SÓ PRA LEMBRAR PRA QUEM ANDA PEDIDO A
VOLTA DA DITADURA
PENSAMENTO DO DIA
“Um torturador não comete crime político.
Um torturador é um monstro, é um desnaturado, é um tarado. Um torturador é
aquele que experimenta o mais intenso dos prazeres diante do mais intenso
sofrimento alheio perpetrado por ele. É uma espécie de cascavel de ferocidade
tal que morde ao som dos próprios chocalhos. Não se pode ter condescendência
com torturador. A humanidade tem o dever de odiar seus ofensores porque o
perdão coletivo é falta de memória e de vergonha. Com viés masoquístico à
reincidência.” (fragmento do voto
perdedor do ministro aposentado do STF Carlos Ayres Britto – 29.04.2014 - http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/04/stf-rejeita-acao-da-oab-e-decide-que-lei-da-anistia-vale-para-todos.html)
DITADURA: MILITAR DIZ
QUE ARRANCAVA DEDOS, DENTES E VÍSCERAS DE PRESO MORTO
Em um dos mais importantes e verossímeis depoimentos já
prestados por agentes da ditadura (1964-85), o coronel reformado Paulo Malhães
afirmou que
ele e seus parceiros cortavam os dedos das mãos, arrancavam a arcada dentária e
extirpavam as vísceras de presos políticos mortos sob tortura antes de jogar os
corpos em rio onde jamais viriam a ser encontrados.
O relato histórico do oficial do Exército foi feito à
Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro e revelado nesta sexta-feira
pelo repórter Chico Otávio.
Malhães se referia a presos políticos assassinados na
chamada Casa de Petrópolis, um imóvel clandestino na região serrana fluminense
onde servidores do Centro de Informações do Exército detinham, torturavam e
matavam opositores da ditadura. De acordo com o coronel, os cadáveres eram
ensacados junto com pedras. Dedos e dentes eram retirados para impedir a
identificação, na eventualidade de os restos mortais serem encontrados. As
vísceras, para o corpo não boiar.
Veterano da repressão mais truculenta do passado, Malhães
figura em listas de torturadores elaboradas por presos. É ele quem assumiu ter
desenterrado em 1973 a ossada do desaparecido político Rubens Paiva (post aqui).
Seu testemunho, sem vestígios de arrependimento, contrasta
com o de aparente mitômano surgido em anos recentes. Malhães não é um
semi-anônimo,mas personagem marcante para seus pares em orgãos repressivos e
para presos políticos.
...
STF REJEITA AÇÃO DA
OAB E DECIDE QUE LEI DA ANISTIA VALE PARA TODOS
Placar do julgamento foi de 7 votos a 2 pelo arquivamento da
matéria.
Entidade contestava anistia concedida a torturadores durante regime militar.
Entidade contestava anistia concedida a torturadores durante regime militar.
Por 7 votos a 2, os ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiram arquivar nesta quinta-feira (29) a ação proposta pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) que questionava a abrangência da Lei da Anistia para
casos de tortura e crimes comuns, cometidos por civis e agentes do Estado
durante a ditadura militar (1964-1985).
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