sábado, setembro 10, 2011

















PÉROLAS ESTUDANTIS




AMENIDADES
Em uma destas cidades antiquadas, cheias de preconceitos estúpidos, um senhor, após enviuvar, arranjou uma namorada. Toda a cidade comentava sobre a má fama da moça.
Então, um amigo do viúvo lhe disse:
- Olha, tá todo mundo dizendo que esta moça já é furada.
Enfurecido, o viúvo responde:
- Eu quero assim mesmo. É pra casar, e não para carregar água!!!!


TRISTE REALIDADE
Uma análise da evolução da relação de conquista e do amor do homem para a mulher,
através das músicas que marcaram época.
Não é saudosismo, mas vejam como os quarentões, cinquentões tratavam seus amores.
É por isso que de vez em quando vemos uma mulher nova enroscada no pescoço de um quarentão.
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Década de 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor,
de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."
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Década de 40:
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira,escreve para Rádio Nacional e,
manda oferecer a ela uma linda música:
"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho,
que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"
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Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.
É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar.
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema.
É a coisa mais linda que eu já vi passar."
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Década de 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,
ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem
mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."
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Década de 70:
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão,
abre porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....
Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...."
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Década de 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias,
luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."
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Década de 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.
E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"
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Em 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão!
Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim"!
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Em 2002:
Ele manda um e-mail oferecendo uma música:
"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu!
As preparadas! Hu Hu Hu Hu!
As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"
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Em 2003:
Ele oferece uma música no baile:
"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó!
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Em 2004:
Ele a chama p/ dançar no meio da pista:
"Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas!
Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!"
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Em 2005:
Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio:
"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!"
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Em 2006:
Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:
"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!
Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!"
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Em 2010:
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo volume:
" Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber?
Eu sou o lobo mau, au, au
Eu sou o lobo mau, au, au
E o que você vai fazer?
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer"
ONDE FOI QUE NÓS ERRAMOS?
SERÁ QUE AINDA É POSSÍVEL PIORAR?




FESTIVAL DE CINEMA BRASILEIRO EM PEQUIM E XANGAI TEM METADE DAS PRODUÇÕES PROIBIDAS PELO GOVERNO CHINÊS
RIO - Dos 18 filmes brasileiros submetidos à censura do governo chinês pela organização do IIº Brazil Film Fest, que acontece em novembro, na China, apenas nove foram aprovados para exibição no país asiático. Entre as produções vetadas pelo comitê de censura do Partido Comunista local estão os documentários "Uma noite em 67", de Renato Terra e Ricardo Calil, e "Dzi croquetes", de Tatiana Issa e Raphael Alvarez , além do longa "Bandido da luz vermelha", de Rogério Sganzerla. Os responsáveis pela censura, porém, não deram satisfações sobre o veto.
A curadora do festival, Ana Maria Bochi, que vive há três anos na China, já suspeitava que os documentários seriam proibidos, por conta de seus contextos políticos (os dois têm a ditadura brasileira como pano de fundo), mas não quis fazer auto-censura:
- Eu quis arriscar. Além disso, escolhi morar lá e tenho que respeitar o governo, por mais que não concorde - pondera.
Entre as nove produções consideradas inofensivas à polulação chinesa estão três animações infantis. O governo chinês tolera, além delas, o sexo no cinema. "Malu de bicicleta", longa de Flávio Tambellini, foi aprovado, para supresa de Ana Maria:
- Eu não levei fé. Tem cenas de sexo e achava que seria cortado também.
Além dos nove filmes censurados, "Linha de passe", de Walter Salles, precisaria passar por um processo de edição para ser exibido, mas os responsáveis pela censura não informaram quais cenas deveriam ser cortadas.
- Como somos contra cortes, decidimos não exibir o filme - explica a curadora.
Renato Terra, diretor de "Uma noite em 67", disse que quando soube que o filme estava sendo submetido à censura, previu sua proibição:
- Eu imaginei que isso fosse acontecer, mas a sensação é de que voltamos àquela época do documentário.
O Brazil Film Fest acontece de 4 a 8 de novembro em Pequim e de 11 a 13 em Xangai. (O Globo Online - http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/08/27/festival-de-cinema-brasileiro-em-pequim-xangai-tem-metade-das-producoes-proibidas-pelo-governo-chines-925229639.asp - 27.08.2011)
- Curioso, diria até curiosíssimo, é que, cineastas, artistas e intelectuais protestam muito contra a censura aqui, e têm mais é que protestar mesmo, mas por que, em protesto também lá, não retiram todos os filmes e acabava com a porra do tal festival???
- Aliás, se inscreverem num festival sabendo, antecipadamente que suas obras seriam submetidas a apreciação do governo já é m si uma submissão à censura!
- Ou a grana que possam levar é maior que o espírito de libertada de expressão tão proclamada por eles por aqui?!






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