domingo, julho 31, 2011
















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OLHO VIVO




AMENIDADES
- Alô? Quem tá falando?
— Aqui é o ladrão.
— Desculpe, a telefonista deve ter se enganado, eu não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?
— Não, os funcionário tá tudo refém.
— Há, eu entendo. Afinal, eles trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil... mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?
— Impossível. Eles tá tudo amordaçado.
— Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?
— Claro que não mermão. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia, que é o lugar mais seguro pra se comandar assalto!
— Bom... Sabe o que que é? Eu tenho uma conta...
— Tamo levando tudo, ô bacana. O saldo da tua conta é zero!
— Não, isso eu já sabia. Eu sou professor! O que eu queria mesmo era uma informação sobre juro.
— Companheiro, eu sou um ladrão pé-de-chinelo. Meu negócio é pequeno. Assalto a banco, vez ou outra um seqüestro. Pra saber de juro é melhor tu ligá pra Brasília.
— Sei, sei. O senhor ta na informalidade, né? Também, com o preço que tão cobrando por um voto hoje em dia... mas, será que não podia fazer um favor pra mim? É que eu atrasei o pagamento do cartão e queria saber quanto vou pagar de taxa.
— Tu tá pensando que eu tô brincando? Isso é um assalto!
— Longe de mim pensar que o senhor está de brincadeira! Que é um assalto eu sei perfeitamente; ninguém no mundo cobra os juros que cobram no Brasil. Mas queria saber o número preciso: seis por cento, sete por cento?
— Eu acho que tu não tá entendendo, ô mané. Sou assaltante. Trabalho na base da intimidação e da chantagem, saca?
— Ah, já tava esperando. Você vai querer vender um seguro de vida ou um título de capitalização, né?
— Não...já falei...eu sou... Peraí bacana... hoje eu tô bonzinho e vou quebrar o teu galho.
(um minuto depois)
— Alô? O sujeito aqui tá dizendo que é oito por cento ao mês.
— Puxa, que incrível!
— Incrive por que? Tu achava que era menos?
— Não, achava que era mais ou menos isso mesmo. Tô impressionado é que, pela primeira vez na vida, eu consegui obter uma informação de uma empresa prestadora de serviço pelo telefone em menos de meia hora e sem ouvir 'Pour Elise'.
— Quer saber? Fui com a tua cara. Acabei de dar umas porradas no gerente e ele falou que vai te dar um desconto. Só vai te cobrar quatro por cento, tá ligado?
— Não acredito! E eu não vou ter que comprar nenhum produto do banco?
— Nadica de nada, já ta tudo acertado!
— Muito obrigado, meu senhor. Nunca fui tratado dessa...
(De repente, ouvem-se tiros, gritos)
— Ih, sujou! Puliça!
— Polícia? Que polícia? Alô? Alô?
(sinal de ocupado)
— Droga! Maldito Estado: quando o negócio começa a funcionar, entra o Governo e estraga tudo!



JOVEM BATE CARRO EM IGREJA E, COMO PENA, TEM DE IR À MISSA
Um juiz da Bahia determinou que um jovem frequente quatro missas dominicais porque bateu um carro no muro da igreja da cidade de Maracás.
O incidente ocorreu em janeiro. O rapaz, de 18 anos, era menor de idade e não tinha habilitação quando bateu o carro, que pertence à mãe. (Folha Online – 20.07.2011)
- Bem feito, deveria ter desviado da igreja e batido numa casa de massagem!
- Agora, falando sério, pena alternativa é pra estes casos, o moleque bateu com o carro no muro, não feriu ninguém, causou apenas danos materiais passíveis de ressarcimento, vai ter que construir o muro e assistir missas, pronto, recebeu punição a altura do delito e não, como normalmente se faz na republiqueta, onde os vagabundos cometem crimes graves e recebem uma peninha de cestas básicas e de fazer palestras.




ÁGUA DO JOELHO
O Bar Urca, boteco vizinho do Rei Roberto Carlos, no Rio, exibe no banheiro instruções para a turma do chope não urinar no chão nem na tampa.
Um aviso diz: “Segure firme o pênis e aponte para dentro do vaso; veja se não há cabelo no canal de saída para evitar efeito chafariz; ponha as pernas o mais próximo do vaso sem o tocar.” (coluna Ancelmo Góis – 24.07.2011)
- Isso não é um aviso, é manual, só esqueceu de acrescentar o dito popular “não adianta balançar que o último pinto é da cueca”!


A VOZ DO MORRO
Depois de tocar terça na Vila Cruzeiro, no Rio, o sambista Gabriel Cavalcante, 25 anos, passou a achar que Candeia tinha razão ao temer que o samba saísse e não voltasse ao morro:
— A cultura de samba lá é bem pouca...
Segue...
Mestre Noca da Portela, 78 anos, concorda:
— Hoje os “mais esclarecidos” é que correm atrás do samba. Fico preocupado quando chego numa quadra e não tem samba, a garotada só quer funk. Nada contra, mas aí fica difícil. (coluna Ancelmo Góis – 24.07.2011)
- Fazer o quê se este lixo virou “patrimônio cultural carioca” e diga que é um lixo que é banido acusado de lesa pátria, preconceituoso e reacionário!

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