JOVENS APANHAM AO TENTAR DEFENDER MENDIGOS NA LAPA
- É, parece que no
Rio virou moda!
- É mole!
- Ainda bem que o
brasileiro é cordial, gentil e solidário!
UMA DECISÃO SÁBIA E DIDÁTICA
- É cada uma!!!
- Só tem um detalhezinho, se Sua Excelência for casado, ou
não gosta de pescaria ou jamais ira a uma delas!
AMENIDADES
Desesperada com o comportamento de seus dois filhos
pequenos, a mãe procurou uma padre para pedir conselhos. O padre chamou o
primeiro garoto e foi logo perguntando:
— Onde está Deus?
Silêncio. O padre tornou a perguntar:
— Onde está Deus?
O garoto continuou calado. O padre aumentou a voz:
— Onde está Deus?!!!
Assustado, o garoto fugiu e se escondeu. Horas depois, seu
irmão o encontrou escondido no armário.
— Ei! Que é que você está fazendo aí?
— Cara, estamos encrencados! Deus sumiu e o padre acha que a
culpa é nossa!
Pára tudo, cancelem-se as convocações
para deporem na CPMI e convoquem única e exclusivamente para depor o juiz
aposentado Wálter Fanganiello Maierovitch, depois, feche-se os três podres
Poderes da República, construa-se um grande presídio federal de segurança
máxima e todo mundo pra dentro, o diabo é saber quem ficará com a chave:
Diz um ditado popular que quem sai aos seus não degenera.
Pois bem, Carlinhos Cachoeira era filho de banqueiro do jogo do bicho. Só que
diferentemente do pai ele fez a sua “fezinha” no “polvo”. O polvo (la piovra),
para quem não sabe, é o secular símbolo da Cosa Nostra siciliana. Como um
polvo, Cachoeira lançou os seus tentáculos em todos os cantos onde pudesse
obter lucros sem causa lícita.
Como, há anos, Cachoeira pratica continuadamente ilícitos,
—e nem se inibiu com o escândalo Waldomiro Diniz (no palácio do Planalto
era assessor do então ministro José Dirceu) que protagonizou ao mandar filmar a
entrega de propina—–, não irá obter haeas-corpus. Existe justa-causa para a sua
prisão cautelar. Ela é necessária à luz da periculosidade social de Cachoeira
que, solto, não vai parar de delinqüir.
Por outro lado, apresenta-se grotesca a revelação da sua
convivente Andressa Mendonça. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo,
Andressa contou que o companheiro Cachoeira se considera um “preso político”.
Pelo jeito, Cachoeira entende bastar para caracterizar crime
político a ação cometida com a participação de deputados, senador (Demóstenes
Torres), vereadores, prefeitos e governadores. Ora, no Direito não existe,– em
lugar nenhum do mundo–, algo assim. E como sabe até a torcida do Flamengo, a
única ideologia de Cachoeira é a obtenção de vantagem patrimonial
indevida.
Cachoeira não é de
esquerda, de direita ou do centro. Ele é da “grana fácil”, com violação da lei.
Sobre o cenário criminal onde Cachoeira cresceu e
formou a sua organização criminosa, preparei algumas reflexões para a revista
Carta Capital.
Com efeito. A historiografia nos revela que o imperador
Pedro II ficou frustrado com a falta de empolgação da população com o
recém-inaugurado Jardim Zoológico. Para atrair visitantes, então, o imperador
apostou todas as fichas no projeto do mineiro João Batista Viana Drummond, que
já havia administrado a Estrada de Ferro Pedro II.
O projeto Drummond restou implantado em 1880 e teve pleno
êxito, com os visitantes a apostar nos bichos do Zoológico, divididos em 25
grupos em combinações que alcançavam o número 100. Logo cedo, à entrada do
jardim zoológico, colocava-se uma caixa com um bilhete numerado dentro. Em
seguida, ela era içada para o alto de um poste. No fim da tarde, abria-se a
caixa para divulgação do número e o vencedor apresentava o bilhete comprado
para levar o prêmio em dinheiro.
Drummond, que virou barão só em agosto de 1888, povoou de
humanos o Zoológico do imperador. Na
República, o seu invento, popularizado pelo nome de jogo do bicho, sustentou,
embora proibido em 1890, o carnaval carioca. Mais ainda, a jogatina alimentou o
Caixa 2 de políticos, corrompeu policiais, deu apoio à ditadura militar (à
época, os bicheiros tinham credibilidade e “voz” junto aos cidadãos) e
completou a aposentadoria de velhinhos colocados nas ruas como “apontadores”
dos jogos. Fora isso, a
jogatina com banqueiro garantiu impunidade ao reformado capitão-bicheiro
Guimarães, do serviço secreto do Exército e um dos
torturadores do regime militar.
O grande expoente da
contravenção que deu um upgrade nas ilicitudes em termos de controle,
modernidade e transnacionalidade foi Castor de Andrade, um advogado formado sem
nunca ter frequentado aulas na faculdade e que herdou as bancas de jogos da mãe
Carmem de Andrade, a primeira mulher a comandar essa modalidade contravencional
no planeta.
Castor de Andrade
“importou” o capo-máfia Antonino Salamone, contemplado com a cidadania
brasileira em um jogo de troca-troca e cartas-marcadas por ato do ministro
Armando Falcão, da pasta da Justiça. Falcão, de triste memória e “nada tinha a
declarar” aos cidadãos, desconsiderou as condenações de Salamone, um foragido
da Justiça italiana sentenciado por associação à Máfia e por ter integrado a
cúpula de governo da Cosa Nostra siciliana. Com a orientação de Salamone, o
contraventor Castor de Andrade criou, no Rio de Janeiro, a cúpula dos bicheiros
que, à força, deliberava sobre repartição de territórios,
acabava com as
guerras entre bicheiros e impunha férrea hierarquia. Tudo no interesse na difusão da jogatina, incluída
a cooptação de políticos e financiamento de campanhas.
Esse decano dos
bicheiros, falecido em 1997, percebeu os problemas que viriam com a Lei Pelé,
que abriu as portas do Brasil para as internacionais criminosas, sob o falso
manto do incentivo ao esporte.
A Lei Pelé possibilitou ao italiano Fausto Pellegrinetti,
lavador de dinheiro da Máfia e dos cartéis colombianos de cocaína pós-Pablo
Escobar, introduzir no Brasil os jogos de azar com máquinas eletrônicas. Os
componentes eletrônicos eram adquiridos na Espanha e aqui montados.
Pellegrinetti despachou ao Brasil, a fim de acertar com a cúpula dos bicheiros
do Rio e com Ivo Noal, o mandachuva paulista da contravenção, o mafioso Lillo
Lauricella, que aqui se estabeleceu sem ser incomodado pela polícia.
Preso na Itália pela chamada Operazione Malocchio (Operação
Mau-olhado), iniciada em 1995 pela Direção Antimáfia dirigida pelo coronel
Angiolo Pellegrini, o mafioso Lauricella contou, em juízo, do acordo celebrado
com os bicheiros brasileiros. Numa das interceptações telefônicas entre
Lauricella e Pellegrinetti foi dito que a Lei Pelé pegara o Brasil de surpresa,
sem empresários com capital suficiente para a aquisição de máquinas e as
espalhar pelo vasto território nacional, que não se resumia ao eixo São
Paulo—Rio de Janeiro.
Para lavar o dinheiro
dos cartéis colombianos da cocaína, Pellegrinetti escolheu o Brasil, a República Dominicana, onde
lavava o dinheiro em flores exóticas e frutas, e a Rússia, com placas de
alumínio. Por aqui, Pellegrinetti, com capital da cocaína colombiana,
disseminou, no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Minas e Ceará, máquinas de
jogos eletrônicos de azar.
Na primeira leva,
foram 35 mil máquinas eletrônicas, todas com componentes da empresa espanhola
Recreativos Franco, com sede em Madri e representação em 50 países, incluídos
os EUA. Há décadas, a empresa fabrica e exporta máquinas e componentes eletrônicos
para jogos de azar. O empresário Franco foi preso nos Estados Unidos, acusado
de subornar um funcionário do Departamento de Fiscalização de Jogos de Azar do
Estado do Arizona. Além do crime de corrupção, Franco respondeu por fraude por
suspeitas relativas à alteração de programas de computadores, que afetaram
3.900 arquivos de três distintos sistemas de jogos. Em São Paulo, a família Ortiz, cujo inquérito foi arquivado por se
aceitar a explicação de desconhecer que tratavam com criminosos internacionais,
dividia com Ivo Noal a exploração da jogatina, com apoio na Lei Pelé.
Com o sucesso da Operazione Malocchio, quebrou-se a conexão
brasileira executada por Fausto Pellegrinetti. Abriu-se espaço, então, para
velhos (a juíza Denise Frossard condenou 14 deles) e novos empresários da
jogatina substituírem os mafiosos: Lauricella virou colaborador de Justiça e,
dois anos depois com outra identidade, acabou metralhado ao deixar um de seus
cassinos abertos na Venezuela, naquilo que foi considerado um acerto de contas
por ter delatado. Na noite do assassinato, Lauricella portava uma mala com
vultosa renda do cassino, que permaneceu intata ao lado do corpo.
Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira, é um dos
filhotes da Operazione Malocchio e da incúria de algumas autoridades
brasileiras, a começar pelo então ministro da Justiça, o atual senador Renan Calheiros. Com
técnica mafiosa, Cachoeira montou uma “holding criminal” e recicla dinheiro
lavado em atividades formalmente lícitas, por meio de inúmeras empresas, de
remédios a automóveis.
Como um “capo-máfia”, Cachoeira infiltrou-se no poder,
cooptou o senador Demóstenes Torres, que vestia panos de Tartufo à Molière, e
sua organização criminosa passou, como faz a Cosa Nostra, a atuar
parasitariamente. Também influenciava
nas licitações, escolhendo os ganhadores de obras públicas e apadrinhando para
cargos públicos, como aconteceu, por meio de interposta pessoa na mediação
(Demóstenes), com indicação feita pelo senador Aécio Neves.
Como se nota, jamais o barão de Drummond imaginou tal
evolução para o seu inocente jogo do bicho. Como fica claro no caso Cachoeira
com a Operazione Malocchio, a Las Vegas, que dormiu o sono de Morfeu acalentado
pelo procurador-geral Roberto Gurgel, e a Monte Carlo, o crime organizado no Brasil opera em rede,
coopta autoridades, sustenta políticos. Mais ainda, como um parasita suga o
Estado-nacional.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, cujo relatório
final não vincula o Ministério Público, não será suficiente para contrastar ou inibir
esse fenômeno criminal que mina o Estado Democrático de Direito. Recente
proposta de tipificação de crime de corrupção para agentes públicos com
patrimônio sem origem mostra o quanto estamos capengas e desconhecemos a
experiência de fora. Na Itália, o patrimônio suspeito é de pronto apreendido e,
em 20 dias, se não comprovada a origem, passa a ser propriedade do
Estado-nacional.
Nas organizações criminosas especiais, que não são meras
quadrilhas ou bandos, as pessoas que agem como intermediários, como senadores,
governadores ou deputados, são enquadradas por associação externa ao crime
organizado, algo não contemplado no nosso Código Penal. Um código em
vias de reforma, com novos tipos, aumento de penas e prazos prescricionais, mas
sujeito a um sistema de Justiça moroso, com foro privilegiado e escolha dos
procuradores-chefes pelos governadores e pelo presidente da República. Quando
os fiscalizados escolhem o fiscal, existe o risco de interferência dos
Cachoeiras.
Só para lembrar, CartaCapital, em três edições, denunciou o
esquema da jogatina eletrônica de azar no Brasil, as suas ramificações
internacionais e, por aqui, a lavagem de dinheiro escancarada do tráfico
internacional de drogas proibidas. CartaCapital entrevistou o responsável pela
Operazione Malocchio sobre a conexão criminal Itália—Brasil. Do lado italiano
foram todos definitivamente condenados. No Brasil, o inquérito foi
arquivado a pedido de um membro do Ministério Público Federal. Com o
arquivamento, a conexão brasileira foi apagada, como se nunca tivesse existido.
Com o “apagão”, os Carlinhos Cachoeiras acabaram “vitaminados” e posaram à
sombra de políticos e da velha guarda do bicho, como Anísio Abraão, Capitão
Guimarães, Turcão etc.
juiz aposentado Wálter Fanganiello Maierovitch
- E não me venham com o discursinho cínico
de que ninguém na República sabia disso, até este súdito que não dispõe de
informações privilegiadas sabia de uma boa parte do que narrou o maior
especialista no Brasil, sem ironia, em máfias internacionais.
- Ah, já ia me esquecendo:
O HOMEM DE CACHOEIRA NA JUSTIÇA
Como a organização de
Carlinhos Cachoeira aproveitou-se do prestígio do senador Demóstenes Torres
para tentar influenciar decisões judiciais
...
Gravações obtidas por
ÉPOCA mostram, agora, uma nova faceta da atuação da turma. Para isso, a
organização aproveitou-se da projeção e da boa imagem sustentada até então por
seu integrante mais conhecido, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). O
objetivo era tentar influenciar decisões do Sistema Judiciário.
Em fevereiro do ano
passado, a Polícia Federal (PF) prendeu 19 policiais militares em Goiás durante
a operação Sexto Mandamento – na Bíblia, “Não matarás” é o sexto dos dez
mandamentos. De acordo com a investigação da PF, os policiais faziam parte
de um grupo de extermínio acusado de matar inclusive crianças, adolescentes e
mulheres sem envolvimento com práticas criminosas. Alguns assassinatos foram cometidos no
horário de expediente dos policiais. Os suspeitos foram levados para o presídio
federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Dias depois, em 3 de
março, a situação dos policiais foi tema de uma das centenas de conversas entre
Cachoeira e Demóstenes. Cachoeira pede a Demóstenes que converse com o
governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), para tentar transferir os
policiais para um presídio goiano. As gravações mostram que o senador da
República orientou o bicheiro no procedimento para ajudar os PMs acusados de
assassinato.
...
A Justiça
autorizou, em junho, a transferência de 15 presos para o Centro de Custódia da
Polícia Militar, em Goiânia. Mais de um ano depois da prisão, apenas um dos
acusados continua preso. Os outros exercem atividades administrativas na PM.
COLUNA PAINEL – FOLHA – 28.04.2012
TOGA 1
O inquérito mostra
articulações com o Judiciário. Demóstenes falou com ministros do STJ sobre
processos de interesse de Cachoeira. Em telefonema, o senador tranquiliza o
amigo sobre um julgamento: "Aquele ministro que nós pedimos votou com a
gente; o outro votou contra. Então tá um a um''.
TOGA 2
TOGA 2
O inquérito afirma que
o ministro Guilherme Caputo, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), queria
patrocínio de empresas do grupo para eventos. Gilmar Mendes e José Toffoli, do
STF, são citados em alguns diálogos.
STF PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE VAZAMENTO DE DADOS DE CPI
STF PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE VAZAMENTO DE DADOS DE CPI
Site Brasil 247
publicou pedido do MP para abertura de inquérito contra Demóstenes
BRASÍLIA - O Supremo
Tribunal Federal (STF) vai acionar a Polícia Federal e o Ministério Público
Federal para apurar os responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas do
inquérito que tramita sob segredo de justiça na Corte para investigar ligações
entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO).
A decisão foi tomada
na noite desta sexta-feira, depois que o relator do inquérito, ministro Ricardo
Lewandowski, conversou longamente com o presidente do tribunal, ministro Carlos
Ayres Britto. Ambos estavam consternados e consideraram absurdo
o fato de dados sigilosos já estarem disponíveis a setores da imprensa.
...
- Data máxima vênia, com todo o respeito, ínclitos e
eminentes ministros guardiões da Constituição “Cidadã” da República Federativa
do Brasil, este humilde súdito ficou mais, mas muito mais mesmo, consternado,
estarrecido e envergonhado de ser brasileiro, com o que leu na bela exposição
acima e dos edificantes diálogos que vêm sendo publicado sobre a infiltração do
mafioso nos podres Poderes constituídos do que os vazamentos, propriamente
ditos, daquilo que os cidadãos têm o direito de saber, até para garantir que,
os altos escalões do Poder Judiciário não joguem pra baixo do tapete toda o
lamaçal que a Polícia Federal, com grande competência, investigou e absolva,
pra variar, “por falta de provas” alguns dos quadrilheiros que tem foro
privilegiado.
- Enfim, é uma questão de valores!
ZÍPER ABERTO
O empresário do jogo Carlinhos Cachoeira afirmou não apenas à mulher, Andressa Mendonça, mas também a advogados e a amigos que o visitam que "está louco" para falar.
...
DE OUTROS CARNAVAIS
O mesmo interlocutor afirma que Cachoeira caiu na gargalhada ao ver a lista de parlamentares que fazem parte da CPI que o investigará. Afirmou estar curioso para saber as perguntas que alguns integrantes, que conhece, farão no dia em que ele for depor na comissão. (coluna Mônica Bergamo – Folha – 28.04.2012)
O empresário do jogo Carlinhos Cachoeira afirmou não apenas à mulher, Andressa Mendonça, mas também a advogados e a amigos que o visitam que "está louco" para falar.
...
DE OUTROS CARNAVAIS
O mesmo interlocutor afirma que Cachoeira caiu na gargalhada ao ver a lista de parlamentares que fazem parte da CPI que o investigará. Afirmou estar curioso para saber as perguntas que alguns integrantes, que conhece, farão no dia em que ele for depor na comissão. (coluna Mônica Bergamo – Folha – 28.04.2012)
- Fosse ele, estaria rolando de rir capaz de ter uma crise e ir para o hospital. Como
já disse aqui neste humilde blog, quando convocado, compareceria com um
calhamaço de cópias de extratos bancários, daqui e de paraísos fiscais,
aguardando um por um dos inquiridos formularem as perguntas.
Os promotores da Marcha da Maconha Rio 2012, que este ano será sábado agora, dia 5, saindo do Arpoador, divulgaram uma carta de princípios. Nela dizem que a “Marcha não tem posição sobre a legalização de qualquer outra substância, além da cannabis, a favor ou contra”.
Ah, bom!. (coluna Ancelmo Goies – O Globo – 30.04.2012)
- Ah bom, também!
É COISA NOSTRA
Os 20 anos de morte do juiz Giovanni Falcone, que combateu a máfia italiana e foi assassinado por ela em 1992, será lembrado com o lançamento no Brasil do livro "Coisas da Cosa Nostra". A Rocco publicará em maio a obra, que reúne 20 entrevistas do magistrado à jornalista Marcelle Padovani. (coluna Mônica Bergamo – Folha – 30.04.2012)
Os 20 anos de morte do juiz Giovanni Falcone, que combateu a máfia italiana e foi assassinado por ela em 1992, será lembrado com o lançamento no Brasil do livro "Coisas da Cosa Nostra". A Rocco publicará em maio a obra, que reúne 20 entrevistas do magistrado à jornalista Marcelle Padovani. (coluna Mônica Bergamo – Folha – 30.04.2012)
- Não sei não, mas, por aqui está fadado ao fracasso, porque
em matéria de máfia o Brasil é PhD!
- A propósito:
LADO B
Nas gravações ilegais apreendidas com Carlinhos Cachoeira e
que a Polícia Federal ainda está periciando há farto material sobre a vida
privada de autoridades nacionais e de vários Estados, com tramas que envolvem
adultério, festas e outros temperos picantes. (coluna Painel – Folha –
29.04.2012)
COM PROVOCAÇÃO E
DRIBLE, NEYMAR TIRA RIVAIS DO SÉRIO E DOS JOGOS
Não são apenas seus gols. Nos últimos jogos do Paulista,
Neymar desfilou estratégias para intimidar os rivais.
Na vitória sobre o São Paulo (3 a 1), anteontem, dois deles
foram ao chuveiro mais cedo por causa do atacante.
Os marcadores de Neymar vivem sempre à beira de um ataque de
nervos. Com malícia, o atacante está conseguindo desestabilizar emocionalmente
os adversários.
O meia Cícero, saiu do estádio reclamando de provocações que
teria ouvido de Neymar. Ao levar o cartão vermelho, o tricolor foi se queixar
com o santista, a quem acusa de simular faltas.
"Tchau e bênção", respondeu Neymar, segundo Cícero.
Não foi a única vez que o meia
perdeu a linha por causa do santista. Antes, já acertara nele uma bolada depois
de um drible desconcertante.
A vítima desse drible foi o lateral Piris, enganado cinco
vezes por Neymar em menos de dez segundos. As fintas não ganharam o rumo do
gol, mas desestabilizaram Piris.
Ele precisou ser substituído para não ser expulso.
O sarcasmo do futebol de Neymar é especialmente cruel com os
infelizes responsáveis por marcá-lo individualmente. Edson Ratinho, do Mogi
Mirim, sabe bem disso.
Nas quartas de final do Paulista, os dois protagonizaram
duelo curioso, além das provocações habituais.
A cada vez que conseguia passar por ele, Neymar o encarava e
sorria. Até que Ratinho recebeu amarelo por uma falta violenta. E Neymar, irônico,
mandou um beijinho.
"Desde o começo, ele falou que eu não faria nada, nem
iria jogar. Fez pressão em cima de mim. Desabafei", disse o atacante no
intervalo.
Ratinho foi substituído.
A ironia de Neymar é a resposta para provocações que ele
sofre desde o começo da carreira. Ficou conhecido o episódio em que ele foi
intimidado pelo volante Cristian em jogo contra o Corinthians.
Em 2009, quando ainda era uma promessa de 17 anos, o
santista simplesmente se escondeu do jogo após receber um tapa do corintiano.
Hoje, é ele o provocador.
Após a partida de anteontem, o técnico Emerson Leão o
aconselhou a parar com os dribles desconcertantes.
Disse temer que as vítimas respondam com violência e
lesionem o atacante. "Ele sabe o limite [de driblar]. Eu falo pra ele
respeitar os caras e continuar driblando, sem menosprezar o adversário",
disse o técnico Muricy Ramalho.
- Esta é boa, os brucutus não têm competência e categoria pra
marcá-lo aí vai chorar pra imprensa, só não contam, como já disse o Neymar, que
passam o jogo todo dizendo pra ele que vão quebrá-lo.
- Vão aprender a jogar pra depois reclamar!
RESPEITÁVEL PÚIBLICO
De repente, anteontem, dei uma passada na TV Senado para ver
o que rolava na CPMI da República Federativa do Cachoeira, como não tenho estômago
para agüentar muito espetáculos circenses fui para outro cômodo para fazer
outras coisas. Eis que, de onde estava ouço uma voz bem impostada pugnando pelo
respeito à Constituição, à Casa, ao cidadão e a imprensa. Cá como meus botões
pensei – Epa, quem é está alma que se salvo do purgatório? – Imediatamente corri
para frente do monitor, a fim de continuar assistindo o discurso cívico-patriótico
de impoluto parlamentar, qual não foi minha surpresa ao me deparar com um ilustre ex-governador de um estado
do Nordeste cassado e recassado por abuso de poder econômico e compra de votos,
graças a liminares concedidas pelo nosso mavioso Poder Judiciário, eleito para
o respeitabilíssimo Senado, impedido de tomar posse quando se acreditava que a
Lei de Ficha Limpa tinha pegado e que o nosso dingníssimo e respeitabilíssimo
STF concedeu prazo de validade para as próximas eleições. Não me restou
outra alternativa, senão mudar de canal e voltar aos meus afazeres.
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