sociais. O doutor Geraldo Sá Peixoto Pinheiro, historiador e professor da Universidade Federal do Amazonas, foi quem me indicou, há anos, o filme "Uma cidade sem passado". Quem me permitiu discutir o conceito de memória foram minhas colegas doutoras Jô Gondar e Vera Dodebei, organizadoras do livro "O que é Memória Social" (Rio de Janeiro: Contra Capa/ Programa de Pós- Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2005). Nenhum deles tem qualquer responsabilidade sobre os juízos por mim aqui emitidos.
José Ribamar Bessa Freire e professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ) e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)
- Pois é, a republiqueta farsante continua a fabricar seus heróis de barros e santos de pau oco. Só quem foi contemporâneo dos anos de chumbo sabe que o que está dito não tem uma inverdade e que, na terra de “cristãos e humanitários” poucos têm a coragem de registrar que o “intrépido pastor” não era esta generosidade toda que a grande mídia, safada, ordinária e pusilânime tentou passar à opinião pública. Aliás, tem muita gente boa hoje posando cinicamente de democrata que se acumpliciou e financiou a ditadura!

CARTA DE AUTORIA DUVIDOSA GERA POLÊMICA NA FAMÍLIA CACHOEIRA
Uma carta de autoria duvidosa gerou polêmica na família do contraventor Carlinhos Cachoeira. Inicialmente, o texto foi atribuído por parentes ao próprio bicheiro, que está preso na Papuda. Depois foi negado. Uma coisa é certa, a carta foi distribuída por familiares de Cachoeira.
A história dessa carta é cheia de mistérios. E o que chama atenção é que no texto não há assinatura do bicheiro. O documento foi entregue à repórter Iara Lemos, do G1, por Andressa Mendonça, mulher do contraventor. Ele é endereçado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, nenhuma carta, pedido ou ofício do tipo foi protocolado no gabinete do presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto. Os advogados do contraventor em Brasília e em Goiânia afirmam desconhecer o documento. Andressa disse, inicialmente, que a carta foi escrita pelo marido e entregue a ela por uma sobrinha dele.
Questionada sobre as contradições, Andressa mudou a versão. Disse que uma sobrinha dele deu para ela dizendo que foi o tio que escreveu. Mas que depois, a sobrinha de Cachoeira desconversou.
Alguns trechos dessa carta também são curiosos. No texto, em primeira pessoa, o suposto Cachoeira faz um apelo pela sua liberdade e diz que aceita usar uma tornozeleira de monitoramento caso obtenha decisão favorável para ser solto. “Que coloquem uma tornozeleira em mim. Assim, poderão saber, 24 horas por dia, onde eu estarei. Que eu fique apenas em casa. Eu me disponho a arcar com os custos de instalar um bloqueador de celular na minha casa”, diz a carta.
Cachoeira, preso desde o fim de fevereiro e acusado de comandar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal com a ajuda de políticos, policiais e empresários, já teve pedidos de liberdade negados em diversos tribunais.
Em outro trecho, há reclamações do esquecimento dos amigos. “Não há nas ruas quem queira ser visto comigo. Não há um só político que queira falar comigo ao telefone. Não há um único empresário que queira se associar a minha pessoa. Mesmo os que eram tidos por mim como amigos, agora declaram que não me conhecem”, diz a carta.
Em outro momento, um apelo sentimental: “o contraventor que corrompe homens públicos também tem coração, também chora, também sofre”. “Quero a mesma justiça de Daniel Dantas. [...] Ora Excelência, mande me soltar, e a Constituição será cumprida”, diz o texto em referência ao banqueiro Daniel Dantas, que foi preso em operação da PF em 2008 e teve decisão favorável do STF para ser solto.
- Eu hein, se autêntica e parece não ser o caso, parece que foi inspirada na música “Não dá pra ser feliz” do saudoso Gonzaguinha.
- A propósito, acho que o missivista não acertou o destinatário que, pelo que acompanho em suas atuações não se compadece com o lamento de mafiosos. É mais provável que outros guardiões da Constituição “Cidadã” se comovam mais facilmente com os prantos dos corruptos e corruptores!

 

quinta-feira, julho 19, 2012




























“O CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME INTEGRAL, POR SER CRUEL E DESUMANO IMPORTA VIOLAÇÃO A ESSES PRECEITOS CONSTITUCIONAIS”
(brocardo lapidar e emblemático de autoria do nobre ministro “garantista” aposentado do STF EROS GRAU em seu voto vencedor no HC 82959/SP que examinou a “constitucionalidade” do parágrafo 1°. do Art. 2°. Da Lei 8072/90 que determinava o cumprimento da pena em regime fechado para crimes hediondos, JULGADO INCONSTITUCIONAL pela maioria dos nobres guardiões da Constituição “Cidadã”)

- Será que Suas Excelências que seguiram o nobre ministro aposentado, “humanitários e cristãos”, conseguem dormir o sono dos justos quando tomam conhecimento destas notícias?

AMENIDADES
A mulher acessa um chat, quando um nick meio estranho lhe pergunta:
- Quer teclar?
- Você é homem ou mulher?
- Você quer ou não quer teclar?
- Depende! Vc é homem ou mulher?
- Advinhe!
- Ok... me diz, aí, dez marcas de cerveja...
- Brahma, Kaiser, Skol, Antarctica, Bohemia, Nova Skin, Devassa, Heineken, Original e Cristal.
- Ótimo... agora me diz dez marcas de camisinha.
- Jontex... hmmm... Prosex... Olla... e... é... Hummm....Tá difícil!
- É. Você é homem.
- Sou, sim. Mas...como descobriu?
- Fácil! Bebe mais do que transa.

TRANSTORNOS E DESORDEM
De uns tempos para cá, é cada vez mais forte a tendência a não se ver o indivíduo como responsável pelos próprios atos. No terreno da ciência social esquerdoide, o sujeito é assaltante porque lhe faltaram oportunidades, não teve educação, vive numa sociedade consumista, foi vítima de bullying e mais quantos indicadores se concebam, em pesquisas cujos resultados são definidos pela própria formulação e, muitas vezes, não passam de manipulações pseudoestatísticas, destituídas de base sólida. Enxergam-se relações de causa e efeito inexistentes, que resistem até mesmo à óbvia verdade de que a ampla maioria dos que enfrentaram e enfrentam essas situações não é de delinquentes.
No terreno da psicanálise de boteco, o sujeito surra mulher e filhos porque foi também surrado, principalmente pela mãe. Ou - pois a psicanálise de boteco tem o condão de adaptar suas explicações e a causa que, num exemplo, surte determinado efeito em outro surte efeito contrário - porque não foi surrado e nem sequer advertido e, assim negligenciado pela mãe, nutre amor e ódio pela figura materna, na qual desconta seus recalques baixando a porrada na santa mãe de seus filhos, os quais também apanham porque dividem as atenções da dita figura materna. Ou qualquer outra especulação asnática, das muitas que volta e meia ainda ouvimos.
Agora, por meio da entusiástica colaboração de cientistas, psiquiatras e, principalmente, fabricantes de drogas psicoativas, vamos ingressar definitivamente na era em que qualquer comportamento ou qualquer emoção serão vistos como uma doença mental, no sentido mais lato do termo. Aliás, pouco se tem usado a expressão "doença mental". O chique agora, que repetimos como papagaios bem ensinados, é "transtorno", "desordem" ou "distúrbio". Sabemos que certamente a maioria dos psiquiatros e das psiquiatras, bem como a maioria dos cientistos e cientistas, embora talvez não a maioria dos fabricantes e fabricantas de drogas, não é constituída de enganadores venais e inescrupulosos, que tomam dinheiro dos fabricantes para promover a vendagem bilionária de remédios.
Mas muitos e muitas são (está certo, vou parar com este negócio de flexionar os gêneros de tudo, sei que é chato; mas é só porque quero mostrar como certas coisas enfeiam e aleijam nossa já tão perseguida língua portuguesa) e a bandidagem deles combinada vai de vento em popa.
O número de transtornos e desordens aumenta exponencialmente e já se observou que, anunciado um novo mal, de que antes não havia relato, logo surgem novos "pacientes", gente que agora padece de síndromes também antes nunca descritas. E os males do espírito, digamos, muitas vezes não geram sintomas físicos, ou, se geram, são de difícil definição etiológica, de forma que o diagnóstico vira conceitual e subjetivo: eu acho que você está deprimido porque acho que seu quadro configura o que eu acho que é depressão.
Não há mais preguiça, há transtornos ou desordens de atenção, de motivação, de interação social, de tudo o que se possa imaginar. Não há mais agressividade, rudeza no trato, timidez, temperamento calado, nada disso, só há transtornos e desordens. Quando expira a patente de uma droga, seu fabricante se apressa a criar, novamente com a ardorosa colaboração de cientistas e psiquiatras contratados ou subvencionados generosamente, uma nova doença, a que a mesma droga se aplique, mudando apenas de nome. Emoções antes normais em qualquer ser humano podem facilmente revelar-se transtornos ou desordens, conforme o freguês e a moda psiquiátrica corrente. Não se fica mais triste, fica-se deprimido. Não se fica mais ansioso pela antecipação de alguma coisa, fica-se com distúrbios de ansiedade. E para tudo há uma pílula.
Claro, chegaremos, se já não chegamos e ainda não nos demos conta, ao ponto em que todo indivíduo, se confrontado com um hipotético "padrão normal", será portador de vários transtornos, distúrbios e desordens. Qualquer acontecimento que afete suas emoções, seu estado de ânimo ou mesmo seu bem-estar físico deverá ser objeto de controle medicamentoso. Posso até imaginar que talvez já exista, e no futuro poderá prosperar, a figura do PP, o Personal Psychiatrist, não para receitar ou atender no consultório seu cliente milionário, mas para acompanhá-lo ao longo de todo o dia, ministrando-lhe a droga apropriada para a manifestação de qualquer de seus inúmeros distúrbios.
A infância, com a falsa descoberta de um número alarmante de bebês portadores de transtorno bipolar, passou a ser uma doença. Assim como, com toda a certeza, a puberdade, a adolescência, a jovem maturidade, a meia-idade e a velhice. Tudo doença, é claro, bola nisso tudo, bola em toda a existência, você é que pensa que é sadio, é porque não procurou direito sua doença. E, aliás, sugere a prudência que escolhamos logo nossos transtornos, desordens e distúrbios, porque do contrário poderemos estar sujeitos a que escolham por nós. E ninguém escapará, porque o objetivo é englobar toda a Humanidade.
O problema não é a ciência decretar que, de uma forma ou de outra, somos todos malucos. Isso todo mundo às vezes pensa. O problema é quando decidem qual é a nossa maluquice e nos forçam a uma "normalidade" que não queremos e não temos por que aceitar. A chancela da ciência pode ser adulterada. E não é impossível que, em determinadas situações, divergências com o Estado, ou com grupos de poder, acarretem muito mais que censura às artes e à imprensa. Podemos ser forçados a agir "normalmente" e considerados insanos, se discordarmos da normalidade oficial. Na União Soviética, houve tempo em que quem divergia do Estado era carimbado como doido varrido e encafuado num hospício. Tenho medo de não me encaixar na portaria da Anvisa que defina a normalidade e ser obrigado a tomar um Abestalhol por dia. (jornalista e escritor João Ubaldo Ribeiro – O Globo – 15.07.2012)
- Eu também ando precisando de um Abestalhol, mas só vende sobre prescrição médica!


QUEM NÃO É?
O Tribunal Federal da Suíça afirmou, num documento recém-publicado, que João Havelange e Ricardo Teixeira receberam suborno para influenciar a Fifa na decisão de quem faria a transmissão das Copas do Mundo de 2002 e 2006 e em outros acordos da Fifa e da CBF.
O documento custou a ser publicado porque os advogados da Fifa argumentaram, em defesa de Havelange e Teixeira, que o pagamento de suborno é pratica comum na América do Sul e na África, onde a propina faz parte do salário “da maioria da população”.
Foi publicado agora porque o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que deve seu cargo ao Havelange, resolveu usar seu ex-chefe e Teixeira como exemplos de que está combatendo a corrupção. Antes abraçava os dois e seu esquema, agora os apunhala pelas costas com o relatório finalmente liberado da justiça suíça. Gente fina.
Você, eu e a maioria da população brasileira teríamos motivos para nos indignar com a afirmação de que nosso salário é normalmente reforçado por propina, vinda sabe-se lá de onde, e que Havelange e Teixeira só estariam sendo um pouco mais brasileiros do que o normal.
Mas nos mesmos jornais que trazem a notícia da denuncia de Havelange e Teixeira e a revelação de que a Fifa nos considera todos corruptos lemos que o suplente do Demóstenes Torres, cassado pelas suas ligações com o Carlinhos Cachoeira, também tem ligações com o Carlinhos Cachoeira , além de precisar explicar por que deixou de declarar boa parte do seu patrimônio ao fisco. Fica-se com a impressão de que a Fifa tem razão.
Carlinhos Cachoeira.
...
(jornalista e escritor Luis Fernando Veríssimo – O Globo – 15.07.2012)
- Realmente fica difícil argumentar e olha que eles não sabem da missa metade, embora a vetusta FIFA deveria ter se incluído no rol das instituições que complementam os salários com a propina, conforme já denunciou o jornalista inglês Andrew Jennings, no excelente livro Jogo Sujo!

POLÍCIA INVESTIGA CINCO MÉDICOS SUSPEITOS DE ABUSO SEXUAL CONTRA PACIENTES POLÍCIA CIVIL INVESTIGA CINCO PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACUSADOS DE PRATICAR O CRIME CONTRA PACIENTES enquanto prestavam atendimento. Um deles, servidor da rede pública, já foi indiciado e o caso está com o Ministério Público.
Por trás de um jaleco branco e da prerrogativa de terem contato com mulheres, alguns médicos do Distrito Federal estariam abusando sexualmente de pacientes durante consultas. Pelo menos cinco profissionais são investigados pela Polícia Civil suspeitos desse tipo de conduta. Quatro integram o quadro de servidores da Secretaria de Saúde do DF. Os crimes teriam ocorrido no Gama, em Taguatinga e no Paranoá. Em um dos casos, um clínico-geral atendeu uma jovem na especialidade de ginecologista e praticou o abuso em uma clínica particular. Ele é servidor do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e foi indiciado em abril. Os outros episódios seguem em apuração e envolvem três ginecologistas e um oftalmologista.
- Não se preocupem, o nobre ministro Gilmar Mendes está aí mesmo para conceder-lhes HC em caso de prisão, como fez com o canalha do Abdelmassih, condenado a mais de 200 anos de prisão pelo mesmo motivo, que do Líbano manda um abraço a todos!

FGV: TENDÊNCIA DO STF É REJEITAR PEDIDO DE SUSPEIÇÃO CONTRA TOFFOLI
Em 12 anos, não há registro de declaração de impedimento pelo plenário
BRASÍLIA - Mesmo que a Procuradoria Geral da República resolva questionar a legitimidade do ministro José Antonio Dias Toffoli para julgar o mensalão, uma eventual declaração de suspeição a contragosto do magistrado reverteria uma tendência que impera há pelo menos 12 anos no Supremo Tribunal Federal (STF). Levantamento produzido pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio, mostra que não prosperou nenhuma das 35 representações impetradas neste período para impedir a participação de um ministro em sessão de julgamento.
A FGV rastreou 61 pedidos de suspeição ou impedimento, que aparecem no sistema do STF, mas não encontrou vestígio de episódio no qual as partes conseguiram convencer o plenário da Suprema Corte a afastar de um julgamento algum de seus 11 integrantes. De todos os casos identificados, entretanto, os especialistas só obtiveram o detalhamento das 35 ações julgadas entre 2000 e 2012.
...
- Não é de se estranhar na terra de Macunaíma, onde nobre desembargador concede HC a mafioso que corrompeu metade da República, trantando-o como se fosse um mero contraventor,  onde ministro e desembargadores se hospedam em ilha paradisíaca na Itália, as expensas de nobre advogado criminalista para assistir seu enlace matrimonial, onde ministro da Suprema Corte recebe de renomado advogado civilista presente de casamento de uma viagem à Argentina e é sócio de instituto de estudos jurídicos que presta serviços a instituições governamentais sem licitação.
- Fala sério, é plausível que em 35 argüições de impedimento de guardiões da Constituição “Cidadã”, ao menos, uma, umazinha não se justifique?!


JERSEY RECUSA RECURSOS E JULGA AÇÃO CONTRA MALUF
Pedido da Prefeitura para reaver US$ 22 mi de contas que estariam ligadas a ex-prefeito pode ter mérito decidido por corte de paraíso fiscal até dia 20
A Justiça de Jersey abre caminho legal para uma possível condenação do ex-prefeito Paulo Maluf, na próxima semana, e a repatriação do dinheiro supostamente desviado pelo político ao Brasil. A corte do paraíso fiscal no Canal da Mancha rejeitou todos os recursos e apelos acionados pela defesa de Maluf e agora vai começar a julgar o mérito da ação movida pela Prefeitura para reaver US$ 22 milhões.
...

HISTÓRIAS DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS
No município de Lavras de Mangueira, interior do Ceará, a campanha à prefeitura começou bem-humorada. Os candidatos são conhecidos pelos seus apelidos: Pé de Chumbo, Penico e Machado. Penico lançou o seguinte slogan: "Não jogue seu voto fora, jogue no penico." Pé de Chumbo reagiu ao Machado: "Preserve a natureza, não vote em Machado." A resposta veio de imediato: "Pé de Chumbo, um candidato difícil de carregar." (coluna Panorama Político – O Globo – 14.07.2012)
- Só espero que nesta galhofa não aparece uma coligação Mão Leve!


INIMIGO ÍNTIMO
PSDB e PT coabitam em 53 coligações majoritárias em São Paulo. Em 10 cidades, os petistas apoiam cabeças de chapa tucanos. Em outras três localidades, a situação se inverte. Resolução do PT só permite esse tipo de aliança em cidades onde já tenha sido selada nas eleições anteriores. (coluna Painel – Folha – 15.07.2012)
TRIANGULAÇÃO
A quebra de sigilo da construtora Delta, entregue à CPI do Cachoeira, revela que a construtora fez pagamentos a empresas que também foram fornecedoras de campanhas políticas em 2004 e 2010.
Combustível
Cruzamento entre a movimentação de uma conta da Delta no Banco do Brasil e dados do Tribunal Superior Eleitoral mostra que postos de gasolina receberam dinheiro da construtora exatamente um ano após prestar serviços para campanhas de parlamentares do Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Santinho
Em 2004, uma conta da empreiteira pivô do Cachoeiragate no Banco Rural foi usada para repassar R$ 61 mil para uma papelaria que foi fornecedora de campanhas no Rio para candidatos do PV, PC do B e PMDB. (coluna Painel – Folha – 15.07.2012)
- Tudo farinha do mesmo saco!

BOI NA LINHA
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) comentou com a presidente Dilma um relatório da Agência de Inteligência do governo de monitoramento do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ela, surpresa, disse que não recebeu nada. (coluna Panorama Político – O Globo - 15.07.2012)
- Me impressiona o descaso das autoridades, nos três Poderes, com a Segurança Pública, o crime organizado dominando o país com o tráfico mandando e desmandando pais afora,  Cachoeira corrompendo meio mundo, milícias no Rio, e PCC e banda podre da polícia em São Paulo e eles não estão nem aí!

- A propósito:
 ‘AMÉRICA LATINA É MERCADO EM ALTA PARA ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS’
RIO — O crescimento econômico experimentado pelos países latino-americanos os torna mais atraente para os negócios - legais e ilegais. “A América Latina é um mercado em ascensão para as organizações criminosas”, diz ao GLOBO o representante regional para o México, a América Central e o Caribe do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês), Antonio Mazzitelli. E, lamenta, a implementação de estratégias para combater a criminalidade transnacional é lenta.
- Agora, pergunta se a republiqueta tem lei tipificando o crime organizado!

CALMA, GENTE
O Núcleo de Estudos e Projetos Esporte e Cidadania lança manifesto virtual para que o Estádio João Havelange passe a se chamar João Saldanha. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 16.07.2011)
- É o país dos corruptos mesmo. O cara é acusado de levar propina pela Justiça da Suíça e o outro pedido calma a quem pretende trocar o nome do estádio por outro que além de botafoguense era uma pessoa honrada que não se curvou a ditadura nos anos de chumbo!

quarta-feira, julho 18, 2012




























IRRESPONSABILIDADE POUCA É BOBAGEM

AMENIDADES
Uma professora universitária estava acabando de dar as últimas orientações para os alunos acerca da prova final que ocorreria no dia seguinte. Finalizou alertando que não haveria desculpas para a falta de nenhum aluno,com exceção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo. Um engraçadinho que sentava no fundo da classe, perguntou com aquele velho ar de cinismo:
- Dentre esses motivos justificados, podemos incluir o de extremo cansaço por atividade sexual?
A classe explodiu em gargalhadas, com a professora aguardando pacientemente que o silêncio fosse restabelecido. Tão logo isso ocorreu,ela olhou para o palhaço e respondeu:
- Isto não é um motivo justificado. Como a prova será em forma de múltipla escolha, você pode vir para a classe e escrever com a outra mão… ou, se não puder sentar-se, pode respondê-la em pé.

OPINIÃO DO DIA
Nesse ritmo, já que Luís Estêvão foi cassado em 2000, o Senado parece levar doze anos para se livrar de um colega inconveniente. Fico imaginando quem será a bola da vez em 2024 ou como será o Brasil em 2027, quando Demóstenes Torres retornar à cena política.
Será que vai acontecer o que aconteceu com Fernando Collor, que permaneceu inelegível por oito anos, voltou e está aí como caçador, ou melhor, cassador, ao lado de Renan Calheiros, Jader Barbalho, Gim Argello, que já estiveram com a corda no pescoço?
Eu disse “retornar à cena política”? A rigor, ele nem saiu. E esse é um fato que soa como deboche ou no mínimo como uma incongruência institucional. Como é que alguém, declarado sem condições morais por seus próprios pares, já que colocou o mandato a serviço de um bicheiro, pode no dia seguinte reassumir o cargo de procurador do Ministério Público de Goiás, que é comandado por seu irmão Benedito Torres? E isso com direito a salário de R$ 24 mil, dois assessores e outras regalias. Tudo dentro da lei.
Para os mais otimistas, a cassação do senador é um fato positivo que por si só reabilita a imagem do Senado. Há controvérsia. Pensando no substituto, há quem diga que ruim com Demóstenes, pior sem ele.
Nas palavras de Carlinhos Cachoeira recolhidas pela polícia de uma gravação telefônica, Wilder Pedro de Morais, o suplente, lembra o Max de “Avenida Brasil”: “É um bosta” — um bosta de quem roubou a mulher, depois de tê-lo impulsionado na política, indicando-o para a chapa de Demóstenes ao Senado em 2010 (a diferença é que Max não é o corno, ele corneia. Aliás, nunca a imprensa foi obrigada a publicar tanto palavrão como agora).
O mais grave, porém, não é essa condição de traído de que ninguém está livre, e sim as suspeitas que recaem sobre ele antes mesmo de assumir. Diálogos interceptados pela polícia demonstrariam a intimidade do bicheiro com esse seu então protegido político.
Nessa novela real em que se mente tanto, me intriga também estar por fora da linguagem jovem. Não sei o que quer dizer a expressão “força na peruca”, contida na mensagem da afilhada para o padrinho, que pelo menos nisso é sincero, não esconde a careca. O que significa? Cartas para a Redação, por favor.
Diante dos desvios do Senado, não há como não lembrar o grande Darcy Ribeiro, para quem a instituição era melhor do que o paraíso, pois “não é preciso morrer para chegar até ele”. Deve estar muito triste. (jornalista Zuenir Ventura – O Globo – 14.07.2012)
- Só mesmo numa republiqueta amoral, aética e desavergonhada!


MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO PROCESSA COORDENADOR DA CAMPANHA DE EDUARDO PAES
O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro entrou na Justiça contra Antônio Pedro Figueira de Mello, ex-presidente da Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur) e coordenador da campanha de reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
A medida também atinge o empresário Luiz Calainho, dono da produtora L21, a empresa de bebidas Schincariol e outras duas pessoas por conta de um contrato de patrocínio da Riotur a um evento da produtora que dispensou a licitação. O contrato no valor de R$ 2,2 milhões permitiu o patrocínio da Riotur a seis bailes carnavalescos promovidos pela L21 em março de 2011.
A promotora Patrícia Villela abriu a ação civil pública contra os acusados no dia 25 de junho, relatando que verbas públicas financiaram os eventos fechados. A ação pede o bloqueio de bens de Antônio Pedro Mello, Luiz Calainho e da Schincariol para ressarcir os cofres públicos no valor do patrocínio.
A ação critica a cobrança de ingressos no evento promovido com verba pública. E cita que "foram gastos mais de R$ 2 milhões do erário municipal, após inexigibilidade de licitação, em série de eventos restritos a particulares, pagantes, na qual obteve-se lucro estimado acima de R$ 3 milhões (...) preterindo-se do interesse público".
...
- Cervejão também tá em todas, hein!

O QUE É ISSO?!
Soldados do quartel do 1º Batalhão da Polícia do Exército, onde funcionava o Doi-Codi na ditadura militar, corriam ontem pela manhã na rua Barão de Mesquita, no Rio, cantando: "Bate, espanca , quebra os ossos. Bate até morrer". O instrutor então perguntava: "E a cabeça?". Os soldados respondiam: "Arranca a cabeça e joga no mar". No final o instrutor perguntava: "E quem faz isso?". E os soldados respondiam: "É o Esquadrão Caveira!". (coluna Panorama Político – O Globo – 12.07.2012)
- O Que é isso? - Isso é o que acontece num país onde agentes públicos torturadores e assassinos são reconhecidos por anistiados pela mais alta Corte de Justiça do país.


SENADO QUER EVITAR POLÊMICA COM SUPLENTE DE DEMÓSTENES
O Senado quer evitar problemas envolvendo Wilder Morais, suplente do senador cassado Demóstenes Torres (GO). A estratégia da cúpula do Senado é deixar cicatrizar as feridas abertas com a cassação de Demóstenes.
Na avaliação da maioria dos senadores, o ideal seria que Wilder apresentasse suas explicações e que o assunto fosse encerrado.
Entre as polêmicas nas quais se envolveu Wilder estão a possível gratidão ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, que teria indicado ele para a política, e a omissão de dados em declaração de bens para a Justiça Eleitoral. Wilder Morais é ex-marido da atual mulher de Cachoeira.
- Então tá, quer dizer que vai deixar de ser o bosta, que ele mesmo se autodenominou, que o mafioso cuidou da carreira política!





CONQUISTA FEMININA NO AFEGANISTÃO
A repórter Glória Maria, da TV Globo, quando esteve no Afeganistão,
há 10 anos, notou que as mulheres caminhavam sempre meio metro atrás dos
seus maridos.
Voltando lá agora, observou que elas tinham passado a caminhar pelo
menos 5 metros à frente deles.
Interessadíssima nessa mudança de comportamento, a jornalista
imaginou que tal mudança de costumes deveria significar uma grande vitória
feminina.
Aproximou-se de uma das mulheres e disse, deslumbrada:
-"Amiiiga! Que maravilhaaaaaaa! O que aconteceu aqui que fez com que
se extinguisse aquele costume absurdo de a mulher caminhar atrás dos maridos
e que, agora, caminham gloriosamente à frente deles?"
E a mulher afegã respondeu:
- "Minas terrestres!..."
(RECEBIDO POR E-MAIL)

ERA SÓ O QUE FALTAVA
Acredite. O PM Leonardo da Conceição Gonçalves entrou no TRT do Rio com ação trabalhista contra... o Bingo Itaboraí.
Argumentou que trabalhava lá como “agente de segurança patrimonial”.
Mas...
A desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo rejeitou a ação do PM: “Causa espécie o fato de o autor — policial militar — proteger a atividade ilícita perpetrada pela ré, ao invés de combatê-la”.
Está certa. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 14.07.2012)
- Num país sério, a sugestão seria extrair peças dos autos e encaminhar direito ao Comando Geral da PMRJ que não precisaria nem de instaurar inquérito administrativo, a expulsão seria sumária, mas no paraíso da impunidade é bem capaz dele ser promovido, haja vista que...
PMS ACUSADOS DE MATAR ENGENHEIRA FORAM PROMOVIDOS DEPOIS DO CRIME
Os quatro policiais militares acusados de matar e ocultar o cadáver da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida há quatro anos, foram promovidos depois do crime. A informação foi dada durante o novo interrogatório dos réus, nesta sexta-feira (13), quando a juíza Ludmila Vanessa Lins da Silva, do 1º Tribunal do Júri, pediu a qualificação dos quatro.
...

‘NINGUÉM MAIS TOLERA A CORRUPÇÃO’, DIZ PRESIDENTE DO TSE
BRASÍLIA - A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira que a aplicação da Lei da Ficha Limpa será um desafio para a Justiça Eleitoral do país, e que a Corte terá que fazer cumprir a lei, porque ninguém aceita mais a corrupção. A nova regra, que pela primeira vez poderá ser aplicada integralmente na eleição deste ano, impede que políticos condenados por órgãos colegiados possam disputar cargos eletivos.
— Ninguém tolera mais a corrupção. Temos que fazer cumprir essa lei — disse a ministra, em reunião no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), nesta sexta-feira.
...
- Data máxima vênia, honrada ministra, é estranho ouvir isso, considerando que além da benevolência com que os altos escalões do Poder Judiciário tratam os corruptos, o tribunal que Vossa Excelência preside, embora tenha sido voto vencido, acaba de liberar os contas-sujas para disputarem a próxima eleição!

MEDO E REVOLTA MARCAM VÍTIMAS ENGANADAS POR ADVOGADOS NO GOLPE DA ADOÇÃO
A farsa das adoções irregulares de adultos na Europa e a prisão de advogados envolvidos escondem o drama de dezenas de brasileiros enganados pela quadrilha. Separados por uma distância de 10 mil quilômetros, empresários que vivem em Londres e donos de escritórios de advocacia em Goiás se uniram para criar um lucrativo negócio. Cansados de viver na clandestinidade, brasileiros de origem humilde que estão ilegais no Reino Unido se transformaram em presas fáceis. Alguns entregaram as economias aos integrantes do esquema, denunciado pelo Correio há duas semanas. Agora, com o cancelamento dos processos e a detenção dos denunciados, eles vivem a angústia de perder o dinheiro poupado durante anos e enfrentam o medo da deportação.
...
- Agora, agüentem as conseqüências, é nisso que dá o tal jeitinho brasileiro!
- Sinceramente, não me comove!

GRETCHEN BATE RECORDE AO DERRUBAR 40 COLCHÕES COM BUMBUM
O legado de Gretchen como rainha do bumbum ganhou mais um título. Na noite deste sábado (14), Gretchen bateu o recorde do programa "Os Legendários" ao derrubar 40 colchões com um único golpe de bumbum, em efeito dominó.
Gretchen desbancou o antigo recorde da Mulher Melancia no programa humorístico, quando 30 colchões foram derrubados de uma só vez. Além da brincadeira, a dançarina fez uma apresentação de suas músicas, como o Melô do Piripiri e também reviu cenas de sua passagem pelo reality.
...
- Pronto, mais uma modalidade de competição para as Olimpíadas de 2016 e popozudas não faltarão!
- Esta competição transmitida com exclusividade pela Globo vira esporte nacional e líder de audiência!

SAÚDE NA RUA
Acendeu-se no Planalto o sinal de perigo com a explosão de centenas de planos de saúde que há anos vendem serviços que não podem entregar.
Se a doutora Dilma socorrer as bibocas, preservará a empulhação, armando uma bomba de efeito retardado. Se não socorrer (o que será melhor), terá de explicar como chegou a esse ponto.
Pela conta a que chegou a repórter Cristine Bonfanti, os planos de 2 milhões de pessoas estão na frigideira. (coluna Elio Gaspari – O Globo – 15.07.20912)
- No país da Constituição “Cidadã”, o final da história a gente já conhece, os administradores saem riquíssimos, com seus patrimônios intocáveis, a Viúva paga a conta e os clientes ficam a ver navio!


EMPRESÁRIO MANTÉM VIDA DE LUXO EM MINAS
Marcos Valério está com bens bloqueados pela Justiça
A menos de três semanas do início do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o operador do esquema tido como o maior escândalo da era Lula - o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza - mantém alto padrão de vida em Belo Horizonte. Imóveis imponentes, com segurança particular e carros sofisticados, são apenas alguns dos sinais de que os mais de dez processos a que responde, em decorrência do mensalão, pouco afetaram a vida do empresário, assim como a de seus ex-sócios nas agências SMPB e DNA Propaganda, Ramon Hollerbach Cardoso e Cristiano de Mello Paz.
Mesmo com os bens bloqueados judicialmente, Valério vive em mansão de alto luxo no bairro São Luiz, uma das áreas mais valorizadas da Pampulha. Na fachada, câmeras monitoram a entrada. Além da segurança reforçada, a casa tem pelo menos uma semelhança com a residência anterior do empresário, no bairro Castelo: a total impossibilidade, para quem passa na rua, de ver qualquer coisa em seu interior.
...
- Tudo claro, com a cortesia do nosso mavioso Poder Judiciário. Aliás, este aí já teve mais prisões que os maridos da Gretchen, mas continua livre, leva e solto!

SOBRANDO
A Agência Brasileira de Inteligência e seu superior hierárquico, o ministro José Elito (Segurança Institucional), estão tendo que dar explicações. A presidente Dilma foi a última a saber da derrubada de Fernando Lugo no Paraguai. (coluna Panorama Político – O Globo - 15.07.2012)
- Penúltima, porque o último mesmo foi o Lugo!

PÁRA COM ISSO DROGBA
O jogador Drogba foi jogar na China, segundo ele, para estreitar as relações de seu país, a Costa do Marfim, com a Terra do Sol Nascente, vai ganhar a irrisórios salários de 850 mil dólares por semana.
Por esta mixaria eu iria jogar no Paquistão pra estreitar as relações com a Índia ou mesmo na China para estreitar as relações com o Tibet!
E por falar em futebol, Mano Menezes que se cuide com este tal de Juan que no treino andou dando uns coices no Pato, senão terá alguns problemas. Acompanhei seu futebolzinho na Seleção Sub-20, e, diferente do original, pula mal na cabeça, é violento e destemperado.


AGENTE DA PF QUE ATUOU NA MONTE CARLO É ASSASSINADO EM BRASÍLIA
Um agente da Polícia Federal que atuou na Operação Monte Carlo foi assassinado na segunda-feira (16) com dois tiros na cabeça.
Wilton Tapajós Macedo estava no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.
Foi na Monte Carlo que o empresário Carlinhos Cachoeira foi preso, em fevereiro deste ano.
Segundo a versão oficial da PF, Tapajós, como era conhecido, visitava o túmulo dos pais. Porém, como ele estava no local em horário de trabalho, colegas levantaram a suspeita de que ele estava em missão.
Foram instaurados dois inquéritos para investigar o caso, um da Polícia Civil do Distrito Federal e outro da própria PF.
Há várias linhas de investigação. Uma delas é que ele tenha sido vítima de latrocínio, uma vez que o automóvel com que chegou ao local onde foi morto, um Gol branco, foi levado.
Horas após a morte, o serviço de inteligência da PM comunicou que um Gol branco suspeito foi visto na divisa do Distrito Federal com Goiás.
Tapajós,56, trabalhava na PF há 24 anos. Atualmente estava lotado no Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF no Distrito Federal, exatamente a unidade que comandou a Monte Carlo.
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- Se confirmada a vendeta é só indiciar como cúmplices as nobres autoridades que botaram na rua a quadrilha do mafioso!