TENDO EM VISTA UMA PEQUENA INTERVENÇÃO
CIRÚGICA, A PARTIR DESTA DATA (09/12/2012)
INTERROMPEMOS NOSSA PROGRAMAÇÃO NORMAL POR APROXIMADAMENTE 30 DIAS.
DURANTE O PERÍODO PROGRAMEI ALGUNS POSTs
COM “AMENIDADES”, PÉROLAS POPULARES COLHIDAS AO LONGO DO ANO PUBLICADAS NA
COLUNA ‘ENTREOUVIDOS’ NA ENCARTADA NO JORNAL O GLOBO AOS DOMINGOS E CLIPs
MUSICAIS QUE MEU ECLETISMO MUSICAL PERMITE.
ESPERO ESTAR
APOSTOS EM BREVE
PARABÉNS...
VOCÊ SOBREVIVEU
E EU TAMBÉM...
PARABÉNS À TODOS
OS
MENINOS E MENINAS QUE SOBREVIVERAM AOS ANOS
1930,
40, 50 , 60 E 70!!
Primeiro, sobrevivemos sendo filhos de mães que fumavam, bebiam,
enquanto 'nos esperavam chegar'... Nem elas nem nós, morremos por isso...
Elas tomavam aspirina, comiam queijos curtidos e azulados sem serem
pasteurizados, e não faziam teste do pézinho ou de diabete.
E depois do traumático parto, nossos berços eram pintados com tintas a base de chumbo em cores brilhantes lead-based e divertidas.
Não tínhamos tampinhas protetoras para chupetas ou mamadeiras,
nem nos frascos de remédios, portas ou tomadas, e quando andávamos nas nossas
bicicletas, não usávamos capacetes, isto sem falar dos perigos que corríamos
quando pedíamos caronas.
Sendo crianças, andávamos nos carros sem cintos de segurança,
air-bags e não ficávamos só nos bancos de trás...
E andar no bagageiro ou na carroceria de uma pick-up num dia
ensolarado de verão era uma diversão premiada.
Bebíamos água no jardim da mangueira e não de uma garrafa
plástica. E era água pura.
Compartilhávamos um refrigerante com outros quatro amigos todos
bebendo da mesma garrafa e ninguém que eu me lembre ficou sequer doente por
isso .
Comíamos bolos, pão com manteiga e tomávamos refrigerantes
açucarados, mas não ficávamos gordos de ficar lesos, simplesmente porque ESTÁVAMOS SEMPRE BRINCANDO NA RUA, NA
CALÇADA, NO QUINTAL OU NO JARDIM, OU NA PRAÇA.
Saíamos de manhã e brincávamos o dia inteiro, desde que
voltássemos antes das luzes da rua se acenderem.
Ninguém conseguia falar com a gente o dia todo. E estávamos
sempre bem, tanto que sobrevivemos. ..
Passávamos horas construindo carrinhos de caixote para
deslizarmos morro abaixo e só quando enfiávamos o nariz em alguma arvore é que
nos lembrávamos que p
recisava ter freios. Depois de alguns arranhões, aprendemos a
resolver isto também, por nossa conta...
Não tínhamos Playstations, Nintendos, Arquivos X, nenhum vídeo
game, nem 99 canais de seriados violentos ou novelas peçonhentas, nenhum filme
em DVD ou VT ou VHS, nem sistemas de surround sound, muito menos telefones
celulares, ou computadores de bolso, ou Internet ou salas de Chat ...
a m i g o s
. ... TÍNHAMOS AMIGOS. . . Íamos lá pra fora e nos encontrávamos ou conhecíamos um novo!
Caímos de árvores, nos cortávamos, quebrávamos
uma canela, um dente, e ninguém processava ninguém por isso. Eram acidentes.
Inventávamos jogos com paus e bolas de tênis e até minhocas e
sapos eram dissecados por nós, cortávamos rabos de lagartixa para ficar olhando
nascer um novo, e nos diziam o que ia acontecer se não nos comportássemos, mas
nada acontecia nem quando engolíamos uma minhoca pra ser mais valente que o
outro.
Íamos de bicicleta ou a pé para a casa de algum amigo e batíamos
na porta ou tocávamos a campainha ou simplesmente abríamos a porta e entravamos
e ficávamos conversando com eles ou brincando.
Os dentes de leite tinham jogos de teste, mas nem todo mundo
passava nem ficava desesperado. Nem os papais interferiam com suas carteiras ou
com suas vozes de poder. Tínhamos que aprender a ficarmos decepcionados.
Imagine só!!
Quebrarmos uma lei ou outra não resultava em castigo nem bronca
homérica? Eles até estavam sempre ao lado da lei e da ordem... E agora?
Foram essas gerações que produziram alguns dos mais aventureiros
solucionadores de problemas, inventores e autores de todos os tempos!
Nos últimos 50 anos nós testemunhamos uma explosão de novidades
e novas idéias.
Tínhamos liberdade, podíamos errar, fracassar, ter sucesso e
responsabilidade, e aprendemos que não há nada melhor que ter
NASCIDO LIVRES
POIS SÓ ASSIM APRENDEMOS A VIVER E SOBREVIVER!
VOCÊ que está lendo provavelmente é um de nós.
PARABÉNS !
Talvez você queira compartilhar isso com mais um de nós que você
conhece e conheceu naquele tempo, no tempo que nós tivemos a sorte de sermos
crianças, antes que os advogados, os
pediatras e o governo estragassem nossas vidas de vez, nos
transformando em bibelôs e barbies, gordos, incapazes, burros e que nunca
jogaram bola de gude...
(recebido por e-mail)