sexta-feira, maio 20, 2011
CEARÁ DÁ DESCONTO DE 50% EM ÁGUA PARA USINAS DE EIKE
O governo do Ceará concedeu um desconto de 50% na tarifa de abastecimento da água bruta (sem tratamento) de duas usinas termelétricas que o grupo do empresário Eike Batista está construindo no complexo portuário e industrial do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza.
A proposta do governador Cid Gomes (PSB) foi aprovada ontem pela Assembleia Legislativa. A decisão foi criticada pela oposição.
"Enquanto milhares de cearenses continuam dependendo de carros-pipa, o governo assegura água pela metade do preço a um dos homens mais ricos do mundo", disse o deputado estadual Heitor Férrer (PDT). (Folha Online – 07.05.2011)
- Lá vem o deputado Heitor protestar, mas que perseguição, pô, deixa o Homem do Ano chegar ao seu objetivo de ser o número 1 da Forbes com o mais rico do mundo!
ENQUANTO ISSO...
Pergunta que não quer calar:
Você que paga estes extorsivos impostos na republiqueta do Estado “Democrático” de Direito recebe em contrapartida Saúde, Segurança e Educação Públicas ou é obrigado a ter plano de saúde privado, pagar segurança particular ou até milicianos e escola particular para os filhos???
DA SÉRIE: DATA VENIA
Pois é, nobre desembargador aposentado, sempre fui contra a invenção do tal exame achei que não passa de um certificado oficial da falência do ensino na republiqueta e olha que já se vão longos anos, agora, imagine se não houvesse a tal prova de avaliação, por exemplo:
ILMº. Sr. Dr. Juiz da (xx) Vara do Trabalho do Rio de Janeiro
Fulana de Tal, advogada do Reclamante()sic) Sicrana de Tal, vem, ante a presença de V.Exª., informar que de uma forma ou de outra resolveu RENUNCIAR aos poderes doados(sic) pelo Autor na folha da procuração, que a presente renúncia tem motivos justificadores suficientes, trazendo dezânimo(sic) até a alma, senão vejamos agora:
Que, a ilustre Advogada RENÚNCIANTE (sic), considerada pela maioria a maior advogada de (citou a cidade em que advoga), a mais brilhante, pois sou competente conheço muito o direito o errado e o certo(sic), minha insatisfação é originária da mudança do nome da JUSTIÇA DO TRABALHO, antes chamava-se J.C.J., (junta de conciliação e Julgamento) e agora passou a chamar-se “VARA”, pois, esta nova denominação me trouxe e me traz diariamente imensas e grandes constrangimentos(sic) junto (parte ilegível, pois recebi por e-mail);
Que, antes para vir fazer audiência ou acompanhar processo eu entrava na JUNTA, e agora sou obrigada adizer(sic) “estou entrando na VARA”, “fui a VARA”, fiquei “esperando sentada na VARA” não concordo, sou mulher evangélica, não gosto de gracejos, deixo a “VARA” para quem gosta de “VARA”, trabalhem com ‘VARA”, saio fora desgostoza(sic) por não concordar com o termo pornográfico ‘VARA” pra cá, “VARA” para lá.
Em tempo** outro dia estava entrando no prédio da Justiça, o meu tel Celular tocou meu marido perguntou-me onde você está, olha só o constrangimento de minha resposta “entrando na décima VARA”.
É por isso, que comunico minha renúncia, já comuniquei verbalmente meu ex-cliente tudo na forma da Lei.
Assim posto,
Peço e aguardo deferimento
(a cidade)/Rio de Janeiro, 05-05-2001
Ass. (nome da ilustre causídica)
Advgdª(abreviatura de advogada é dela) (número da OAB)
NOTA DO SEM PERDÃO
A transcrição é “ipses litteris” e as omissões dos protagonistas são por motivos óbvios!
A propósito:
Deu na coluna do Ancelmo Góis (O Globo – 13.05.2011)
DATA VÊNIA
Do presidente do Movimento Democrático Estudantil, Ildecler Ponce de Leão, ontem, na audiência na Câmara sobre o exame da OAB: “Vou alencar as inconstitucionantes do exame!”
O doutor quis dizer “elencar as inconstitucionalidades”.
- Assim fica difícil defender a extinção de Exame de Ordem!
AMENIDADES
DIVISÃO DE BENS
Dois amigos se encontram depois de muito anos.
- Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens.
- E as crianças ?
- O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu.
- Então ficaram com a mãe?
- Não, ficaram com nosso advogado.
DA SÉRIE: ASSIM CAMINHA A REPUBLIQUETA DO ESTADO “DEMOCRÁTICO” DE DIREITO
Mesmo condenado, Luiz Estevão burla a justiça, segue prosperando – e faz até negócios com o governo
Revista Época - 07/05/2011 - 12:48 - Atualizado em 07/05/2011 - 12:48
A FERRARI DA CORRUPÇÃO
O empresário Luiz Estevão tem duas paixões: Ferraris e dinheiro público (não se sabe se nesta ordem). Quando está de bobeira, Luiz Estevão – condenado desde 2006 pela Justiça Federal a 31 anos de cadeia por corrupção ativa, peculato, formação de quadrilha, estelionato e uso de documento falso – deixa sua mansão em Brasília e acelera pelas ruas da capital sua Ferrari F 458, modelo 2011, um míssil vermelho com 570 cavalos de potência, que atinge 100 quilômetros por hora em 3,4 segundos e, dependendo do estado mental do condutor, pode chegar a 325 quilômetros por hora. “Esse carro passa zunindo por aqui”, diz um frentista de um posto de gasolina que fica próximo à enorme casa de Estevão. O novo brinquedo, comprado em março deste ano, vale R$ 1,6 milhão. Está no nome de Luiz Estevão de Oliveira, seu filho. Zunindo a bordo desse reluzente bólido, Luiz Estevão curte, às vezes ao lado da mulher, às vezes com um dos seis filhos, a dolce vita da sociedade brasiliense, desfilando alegremente pelos restaurantes da moda, pelas festas da corte. Tranquilo. Imperturbável. E cada vez mais rico.
“Tenho mais de US$ 12 bilhões de patrimônio”, diz, num tom que oscila entre a arrogância e o escárnio. Ele afirma que essa fortuna está devidamente declarada à Receita Federal. Estevão diz ser, hoje, o maior dono de terrenos na rica capital do país: “Tenho mais do que todos os demais empresários de Brasília juntos e multiplicados por três”. Estevão, aliás, não tem uma Ferrari: tem duas – a outra é mais antiga, modelo 1991. “A Ferrari, indiscutivelmente, é o melhor de todos, um ícone da indústria automobilística”, diz.
Luiz Estevão é a Ferrari da impunidade brasileira: um ícone, o melhor de todos (até onde se sabe) no quesito corruptor. Em vez de brilhar na lista da revista Forbes dos maiores bilionários do mundo, Estevão precisa contentar-se em figurar na lista dos maiores caloteiros da União. Ele deve R$ 1,1 bilhão aos cofres públicos, segundo cálculos atualizados da Advocacia-Geral da União (AGU). Não se trata de uma dívida tributária ou meramente empresarial. É dinheiro subtraído aos contribuintes brasileiros, por meio de desfalques nas obras de construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, nos anos 90, das quais sua empreiteira participou.
- Se quiser continuar clique aqui, mas, é por sua conta e risco. O ministério da Saúde adverte: a leitura do restante da matéria poder provocar náuseas, ânsia de vômito, indução ao suicídio, cheirar muita cocaína, fumar crack e oxi ou... alucinação saindo por aí cantando”sou brasileiro, como muito orgulho, com muito amor”.
- Cara, depois que a gente lê toda a reportagem dá vontade mandá-la, por e-mail, a estes caras que posam de autoridade, principalmente no Poder Judiciário, vivem bostejando por aí que isto aqui é um país; que temos as leis mais avançadas do mundo; que temos uma Constituição “Cidadã”; que todos são iguais perante a lei e outras besteiradas ridículas que subestimam a inteligência do cidadão brasileiro com um mínimo de vergonha na cara!
NOSSOS NOBRES SENADORES NOS DÃO NOJO
DOS ÍNDIOS PARA O CACIQUE
A PF descobre que o dinheiro público destinado ao atendimento médico indígena foi desviado para campanhas da família do senador Gilvam Borges
leia a íntegra aqui
- E o nosso mavioso Poder Judiciário assiste a tudo de camarote!
SE FOSSE NO IRÃ
Do historiador Marco Vila, da Universidade Federal de São Carlos, SP, sobre a prisão em nova York do francês Dominique Strauss-Kahn, diretor do FMI:
- Fácil distinguir democracia da ditadura. Se fosse no Irã, a camareira é que seria presa e condenada à morte por lapidação. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 19.05.2011)
- Então vamos combinar, vivemos também numa ditadura, porque se fosse aqui ela só não seria morta, mas em compensação, caso o executivo tivesse sido preso, em meia hora conseguiria um HC, novo Mandado de Prisão seria expedido contra a camareira, acusada de extorsão. Dez dos nobres melhores advogados, regiamente pagos, contratados pelo distinto executivo se encarregariam de dizer que ela é uma prostituta e que ele é que é a vítima, foi abusado quando criança, vive a base de medicamentos tarja preta, receberia aulas de maluquês com um psiquiatra, todas as alegações seriam aceitas pelo nosso mavioso Poder Judiciário que autorizaria sua saída do país e a camareira seria condenada a dez anos de prisão em regime fechado, sem direito a condicional.
- Um busto em sua homenagem seria erguido na Praça dos Três Poderes, homenagens lhes seriam prestadas no Congresso Nacional, com direito a discursos de autoridades civis, militares e eclesiásticas.
- Mas, naquele país atrasado que não tem a Constituição Cidadã, nem “as leis mais avançadas do mundo” e não vive em pleno Estado “Democrático” de Direito, o cretino ofereceu um milhão de dólares como fiança pra sair, a Justiça rejeitou. Ontem, o juiz fixou a fiança e as condições da soltura (GloboNews – jornal das 18h00): um milhão de dólares em dinheiro vivo, mais cinco milhões em bens; passaporte recolhido; vai usar uma tornozeleirazinha fashion; não pode sair de casa e um policial ficará na porta de prontidão e lá, não tem este papo de HC expedido como se bebe água, não! HC somente em casos excepcionalíssimos como deve ser em qualquer país, minimamente civilizado, que não tenha leis frouxas pra dar boa vida a bandido pra posar de humanitário!
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