sexta-feira, maio 18, 2012


























- Eles mentem descarada e cinicamente!

DURMA-SE COM UMA POLÍCIA E UMA IMPUNIDADE DESTAS!


AMENIDADES
Um homem liga pra mãe e diz:
- Ela brigou comigo de novo e estou indo morar com você.
A mãe responde:
- Não querido, ela tem que pagar por isso…
- Eu vou morar com vocês!

OPERAÇÃO MONTE CARLO ATINGE LOBBY PARLAMENTAR DO AMIANTO: PERILLO, DEMÓSTENES E LERÉIA
publicado em 8 de maio de 2012 às 11:13


Audiência com Gilmar Mendes,  no STF, intermediada por Marconi Perillo e  Demóstenes Torres. Da esquerda para a direita:  Perillo, Mendes, o deputado Carlos Leréia, o diretor-geral da SAMA Rubens Rela e Élio Martins, presidente do Grupo Eternit. Foto: Gervásio/SCO/STF
por Conceição Lemes
2012: O império do amianto está ruindo, a olhos vistos.
Em 13 de fevereiro, a Justiça italiana anunciou a condenação dos ex-proprietários da Eternit, o barão belga Jean-Louis de Cartier de Marchienne e o magnata suíço Stephan Schmidheiny, a 16 anos de prisão e ao pagamento de quase 100 milhões de euros.
Nem mesmo o informe publicitário publicado na ocasião pela Eternit do Brasil  nos principais veículos de comunicação (CartaCapital foi a única a recusar o anúncio), negando qualquer relação com a empresa incriminada, diminuiu o amargor da derrota.
Agora, o lobby do amianto sofre novos reveses. Indiretamente, a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), atingiu em cheio o império do amianto. Seus mais ilustres e ferrenhos defensores no meio político brasileiro são acusados de envolvimento com os esquemas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
São eles o senador Demóstenes Torres (DEM-GO, até 4 de abril), o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PDSB-GO) e o governador Marconi Perillo (PSDB-GO).  Os três integram a “bancada da crisotila”. São parlamentares que, em troca de defender a fibra cancerígena no parlamento, recebem apoio financeiro da indústria amiantífera em suas campanhas. Crisotila, ou amianto branco, é o tipo existente e ainda permitido no País.
A primeira baixa, aliás, já ocorreu. Demóstenes Torres deixou a relatoria do projeto de lei 371/2011, do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que “dispõe sobre a proibição da extração, da importação, do transporte, do armazenamento e da industrialização do amianto”.
Outro revés: o Instituto Crisotila do Canadá anunciou oficialmente, em 28 de abril deste ano, o encerramento de suas atividades.  Durante quase três décadas, ele coordenou globalmente os esforços da indústria do amianto para promover o chamado “uso controlado da crisotila”. Uma tese enganosa de que a exploração do mineral, assim como a fabricação e a utilização de produtos, contendo suas fibras, seriam inofensivos à saúde humana. O instituto canadense foi copiado em todo o mundo. Aqui, deu origem ao Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC), sediado em Goiânia.
“São dois golpes mortais, que prenunciam o fim da produção da fibra assassina aqui”, observa a engenheira Fernanda Giannasi, auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e coordenadora da Rede Virtual-Cidadã para o Banimento do Amianto para a América Latina. “É como diz o ditado popular ‘a Justiça tarda, mas não falha’.”
LOBBY PARLAMENTAR INTERMEDIA VISITA DE PRESIDENTE DA ETERNIT A GILMAR MENDES NO STF
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, 107 mil pessoas morrem em todo o mundo devido a doenças causadas pelo amianto ou asbesto – um reconhecido cancerígeno para os seres humanos.
“Todo tipo de amianto — inclusive a crisotila — é comprovadamente cancerígeno, e o seu uso controlado, uma ilusão total”, alerta o pneumologista Hermano Albuquerque de Castro, professor da Escola Nacional de Saúde Pública e pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, da Fiocruz, no Rio de Janeiro. “No máximo, as indústrias conseguem reduzir a exposição dentro das fábricas. Não conseguem controlar depois que o produto sai e vai para o público. Isso é impossível.”
Apesar de essa advertência ser feita há mais de duas décadas, o governo brasileiro ignorou o problema. E mais. Nos últimos anos, perdeu diversas oportunidades de proibir o uso do amianto no território nacional.
Em boa parte devido ao poderoso lobby no Congresso Nacional, que sempre agiu com presteza para atender os interesses da indústria amiantífera.
Demonstração emblemática dessa força aconteceu em setembro de 2008. Havia indícios de que o Supremo Tribunal Federal (STF) iria julgar celeremente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4066, que pede a decretação da inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei 9055/95; ela trata do “uso seguro e responsável do amianto”.
“A Lei 9055 é inconstitucional em função da lesividade de todo tipo de amianto à saúde humana”, diz o advogado Mauro Menezes, que, na ação, representa a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) “Ela não se compatibiliza com uma questão maior que está garantida na nossa Constituição, que é o direito à saúde e à vida.”
Pois bem, à época, o então senador Marconi Perillo e o colega Demóstenes Torres intermediaram encontro de representantes da Eternit com o ministro Gilmar Mendes (naquele momento, presidente do STF) para tratar do assunto.
Assim, no dia 30 de setembro de 2008, o presidente do Grupo Eternit, Élio Martins, o diretor-geral da SAMA, Rubens Rela Filho, Perillo e o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB, GO) foram recebidos no STF por Gilmar Mendes.
O Grupo Eternit é o maior produtor de amianto e de artefatos de cimento-amianto do Brasil. A mineradora SAMA pertence a ele. É a responsável pela mina de Cana Brava, a única ainda em exploração no País; fica em Minaçu, norte de Goiás, a 500 quilômetros da capital Goiânia.
Leréia, proveniente de Minaçu, foi um dos maiores beneficiados pelas verbas da SAMA em sua campanha como deputado federal. Segundo matéria publicada na revista CartaCapital, de junho de 2005, recebeu sozinho 300 mil reais da mineradora.
Na agenda de Gilmar Mendes para o dia 30 constava apenas: 17h30 – Recebe em audiência os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO)


Sobre o encontro, o site do STF noticiou: “O senador goiano Marconi Perillo (PSDB) esteve no início da noite desta terça-feira (30) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, para entregar documentos contra o banimento do amianto crisotila no país. ‘Temos estudos científicos que foram preparados pelas principais universidades brasileiras que nos tranquilizam em relação à utilização do amianto sem qualquer mal à saúde’, afirmou.” Parêntese: o Viomundo denunciou em várias reportagens a falta de isenção dos pesquisadores de “tais estudos científicos”, financiados pelo próprio interessado em tais resultados.
O site do STF prosseguiu: “Segundo o senador, o objetivo dos documentos é ‘dar esclarecimentos e embasamento aos ministros do Supremo Tribunal Federal em relação à matéria’”.
Curiosamente, o nome do presidente do grupo Eternit, presente ao encontro, não constou da matéria publicada no site do STF.




























Tampouco o nome de Élio Martins apareceu nas legendas das fotos divulgadas sobre a reunião. Nem mesmo na que apareceu cumprimentando Gilmar Mendes. Mencionaram-se apenas os nomes dos parlamentares.


Da esquerda para a direita: Élio Martins, presidente do Grupo Eternit; Rubens Rela Filho, diretor-geral da SAMA; deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO); e ministro Gilmar Mendes, do STF, encobrindo o então senador Marconi Perillo (PSDB-GO). Foto: Gervásio/SCO/STF
“Na prática, a Operação Monte Carlo acertou o core do lobby do amianto no Brasil” reforça Fernanda Giannasi. “Da mesma forma, com certeza, o fechamento do Instituto Crisotila do Canadá terá repercussões no Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) e nos demais institutos clones, que perdem seu mentor e grande financiador e apoiador.”
INSTITUTO DO CRISOTILA DO CANADÁ PROPAGANDEOU INFORMAÇÕES ENGANOSAS










Até no estilo de tentar silenciar os que denunciam os malefícios do amianto e as ações do lobby pró-fibra cancerígena são muito parecidos.
O IBC recorreu à Justiça contra Fernanda Giannasi, o procurador Antônio Carlos Cavalcante Rodrigues, do Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO), que queria, entre outras ações, o fim das atividades do IBC, e o pneumologista, professor e pesquisador Hermano Albuquerque de Castro.
O Instituto Crisotila do Canadá teve o desplante de atuar fora de sua jurisdição. Em abril de 2001, o seu diretor, Denis Hamel, mandou uma carta ao então Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil, Francisco Dornelles, pedindo para repreender e enquadrar a engenheira Fernanda Giannasi. Não conseguiu o seu intento.
- É, muita água ainda vai rolar desta Cachoeira!

TROCO
Aliados de Sérgio Cabral (PMDB-RJ) articulam para levar o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) -responsável por divulgar as fotos e vídeos que mostram a intimidade do governador com Fernando Cavendish, da Delta- para o olho do furacão da CPI do Cachoeira. (coluna Painel – Folha – 06.05.2012)
REDE
 Os peemedebistas vão apontar ligação de Garotinho com Cachoeira, que contratou Waldomiro Diniz para presidir a Loterj, em 2001. Em 2004, Waldomiro, então assessor de José Dirceu na Casa Civil, foi flagrado recebendo propina do empresário de jogos no primeiro escândalo do governo Lula. (coluna Painel – Folha – 06.05.2012)
- Seria prudente levar uma bóia pra não serem enquadrados no ECA por maus tratos a menor, porque, dificilmente ele conseguirá sobreviver, sem ela, da enxurrada da Cachoeira!

ERRO EM LISTA TELEFÔNICA TRANSFORMA 'SUCOS EXÓTICOS' EM 'SUCOS ERÓTICOS'
Editora que publicou o erro foi condenada a pagar R$ 4,8 mil pelos danos.
Caso ocorreu em Londrina, no norte do Paraná.
...
- Confundiram viaduto com viado adulto!

JEITINHO
A presidente Dilma vai aproveitar a Lei de Acesso à Informação para cumprir decreto de 2002, que nunca foi atendido, e publicar a agenda detalhada dos ministros, secretários e chefes de gabinete. A sugestão foi feita pela CGU. (coluna Panorama Político – O Globo – 15.05.2012)
Os ministérios 
Terão que informar, com a vigência da Lei de Acesso, quem os ministros receberam, o assunto tratado e a duração da reunião. (coluna Panorama Político – O Globo – 15.05.2012)
Grau de acesso
A Lei de Acesso à Informação não muda a classificação das informações governamentais. Os gastos com o cartão corporativo da Presidência com custeio, viagens presidenciais e manutenção dos palácios continuarão secretos. (coluna Panorama Político – O Globo – 15.05.2012)
- Ah bom!
A excluída.
A única pessoa que não vai cumprir esse item do decreto será a presidente Dilma. A justificativa é a de sempre: informação protegida por motivo de segurança institucional. (coluna Panorama Político – O Globo – 15.05.2012)
- Ah bom, também!
A Salvo
As regras também não mudam, com a Lei de Acesso, para aquelas informações que foram classificadas como sigilosas nos governos militares.  (coluna Panorama Político – O Globo – 15.05.2012)
- Ah bom, também, também!

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