PENSAMENTO DO DIA
O Brasil não existe. Nosso carnaval virou uma
indústria, uma plataforma de celebridades. A Beija-Flor vendeu seu prestígio
para um ditador africano. (antropólogo
Roberto DaMatta – O Globo – 19.02.2015)
PÉROLAS
Não nos preocupamos mais com esse tipo de notícia (de
violações de direitos humanos). Quando o nosso povo era oprimido no tempo da
escravidão, ninguém falava nada. (nobre embaixador da Guiné
Equatorial no Brasil Benigno Pedro Matute Tang – O Globo – 20.02.2015)
“Se não fosse a contravenção meter a mão no bolso,
organizar, ainda estaria naquele negócio de armar e desarmar, arquibancada
caindo, desfile terminando às 14h. Cada escola desfilando 2 ou 3 horas, a hora
que quer. Se temos hoje o maior espetáculo do
planeta, agradeça à contravenção” (nobre intérprete Neguinho
da Beija-Flor - http://alalao.blogfolha.uol.com.br/2015/02/19/dinheiro-sujo-tornou-o-carnaval-um-espetaculo-diz-neguinho-da-beija-flor/)
No tempo em que eu estava lá, não fiquei sabendo nada
disso. A população adora o presidente, já está há mais de 30 anos no poder. Não
consegui perceber se era ditadura ou não. Ficava muito ligado no futebol. Fui
para lá para trabalhar. E só.
Gilson Paulo,
ex-treinador da seleção da Guiné Equatorial - http://extra.globo.com/noticias/carnaval/fa-de-futebol-mecenas-da-beija-flor-ja-levou-brasileiro-para-treinar-selecao-da-guine-15400260.html
- Pra futeboleiro tem que desenhar, se bem que eles não ligam
muito pra este negócio de dinheiro sujo, seja de lama ou de sangue, desde que a
grana seja alta e paga em dia, a origem pouco importa, assim como outros
respeitáveis profissionais, se é que me entendem!
"To nem aí! Tenho a certeza de que fizemos um
trabalho maravilhoso. As vaias são intrigas da oposição. A Tijuca falou da
Suíça, sem citar que é um grande paraíso fiscal para a roubalheira. A Portela
sobre o Rio, mas não lembrou das balas perdidas, de hospitais sem leitos. Por
que a Beija-Flor tinha que abordar a ditadura? Não se pode julgar a parte
política e sim o que é apresentado na Avenida", ressaltou o
carnavalesco Fran Sérgio.
É um povo (da Guiné) que sofreu muito e que, através
do seu presidente, está construindo um país novo, que pensa em saúde,
infraestrutura, saneamento básico. O povo é superfeliz com isso, então não
importa o regime. (nobre carnavalesco Fran-Sergio, respeitável
membro da Comissão de Carnaval da Beija-Flor – O Globo – 20.02.2015)
- A propósito, vejamos como é o país deste povo “superfeliz”!
RIQUEZA DO DITADOR
OBIANG CONTRASTA COM MÁS CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO DO PAÍS
Enquanto mais metade dos habitantes da Guiné Equatorial vive
abaixo da linha da pobreza, ele ostenta palácio de luxo
BRASÍLIA — A fortaleza onde vivem Teodoro Obiang Nguema
Mbasogo, presidente da Guiné Equatorial, e sua família é um conglomerado de
mansões e um palácio digno de um rei. Revestimentos de mármore, tapetes persas
e aposentos luxuosamente decorados se destacam. Visitantes, como aconteceu com
o ex-presidente Lula, são recebidos com limusines. Nos suntuosos banquetes de Obiang,
é comum ser servido champanhe Dom Pérignon, o preferido do ditador.
...
EXPECTATIVA DE VIDA:
53,1 ANOS
Embora tenha elevado o IDH em 16,8% desde 2000, quando o
índice era de 0,476, a Guiné Equatorial mantém uma realidade marcada pelo
atraso. A expectativa de vida, por exemplo, é de 53,1 anos. A média de
escolaridade está estacionada desde 2000 em 5,4 anos.
Segundo estimativas da ONU, menos da metade da população, de
aproximadamente 750 mil pessoas — um pouco menor que a da cidade de Nova Iguaçu
—, tem acesso a água potável e 10% das crianças morrem antes de completar 5
anos. Além disso, a ONG Transparency International colocou a Guiné Equatorial
no top 12 da sua lista de estados corruptos.
É UM DINHEIRO QUE O
PRESIDENTE E SUA FAMÍLIA ROUBARAM DO POVO’, DIZ VÍTIMA DE DITADOR
Tutu Alicante é o principal crítico do regime, tendo feito
denúncias que levaram a investigação nos EUA e na Europa
Isso é um insulto para o povo da Guiné Equatorial, porque é
um dinheiro que o presidente e sua família roubaram da população. É um governo
que trata os recursos naturais do país e o lucro que vem deles como se fossem
dinheiro privado, deles. Esse dinheiro deveria ir para as coisas mais básicas,
como tratamento de água, creches, hospitais, casas para os mais pobres. Em vez
disso, o presidente doa os recursos para o samba brasileiro. Ele não dá a
mínima para o samba, na verdade. A Beija-Flor foi só mais uma peça de
propaganda da ditadura dele.
O presidente Obiang
tem pelo menos 17 palácios. O país tem o maior PIB per capita da África, por
conta do petróleo. Mas pelo menos
75% da população não têm onde morar, não estuda, não têm água limpa. Se ficar doente,
morre. Medicamentos mais básicos, como os de malária, são inacessíveis. E as
epidemias, constantes. Eles vivem de refeição em refeição. A cada dia precisam
lutar para conseguir os dois dólares com os quais poderão comer no dia
seguinte, e assim sucessivamente. Há uma única universidade no país, a
Universidade Nacional, em que não há alunos porque os prédios não têm
eletricidade, não há livros nem recursos para fazer a universidade funcionar.
Enquanto conversamos agora há alguém sendo torturado na Guiné
Equatorial. Não sabemos quantas vítimas em 35 anos. Mas nos últimos dois ou
três anos, pelo menos 60 mil pessoas foram sequestradas, executadas ou
torturadas. Todo dia alguém tem seus direitos violados, sobretudo nas prisões.
E o país mantém a pena de morte, contrariando promessa que fez aos países de
língua portuguesa. A pena de morte pode ser imposta a qualquer um que cometa um
crime capital. O tribunal de Justiça também está sob jugo de Obiang, então, no
limite, morre quem ele decidir que deve morrer.
Todos os membros da família Obiang ocupam cargos no governo:
filhos e filhas, sobrinhos e sobrinhas, cunhados e cunhadas. É um sistema
nepotista de lavagem de dinheiro. Os casos mais notórios envolvem o confisco de
uma mansão em Malibu, avaliada em US$ 100 milhões. Essa mansão teria sido
comprada com o dinheiro depositado por empresas que exploram os recursos do
petróleo em uma conta do Tesouro Nacional da Guiné Equatorial. O presidente,
seu filho Teodorín e um sobrinho fizeram depósitos da conta do Tesouro para
suas contas bancárias pessoais. Cada membro da família possui uma empresa. São
quase todas de fachada. Mas são elas que prestam serviços para o governo.
Eles têm mansões nos EUA, navios no Panamá, recentemente
tentaram comprar o iate mais caro do mundo, na Alemanha. Além disso, possuem
propriedades em Cingapura, França, Espanha, China, África do Sul, Marrocos e
algumas no Brasil.
- E tem mais, segundo o correspondente em NY da GloboNews
Jorge Pontual informou no Programa Em Pauta da emissora (19.02.2014) há muito
tempo a ONU vem denunciando que as mães das crianças meninas daquele povo
“superfeliz” incentivam suas filhas a se prostituir em troca de ... COMIDA!
- Enquanto isso...
GOVERNO BRASILEIRO
PERDOA DÍVIDAS DE DITADURAS AFRICANAS
...
Um deles, o senhor Omar al-Bashir, já leva 24 anos no cargo
de presidente do Sudão. Tem dois mandados internacionais de prisão e, segundo
um promotor do Tribunal Penal Internacional, acumula US$ 9 bilhões de recursos
próprios em paraísos fiscais. Outro, o senhor Teodoro Obiang, que comanda a
Guiné-Equatorial, adquiriu em 2010 um apartamento na Av. Vieira Souto, no Rio
de Janeiro, naquela que foi até então a maior transação da história da cidade
envolvendo um imóvel residencial. O pequeno refúgio carioca do ditador é um
tríplex com 2 mil metros quadrados. O patrimônio pessoal do
bilionário ditador do Congo-Brazaville, Denis Sassou Nguesco, proprietário de
algumas dezenas de imóveis na França é superior à dívida do país perdoada pelo
Brasil (US$ 352 milhões). E por aí vai. Em maio deste ano, numa única tacada, a
presidente Dilma anunciou perdões, abatimentos e novos parcelamentos para dívidas
de uma dúzia redonda de nações africanas, algumas delas ditaduras africanas.
...
O CRIME COMPENSA NA
SAPUCAÍ
BRASÍLIA - Não basta reclamar da Beija-Flor, que levantou o
troféu com patrocínio do sanguinário ditador da Guiné Equatorial. Uma conversa
a sério sobre o financiamento do Carnaval do Rio precisa discutir os repasses
de verba pública às escolas de samba e o controle da festa mais popular do país
por uma entidade ligada ao crime, com as bênçãos do Estado e da prefeitura.
A escola campeã, comandada há décadas por um contraventor
de Nilópolis, está longe de ser exceção. A simpática Portela tem como patrono
um miliciano, a Mocidade Independente pertence a um capo dos caça-níqueis, a
Imperatriz Leopoldinense está nas mãos de um ex-torturador que virou bicheiro.
Os quatro já estiveram presos e continuam a reinar na
Marquês de Sapucaí, onde têm livre acesso aos camarotes e são reverenciados por
artistas e políticos. Eles mandam na Liesa, a liga que organiza os desfiles na
Marquês de Sapucaí.
Em 2008, uma CPI da Câmara Municipal do Rio concluiu que a
entidade deveria disputar licitação se quisesse continuar à frente do Carnaval.
O então prefeito Cesar Maia foi contra. Os postulantes à sua cadeira evitaram o
assunto. Eduardo Paes venceu a eleição, e pouca coisa mudou no Sambódromo.
A prefeitura continuou a injetar dinheiro nas escolas até
2010, quando o Ministério Público mandou suspender os repasses. A verba direta
foi substituída por patrocínios a eventos paralelos. Os conselheiros do
Tribunal de Contas do Município, que deveriam coibir a farra, assistiam a tudo
em quatro camarotes na avenida, depois devolvidos por ordem judicial.
Paes já ensaiou licitar o desfile, mas desistiu alegando
falta de interessados. Em 2012, quando concorria à reeleição, foi cobrado em
sabatina do jornal "O Globo" sobre a permanência dos bicheiros.
"Chato é, mas vou fazer o quê? Acabar com o Carnaval?", perguntou o
prefeito. Aí está um bom tema para os candidatos à sua sucessão no ano que vem.
Bernardo Mello Franco é jornalista
- A campeoníssima sempre foi íntima de ditaduras e cresceu a
partir dos anos de chumbo da republiqueta com seus enredos ufanistas pra
agradar os ditadores de plantão, em 1973 veio com Educação para o
Desenvolvimento, em 1974 com Brasil Ano 2000 e em 1975 com o Grande Decênio, a
bem da verdade ela e suas co-irmãs!
- A promiscuidade é geral nesta republiqueta amoral e aética!
- A propósito:
15 UM DELEGADO
LINHA-DURA QUE SE ALIOU AO BICHO
Mauro Magalhães chefiou delegacia de Petrópolis, é acusado
de proteger bicheiros, teve nome na lista de Castor, mas nega saber de torturas
RIO — No início dos anos de chumbo, em 1969, quando as
Forças Armadas desencadearam uma guerra sangrenta contra as organizações da
esquerda armada, os militares formaram as primeiras equipes de repressão
recrutando agentes nas delegacias e nos quartéis da Polícia Militar. Essa
aliança, que tornaria a tortura uma política de governo, construiu também a
ponte que ligaria mais tarde os porões do regime ao crime organizado. Pelo
menos dois policiais civis envolvidos na repressão, o delegado Mauro Magalhães
e o detetive Fernando Gargaglione, foram investigados por receber propina da
contravenção. Além disso, Magalhães, como chefe da Delegacia de Buscas e
Capturas (Polinter), foi acusado de facilitar a vida dos bicheiros presos pela
juíza Denise Frossard.
Nos primeiros dias após o golpe de março de 1964, Mauro
Magalhães atuou, como delegado de Ordem Política e Social, no interrogatório de
presos confinados no estádio Caio Martins. Seu papel mais importante, contudo,
foi desempenhado em 1971, quando assumiu a titularidade da Delegacia de
Petrópolis. Na época, a unidade serviu de base para a “Casa da Morte”, um
aparelho clandestino de tortura montado na cidade serrana pelo Centro de
Informações do Exército (CIE). Um dos agentes identificados como torturador da
casa, Luís Cláudio Azeredo Vianna, codinome “Laurindo”, era o segundo da
hierarquia da delegacia. E o terceiro na linha de comando, era o inspetor Joel
Crespo. Luís Cláudio e Joel eram ligados ao bicheiro Aniz Abrahão David, o Anísio de Nilópolis;
Joel, parceiro de Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães.
Já o detetive civil Fernando Próspero Gargaglione de Pinho
era regularmente acionado pelos centros de repressão para ocultar os corpos de
vítimas dos porões. Gargaglione teria contribuído para os principais centros de
repressão do Exército — DOI-Codi/RJ, Dops/RJ e Quartel da Vila Militar/RJ —,
envolvendo-se no desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva em 1971.
Dois detalhes se repetem nas carreiras de Magalhães e
Gargaglione: ambos tiveram os nomes incluídos na lista de torturadores
divulgada pelo projeto Brasil Nunca Mais e figuraram também na contabilidade
apreendida na fortaleza de Castor de Andrade em 1994, junto a políticos,
advogados e outros policiais que receberiam propina.
Magalhães assumiu a Delegacia de Petrópolis em março de
1971, um mês depois do desaparecimento de Carlos Alberto Soares de Freitas, o
Beto, provavelmente a primeira vítima da Casa da Morte. Embora Luís Cláudio, ou
“Laurindo”, fosse o único policial vinculado diretamente ao CIE, responsável
pela masmorra de Petrópolis, uma fonte militar afirma que todos na delegacia
sabiam e eram coniventes com o que acontecia dentro da casa.
Um documento guardado pelo Arquivo Nacional reforça a
atuação de Mauro Magalhães na repressão política. Em dezembro de 1971, o
delegado encaminhou para o Exército uma suposta carteira de identidade falsa,
que alegou pertencer ao advogado goiano Paulo de Tarso Celestino. Magalhães
teria recebido o material, alegou, das mãos de uma prostituta de Juiz de Fora.
Dirigente da Ação Libertadora Nacional (ALN), Paulo de Tarso teria desaparecido
em julho daquele ano. Inês Etienne, que seria a única militante de esquerda
sobrevivente da Casa da Morte, teria ouvido dos seus carcereiros que o
dirigente fora assassinado.
Delegado diz que desconhecia casa da morte
Hoje, aos 80 anos e aposentado, Magalhães reconhece que a
delegacia de Petrópolis era frequentada por agentes da repressão, sugerindo
“que eles faziam algo por lá”, mas assegura que nunca soube da existência da
casa e de torturas.
— Só soube da existência da Casa da Morte pelos jornais. Era
até perigoso se meter com os assuntos da repressão — afirma.
Magalhães também nega a relação com a contravenção, embora
admita conhecer Anísio
e Capitão
Guimarães desde os anos 60, quando comandou delegacias na Baixada
Fluminense.
Outra acusação que pesa contra Magalhães foi a de facilitar
com regalias, em 1993, a vida dos bicheiros presos na Polinter, da qual era
diretor. Castor
teria
bancado uma reforma na carceragem da delegacia, onde também estavam presos
Paulo de Andrade (filho de Castor), Capitão Guimarães e José Petrus, o
Zinho, condenados pela juíza Denise Frossard por formação de quadrilha.
Magalhães negou as regalias e disse que a obra era paga com dinheiro público.
Sobre a presença de seu nome na lista de Castor,
Magalhães foi inocentado pela Justiça
em primeira instância, e o Ministério Público recorreu. O delegado diz que, na época, não apenas ameaçou fisicamente como
investigou a vida pessoal de dois membros do MP, responsáveis pela
investigação da propina, o promotor José Carlos Cáffaro e o então
procurador-geral de Justiça Antônio Carlos Biscaia. Ele diz que foi perseguido
e que o objetivo dos integrantes do MP e do Judiciário era político.
- E quem quiser saber mais sobre o submundo político-jurídico-mafioso-carnavalesco
da republiqueta basta acessar as ótimas reportagens do jornal O Globo que
descrevem com riqueza de detalhes esta promiscuidade:
CASTOR DE ANDRADE: DE
PRESO A ALIADO DOS MILITARES
Negócios Metalúrgica de bicheiro, endividada, foi
adquirida pelo grupo Coroa-Brastel por pressão do governo militar
TENTATIVA DO REGIME
DE REPRIMIR JOGO DO BICHO NAUFRAGOU EM 76
BICHO CRESCEU NO RIO
COM AJUDA DE TORTURADORES
Aliança militares e policiais migraram dos porões para a
contravenção e levaram a guerra às ruas do Rio
NOS PORÕES DA
CONTRAVENÇÃO: ‘IRMÃOS’ NA GUERRA DO JOGO
Amigos, Capitão Guimarães e o coronel Freddie Perdigão
Pereira mantiveram os laços ao atuarem no bicho
GUIMARÃES, ‘O
COMANDANTE’ NA LIGA DAS ESCOLAS DE SAMBA
Mesmo sem aparecer, Capitão é quem dá as cartas nos
desfiles de carnaval
AMIZADE DE GUIMARÃES
COM TIO PATINHAS ABRIU AS PORTAS DO BICHO
Sem espaço após acusações de contrabando, Guimarães deixou
o Exército, dominou territórios de bicheiros e chegou à cúpula da contravenção
http://oglobo.globo.com/pais/amizade-de-guimaraes-com-tio-patinhas-abriu-as-portas-do-bicho-10267748
TROPA DE ANIZ ABRAÃO
DAVID CONTOU COM TORTURADOR DA CASA DA MORTE
CONTROLE DA
BEIJA-FLOR GARANTIU INFLUÊNCIA E PODER AO BICHEIRO
Escola de Samba de Nilópolis ficou marcada por enredos a
favor do regime militar na primeira metade dos anos 1970
FAMÍLIA ABRAÃO DINIZ
TEVE INFORMANTE LIGADO À POLÍCIA DO EXÉRCITO
Perseguição a adversários levou ao domínio político de
Nilópolis
TORTURADOR DO DOI-CODI
CHEFIAVA BARRACÃO DA BEIJA-FLOR
Sargento Torres, acusado do desaparecimento de Rubens
Paiva, virou segurança de Anísio
BEIJA-FLOR RECEBE
HOMENAGEM NA ALERJ
STF MANDA SOLTAR
BICHEIROS PRESOS NO RIO
GOVERNADOR SÉRGIO
CABRAL VAI DAR R$ 5 MILHÕES PARA ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO DE ESPECIAL E ACESSO
VERBA DA EDUCAÇÃO
PAGOU CONTAS DE ESCOLAS DE SAMBA
Rio - Um total de R$ 46 milhões que deveria ter
sido investido nas escolas do município do Rio foi usado para pagar dívidas de
água e esgoto de seis escolas de samba, da Liga Independente (Liesa), do
Sindicato de Empresas de Ônibus (Rio Ônibus), do Riocentro e da própria
Prefeitura.
A constatação está na avaliação feita pelo Tribunal de
Contas do Município (TCM) sobre a gestão do prefeito Eduardo Paes no ano de
2011.
ANTÔNIO CARLOS
BISCAIA: JOGO LONGE DE ESTAR ENFRAQUECIDO
Para ex-procurador de Justiça, contraventores continuam
tentando cooptar autoridades
RIO — O assessor especial do Ministério Público Antônio
Carlos Biscaia, ex-procurador-geral de Justiça do Rio, afirma que o jogo do bicho insiste até hoje em estabelecer pontes com o
poder público, em busca de proteção e negócios. Biscaia foi o responsável
pela operação que estourou a fortaleza do bicheiro Castor de Andrade, em Bangu,
em 1994, descobrindo nomes de políticos e policiais que receberiam propinas.
Para ele, a contravenção, “longe de estar enfraquecida, continua rendendo lucros
elevados”. A diferença, segundo ele, é que, ao contrário dos capos
de duas décadas atrás, as novas gerações estão em confronto.
Biscaia revelou que,
como deputado federal do PT, impediu que a cúpula da escola de samba Beija-Flor
— da qual o bicheiro Aniz Abraão David, o Anísio, é o patrono — fosse recebida pelo então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, num ano em que se consagrou
campeã. Ele convenceu o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho,
a adiar o evento, que acabou não acontecendo. Mas Biscaia não teve a mesma
chance na primeira viagem de Lula à China, logo depois que assumiu a
Presidência, em 2003:
— Foi uma surpresa encontrar no avião o deputado federal
Simão Sessim, membro do clã de Anísio. Comecei a me desiludir com o PT nesta
viagem, ao descobrir que até o meu partido dava espaço para essa gente.
O ex-procurador confirmou ter sofrido ameaças durante as
investigações sobre a lista de propinas de Castor de Andrade, como disse o delegado Mauro
Magalhães, que confessa ser um dos autores dessas pressões.
— Não pouparam o meu
motorista. Ele recebeu uma ligação dizendo que teria de abandonar o carro
porque seria explodido. Essa foi uma das muitas ameaças, algumas sérias, outras
não. Isso é uma situação comum nas grandes investigações contra o crime
organizado. Primeiro, tentam te corromper; se não conseguem, passam a ameaçar.
E, se até isso fracassar, eles tentam nos desmoralizar — afirma.
Biscaia disse que os acusados de corrupção tentaram de fato
investigar sua vida pessoal e a do promotor Luiz Carlos Cáffaro. Evita,
contudo, entrar em detalhes para não “bater boca”.
A lista do bicho foi
descoberta em março de 1994, em operação do Ministério Público. Nos
livros-caixa, a contravenção anotava as propinas e os nomes dos beneficiados.
Entre eles, policiais, juízes, advogados
e políticos.
Dos cerca de 300 nomes, 120 foram denunciados, incluindo os bicheiros José Carlos
Escafura, o Piruinha; Luiz Pacheco Drumond, o Luizinho; Carlos Teixeira
Martins, o Carlinhos Maracanã; e Castor.
PRÓXIMO ENREDO DA
BEIJA-FLOR VAI HOMENAGEAR O ESTADO ISLÂMICO
Depois de ser campeã homenageando uma ditadura, a Beija-Flor
de Nilópolis já prepara seu futuro enredo. No páreo estão o Estado Islâmico, o
Taliban e até mesmo o Boko Haram. “Deu certo e vamos seguir na mesma linha”,
disse um dos diretores da escola.
A escola discute ideias. Se der Estado Islâmico, na comissão
de frente a ideia é decapitar 20 cristãos na avenida. O nome do samba deverá
ser “Deu Estado Islâmico na cabeça”, misturando bicho com decapitação. Com todo
este sucesso, há até quem queira mudar o nome da escola de Beija-Flor para
“Urubu de Nilópolis”, “já que o urubu é um bicho que se alimenta basicamente de
cadáveres”.
A apuração foi marcada pela troca de acusações entre
bicheiros patronos de escola. Um contraventor passou dos limites e xingou o
outro de honesto. Um jurado foi jurado de morte.
Na Guiné a população comemorou o título. “já temos esperança
de que mês que vem vamos ter também comida no prato”, disse um habitante.
Já a passista de uma escola de samba foi duramente
repreendida por aparecer vestida demais. O estandarte de ouro de maior mico
ficou com Cláudia Leitte.
Enquanto isso no carnaval de São Paulo… Ah, quem quer saber
do carnaval de São Paulo?
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