A IMPUNIDADE EM DOIS TEMPOS
- Devem ter concedido a condicional por “bom comportamento”,
claro, na cadeia não tem crianças pra molestar!
- O vagabundo matou um jovem, em 2008 foi condenado a 30
ANOS (faz-me rir!) em 2011 já tava na rua!
- Eta republiquetazinha, paraíso da bandidagem!
QUANDO VAMOS
MORALIZAR O PODER?
Ruth de Aquino –
Revista Época
Presidente e ministros reduzirão em 30% seus salários, “para
dar o exemplo”. Apertarão seus próprios cintos, cortarão na própria carne. Isso
acontecerá longe daqui, na França. Será a primeira medida do governo socialista
de François Hollande. Não resolve a crise francesa. Mas carrega um tremendo
simbolismo. São 34 novos ministros neste governo que já começarão ganhando um
terço a menos que seus antecessores.
E não é só isso.
A equipe do governo – 17 homens e 17 mulheres – assinou um
texto de duas páginas que lista seus “deveres”. O texto é público. Foi
divulgado pelo jornal Le Monde na quinta-feira. Alguns itens seriam muito
bem-vindos no Brasil. A ideia geral é afastar qualquer suspeita de conflito de
interesse e acabar com essa mistura desavergonhada entre o público e o privado.
O código de conduta de Hollande obriga ministros a renunciar
a postos executivos anteriores a sua nomeação no governo. Inclui também a
recusa a todos os convites particulares, de empresários ou amigos influentes. E
a devolução de qualquer presente com valor superior a € 150 (R$ 375). O texto
desce a detalhes do dia a dia, como o meio de transporte: em trajetos
inferiores a três horas, ministros terão de usar o trem.
Mais regras. Os ministros terão de confiar “a gestão de seu
patrimônio a um procurador”. Isso impede que tirem proveito de informações
confidenciais do mercado para enriquecer ilicitamente. Na hipótese de uma
viagem pessoal e familiar, serão obrigados a “se abster de aceitar convites de
governos estrangeiros ou de pessoas físicas ou jurídicas cuja atividade tenha
relação com sua pasta ministerial”. Deverão renunciar a “qualquer participação
num organismo, mesmo aqueles sem fins lucrativos, cuja atividade seja de
interesse a seu ministério”. Os ministros também estão proibidos de “qualquer
intervenção que envolva a situação de um parente ou amigo próximo”. Nada de
nepotismo e tráfico de influência, em bom português.
Deveríamos, como os franceses, enfrentar os desvios e abusos
que desmoralizam nossos governantes
O documento lembra a toda a equipe – incluindo presidente,
primeiro-ministro e ministros – que “só as despesas diretamente ligadas ao
exercício de suas funções podem ser pagas pelo Estado”. Uma das regras
provocaria um auê no Brasil: “À exceção de uma circunstância específica que
exija uma escolta de motocicletas, os deslocamentos dos ministros em carros
terão de respeitar as regras de trânsito normais, que se aplicam a qualquer
cidadão”. No Brasil, helicópteros estão sempre à disposição de políticos que
não fazem ideia da angústia que é ficar preso num engarrafamento.
...
- Aqui, “socialistas” “socialistas pragmaticos”, “comunistas”
“comunistas” do B, liberais, neoliberais, “sociais democráticos”, capitalistas
e capitalistas de estado no dia seguinte à posse do presidente estariam conspirando
pra derrubá-lo, em nome da democracia e da governabilidade!
- Quanto a pergunta indecente contida no titulo do artigo,
responderei com as sábias palavras da honrada ministra corregedora do CNJ
Eliana Calmon, “no dia em que o Sargento Garcia prender o Zorro”.
- A propósito:
SOBREVIVENDO
Quando foi apanhado com uma Bolsa-Consultoria de R$ 1 milhão da Federação das Indústrias de Minas Gerais, o comissário Fernando Pimentel disse que essa "foi a forma que eu tive de ganhar dinheiro e sobreviver".
Agora, descobriu-se que no ano passado voou da Bulgária para a Itália num avião fretado pelo organizador de eventos João Doria. Pimentel explicou que não havia outro transporte disponível. Havia: automóveis, trens e aviões de carreira.
Quando foi apanhado com uma Bolsa-Consultoria de R$ 1 milhão da Federação das Indústrias de Minas Gerais, o comissário Fernando Pimentel disse que essa "foi a forma que eu tive de ganhar dinheiro e sobreviver".
Agora, descobriu-se que no ano passado voou da Bulgária para a Itália num avião fretado pelo organizador de eventos João Doria. Pimentel explicou que não havia outro transporte disponível. Havia: automóveis, trens e aviões de carreira.
O doutor sobrevive bem, com patrocínio alheio. (coluna Elio
Gaspari – O Globo – 20.05.2012)
JORNALISTA BOB FERNANDES QUER SABER
AMENIDADES
Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde:
iriam viajar.
Faltaram à prova e então resolveram dar um
"jeitinho". Voltaram à USJT na terça, sendo que a prova havia
ocorrido na segunda. Então dirigiram-se ao professor:
- Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos
consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo nós nos atrasamos,
mas gostaríamos de fazer a prova.
O professor, sempre compreensivo:
- Claro, vocês podem fazer a prova hoje à tarde, após o
almoço.
E assim foi feito. Os rapazes correram para casa e se
racharam de tanto estudar, na medida do possível. Na hora da prova, o professor
colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova:
- Primeira pergunta, valendo 1 ponto: algo sobre "Lei
de Ohm".
Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre o
assunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se
"dar bem". Mas aí veio a segunda pergunta:
- Valendo 9 pontos: "Qual dos quatro pneus furou?"
JUIZ E RÉU, UM
ENCONTRO EXTRA-AUTOS
Era quase meia-noite quando saí do consultório do dentista.
Tinha viajado cerca de 500 quilômetros até Porto Alegre. Cheguei e fui
direto para a consulta.
Na época, 1996, jurisdicionava a vara criminal da comarca de Santo Ângelo, na Região das Missões do Rio Grande do Sul, perto da Argentina. Os compromissos e a grande distância da capital faziam raras essas viagens.
Na época, 1996, jurisdicionava a vara criminal da comarca de Santo Ângelo, na Região das Missões do Rio Grande do Sul, perto da Argentina. Os compromissos e a grande distância da capital faziam raras essas viagens.
O meu carro estava no estacionamento de um posto de
gasolina, do outro lado da rua. Era preciso encher o tanque. Havia apenas
um funcionário àquela hora tardia e ele veio me atender.
Enquanto o veículo abastecia, ele se aproximou e disse que
me conhecia. Ah, sim?, de onde - perguntei-lhe.
- O senhor é o juiz que me julgou e me condenou no
processo criminal em que fui réu.
Era tarde, uma noite fria de agosto, quase ninguém na rua.
Eu não sabia o rumo que aquela conversa ia tomar. Não recordava daquele rosto,
por mais que me esforçasse. O homem falava pausadamente.
Não sabia o que dizer, então falei:
- Mas então, como vai a vida? Vejo que estás trabalhando, isso é muito bom.
Impassível, ele limpava o vidro dianteiro. Continuou:
- Eu andava perdido, tinha problema com drogas, vieram os furtos. O senhor não se lembra de mim. Sabe por que eu não esqueci? Porque me tratou com respeito nas audiências, durante todo o processo. Me tratou com educação. Quando alguém começou a me agredir com palavras, mandou que ficassem calmos. Nunca vou esquecer.
Depois, paguei a gasolina, agradeci o serviço, desejei-lhe sucesso na vida e fui embora.
Este fato me impressionou pelo tipo de percepção que revela. O que mais marcou aquele indivíduo não foi tanto a condenação (talvez esperasse o resultado), mas a maneira como foi tratado no ambiente judicial.
A instrução de processos criminais costuma ser difícil e especialmente dolorosa para as vítimas.
O processo é instrumento de realização de justiça e, portanto, de humanização da sociedade. Nele não pode haver espaço para vingança, humilhação e maus-tratos. O que se busca é a aplicação da lei e dos princípios que movem o Direito, visando restaurar a ordem jurídica.
Nesse sentido, o respeito entre todos os envolvidos na relação processual é fundamental.
Para muitos dos que chegam ao Judiciário na condição de réus, em ações penais, a sala de audiência é a escola que faltou lá atrás, infelizmente. O dever mínimo do estado, em tal situação, é garantir um tratamento digno às pessoas, respeitando cada uma nas suas intransferíveis circunstâncias.
O modo como nos tratamos uns aos outros define o tipo de sociedade em que queremos viver e o país que estamos construindo.
O fato de sentir-se respeitado durante o andamento do processo talvez tenha contribuído para aquele homem refletir e mudar seu comportamento. É o que espero, do fundo do coração.
Não sabia o que dizer, então falei:
- Mas então, como vai a vida? Vejo que estás trabalhando, isso é muito bom.
Impassível, ele limpava o vidro dianteiro. Continuou:
- Eu andava perdido, tinha problema com drogas, vieram os furtos. O senhor não se lembra de mim. Sabe por que eu não esqueci? Porque me tratou com respeito nas audiências, durante todo o processo. Me tratou com educação. Quando alguém começou a me agredir com palavras, mandou que ficassem calmos. Nunca vou esquecer.
Depois, paguei a gasolina, agradeci o serviço, desejei-lhe sucesso na vida e fui embora.
Este fato me impressionou pelo tipo de percepção que revela. O que mais marcou aquele indivíduo não foi tanto a condenação (talvez esperasse o resultado), mas a maneira como foi tratado no ambiente judicial.
A instrução de processos criminais costuma ser difícil e especialmente dolorosa para as vítimas.
O processo é instrumento de realização de justiça e, portanto, de humanização da sociedade. Nele não pode haver espaço para vingança, humilhação e maus-tratos. O que se busca é a aplicação da lei e dos princípios que movem o Direito, visando restaurar a ordem jurídica.
Nesse sentido, o respeito entre todos os envolvidos na relação processual é fundamental.
Para muitos dos que chegam ao Judiciário na condição de réus, em ações penais, a sala de audiência é a escola que faltou lá atrás, infelizmente. O dever mínimo do estado, em tal situação, é garantir um tratamento digno às pessoas, respeitando cada uma nas suas intransferíveis circunstâncias.
O modo como nos tratamos uns aos outros define o tipo de sociedade em que queremos viver e o país que estamos construindo.
O fato de sentir-se respeitado durante o andamento do processo talvez tenha contribuído para aquele homem refletir e mudar seu comportamento. É o que espero, do fundo do coração.
- É assim que se respeita os Direitos Humanos, tratando o réu
com respeito e dignidade, não é com peninhas frouxas, benesses e cumplicidade
do Poder Judiciário nos seus altos escalões.
- A propósito:
POLICIAL CONDENADO
PELO MASSACRE DE ELDORADO DO CARAJÁS É PRESO NO PARÁ
Segundo mandado de prisão é contra o major José Maria
Oliveira, que ainda não foi localizado. Os dois oficiais comandavam os
batalhões da PM que se envolveram na operação que resultou no massacre, em
1996.
oficiais da Polícia Militar condenados pelo massacre de
Eldorado do Carajás, há 16 anos. Um deles se entregou nesta segunda-feira (7).
O coronel Mário Colares Pantoja se apresentou na tarde desta segunda-feira em um presídio militar, no nordeste do Pará. O segundo mandado de prisão é contra o major José Maria Oliveira, que ainda não foi localizado. Os dois oficiais comandavam os batalhões da PM que se envolveram na operação que resultou no massacre de Eldorado do Carajás, em 1996.
O coronel Mário Colares Pantoja se apresentou na tarde desta segunda-feira em um presídio militar, no nordeste do Pará. O segundo mandado de prisão é contra o major José Maria Oliveira, que ainda não foi localizado. Os dois oficiais comandavam os batalhões da PM que se envolveram na operação que resultou no massacre de Eldorado do Carajás, em 1996.
Na época, cerca de 1500 sem terra protestavam contra a
demora na desapropriação de terras. A polícia foi chamada para liberar uma
rodovia. No confronto, 19 sem-terra foram mortos. Dez, com sinais de execução,
segundo a perícia.
Durante o julgamento, a defesa afirmou que a tropa agiu para
se defender, alegando que as imagens mostram que os sem-terra partiram em direção
aos PMs. Já a acusação afirmou que os policiais militares já tinham atirado nos
manifestantes, antes da gravação das cenas.
O coronel Pantoja foi condenado a 228 anos de prisão e o
major Oliveira a 154 anos de cadeia. Os dois eram beneficiados por um habeas
corpus do Supremo
Tribunal Federal (STF), mas em março, o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que não era mais possível recorrer das
sentenças e o habeas corpus perdeu o efeito.
O processo de Eldorado durou 16 anos. Nesse período, o
coronel Pantoja e o major Oliveira recorreram à Justiça 28 vezes para anular o
julgamento e responder em liberdade. Desde que ocorreu o massacre, os oficiais
ficaram presos por menos de um ano.
O promotor de justiça do caso, Marco Aurélio
Nascimento, falou sobre a demora na prisão dos acusados:
“É lamentável, mas esse caso não é o único. Nós temos vários
casos comuns, de grande repercussão também no Brasil, onde há decisões do júri,
condenatórias, e em razão de vários recursos acaba sendo postergado o
cumprimento da decisão”.
STF MANDA SOLTAR MILITAR PRESO POR MASSACRE DOS SEM-TERRA
O Supremo Tribunal Federal mandou soltar o
militar José Maria de Oliveira, condenado pela morte de trabalhadores sem-terra em Eldorado dos
Carajás, no sul do Pará. A decisão é do ministro Cezar Peluso, que estendeu ao
major Oliveira o Habeas Corpus concedido ao coronel Mário Pantoja, condenado
pelo mesmo crime.
Na decisão, Peluso
afirma que concedeu a liminar por considerar inadmissível a execução provisória
da pena, já que a condenação do coronel Mário Pantoja, ainda que já apreciada
em grau de apelação pelo Tribunal de Justiça do Pará, não transitou em julgado.
O ministro sustenta
que o mandado de prisão contra o major Oliveira foi expedido junto com o do
coronel Pantoja e que sua condenação está pendente de julgamento de recurso no
Superior Tribunal de Justiça.
HC 86.274
- E haja “ultra-hiper-garantismos”
CACHOEIRA TEVE GASTOS
E BENS INCOMPATÍVEIS COM SUA RENDA
Documentos fiscais em poder da CPI revelam que Carlinhos
Cachoeira chegou a gastar, em 2008, R$ 589 mil em cartões de crédito, embora
tenha declarado renda de R$ 20,4 mil naquele ano.
Os documentos foram entregues anteontem à CPI do Cachoeira
pela Receita Federal. Eles são o resultado das quebras de sigilo contra o
empresário, suspeito de contravenção e de corrupção.
Num período de quatro anos, de 2007 a 2010, Cachoeira
declarou à Receita, segundo a Folha apurou na CPI, renda de R$ 172 mil. Mas
apenas seus gastos em cartões atingiram R$ 1,12 milhão no mesmo período.
Apesar do rendimento de de menos de R$ 200 mil, seu
patrimônio declarado quase dobrou no período, de R$ 2,2 milhões para R$ 4,3
milhões.
Os documentos revelam ainda que Cachoeira tem o hábito de
manter fortunas em sua casa. ...
- Não sei por quê me lembrei do Eliot Ness!
LEVARAM O LOUBOUTIN
Rouba-se de tudo nesta cidade e desta vez o objeto da cobiça
alheia foi o scarpin Louboutin (de US$ 1 mil) deixado por uma cliente na
estante do restaurante Yumê, no Jardim Botânico. Ela jantou descalça e quando
ia embora, cadê? Tinha levado o pé esquerdo do sapato. O restaurante assumiu a
culta e se comprometeu a ressarci-la. (coluna Gente Boa – O Globo – 18.05.2012)
- Meu infalível faro investigativo aponta como principal
suspeito um saci e traveco!
‘JUIZ QUE AGE COMO
JUSTICEIRO NEGA JUSTIÇA’, DIZ ADVOGADO DE RÉU DO MENSALÃO
Defensor do deputado Valdemar Costa Neto no caso do
mensalão, Marcelo Bessa diz que não há provas contra o seu cliente
Brasília - Advogado do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP)
no mensalão, Marcelo Bessa diz que a pressão da opinião pública e as eleições
não interferem no julgamento no Supremo Tribunal Federal. E que o tribunal não
atuará como justiceiro. "O STF, como guardião da Constituição, sabe que a
essência da Justiça é a criminal. O juiz criminal que inova tipo, faz analogia,
estende tipo penal e começa a agir como justiceiro nega a Justiça." Além
de negar a existência de provas, reafirma a tese de que houve só crime
eleitoral e que o MP inventou a existência de dinheiro público no mensalão
apenas para atingir o ex-ministro José Dirceu.
...
- Concordo plenamente, nobre causídico, da mesma forma que
juiz que é complacente, benevolente e permissivo com elementos contumazes é
cúmplice!
EXCEÇÃO
O senador Alvaro Dias, agora líder do PSDB no Senado, não pode ver um microfone de TV ou um gravador de repórter. Fala, fala, fala -e não diz nada. Afinal, uma fala sua produz efeito: "Se houver deliberação a respeito de Perillo, vamos dar o troco".
Deliberação, aí, é convocação pela CPI. Troco, é requerimento para convocação também dos governadores Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral. No papel de guarda-costas do governador Marconi Perillo, Alvaro Dias facilitou o acordo de blindagem dos três governadores,
O senador Alvaro Dias, agora líder do PSDB no Senado, não pode ver um microfone de TV ou um gravador de repórter. Fala, fala, fala -e não diz nada. Afinal, uma fala sua produz efeito: "Se houver deliberação a respeito de Perillo, vamos dar o troco".
Deliberação, aí, é convocação pela CPI. Troco, é requerimento para convocação também dos governadores Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral. No papel de guarda-costas do governador Marconi Perillo, Alvaro Dias facilitou o acordo de blindagem dos três governadores,
- O pior é que ele posa de paladino da moralidade pública e
pensa que todo mundo acredita, só porque a grande mídia safada, ordinária e
pusilânime lhe concede enormes espaços, assim como fez com o moleque de recado
ou sócio do mafioso Carlinhos Cachoeira do Brasil, nobre senador Demóstenes
Torres!
DA SÉRIE: 1808, O ANO QUE NÃO TERMINOU.
JUSTIÇA DO RIO
GARANTE PENSÃO DE R$ 43 MIL PARA FILHA DE DESEMBARGADOR
Rio - Uma ação popular questiona o direito de uma
mulher
de 52 anos receber duas pensões, no total de R$ 43 mil mensais, pela morte do
pai, desembargador do Rio de Janeiro, mesmo após ter sido casada, por ao menos
três anos.
A dentista Marcia Maria Couto casou-se em cerimônia
religiosa e festa
para 200 pessoas, em 1990, e teve dois filhos com o marido, com quem ficou
unida por sete anos, mas sempre se declarou solteira, para efeitos de pensão. O
iG
teve acesso ao processo público, que está no Tribunal de Justiça do Rio e será
julgada em breve. Por ora, um desembargador manteve os pagamentos.
Filha do
desembargador José Erasmo Brandão Couto, morto em 1982, Márcia recebe duas
pensões do Estado do Rio – uma do Fundo Especial
do Tribunal de Justiça (R$ 19.200) e outra do RioPrevidência (R$ 24.116) –, no
total de cerca de R$ 43 mil mensais. Em um ano, os cofres públicos lhe pagam
cerca de R$ 559 mil, ou R$ 2,8 milhões, em cinco anos.
Pagamentos de pensão
a “filhas solteiras” somam R$ 3,4 bilhões em cinco anos
A ação popular, movida por Thatiana Travassos de Oliveira
Lindo, questiona o direito de Márcia aos pagamentos e espera sentença do
Tribunal de Justiça. O Estado do Rio paga benefícios do gênero a cerca de 32
mil “filhas solteiras” de funcionários públicos mortos, no gasto total de R$
447 milhões por ano, ou R$ 2,37 bilhões, em cinco anos.
As autoridades
desconfiam que muitas dessas 32 mil mulheres, como Márcia, formam
família mas evitam se casar oficialmente, com o único objetivo de não perder a
pensão. Segundo a lei 285/79, o matrimônio “é causa extintiva do recebimento de
pensão por filha solteira”. O expediente é visto como uma “fraude à lei” pela
ação popular e pela Procuradoria do Estado.
No Estado do Rio, as 32.112 “filhas solteiras” representam
mais de um terço (34%) do total de 93.395 pensionistas, ao custo de R$ 34,4
milhões mensais, ou R$ 447 milhões por ano – e R$ 2,235 bilhões em cinco anos
-, segundo o Rio Previdência. No caso de Márcia, o desembargador Pedro
Saraiva Andrade Lemos garantiu o pagamento da pensão mensal de R$ 43 mil, mesmo
depois de o Rio Previdência tê-lo cortado administrativamente, em 2010.
...
- “As autoridades desconfiam”, só pode ser deboche!
- Vão ser “ingênuos” assim na Terra de Macunaíma!
- Aliás, isto também vale para a fidalguia militar!
A ROTA
Se for ao Senado depor hoje, o contraventor Carlos Cachoeira quer entrar na ala das comissões pelo jardim de inverno do gabinete do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), único local que dá acesso à sala da CPI sem passar pelos corredores. (coluna Panorama Político – O Globo – 22.05.2012)
Se for ao Senado depor hoje, o contraventor Carlos Cachoeira quer entrar na ala das comissões pelo jardim de inverno do gabinete do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), único local que dá acesso à sala da CPI sem passar pelos corredores. (coluna Panorama Político – O Globo – 22.05.2012)
- Muito justo, fosse ele exigiria tapete vermelho, com todos
os nobres membros da ilibada Comissão perfilhados, e o nobre presidente dela à
frente, fazendo as apresentações dos membros, da seguinte forma: este é o nobre
deputado Fulano de tal, flagrado em escutas telefônicas com V.Exª. solicitando
o número do seu cartão de crédito para debitar uma compra feita no exterior; já
este aqui, também membro da Comissão, é o nobre deputado Sicrano, flagrado em
escutas telefônicas perguntando-lhe se o depósito de uma grana foi feito na
conta dele, e assim, sucessivamente.
- Ontem, não sei se houve tal solenidade, mas o fato é que o
nobre mafioso apareceu na respeitabilíssima Comissão, dentro de um terno bem
cortado, faltando apenas um belo cravo vermelho na lapela pra compor a indumentária,
e, seguindo orientação de seu nobre advogado, EX-MINISTRO DA JUSTIÇA DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL, e, com um olhar de desdém,
escárnio e deboche, manteve-se calado, garantia que lhe conferiu o nobre e
eminente ministro do respeitabilíssimo STF em seu douto e brilhante voto que
afirma: “Assiste a qualquer pessoa regularmente convocada para depor perante
Comissão Parlamentar de Inquérito o direito de se manter em silêncio. Trata-se de
prerrogativa constitucional contra a autoincriminação.”
- Agora, tem um detalhe, ao silenciar-se quando das
perguntas, num país sério, o acusado automaticamente auto se incrimina, mas,
por aqui, é bem provável que, lá pelo ano 2022, quando o processo chegar à
respeitabilíssima Suprema Corte, seja absolvido por falta de provas.
- Ah, já ia me esquecendo, durante a Sessão da proba Comissão,
dois fatos me chamaram a atenção: o primeiro foi a saudação efusiva do nobre
deputado Miro Teixeira ao não menos nobre EX-MINISTRO DA JUSTIÇA DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ali
representando, na qualidade de advogado, um mafioso que apodreceu a República,
por dentro e por fora. O outro foi a condição “constrangedora” do nobre mafioso
ao se apresentar publicamente sem a tintura da cor de asa de graúna em seus
cabelos, haja vista que o Estado brasileiro teria obrigação de providenciar
para não expor o inclito capo ao “constrangimento ilegal”, passível de uma
Sumula Vinculante que espero que o respeitabilíssimo Excelso Pretório venha
elaborar o mais rápido possível.
- Só mesmo numa republiqueta constitucionalíssima um mafioso
que corrompe a República sai de um presídio federal de segurança máxima para
uma penitenciária corrupta, comparece a uma Comissão do Congresso Nacional de
terno bem alinhado, sem o uniforme de presidiário, se fazendo representar por EX-MINISTRO
DA JUSTIÇA, se mantém calado perante aos
supostos representantes do povo, com uma garantia de fazê-lo debaixo do braço concedida
pelo Poder Judiciário, direito garantido na Constituição “Cidadã”, e, o nobre
advogado do mafioso, EX-MINISTRO DA JUSTIÇA é saudado calorosamente por parlamentares membros de uma
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito!
Nenhum comentário:
Postar um comentário