sábado, janeiro 28, 2012

















LAVA JATO MILAGROSO



AMENIDADES



AMENIDADES
TERAPIA SEXUAL !!!!
Uma mulher chegou em casa e disse ao marido:
- Lembra as enxaquecas que eu costumava ter toda vez que íamos fazer amor?
Estou curada! Não tenho mais dor de cabeça! Minha amiga Margaret me indicou um terapeuta que me hipnotizou!

O médico me disse para ir para frente do espelho, me olhar bem e repetir para mim mesma:
Não tenho dor de cabeça!
Não tenho dor de cabeça!
Não tenho dor de cabeça!

Fiz isso e a dor de cabeça parece que sumiu!
O marido respondeu.
- Que maravilha!

Então a esposa disse:

- Nos últimos anos você não anda muito interessado em sexo! Por que você não vai a esse terapeuta e tenta ver se ele te ajuda a ter interesse por sexo novamente?

0 marido concordou, marcou uma consulta e alguns dias depois estava todo fogoso para uma noite de amor com a esposa. Então foi correndo para a casa e entrou arrancando as roupas e arrastando a esposa para o quarto.

Colocou a mulher na cama e disse a ela:
- Não se mova que já volto!

Foi ao banheiro e voltou logo depois pulou na cama e fez amor de maneira muito apaixonado como nunca tinha feito com a esposa antes.

A esposa falou:
- Juca, foi maravilhoso!
Você nunca me deu tal prazer!

O marido disse novamente à esposa:
- Não saia daí que eu volto logo!
-Foi ao banheiro e a segunda vez foi muito melhor que a primeira.
A mulher sentou-se na cama a cabeça girando em êxtase com a experiência.

O marido disse outra vez:
- Não saia que eu volto logo!
Foi ao banheiro.

Desta vez a esposa foi silenciosamente atrás dele e quando chegou lá o marido olhava para o espelho e dizia:

- Não é minha esposa!
- Não é minha esposa!
- Não é minha esposa!




DA SÉRIE: ESQUECENTANDO OS TAMBORINS
IOGURTE DÁ SAMBA?
Os tempos do samba do crioulo doido pareciam enterrados para sempre. A paródia de samba-enredo genialmente composto por Sergio Porto em 1968 — aquela em que Chica da Silva obrigava a princesa Isabel a se casar com Tiradentes — falava de um tempo em que temas históricos eram obrigatórios no desfiles de escolas de samba e que compositores ingênuos se atrapalhavam em lições aprendidas em tempo recorde. O Rio evoluiu (evoluiu?), o carnaval se sofisticou, os enredos ficaram abstratos, e as alas de compositores não pagam mais mico falando do que não sabem. Quer dizer, era assim até o carnaval deste 2012 porque o Grêmio Recreativo Escola de Samba Porto da Pedra respeita a tradição e recupera a era do samba do crioulo doido. O que mais se poderia esperar de uma escola que acredita que iogurte possa ser enredo de carnaval?
Tecnicamente, o enredo recebeu o título “Da seiva materna ao equilíbrio da vida”. O samba foi chamado de “Poema à vida e ao seio jorrando amor à seiva materna”. Mas pode me chamar de samba do iogurte mesmo. Os autores são Fernando Macaco, Tião Califórnia, Cici Maravilha, Bento, Denil e Oscar Bessa — seis ao todo, o que indica que é uma colcha de retalhos que pega um pouquinho de um e costura com um pouquinho de outro. As surpresas provocadas por tema tão inusitado e por tão grande grupo de compositores começam logo nas primeira estrofes: “Hera gera o caminho das estrelas”. Hera gera? Mas o que é isso? Alguma expressão popular, alguma entidade africana? Não. Hera é a mulher de Zeus, e, no samba, é ela quem cria o caminho das estrelas. Iogurte com isso?.
Na missão quase impossível de dar algum sentido carnavalesco à história do iogurte, os compositores foram em frente: “A dádiva que fez o animal sagrado fermentou fartura e saber, fonte rica de prazer”. Peraí... quem fermentou fartura: a dádiva ou o animal sagrado? E qual é a fonte rica de prazer: a fartura ou a fartura e o saber?
Estou com boa vontade, mas... À certa altura, o samba diz que “seguiu o alimento vencendo batalhas”. O carnavalesco não pode se esquecer de ilustrar a principal batalha que o iogurte trava neste carnaval: a batalha contra o bom senso.
“Iogurte é leite, tem saúde e muito mais”. Sinto muito, mas fazer uma escola inteira cantar isso sem que cada componente ganhe uma parcela do patrocínio é maldade. Mas aí vem o refrão: “Cada porção traz um cuidado especial para o deleite e a emoção no carnaval”. Já estou vendo todo o Sambódromo acompanhando o desfile enquanto consome iogurte.
Isso que o samba, depois de ganhar a disputa na quadra, sofreu algumas mudanças para, de acordo com a escola, “transmitir clareza para o público”.
Vem cá, quer dizer que o samba já foi menos claro? Pois resolvi: só canto o samba da Porto da Pedra na avenida se a fábrica de produtos lácteos que inventou essa sandice me pagar cachê. (Artur Xexéo – Revista O Globo – 15.01.2012)
Como recordar é viver.
Samba do Crioulo Doido_Quarteto em Cy
Convenhamos, o Crioulo Doido, ops. o afro-descendente com necessidades especiais era mais criativo!


O IOGURTE DO CARNAVAL PAULISTA
Juro que estou tentando mudar de assunto, mas meus 17 leitores não deixam. Desde que critiquei o enredo da escola de samba Porto da Pedra para o próximo carnaval, não tem outro assunto na minha caixa postal.

“Não seja cínico e debochado”, me diz Magali Anconelli Dall Osso. “A Porto da Pedra é a escola de uma comunidade pobre e feliz. Eu digo isso porque estive no seu barracão, no sábado passado, para a Feijoada da Família. Que feijoada! Que comunidade!”

Com todo respeito a Magali, nunca duvidei da qualidade da feijoada da Porto da Pedra. Nem do ser humano que forma sua comunidade. Duvido apenas do bom gosto de seu enredo sobre iogurte. Mas sei que isso não é exclusividade da agremiação de São Gonçalo. Em São Paulo, por exemplo, a Rosas de Ouro vai cantar... Roberto Justus! É isso mesmo. Para a escola de Brasilândia, Roberto Justus dá samba.

Tecnicamente, a escola vai homenagear “a Hungria e seus imigrantes”. Mas, como o publicitário é filho de húngaros, aproveitou para fazer isso “por meio de um dos mais ilustres representantes dessa comunidade em São Paulo”. O “ilustre representante” aparece até no título do enredo: “O reino dos Justus”. Ele mesmo estará na Avenida representando o rei Mattias Cervinus, o justo. A escola justifica a escolha do apresentador de TV: “Ele é um guerreiro que, como seus ancestrais, travou muitas batalhas para conquistar seu lugar ao sol e erguer seu próprio reino.”

A letra do samba-enredo de Jairo, Fernando Sales, Tadeu e Rodrigues explicita toda essa importância: “E no Brasil um ser de luz nasceu para brilhar, um lindo conto assim se fez, Justus o menino-rei.” Depois dessa, me responde: Roberto Justus é ou não é o iogurte do carnaval paulista?

A encrenca em que me meti ao rememorar o “Samba do crioulo doido”, de Sergio Porto, também está rendendo mensagens. Depois de eu mudar o título para “Samba do afrodescendente doido”, leitores me criticam, lembrando que “doido” também não é politicamente correto.

De Belém, do Pará, Eliezer Alves Rodrigues, propõe nova troca de título: “Samba do Afrodescendente com Sérias Deficiências Culturais e de Aprendizado Devido à sua Condição Social Decorrente da Marginalização que o Povo de sua Raça Sofreu Desde o Advento da Escravidão no Brasil.” O título proposto pelo leitor é praticamente um samba-enredo completo. Foi aprovado!

Assim como um enredo mal escolhido prejudica a expectativa do desfile, quando o tema é bom, a escola já entra no Sambódromo com meio caminho andado. Para ninguém dizer agora que estou sendo preconceituoso com o samba paulista, cito a Águia de Ouro que, este ano, vai mostrar “Tropicália da paz e do amor — O movimento que não acabou”. No sábado, 18 de fevereiro — já se sabe que o carnaval de São Paulo é antes do carnaval —, a Águia de Ouro pode contar com minha audiência. (Artur Xexéo – Revista O Globo – 22.01.2012)
- Esta turma da dona Magali politicamente correta não sabe nem ser chata, perde cada oportunidade de ficar calada!

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