quarta-feira, setembro 07, 2011
















E PORQUE HOJE É SETE DE SETEMBRO


E eles explicam!
Acho que já é uma desculpa padrão!




AMENIDADES
Interior de Minas Gerais. Mulher grávida de oito meses na porta da cozinha, olhava o tempo e procurava um jeito de começar uma prosa com o marido, que descansava numa rede:
― Ô bem? Cê cridita im Deus?
― Ora, si criditu…. craro!
― Intão, si é da vontadi de Deus, nesse crima seco danado e Ele queresse fazê chuvê dirrepente, chuvia?
― Uai, muié. Si é da vontadi de Deus, chuvia na mema hora….
― Si é da vontadi de Deus, o dia pudia virá noiti num minutim?
― Ora, si é da vontadi de Deus, virava sim…. pru que não?
― Si é da vontadi de Deus, seno nóis dois branquelo azedo desse jeito, nosso fio pudia nascê pretim… quasi azurzin… qui nem cumpadi Totoin?
― Uai, sô… Si fosse da vontadi de Deus nosso fio nascê pritim qui nem cumpadi Totoin, nascia… Mai qui ocê ia tomá uma surra de virá os zóio, arriá no chão e inté mijá pelas pernas, cê ia, aaaaaah! si ia!



OPINIÃO DO DIA
A nova onda são os parlamentares corruptos que se dizem e se elegem como católicos ou evangélicos fervorosos e afrontam ao mesmo tempo a lei dos homens e a de Deus, seguros do perdão divino e da impunidade terrena. É a bancada do sétimo mandamento, imortalizada em vídeo na "Oração dos Corruptos" recitada com unção pela quadrilha do mensalão de Brasília.
Enquanto na Europa e nos Estados Unidos a motivação política é considerada agravante de um crime, por suas consequências na sociedade, no Brasil é vista como um atenuante, como se ainda vivêssemos no tempo da ditadura. Quando flagrados, os ladrões militantes se dizem inocentes: "Era para o partido." (fragmento do texto do jornalista Nelson Motta – O Globo – 02.09.2011)



SEMPRE ATUAL, PRINCIPALMENTE NO DIA DE HOJE
“A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.
A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade”. (Ruy Barbosa, em discurso no Senado Federal em 1914)
(in Obras Completas de Rui Barbosa, V. 41, t. 3, 1914, p. 86)



CENA CARIOCA
Quarta, por volta de 20h, na Rua Humaitá, um baleiro entrou num ônibus da linha 178 (São Conrado-Rodoviária), e quando já fazia aquele discurso para vender seus doces... triiiiiiiiimmmmm... tocou seu celular. Era a mulher dele, que queria discutir a relação.
“Deixa eu trabalhar?”, ele repetia, constrangido. Ao desligar, pediu desculpas, envergonhado, e desceu. Há testemunhas. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 02.098.2011)
- Ah bom!

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