sábado, junho 02, 2012


























CRIOU-SE O IMPASSE
- É torce pra não chegar outra!

AMENIDADES
Sete horas da manhã, o marido entra em casa. A mulher espera de pé, perto da porta.
- Chegando a esta hora, Superman?
- Desculpe, eu estava com clientes.
- E vocês discutiram a noite toda até às sete da manhã, Superman?
- Tá certo. Nós fomos a um bar, até às três horas, para bebericar.
- Até às três, Superman? E o que aconteceu que você só chegou agora, às sete, Superman?
- Eu… Bem…, é que depois nós fomos a um bar de strip-tease; mas eu só fiquei olhando! Eu não percebi o tempo passar.
- Tá bem, Superman . Você só olhou. No que mais você quer que eu acredite, Superman?
- Nada, eu… Espera aí… Por que é que você está me chamando o tempo todo de Superman?
- Porque só o Superman usa a cueca por cima da calça, seu filho da puta!

FAEL COMEMORA SEUS DOIS MESES COMO MILIONÁRIO, MAS O R$ 1,5 MILHÃO CONTINUA INTACTO: ‘Ganho bem fazendo presença vip’
Há exatamente dois meses, um veterinário franzino lá de Aral Moreira, no interior do Mato Grosso do Sul, levava a melhor no “Big Brother Brasil ”. O prêmio de R$ 1,5 milhão veio para mudar a vida de Fael. Mas, até agora, ele não gastou um só centavo. A fama que veio junto com o programa é que tem bancado sua nova vida.
— Ganho bem para fazer presença vip, como não vou gostar de fazer? — diz ele, que mantém o R$ 1,5 milhão no banco: — Está lá rendendo, “crescendo”.
Morando num flat na Barra da Tijuca, de frente para a praia, Fael agora leva uma vida de patrão, como ele mesmo explica.
— Ó onde eu tô! Três horas da tarde e eu sentado na varanda, tomando meu tereré (bebida típica no Mato Grosso do Sul) de frente para esse marzão! Só que a responsabilidade também aumentou demais — resume Fael, que, apesar de ter uma empresária, toma conta de tudo: — Tenho muito medo de ser passado para trás, por isso estou sempre em cima do lance. Leio tudo antes de assinar qualquer coisa.
- Eta republiquetazinha medíocre, onde médicos e professores têm que se virar em três, e, por vezes, quatro turnos pra terem um mínimo de dignidade salarial!

‘HULK’ DA VILA CRUZEIRO TOMA 25 BANHOS PARA VOLTAR AO NORMAL
Foram necessários 25 banhos para que o guardião de piscina Paulo Henrique dos Santos, de 35 anos, conseguisse deixar de ser Hulk. Pintado de verde e representando o herói, Paulo participou do Desafio da Paz, no Complexo do Alemão, neste domingo. No entanto, depois da corrida veio a surpresa: a tinta não saía de seu corpo.
Paulo precisou da ajuda de vizinhos e só conseguiu remover a pintura 24 horas depois da competição. Hoje pela manhã, ele ainda retirava as últimas manchas verdes do corpo.
- Este aí, quis fazer presepada, por pouco não descascava!

DETENTO COM TORNOZELEIRA ELETRÔNICA É PRESO POR FURTO
Alex Torres Barboza, de 20 anos, foi preso por furto, na manhã desta segunda-feira, dentro de um carro estacionado na Rua José Silva, na Pechincha, em Jacarepaguá, enquanto roubava o rádio do veículo. O curioso é que o bandido carregava, no corpo, a comprovação dos antecedentes criminais. Com uma tornozeleira eletrônica de monitoramento à distância, ele era, até então, um dos 1.265 detentos que cumprem pena em regime de Prisão Albergue Domiciliar (Pad).
Com a prisão em flagrante, feita por policiais militares do 18º BPM (Jacarepaguá), que o conduziram até a 41ª DP (Tanque), ele deve voltar a cumprir pena em regime fechado. Ainda que presos monitorados voltem a cometer crimes, o uso das tornozeleiras eletrônicas conta com a aprovação de especialistas.
— A ideia da pena é ressocializar o indivíduo. É muito difícil trazer alguém de volta para a sociedade sem oferecer uma oportunidade — argumenta o advogado João Tancredo, especialista em responsabilidade civil.
OS FATOS
Desde março - Preso por roubo, desde junho de 2010, Alex foi condenado a 6 anos e 2 meses de prisão. Em março deste ano, ele foi beneficiado a cumprir pena em casa.
À noite, em casa - Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o detento tinha a determinação de permanecer na residência todo dia, das 20h às 6h.
...
- Com certeza eles estão se ressocializando, pegou seis anos em 2012, em 2011, isto é, menos de um ano, já estava na rua “se ressocializando”, além do mais, como se viu, o monitoramento é “rigorosíssimo”!

COMERCIAL DA NOVA SCHIN PODE SER RETIRADO DO AR POR INCENTIVAR HOMOFOBIA
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) enviou, nesta segunda-feira, um ofício ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), apontando uma possível discriminação — homofobia — no comercial “Festa de São João”, da cervejaria Nova Schin. No anúncio, um homem travestido de mulher é objeto de piada entre um grupo de amigos. A ABGLT pede a retirada do filme do ar imediatamente.
Segundo o presidente da Associação, Toni Reis, a consternação se dá pelo fato de que a população de travestis está entre as mais discriminadas no Brasil:
— O comercial contribui para referendar e banalizar essa discriminação, ridicularizando a personagem travestida.
- Ainda vou acabar fazendo um movimento para pleitear uma cota de hetero, não espalha pra ninguém, não, mas sou hetero enrustido!
- E por falar nestas publicidades de cervejas, não sei qual é a pior, quando elas aparecem clico logo no “mude”, dá a impressão os marqueteiros tem como público alvo os bêbados de tão idiotas que elas são, esta tal e Schin e tal de BOA, não dá nem pra ver, mesmo no “mude”!

CPI QUEBRA SIGILOS DE EMPRESA QUE TEM ADVOGADO DE DEMÓSTENES COMO SÓCIO
Além da convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiróz, a CPI do Cachoeira também aprovou nesta quarta-feira a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e dos e-mails de uma empresa que tem entre seus sócios o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende dois investigados pela comissão.
A Data Traffic recebeu do governo federal R$ 30 milhões entre 2010 e 2012, em contratos com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) na área de fiscalização eletrônica nas estradas.
Em diálogos interceptados pela Polícia Federal, a empresa foi citada várias vezes por integrantes do esquema de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Por requerimento do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), a empresa teve seus sigilos quebrados nos últimos dez anos.
"A empresa tem ligação com várias lideranças de Brasília", diz o deputado, no requerimento.
Diretores da empresa participaram de uma série de reuniões com membros para discutir a formação de um consórcio interessado em ganhar um contrato no governo de Goiás.
Em conversa entre Cachoeira e Wladimir Garcez, apontado pela PF como braço político do esquema, em 5 de maio de 2011, eles combinam que a Data Traffic será a líder do consórcio, com 39%, a Delta terá 36% e os demais 25% ficariam divididos entre duas empresas.
"Wladimir sugere que se Carlinhos quiser e achar que tem clima, pode interceder junto ao governador [de Goiás, Marconi Perillo] para pedir para a Delta ser a líder no contrato", escreveu a PF em seu relatório.
Kakay disse que tem "apenas" 7% da empresa e que colocou sua cota à venda no ano passado. "Nunca fui a sede da empresa. É apenas um investimento." O irmão de Kakay, Marcos de Almeida Castro, também é sócio da empresa.
...
- Ah bom, é ainda vai ter muita água pra rolar debaixo desta cachoeira!

ANGELA BISMARCHI ACONSELHOU O MARIDO A COMPRAR UMA VAGINA DE PLÁSTICO DURANTE O SEU PERÍODO DE CONFINAMENTO
Angela Bismarchi já mostrou a que veio logo em seu primeiro dia de confinamento em “A fazenda 5”. Sempre polêmica, ela não se intimidou com a pergunta do apresentador Britto Jr. sobre a falta de sexo durante o programa e disparou: "Tenho que arrumar um cantinho pra me masturbar aqui dentro”.
A declaração, é claro, repercutiu nas redes sociais. Fora da internet, a personalidade da mídia, como foi apresentada, também garantiu as polêmicas ao aconselhar o marido a driblar a falta de sexo durante sua ausência com produtos do sex shop.
- Falamos muito sobre isso e vamos esperar um pelo outro. Ela até me aconselhou a comprar uma vagina no sex shop. Mas não precisa - conta Wagner de Moraes, que acredita que a participação da mulher vai agradar o público.
...
- Aleluia, o nível da emissora do bispo está cada vez melhor, hein!
- Faço idéia o nível dos outros participantes que nem sei quem são!

sexta-feira, junho 01, 2012

































QUANDO POSTEI NESTE HUMILDE BLOG A NOTICIA DA APROVAÇÃO DA LEI, EM 10.05.2012, FIZ O SEGUINTE COMENTÁRIO:
- Isto já existe em quase todo o mundo civilizado, mas, macacos me mordam se os ultra-hiper-garantistas não ingressarão no respeitabilíssimo STF argüindo inconstitucionalidade da lei!
- Não deu outra:
#VETADILMA
A assessoria do Ministério da Justiça deve recomendar que Dilma vete artigo da lei que cria o banco de dados de DNA criminal. O artigo sob análise obriga presos condenados a recolher material genético. A alegação é que a imposição fere direitos individuais.
Reação
O ministro José Eduardo Cardozo recebeu peritos da Polícia Federal que defendem a sanção integral ao projeto. Para eles, o veto inviabiliza o banco. (coluna Painel – Folha – 25.05.2012)
- Fico comovido com a “sensibilidade” e o “garantismo” dos “humanitários” da republiqueta da Constituição “Cidadã”, onde a mais alta Corte de Justiça do país anistia torturadores e assassinos que praticaram seus crimes em nome do Estado>
- Enquanto isso...

Já em países sem “as leis mais avançadas do mundo” e sem a Constituição “Cidadã” e com penas duras ou “vingativas da sociedade como afirmam certos “humanitários”...
- Agora, pergunta-se, quantos dos países que adotam banco de DNA de criminosos são denunciados em organizações de direitos humanos e em quantos o Brasil varonil tá lá com o seu retrato falado?
- Não por acaso que menos de 4% dos crimes praticados na republiqueta são solucionados.

E NENÉNS CONTINUAM MATANDO

AMENIDADES
Dois baianos que eram primos vão servir o Exército. Chegando lá, são entrevistados pelo sargento:
- Qual o seu nome? – pergunta ao primeiro.
- É Tonho, meu rei.
- Negativo. De agora em diante, você será Antônio. E o que você está fazendo aqui?
- Tô dando um tempo.
- Negativo. Você está servindo à Pátria. E o que é aquilo? – pergunta, apontando para a Bandeira do Brasil.
- É a bandeira.
- Negativo. De agora em diante, ela é a sua Mãe. Vira-se para o segundo e pergunta:
- Qual o seu nome?
- É Pedro.
- E o que você está fazendo aqui?
- Servindo à Pátria.
- E o que é aquilo (apontando para a bandeira)?
- É minha tia, mãe de Tonho…

PENSAMENTO DO DIA
Estranho este país abaixo da Linha do Equador, um ti-ti-ti entre um ex-presidente, um ex-ministro e um ministro do STF repercute mais em blogs e em veículos de grande circulação, com direito a nota oficial da respeitabilíssima OAB, do que o relacionamento íntimo, a ponto de viajarem juntos ao exterior, de um ministro da Suprema Corte com um senador membro da quadrilha de um mafioso, seu moleque de recado para lobbies nos podres Poderes da República. (JM-Sem Perdão)


OAB DEFENDE SUPREMO E COBRA EXPLICAÇÃO DE LULA
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou nota nesta segunda-feira (28) cobrando explicações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível pressão a ministros do Supremo Tribunal Federal para adiar o julgamento do processo do mensalão.
"A ser confirmado o teor das conversas mantidas com um ministro titular do Supremo, configura-se de extrema gravidade, devendo o ex-presidente, cuja autoridade e prestígio lhe confere responsabilidade pública, dar explicações para este gesto", diz a nota assinada pelo presidente da organização, Ophir Cavalcante.
"O Supremo Tribunal Federal, como instância máxima da Justiça brasileira, deve se manter imune a qualquer tipo de pressão ou ingerência. Ainda que o processo de nomeação de seus membros decorra de uma escolha pessoal do presidente da República, não cabe a este tratá-los como sendo de sua cota pessoal, exigindo proteção ou tratamento privilegiado, o que, além de desonroso, vergonhoso e inaceitável, retiraria dos ministros a independência e impessoalidade na análise dos fatos que lhe são submetidos."
- Fico muito Feliz pela iniciativa e ansioso pra saber quando a respeitável Ordem, guardião da moral e da ética nas instituições republicanas cobrará explicações do nobre ministro Gilmar Mendes por seu comportamento inadequado com a magnitude do cargo que exerce na mais alta Corte de Justiça do país!

FICHA LIMPA FACILITARÁ COMBATE À CORRUPÇÃO, DIZ CESAR ASFOR ROCHA
BRASÍLIA. Ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cesar Asfor Rocha afirmou nesta terça-feira que a combinação natural entre ações por improbidade administrativa com a Lei da Ficha Limpa facilitará o combate a corrupção na administração pública. O ministro fez o comentário ao lançar seis livros, um deles, “Breves reflexões críticas sobre a ação de improbidade administrativa”, uma análise específica sobre as nuances da da lei de improbidade. A solenidade de lançamento dos livros marcou as comemorações de 20 anos de atividades de Asfor Rocha como ministro do STJ.
...
Ministros dos tribunais superiores, parlamentares e advogados compareceram em peso ao STJ para acompanhar o lançamento dos livros. A solenidade acabou se transformando numa homenagem ao ministro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes elogiou a atuação de Asfor Rocha não apenas como magistrado do STJ, mas também como corregedor do Conselho Nacional de Justiça (STJ). O conselho e a corregedoria são hoje considerados uns dos principais instrumentos de fiscalização e modernização do Judiciário.
— Todos nós que acompanhamos o Judiciário sabemos da importância do trabalho desenvolvido pelo ministro Cesar Asfor Rocha à frente do STJ como juiz e como dirigente. Depois, também da importância de seu trabalho como corregedor-geral do CNJ, onde ele também deu uma decisiva contribuição. Acredito que é um juiz completo e que honra o Judiciário nacional — disse Mendes.
- Ele merece!
Policarpo Junior, VEJA
A indicação dos ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal (STF) é uma atribuição exclusiva do presidente da República. Em fevereiro de 2010, o ministro Cesar Asfor Rocha, então presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi convidado por Lula para uma audiência que durou cerca de trinta minutos. Falaram sobre os problemas da Justiça, trocaram elogios e, por fim, o presidente comunicou ao magistrado que o havia escolhido para ocupar uma vaga que seria aberta no STF.
Combinaram que o assunto deveria ser mantido em segredo até o anúncio oficial - e despediram-se com um abraço. Em novembro, em um encontro na casa do presidente do Congresso, José Sarney, o ministro Cesar Asfor comunicou ao senador que não tinha mais interesse na indicação para o cargo e pediu a ele que informasse ao presidente Lula que se sentia atingido em sua “dignidade pessoal”. Asfor Rocha nunca mais falou sobre o assunto. Em março passado, a vaga no STF foi ocupada por Luiz Fux, seu colega de tribunal.
O que aconteceu nos nove meses que separaram o convite de Lula e a desistência de Cesar Asfor é um enigma que dominou com especulações o meio jurídico e político de Brasília. A repentina recusa do magistrado contrastava com seu público e notório entusiasmo diante da possibilidade de se transferir para a mais alta corte de justiça do Brasil.
Governadores, advogados, políticos e empresários promoviam romarias ao gabinete do “futuro ministro do Supremo” para cumprimentá-lo antecipadamente pela indicação, dada, então, como certa. A saída de Asfor da disputa pela vaga no STF pareceu inexplicável a muita gente. Quando se revelou que Asfor havia justificado sua desistência alegando a preservação da sua “dignidade pessoal”, a especulação foi às alturas.
VEJA levantou os reais motivos responsáveis pela súbita e inesperada mudança de ideia do magistrado. Cesar Asfor teve seu nome envolvido em uma acusação ruinosa para qualquer magistrado: a de receber propina. Não bastasse isso, potencializou os efeitos desastrosos da acusação o fato de ela ter partido de ninguém menos que o próprio presidente da República. Mas não foi o mesmo Lula que fez o convite a Asfor nove meses antes? E o fez a seu modo, com uma profusão de elogios e um abraço carinhoso no final da conversa.
O que fez Lula retirar a indicação de Cesar Asfor? VEJA ouviu de interlocutores diretos de Lula relatos esclarecedores sobre o episódio. A essas pessoas Lula confidenciou que havia desistido de indicar o ministro depois de ter sido informado de que ele teria pedido dinheiro para decidir no STJ em favor de um recurso de interesse de determinada empresa.
Chegou aos ouvidos de Lula que, mesmo tendo recebido a propina combinada, Cesar Asfor rompeu o acordo e julgou o processo em desfavor dos interesses dos corruptores. Lula disse a seus interlocutores que se convencera da veracidade da denúncia contra seu, até então, candidato in pectore a uma vaga no STF. Por que razão o presidente aceitou como verdadeira a grave denúncia contra Asfor?
A explicação dada por Lula foi que sua fonte era um amigo que merecia sua total confiança, conforme relata um dos interlocutores: “Em uma recepção no Palácio da Alvorada, em outubro, perguntei ao presidente quando ele anunciaria a escolha de Cesar Asfor para o Supremo. ‘Não vai dar’, respondeu o presidente, um amigo meu disse que ele pediu uma mala de dinheiro para decidir um caso”. Espantado diante da revelação, o interlocutor teve outra surpresa quando Lula revelou que o amigo da história era Roberto Teixeira, seu advogado e compadre.
Com um ou outro detalhe discrepante, Lula contou a mesma história a um ministro, a um seu ex-ministro, a um governador e a um advogado de intensa militância nas altas cortes da capital federal. Ela pode ser resumida assim: Roberto Teixeira teria procurado Cesar Asfor na condição de advogado de uma empresa de fertilizantes para conversar a respeito de um processo que tramitava no Superior Tribunal de Justiça. Depois de ouvir os argumentos do advogado, o ministro teria pedido 500000 reais de propina para julgar a causa a favor da empresa.
Indignado com a quebra do compromisso, Roberto Teixeira teria reclamado com o presidente, que decidiu suspender a indicação do ministro. Cesar Asfor soube dessa versão em outubro do ano passado e no mês seguinte pediu a Sarney que levasse a Lula a mensagem cifrada em que citava sua “dignidade pessoal”. Antes de falar com Sarney, Asfor cuidou de rastrear a origem da história e constatou que ela realmente tivera origem no gabinete presidencial. Sempre bem informado sobre os bastidores do poder, o senador José Sarney confirmou ao amigo Asfor, com a polidez de sempre, que realmente “havia algo de errado acontecendo”.
Procurado por VEJA na semana passada, Cesar Asfor confirmou que o suposto suborno foi, de fato, a causa de sua desistência à vaga no Supremo. “Fui vítima de leviandades por parte de pessoas que queriam inviabilizar o meu nome para o Supremo. Mas prefiro acreditar que o ex-presidente da República foi enganado por essas pessoas que usam a sordidez como linguagem”, disse o ministro.
Asfor contou a amigos que tomou conhecimento da história pela primeira vez através de um colega da própria magistratura. “Ele me disse que soubera de amigos do Palácio do Planalto que o presidente estava falando coisas absurdas a meu respeito. Mas não quero mais falar sobre isso. É coisa que pertence ao passado.”
O advogado Roberto Teixeira, personagem central de todas as versões da mesma trama, esteve com o ministro Cesar Asfor no dia 3 de agosto do ano passado, em audiência oficial no gabinete da presidência do STJ. Mesmo sem procuração da empresa, apresentou-se como defensor da Fertilizantes Heringer S/A e explicou que estava apresentando um recurso ao tribunal para tentar suspender o julgamento anterior, que impedia uma unidade da empresa de operar.
A fábrica, localizada em Paranaguá, no estado do Paraná, teve sua produção interrompida por provocar danos ao meio ambiente com a eliminação de resíduos tóxicos na atmosfera. A audiência concedida por Asfor a Teixeira durou cerca de quinze minutos. Um mês depois, o recurso de interesse da Heringer, relatado por Asfor, foi negado por todos os onze ministros da corte especial do STJ. A Heringer informou que Teixeira não foi contratado como advogado e esclareceu que ele atuou na condição de consultor.
Consultor de quê? A empresa não respondeu. Teixeira também não quis entrar em detalhes. Por escrito, informou apenas: “Nossa atuação como advogados está submetida exclusivamente à Ordem dos Advogados do Brasil, não cabendo à revista VEJA ou a qualquer outra entidade exercer o controle, avaliar ou censurar a nossa atuação profissional inclusive através de perguntas tendenciosas, objetivando a cizânia, e que, ademais, nenhuma conexão mantêm com o caso específico utilizado para a veiculação das mesmas”.
A assessoria do ex-presidente Lula informou que ele está em viagem ao exterior e não pôde ser localizado. Cesar Asfor guarda para si a convicção de que o encontro que teve com Teixeira e o julgamento desfavorável a Heringer estão na origem da história contada a Lula e que lhe custou uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.
STF ARQUIVA INTERPELAÇÃO CONTRA MINISTRO ASFOR ROCHA
A interpelação judicial só deve ser admitida para esclarecer afirmações equivocadas ou dúbias e não serve para obter provas de autoria de um fato criminoso para embasar futura ação penal. Com esse entendimento, o Supremo Tribunal Federal arquivou, nesta quinta-feira (18/8), o pedido de explicações feito pelo advogado Roberto Teixeira ao ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça, e à revista Veja.
A decisão foi tomada por oito votos a um, vencido o ministro Marco Aurélio. A maioria dos ministros entendeu que não há razão para o pedido de explicações, já que a reportagem que provocou a interpelação não deixa dúvidas em relação ao seu conteúdo. O julgamento foi concluído depois que o ministro Ayres Britto, que pediu vista do processo na semana passada, trouxe seu voto para o plenário.
Teixeira entrou com a interpelação por conta da reportagem Calúnia ou prevaricação, publicada em abril pela Veja. Na reportagem, o jornalista Policarpo Júnior narra que Asfor Rocha desistiu de concorrer à cadeira de ministro do Supremo porque viu seu nome envolvido em uma acusação de suborno, que classificou como absurda e leviana.
De acordo com a notícia, o advogado Roberto Teixeira teria dito ao então presidente Lula, seu compadre, que pagou ao ministro por uma decisão que ele não deu. Lula, então, usou o caso para justificar porque não iria nomear Asfor Rocha para o STF. Ao tomar conhecimento disso, o ministro, que antes havia sido informado por Lula que seria nomeado, fez chegar ao presidente que não queria mais a vaga.
À revista Veja, Asfor Rocha disse: “Fui vítima de leviandades por parte de pessoas que queriam inviabilizar o meu nome para o Supremo. Mas prefiro acreditar que o ex-presidente da República foi enganado por essas pessoas que usam a sordidez como linguagem”.
Ayres Britto anotou que não há, nas duas frases ditas por Asfor Rocha e publicadas pelo jornalista, qualquer referência ao advogado. “Em sã consciência eu não consigo extrair dessas passagens nenhuma referência a quem quer que seja. A referência a Roberto Teixeira não é feita por Asfor Rocha, nem diretamente, nem indiretamente”, afirmou Britto.
O ministro concordou com o relator do pedido de explicações, ministro Gilmar Mendes, para quem que “não se explica o que já está claro”. De acordo com Mendes, o texto não é de Asfor Rocha, mas do jornalista Policarpo Junior. Logo, não há o que o ministro deva explicar. Em relação ao jornalista, Mendes sustentou que o texto deixa claras todas as suas conclusões e interpretações.
Gilmar Mendes já havia arquivado a interpelação judicial. “Não é razoável que a vítima da calúnia mencionada na reportagem seja interpelada para dizer algo acerca do que é afirmado contra ela mesma”, afirmou na ocasião. Mas o advogado Roberto Teixeira entrou com agravo contra a decisão. Nestes casos, cabe ao plenário do Supremo dizer se mantém a decisão do relator ou a reforma.
Depois do voto de Gilmar Mendes, na semana passada, o ministro Luiz Fux também afirmou que a interpelação de Teixeira é inepta. O ministro citou o artigo 144 do Código Penal, que prevê a possibilidade de pedido de explicações por aquele que se sinta ofendido ou caluniado, mas não para aferir a autoria das frases de uma reportagem, como quer o advogado.
Ao discordar dos colegas, o ministro Marco Aurélio afirmou que talvez o processo devesse ter três interpelados: além do jornalista e do ministro, o ex-presidente Lula, já que a reportagem o envolve na trama. O ministro afirmou que notificar os interpelados para que prestem os esclarecimentos pedidos por Roberto Teixeira não é colocá-los no banco dos réus, mas dar a oportunidade de que os fatos sejam elucidados. Em seguida, o ministro Ayres Britto pediu vista do processo e adiou a definição da causa.
Na sessão desta quinta-feira (18/8), além de Britto, os outros cinco ministros presentes em plenário que não haviam votado concordaram com o relator. O ministro Celso de Mello reforçou que o texto “não se registra qualquer frase que se mostre impregnada de equivocidade ou dubiedade. Portanto, inocorrentes esses pressupostos, não se viabiliza o processamento dessa ação cautelar penal”.
O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, afirmou que há falta de interesse processual na ação. “Não há dúvida, ambiguidade ou incerteza a respeito das afirmações. As coisas que pretendem ver esclarecidas, já o estão”, concluiu Peluso.
Rodrigo Haidar é correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília.
- Cada um que tire suas conclusões!

Corre no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), sediado em Brasília, um habeas corpus que questiona a legalidade das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal no inquérito da Operação Monte Carlo. Foi ajuizado pela defesa de Carlinhos Cachoeira, comandada pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.
Pede-se a anulação da ação penal aberta contra Cachoeira na 11ª Vara Federal de Goiás e a liberação do contraventor, preso desde 29 de fevereiro. A petição encontra-se sobre a mesa do desembargador Tourinho Neto. Chamado a opinar, o Ministério Público Federal emitiu parecer pelo indeferimento do pedido.
Thomaz Bastos e sua equipe sustentam que a PF não poderia ter requerido os grampeamento de telefones com base apenas em denúncias anônimas. Daí o pedido de anulação das escutas e, em consequência, de todas as provas obtidas no inquérito. A Procuradoria da República rebateu a alegação num parecer assinado pelo procurador Carlos Alberto Vilhena e enviado ao TRF-1 nesta quarta (30).
No texto, Carlos Vilhena anota que as denúncias anônimas foram checadas em investigações preliminares, feitas antes da requisição dos grampos. Nessa apuração, foram identificadas 13 casas de jogos ilegais comandadas pela quadrilha de Cachoeira nas cidades goianas de Valparaíso e Águas Lindas.
O procurador também defende a legitimidade do anonimato em casos do gênero:  “Não sei se a defesa entende que não é qualquer pessoa que tem coragem de assinar seu nome em documento que denuncia uma organização criminosa que conta com suposto envolvimento de dezenas de policiais”, escreve no parecer enviado ao desembargador Tourinho Neto.
...
- Já vi este filme e acaba colando nos respeitabilíssimos altos escalões do mavioso Poder Judiciário da terra de Carlinhos Cachoeira do Brasil, e ele deu a sorte de estar prevento ao nobre desembargador que lhe concedeu a transferência de um presídio de segurança máxima para o queijo suíço chamado de Papuda!
- A propósito:
TRF SUSPENDE AUDIÊNCIA DE CACHOEIRA NA JUSTIÇA DE GO
Decisão do Tribunal Regional Federal acata pedido dos advogados do contraventor, que alegam cerceamento; processo julgará outras sete pessoas envolvidas com esquemas de jogos ilegais
Liminar do desembargador federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, suspendeu as audiências previstas para estas quinta, 31, e sexta-feira, 1º, para o julgamento de Carlos Agusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Também seriam ouvidos pela Justiça Federal de Goias outros sete membros da organização criminosa comandada por ele e envolvida com esquemas de jogos ilegais.
A decisão foi tomada na noite dessa quinta-feira, 30, após a defesa de Cachoeira entrar com habeas corpus pedindo o adiamento das audiências. Os advogados alegaram cerceamento de defesa e ilegalidade no desmembramento do processo. "Se um dos lados corrompe, o outro é corrompido", diz o pedido em relação aos outros 73 denunciados, em especial aos policias militares.
A defesa também pediu que a conversa com os réus fosse feita em local reservado e sem a participação de agentes de segurança. O juiz da 11ª vara Paulo Agusto Moreira Lima negou na quarta-feira, 29, essa solicitação. O desembargador Tourinho Neto determinou que as audiências ficassem suspensas até que os pedidos fossem atendidos pelo juiz de primeira instância.
...
Convocado pela CPI que investiga suas relações com políticos, Cachoeira afirmou que estava disposto a contar o que sabia após o depoimento em juízo.
- Eu não disse que ele é um homem de sorte!
- É bom lembrar que o nobre mafioso disse na CPMI que falaria ao respeitabilíssimo Congresso Nacional após o depoimento que prestaria ontem, na Justiça Federal de Goiás, com a firme certeza que o nosso mavioso Poder Judiciário, mormente, a segunda instância está sempre disposta a abrir o seu longo guarda-chuva da impunidade, nas cores verde e amarelo, para abrigar todo tipo de chicanas, desrespeito à República e escárnio para com o cidadão de bem, mas, claro, tudo em nome dos direitos fundamentais previstos na Constituição “Cidadã”, no mais amplíiiiisssimooo, generalíiiiissiiiimo e irrestritíiiiiissiiiimooo direito de defesa, afinal, vivemos no Estado “Democrático” de Direito e, se oponha a este deboche à República e estupro que fazem com o verdadeiro espírito da lei que você será execrado e acusado pelos “garantistas”, “constitucionalistas” e tudo quanto é “istas” de déspota, tirano, antidemocrático, de defender o justiçamento e tribunais de exceção!  
E VIVA A TERRA DE CARLINHOS CACHOEIRA DO BRASIL!


PALMAS PARA O SENADOR PEDRO TAQUES
Que, ontem, na CPMI do Cachoeira, a despeito do destempero do nobre deputa Silvio Costa, não permitiu que o não menos nobre senador Demóstenes Torres, braço político do mafioso, fosse humilhado por ter usado o direito garantido na Constituição “Cidadã” de permanecer calado, embora na respeitável Comissão de Ética do ilibado Senado Federal tenha falado mais de duas horas e meia desfilando seus argumentos de inocência..
Quanto ao nobre senador Demóstenes, não obstante, tenha redescoberto Deus, infelizmente, dentre os direitos e garantias previsto na Constituição “Cidadã”, não está o da garantia da honra, esta não há constituição, tratados ou convenções que lhe garanta.

quinta-feira, maio 31, 2012


















DA SÉRIE: A INDÚSTRIA DE LIMINARES NA TERRA DE CARLINHOS CACHOEIRA DO BRASIL
Com este negócio do nosso nobre alcaide pedir aos cariocas que hospedassem estrangeiros em sua casa durante grandes eventos no Rio, por falta de infra-estruturas na republiqueta, em especial na “Cidade Maravilhosa”, e, se aproximando da Rio+20, resolvi atender ao pedido de Sua Excelência, oferecendo hospedagem a um sueco que chegou no justo momento em que o Fantástico exibia a reportagem.
Após fazer-lhe a tradução do que se passava, notei que ele estava começando a se sentir mal. Após umas doses de uísque ele foi se recuperando e começou a fazer suas perguntas:
- Mas, vem cá, este nobre empresário ainda está solto?
- E ainda não fecharam a empresa?
- E os débitos fiscais ainda não foram executados?
- E o mérito da liminar concedida ainda não foi julgado?
- E ninguém está respondendo por homicídio doloso?
Foi aí que, como bom cidadão, invoquei a Constituição “Cidadã” e lhe disse: vou exercer o meu direito constitucional de ficar calado.
Neste momento, ele voltou a sentir falta de ar e ficar vermelho. Para acalmá-lo, disse-lhe – fique tranqüilo, vamos mudar de assunto – ato continuo, fui pro computador e abri no site do Consultor Jurídico, justo na notícia:

JUIZ RECONHECE PRESCRIÇÃO DE PROCESSO DE 81 ANOS
Tanto o cantor Cauby Peixoto quanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nasceram em 1931. Data do mesmo ano da inauguração da Estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e da primeira exibição do longa-metragem Drácula, dirigido por Tod Browning. Foi também em 1931 que Mario Casalecchi e Nicomedes Gomes deram início a uma batalha judicial que, esquecida no tempo, acabou por prescrever na Justiça de São Paulo.
Do processo de 81 anos que chegou à 6ª Vara Cível de Bauru, no interior paulista, em 27 de fevereiro de 1931 sabe-se pouca coisa. O valor da causa da Ação de Cobrança é de 335,5 mil, em moeda não definida.
Autos nº. 599-12. Vistos. Cuida-se de ação de cobrança intentada em 27/02/1931, só agora distribuída para essa Vara, e que aguarda abertura de conclusão pela Vara de Origem desde abril de 1931. Há de ser reconhecida, de ofício, a prescrição (Código de Processo Civil., art. 219, §5º, portanto. Nos termos do artigo 173 do Código Civil vigente à época, a prescrição interrompida pela citação voltou a correr desde o último ato processual, ocorrido em abril de 1931. Logo, consumou-se a prescrição vintenária prevista no artigo 177 do Código Civil/16. Sendo assim, julgo extinto o processo nos termos do artigo 269, IV, do Código de Processo Civil. Prescritas também, as custas e os honorários, arquivem-se os autos após a intimação das partes por edital. Intimem-se. Bauru, data supra. ANDRÉ LUÍS BICALHO BUCHIGNANI JUIZ DE DIREITO
- Pronto, era o que faltava para ele entrar em coma, não me restando outra alternativa, senão alugar um avião equipado com UTI e mandá-lo de volta para a Suécia. E não me perguntem como ele está passando, eis que, nunca mais atendeu meus telefonemas.
E olha que nem falei para ele sobre o REU CONFESSO Pimenta Neves que matou, fria e covardemente, a namorada com dois tiros pelas costas, que teve a pena reduzida, levou 11 anos para ser preso, porque o nosso respeitabilíssimo STF concedeu-lhe o direito de responder em liberdade e os país da vítima estão morrendo aos poucos, a mãe senil, o pai teve câncer, AVC e está numa cadeira de rodas, senão seria como profundo e irreversível.
- Felizmente, a experiência me serviu de lição. O próximo estrangeiro que eu hospedar, assim que pisar na porta do apartamento dou-lhe logo um Boa Noite Cinderela e ele só vai acordar dentro da tenda do evento e de lá vai direito para o aeroporto.
























OPINIÃO DO DIA
Jornalista Bob Fernandes


CHARGES.COM.BR


AMENIDADES
Uma loira entra numa loja e vê uma coisa brilhante.
O que é isso? - pergunta ela.
- Uma garrafa térmica - responde o vendedor.
- E o que ela faz? - pergunta ela.
O vendedor explica:
- Ela mantém frias as coisas frias e quentes as coisas quentes. A loira compra a garrafa térmica.
No dia seguinte ela a leva para o trabalho. Seu chefe, estranhando esse objeto brilhante, pergunta
- O que é?
- Uma garrafa térmica - responde ela.
- E o que faz? - pergunta o chefe.
- Mantém quentes as coisas quentes e frias as coisas frias - responde a loira.
O chefe pergunta:
- E o que tem dentro?
A loira, satisfeita, diz:
- Duas xícaras de café e um suco gelado.

PENSAMENTO DO DIA
Imagina o que aconteceria nos Estados Unidos se um ministro da Suprema Corte fosse a um escritório de advocacia de Wall Street? O mundo caía. (deputado Miro Teixeira – coluna Panorama Político – O Globo – 30.05.2012)
- Aqui, em vez de dar voz a quem lhe tentou intimidar ou chantagear, comunicar imediatamente a seus pares o fato em reunião administrativa especial, convocar coletiva com a imprensa para denunciar a afronta, ele leva TRINDA dias pra ficar “perplexo”, corre pra um órgão oficial do Carlinhos Cachoeira do Brasil, conta uma história e a grande mídia safada, ordinária, pusilânime lhe dá espaços generosos e seus jornalistazinhos amestrados subservientes tomam como verdadeira sua história fanstasiosa, enquanto seus pares, além de não chamá-lo às falas por sair de seu gabinete e visitar escritório de advocacia,  precipitadamente tomam como verdadeira a sua versão, num corporativo abjeto, sem lhe questionar pontos altamente duvidosos, cheia de furos, divergindo até mesmo entre o que diz no órgão oficial de Carlinhos Cachoeira do Brasil e o que declara de própria voz na TV.
- Não estou aqui a defender o ex-presidente Lula, do qual tenho sérias, mas, seríssimas divergências, haja vista que considero todos os políticos farinha do mesmo saco, porém, gostemos ou não do Lula, temos que reconhecer, é um dos políticos mais inteligentes que já tivemos e, não por acaso, consegue fazer trato com Deus e o diabo, da mesma maneira que acho que o mensalão EXISTIU e ponto, então, ele não seria burro a ponto de procurar justo aquele que, sem compostura, se porta na Suprema Corte como braço político da oposição, para fazer uma proposta imoral desta.
- A propósito, sobre o assunto, reproduzo artigos de dois jornalistas mais sérios, no meu conceito, coisa raríssima, que se portam como tais, sem parcialidade e nem distorcer os fatos, bem como do honrado jurista juiz aposentado Wálter Fanganiello Maierovitch, além do excelente artigo do brilhante jurista Dalmo de Abreu Dallari, que já antevia o desastre de ter como membro da mais alta Corte de Justiça do país o nobre ministro Gilmar Mendes.

NÃO FOI POR FALTA DE AVISO
DEGRADAÇÃO DO JUDICIÁRIO
Jurista e professor Dalmo de Abreu Dallari
Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição e que tenha condições efetivas para impedir arbitrariedades e corrupção, assegurando, desse modo, os direitos consagrados nos dispositivos constitucionais.
Sem o respeito aos direitos e aos órgãos e instituições encarregados de protegê-los, o que resta é a lei do mais forte, do mais atrevido, do mais astucioso, do mais oportunista, do mais demagogo, do mais distanciado da ética.
Essas considerações, que apenas reproduzem e sintetizam o que tem sido afirmado e reafirmado por todos os teóricos do Estado democrático de Direito, são necessárias e oportunas em face da notícia de que o presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas, encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica.
Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático.
Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o Supremo Tribunal Federal, tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente -pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.
É oportuno lembrar que o STF dá a última palavra sobre a constitucionalidade das leis e dos atos das autoridades públicas e terá papel fundamental na promoção da responsabilidade do presidente da República pela prática de ilegalidades e corrupção.
É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou-se em “inventar” soluções jurídicas no interesse do governo. Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União, aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalidade, duas vezes negada pelo STF, “inventaram” uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.
Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.
Indignado com essas derrotas judiciais, o dr. Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um “manicômio judiciário”.
Obviamente isso ofendeu gravemente a todos os juízes brasileiros ciosos de sua dignidade, o que ficou claramente expresso em artigo publicado no “Informe”, veículo de divulgação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (edição 107, dezembro de 2001). Num texto
sereno e objetivo, significativamente intitulado “Manicômio Judiciário” e assinado pelo presidente daquele tribunal, observa-se que “não são decisões injustas que causam a irritação, a iracúndia, a irritabilidade do advogado-geral da União, mas as decisões contrárias às medidas do Poder Executivo”.
E não faltaram injúrias aos advogados, pois, na opinião do dr. Gilmar Mendes, toda liminar concedida contra ato do governo federal é produto de conluio corrupto entre advogados e juízes, sócios na “indústria de liminares”.
A par desse desrespeito pelas instituições jurídicas, existe mais um problema ético. Revelou a revista “Época” (22/4/ 02, pág. 40) que a chefia da Advocacia Geral da União, isso é, o dr. Gilmar Mendes, pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público -do qual o mesmo dr. Gilmar Mendes é um dos proprietários- para que seus subordinados lá fizessem cursos. Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na “reputação ilibada”, exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo.
A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo, com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado, prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou “ação entre amigos”. É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática. (jornal Folha de São Paulo – 08.05.2012)

UMA CONVERSA PARA ENTRAR NA HISTÓRIA
Por Alberto Dines em 29/05/2012 na edição 696
Veja continua em cartaz. E também o seu Manual de Estilo. A matéria da edição 2271 (data de capa 30/5, pág. 62), em que revela uma suposta chantagem do ex-presidente Lula da Silva sobre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para adiar o julgamento do mensalão, é um clássico do seu repertório de denúncias.
Um repórter ou analista político da escola tradicional, pré-Facebook, teria eliminado os dois enormes parágrafos iniciais e começado no terceiro. Resultaria mais impactante. E veraz.
O enorme “nariz de cera”, além de antiquado, revela uma disposição panfletária que só os leitores muito desligados não identificarão como tentativa de indução. Aliás, desnecessária: o teor da versão do ministro Gilmar Mendes sobre o seu encontro com o ex-presidente no escritório do ex-ministro Nelson Jobim é tão surpreendente e explosivo que torna supérfluos todos os expedientes e recursos dramatizadores usados pelo semanário.
Gilmar Mendes revela uma memória prodigiosa, as frases de Lula que registrou e repassou aos repórteres de Veja indispõem o ex-presidente com três ministros da suprema corte (Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowski) e um ex-ministro também chefe da Comissão de Ética Pública da Presidência (Sepúlveda Pertence). Adicionadas à tentativa de coagir moralmente o interlocutor Gilmar Mendes, também ministro do STF, constituem inédito e inaudito aperto no Judiciário. Mesmo que Lula, sem qualquer mandato ou cargo político, seja livre para dizer o que pensa.
Reportagem, reportagem
Ouvido por Veja, o anfitrião Nelson Jobim confirmou o encontro e acrescentou que as partes da conversa que presenciou “foram em tom amigável”. Isso não está em questão. Gilmar Mendes procurou ser mais preciso ao classificá-la como “pouco republicana”, segundo o experimentado repórter político Jorge Bastos Moreno na edição do Globo de segunda-feira, 27/5 (ver “Lula e Gilmar Mendes: conversa errada, no local errado, com pessoa errada”).
Àquela altura, de acordo o mesmo repórter, Gilmar Mendes teria “tirado a toga” (isto é, soltado a franga) ao destacar o papel do araponga Dadá (o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Martins de Araujo, braço direito de Carlos Cachoeira) na operação Satiagraha.
Se trabalhasse suas matérias com um pouco mais de cuidado, Veja teria oferecido uma versão mais consistente, mais saborosa e até mais trepidante do encontro de bambas. Se não estivesse tão aflita e afoita em colocar o mensalão nas manchetes antes de iniciado o julgamento, teria refletido que um ex-presidente da República tem o direito de dizer o que bem entende. Na hora em que desejar. Não tem poderes, tampouco limitações.
O bom jornalismo tem limitações. Parafraseando Gertrude Stein e suas rosas, “reportagem é reportagem, é reportagem, é reportagem”.

ALÉM DAS VERSÕES
Por que só passado um mês Gilmar Mendes quis dar à "Veja" sua versão do que Lula lhe teria dito?
Será sempre por mera preferência pessoal, ainda que de fundo político, a escolha que se faça entre as versões conflitantes de Gilmar Mendes e de Nelson Jobim para a conversa de Lula com o ministro do Supremo Tribunal Federal, que o acusa de tentar pressioná-lo para não apoiar o julgamento do mensalão antes das eleições. O que Jobim, única testemunha do encontro, nega.
Versão contra versão, de duas pessoas com o mesmo grau de confiabilidade. Mas o impasse não evita uma outra questão importante em vários sentidos.
O encontro, no escritório de Nelson Jobim, foi em 26 de abril. Por que só passado um mês Gilmar Mendes quis dar à "Veja" sua versão do que Lula lhe teria dito?
A hipótese plausível é a de lançar a granada o mais próximo possível das eleições, mas não tanto que tornasse óbvia a intenção.
Pode haver outras hipóteses, não formuláveis, porém, porque só poderiam decorrer de motivos (ainda) misteriosos.
Também não há hipótese plausível para o encontro com Gilmar Mendes, pedido por Lula a Nelson Jobim, senão o de obter a simpatia do ministro do STF para o julgamento mais tarde, contra as fortes pressões para apressá-lo.
Neste caso, a ideia do encontro seria uma falha desastrosa da sensibilidade de Lula.
Vêm lá da relação com Collor e seu governo, até como seu defensor na sessão do Senado para o impeachment, as evidências do convívio áspero de Gilmar Mendes com a existência do PT. E, na origem dessa posição ou por extensão dela, com Lula.
Foram inúmeras as manifestações de Gilmar Mendes hostis ao governo Lula. Por mais de uma vez, chegou a dizer, no seu estilo exaltado, que vivíamos então em "um Estado policial".
Se não no trato jurídico, nas atitudes pessoais Gilmar Mendes deu todas as indicações de que seria a última pessoa a quem Lula poderia levar uma proposta de índole política. E de conveniência sua e do PT nas eleições. Em São Paulo, sobretudo.
Lula foi movido por propósitos políticos, portanto, na versão divulgada por seu interlocutor. E Gilmar Mendes, que propósitos o moveram, se não foram políticos, para lançar sua granada 30 dias depois de a ter recebido, segundo sua versão? E quando o assunto da antecipação do julgamento já estava bastante esvaziado.
Tanto por Lula não haver procurado outros ministros do STF, como alguns disseram, quanto pelo avanço, dentro e fora do Supremo, da disposição de apressar a entrada do mensalão na pauta do tribunal.
Na versão de Gilmar Mendes, Lula teria "insinuado" uma espécie de troca: o apoio ao julgamento pós-eleições e, da sua parte, a proteção na CPI do Cachoeira contra o assunto de uma estada do ministro do Supremo com Demóstenes Torres na Alemanha.
Aí já seria outro capítulo.
Para a CPI declarada sujeita a manipulação, para Lula pela imoralidade da troca proposta, e para Gilmar Mendes posto sob suspeições. Tudo, porém, se perde no impasse da versões conflitantes e inconfirmáveis, ambas. (Jânio de Freitas – Folha – 29.05.2012)

Numa linguagem futebolística, tão a gosto do ex-presidente Lula, pode-se concluir ter o jogo terminado 2×1.
O desmentido de Lula encontra apoio no testemunho de Nelson Jobim, único presente ao encontro. A propósito, um encontro ocorrido, a pedido de Lula, no escritório de Jobim, no dia 26 de abril deste ano.
O ministro Gilmar Mendes, além de a sua versão ter ficado isolada,  conta com a desvantagem de ter esperado um mês para denunciar, pela imprensa, a “pressão” e a “chantagem” que atribuiu ao presidente Lula. O perfil mercurial de Mendes, que é bem conhecido, não se adéqua a um mês de espera.
Segundo Mendes declarou à revista Veja e confirmou em entrevistas, Lula teria ofertado-lhe “blindagem” na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura o escândalo Cachoeira-Demóstenes-Delta. O motivo da proteção na CPMI  teria sido o financiamento feito por Cachoeira de uma viagem a Berlim feita por Mendes em companhia de Demóstenes.
É inexplicável não tenha Mendes, diante da supracitada “chantagem” (na última entrevista Mendes usa o termo “insinuações”), levado  o fato, por ser criminoso, ao conhecimento imediato de seus pares e da Procuradoria-Geral da República.
Antes de ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF), Mendes era membro do Ministério Público Federal, cujo chefe institucional é o procurador-geral da República. Ou seja, Mendes conhece bem o mecanismo a ser acionado para encaminhamento de uma “notitia criminis”.
No STF, já presidido por Mendes, são realizadas sessões administrativas reservadas. Em nenhuma delas Mendes apresentou o fato que, conforme afirmou, deixou-o indignado.
Como se percebe sem esforço, o relato de Mendes, sem qualquer prova da veracidade da afirmação, ofende a honra objetiva e subjetiva do ex-presidente.
Em resumo, Mendes atentou à dignidade e ao decoro de Lula. Assim, pode virar réu em ação por crime contra honra e objeto de ação de iniciativa privada da vítima (Lula).
Não se deve olvidar os antecedentes de Gilmar. Ele já mentiu ao denunciar, de forma  escandalosa (“vou chamar o presidente às falas” ou “vivemos num Estado policial”), uma interceptação telefônica que não aconteceu. Nesse lamentável e triste episódio, Mendes  contou com o apoio do senador Demóstenes Torres, que confirmou em diálogo publicado pela revista Veja o teor da conversa mantida com Mendes.
Logo depois de desmentido por perícia e por conclusão da Polícia Federal em relatório de encerramento de apuração, Mendes passou a dizer que denunciou o fato porque era verossímil. Em outras palavras, promoveu, à época, um grande escândalo, na condição de presidente do STF, com base na verossimilhança. Por aí já se percebe a leviandade de Mendes.
Lula não tem o perfil de quem vai aos finalmente quando ofendido. Mas, desta vez, renunciar em defender sua honra em juízo tem um componente maior. Não atende ao interesse público manter, na mais alta corte de Justiça do país, um ministro-julgador de tal calibre. Lógico, em sua defesa Gilmar, como regra, pode ofertar exceção da verdade. Só que não terá o testemunho de Jobim a seu favor. Esse ex-ministro, amigo de Lula e de Mendes, é testemunha única.
Na nossa legislação não vigora a antiga regra do “testis unus testis nullus! (testemunho único é testemunho nenhum). Portanto, o testemunho de Jobim poderá ser aceito.
Mendes, que demorou a denunciar, bem sabe que “dormientibus non sucurrit jus” (o Direito não protege os que dormem). 
Além disso, nenhum  ministro do STF afirmou sofrer pressões ou insinuações de Lula no sentido de adiar o julgamento do Mensalão para depois das eleições municipais. O STF é um órgão colegiado. Isso quer dizer que não adiantaria — e Lula não é nenhum estulto — só convencer Mendes. Portanto, os próprios pares de Gilmar desmentiram sua afirmação de que lula estaria pressionando por adiamento do Mensalão. Por outro lado, a ministra Cármen Lúcia, mencionada por Mendes na Veja, não teve contato com o ex-ministro Sepúlveda Pertence. E Lewandowski, que como se sabe foi sugerido para o STF pela
esposa de Lula, também disse não ter sofrido pressões.
O “Mensalão”, que Mendes sustenta haver Lula pedido-lhe para adiar, já foi objeto de sessões administrativas (com participação de Mendes), quando se acertou até o tempo para manifestação das partes.
Pela mídia, o revisor desse processo, Ricardo Lewandowski, já informou que brevemente o colocará à disposição do presidente Ayres Britto. E Britto, num compromisso público, frisou que o colocaria em pauta tão logo recebesse os autos.
Mendes, trocando em miúdos, até por não ser presidente, como poderia mudar o quadro, em especial diante do compromisso de Britto, que é quem marca a pauta, perante os jurisdicionados (cidadãos brasileiros).
Pano rápido. O ministro Gilmar Mendes coloca-se, pela segunda vez, numa camisa de sete varas. Até quando?
Wálter Fanganiello Maierovitch


COMO SE NÃO BASTASSE...
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada nesta quarta-feira, 30, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes lançou acusações contra Paulo Lacerda, ex-diretor da Policia Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência):
- Dizem que ele (Lacerda) está assessorando o PT. Tive informação em 2011 que o Lacerda queria me pegar. 
Segundo O Estado de S.Paulo, Gilmar Mendes suspeita que Lacerda estaria divulgando "informações falsas" para atingi-lo. E, também, que estaria assessorando o ex-presidente Lula. Terra Magazine ouviu Paulo Lacerda no início da tarde desta quarta-feira. Feita a ressalva "não sei se ele disse isso", Paulo Lacerda, habitualmente sereno e cordato, respondeu a Gilmar Mendes com dureza:
- Se ele falou isso, ele foi leviano e mente.
Lacerda, que hoje trabalha numa associação de empresas de segurança privada, conta que não vê Lula há anos, assim como Gilmar Mendes, e rebate as acusações:
- Estou aposentado, não trabalho com investigação (…) não trabalho para partido nenhum, não assessoro nem à CPI nem ao ex-presidente Lula (…) Se as informações que ele diz ter recebido são dessas mesmas fontes, se foram essas fontes e informações que o levaram a dizer o que anda dizendo, tá explicado porque ele está dizendo essas coisas e dessa forma.
Por fim, sobre informação atribuída também ao ministro e publicada no sábado, 26, em O Globo, dando conta que o espião Dadá seria seu homem de confiança,  Paulo Lacerda devolve:
- Eu nem conheço o Dadá, jamais tive contato com ele e nunca estive com ele. Portanto, faço a ressalva: se o ministro Gilmar Mendes de fato disse isso… essa é mais uma informação leviana, irresponsável e mentirosa.

Terra Magazine: O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo: "Lacerda tinha como missão me destruir", e que o senhor queria "pegá-lo". Disse também que "dizem" que o senhor estaria assessorando o PT e municiando o presidente Lula com informações…

Paulo Lacerda: Soube pelo jornal. O absurdo é tamanho que não sei como ele se permite dizer aquilo. Se ele disse aquilo, respondo: primeiro, o ministro Gilmar está totalmente desinformado sobre a minha vida profissional e pessoal. Estou aposentado da Polícia Federal depois de dois anos e meio de adidância em Lisboa e trabalho hoje para a Associação de Empresas de Segurança Privada. Não trabalho com nada, nada de investigação, e quem me conhece e à minha vida hoje sabe disso. Sabe o que é mais espantoso?

- O quê?
- É que é com base nesse tipo de informações que o ministro está recebendo é que se criou essa crise toda. Se as informações que ele diz ter recebido são dessas mesmas fontes, se foram essas fontes e informações que o levaram a dizer o que anda dizendo nos últimos dias, tá explicado porque ele está dizendo essas coisas e dessa forma. Ele, de novo, mais uma vez, está totalmente mal informado.

- O senhor não presta assessoria à CPI, ao PT ou ao ex-presidente Lula?
- Não vejo o presidente Lula, assim como o ministro Gilmar Mendes, desde que deixei o governo. Isso é ridículo. Não assessoro o PT nem a partido algum e é um delírio supor, achar e dizer que assessoro o ex-presidente Lula. Basta perguntar aos senadores e deputados da CPI se assessoro à CPI ou a algum parlamentar. Basta perguntar aos assessores do Lula se alguém tem algum vestígio de presença minha, de contato meu com ele. Sou aposentado, até poderia trabalhar para quem me convidasse e eu quisesse, mas isso não é verdade. É absoluta inverdade. Impressiona e é preocupante como um ministro do Supremo não se informa antes de dizer esses absurdos.

- Mas o que exatamente é absurdo?
- Tudo isso. São informações totalmente tendenciosas. Eu não estou trabalhando para partido algum, político nenhum. Ele está exaltado, sem controle, não sei se por conta dessa conversa com o ex-presidente, mas nada disso é verdade. E isso é muito fácil de checar.

- O senhor e o ministro Gilmar Mendes já tiveram um problema sério…
- Em setembro de 2008, ele procurou o presidente Lula e acusou a Abin, que eu dirigia, de ter feito grampos ilegais na Operação Satiagraha. Aquilo era mentira. Não foi feito grampo algum ilegal por parte da Abin… aliás, a CPI de agora é uma ótima oportunidade para investigarem aquela armação. Não existiu grampo algum, mas o ministro Gilmar Mendes foi ao presidente da República com base em uma informação falsa. Espero que agora apurem tudo aquilo.

- O que mais o incomoda?
- Eu não vi o ministro Gilmar Mendes falar isso, eu li no jornal. Não sei se ele falou, mas se ele falou, foi leviano e mente. Se falou isso o ministro Gilmar Mendes mentiu. Estou aposentado da área pública, todos sabem disso. Não teria nenhum impedimento, de ordem alguma, para trabalhar com investigação, mas não quero, e isso que ele disse, se disse, não é verdade.

- Alguma vez, depois do episódio em 2008, do tal grampo cujo áudio nunca apareceu, o ministro Gilmar e o senhor falaram sobre o episódio? Em algum momento ele reconheceu não ter ouvido o tal grampo, se desculpou?
- Não. Repito, não vejo o ministro e o ex-presidente Lula há anos. E não houve desculpa alguma… e acho que a CPI agora seria ótima oportunidade para esclarecer isso de uma vez por todas, embora a Polícia Federal já tenha concluído que não houve grampo algum da Abin…

- Essa CPI de agora, a do Cachoeira, tem alguns personagens comuns com aquele caso, fala-se muito no espião Dadá…
- A propósito. O ministro Gilmar Mendes teria dito ao jornalista Moreno que esse cidadão, Dadá, é ou era meu braço direito, meu homem de confiança. Respondi por escrito, mandei um e-mail para o Moreno, que é um jornalista… ele recebeu uma informação de um homem público e a publicou. Por isso enviei a resposta direto para ele e para o jornal O Globo.

- E qual é a resposta?
- Eu nem conheço o Dadá, jamais tive contato com ele e nunca estive com ele. Portanto, faço a ressalva: se o ministro Gilmar Mendes de fato disse isso…

- Sim, a ressalva está registrada
- Se ele disse isso, essa é mais uma informação leviana, irresponsável e mentirosa.
- Quer dizer, não satisfeito com tudo que já disse e contribuir para um possível incidente diplomático ao afirmar a’O Globo que “O Brasil não é a Venezuela onde Chávez prende juiz”, embora atualmente eu o ache mais parecido com a Itália, antes da Operação Mãos Limpas, ainda assaca contra a dignidade de um dos delegados mais honrados que a Polícia Federal já teve, com relevantes serviços (sem ironia) prestados a República e que não se tem notícia de que tenha andado em reuniões sociais com políticos mal afamados ou viajado com senador braço político de mafioso, travestido de bicheiro!
- E por falar em Dadá, se alguém tem mais chance de conhecê-lo seria Sua Excelência, já que o respeitabilíssimo STF andou contratando o araponga Jairo Martins que se encontra preso na Papuda, junto com o tal do Dadá, ambos da quadrilha do mafioso.
MEDO DE ESPIONAGEM LEVA ATÉ STF A PAGAR AGENTES