AMENIDADES
O convidado atrasado chega ao auditório para um
pronunciamento do Fidel Castro e o segurança o impede de entrar.
— Que vergonha! Atrasado para uma entrevista do grande
comandante. Entre sem fazer barulho pelo menos.
— Ué, por quê? Já está todo mundo dormindo?
E PORQUE HOJE COMEMORA-SE A INDEPENDÊNCIA
HISTÓRIAS SECRETAS DA
DÍVIDA
Para evitar calote do Brasil em 82, EUA exigiram apoio na
Guerra Fria e cobraram facilidades no comércio
Danilo Fariello
Eliane Oliveira
BRASÍLIA Há 30 anos, no auge da crise da dívida externa, os
Estados Unidos foram a tábua de salvação do Brasil, com a liberação de
empréstimos-ponte de US$ 1,5 bilhão no último trimestre de 1982. Essa ajuda deu
fôlego ao país, mergulhado na insolvência, até a formalização de acordo com o
Fundo Monetário Internacional (FMI) no ano seguinte, mas o Brasil pagou um
preço alto pelo apoio americano. Documento secreto do Itamaraty no Arquivo
Nacional, ao qual O GLOBO teve acesso, mostra como os EUA impuseram condições e
exigiram vantagens. Este e outros documentos sigilosos e depoimentos inéditos
iniciam a série de reportagens sobre o chamado "setembro negro" e a
crise da dívida.
Pressionado pelo governo americano, o Brasil teve de se
submeter a uma série de exigências, desde o alinhamento incondicional aos EUA
na Guerra Fria à aprovação de propostas encaminhadas pela maior potência do mundo
ao sistema internacional de comércio, mesmo que essas normas pudessem ferir, no
futuro, os interesses brasileiros.
Em memorando secreto ao presidente-general João Figueiredo,
em fevereiro de 1983, o então ministro das Relações Exteriores, Ramiro Saraiva
Guerreiro, alertou o governo para o "alcance excessivo da proposta dos EUA
e prováveis efeitos lesivos sobre o interesse nacional".
A crise da dívida externa chegou ao auge após a moratória do
México, em agosto de 1982, que foi seguida de uma severa restrição de liquidez
nos mercados financeiros, e a brusca interrupção dos fluxos de empréstimos do
sistema bancário internacional para os países em desenvolvimento. O período,
conhecido como "setembro negro", foi marcado por vários eventos:
choques do petróleo, aumento das taxas básicas de juros dos EUA e a guerra
entre Irã e Iraque.
O Brasil, que se sustentava às custas de uma política
dependente de capital externo, até então bem-sucedida, revelou-se uma nação
insolvente. Em uma reunião do FMI na cidade de Toronto, no Canadá, a equipe
econômica descobriu que, após a moratória do México, o Brasil era considerado a
"bola da vez" pela banca internacional. O país só conseguiu evitar um
calote generalizado porque teve a ajuda dos EUA, que haviam contribuído para o
caos que se instalou na América Latina, ao elevarem os juros a uma taxa de
quase 20% ao ano, após uma nova crise do petróleo.
Em outubro e novembro de 1982, o Tesouro dos EUA liberou
dois empréstimos secretos para o Brasil, no total US$ 1,5 bilhão, o que ajudou
o país a sobreviver até começarem as negociações com o Fundo Monetário
Internacional (FMI). Em visita ao Brasil, em dezembro daquele ano, o então
presidente americano, Ronald Reagan, comunicou que haveria outro aporte de US$
1,2 bilhão do Banco de Compensações Internacionais (BIS), graças à atuação dos
EUA.
Documento ultrassecreto do Sistema Nacional de Informação
(SNI), liberado recentemente para consulta no Arquivo Nacional, revelou que o
presidente Reagan "sugeriu que sua visita poderia dar início a
conversações, a nível interministerial, a propósito de temas tais como
cooperação nuclear, na área industrial e militar, assim como no campo das
atividades espaciais".
Embora o Itamaraty estivesse alijado do processo de
negociação da dívida, comandado pela equipe econômica, o chanceler Saraiva
Guerreiro antevia uma fatura alta demais a ser paga em troca do apoio,
impressão confirmada por ex-ministros da Fazenda de governos posteriores ao
regime militar. No meio da crise, o ministro das Relações Exteriores recomendou
ao governo "enxugar" a agenda do grupo de trabalho político-comercial
entre Brasil e EUA em vigor. (O Globo – 02.09.2012)
DA SÉRIE: OUVIRUNDUM
PEDÁGIOS
Ressurgiu a ideia da cobrança de pedágio urbano para quem quiser circular no centro das grandes cidades, sobretudo em São Paulo.
Tudo bem. Imagine-se a seguinte situação: O banqueiro sai de sua mansão, onde há um heliponto e, dez minutos depois, pousa no alto do seu prédio no centro da cidade. Quanto paga? Zero.
Sua secretária, que mora na periferia, sai de casa uma hora antes, porque encarará o trânsito e pagará uns R$ 3 para chegar ao emprego.
Numa visita do banqueiro David Rockefeller disseram-lhe que São Paulo só perde em tráfego de helicópteros para Nova York. Ele duvidou, achando que, pelo barulho, São Paulo ganha. (coluna Elio Gaspari – O Globo – 19.08.2012)
- Nada como viver no país da Constituição “Cidadã” onde hoje se comemora o Dia da Independência!
Ressurgiu a ideia da cobrança de pedágio urbano para quem quiser circular no centro das grandes cidades, sobretudo em São Paulo.
Tudo bem. Imagine-se a seguinte situação: O banqueiro sai de sua mansão, onde há um heliponto e, dez minutos depois, pousa no alto do seu prédio no centro da cidade. Quanto paga? Zero.
Sua secretária, que mora na periferia, sai de casa uma hora antes, porque encarará o trânsito e pagará uns R$ 3 para chegar ao emprego.
Numa visita do banqueiro David Rockefeller disseram-lhe que São Paulo só perde em tráfego de helicópteros para Nova York. Ele duvidou, achando que, pelo barulho, São Paulo ganha. (coluna Elio Gaspari – O Globo – 19.08.2012)
- Nada como viver no país da Constituição “Cidadã” onde hoje se comemora o Dia da Independência!
ESQUEMA DE COMPRA DE
EMENDA PARLAMENTAR PODE NÃO SER APURADO
Voto de deputado dirá que Conselho de Ética não deve abrir
investigação
BRASÍLIA - O esquema de compra de emendas envolvendo o
deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) pode acabar sem investigação. Os
integrantes do Conselho de Ética da Câmara receberam esta semana em seus
gabinetes o voto que o deputado Sibá Machado (PT-AC) apresentará formalmente
terça-feira, analisando a necessidade de se abrir ou não um processo de
investigação.
Apesar de o Ministério Público Federal e a
Controladoria-Geral da União (CGU) já estarem investigando os deputados
envolvidos no esquema, Sibá não viu elementos para dar início à apuração no
Conselho de Ética. Votará pela inépcia da representação do PSOL.
Em junho, O
GLOBO revelou um esquema de compra e venda de emendas parlamentares na
Câmara. O balcão girava em torno de Bacelar, que usava uma planilha para
acompanhar emendas milionárias destinadas por outros deputados para suas bases
eleitorais.
A ex-mulher de Bacelar, Isabela Suarez, confidenciou, em
conversa com a irmã de Bacelar, que ele comprava emendas de colegas. Isabela
também citou um parlamentar que vendia as emendas: Geraldo Simões (PT-BA), do
mesmo partido de Sibá.
A negociação das emendas foi confirmada pelo deputado Marcos
Medrado (PDT-BA), outro citado na planilha de Bacelar. Em entrevista, Medrado
confirmou ter direcionado uma emenda para “um município de Bacelar”, em troca
do apoio de um prefeito do interior baiano. Integrantes do PSDB podem
apresentar um voto paralelo pedindo que o Conselho ao menos abra a investigação.
Mesmo que o caso seja engavetado pelo Conselho, a
investigação ainda pode frutificar caso a Corregedoria envie para a Mesa
Diretora um parecer favorável à investigação. Isso porque há dois meses o PSOL
ingressou com um pedido de investigação no órgão, mas este ainda não encaminhou
à Mesa Diretora sua posição.
REUNIÃO RELÂMPAGO DA
MESA DIRETORA DO SENADO APROVOU 'PACOTE DE BONDADES'
Reajuste de 15,8% no Executivo foi estendido a servidores do
Congresso
BRASÍLIA - Em recesso branco por causa da campanha
eleitoral, o Senado Federal iniciou nesta terça-feira uma semana de esforço
concentrado para votar medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta. Mas o
saldo do primeiro dia foi um "pacote de bondades" que vai sangrar os
cofres e beneficiar servidores do Senado e familiares de ex-senadores. Nem foi
preciso fazer greve ou barulho. Numa reunião relâmpago da Mesa Diretora, o
presidente José Sarney (PMDB-MA) colocou em votação simbólica projeto de
resolução que estenderá aos servidores da Casa o reajuste de 15,8% - escalonado
nos próximos três anos - concedido pelo Executivo aos servidores em greve há
mais de um mês. Levando em conta apenas 2013, o impacto na folha de pagamento
será de R$132 milhões.
Um projeto de Resolução será aprovado em regime de urgência,
até o dia 31 de agosto, sexta-feira, inserindo o aumento na Lei Orçamentária
Anual (LOA).
Os cerca de 3,5 mil servidores concursados da Câmara também
serão beneficiados com o reajuste linear de 15,8%. Segundo informação de
assessores da Casa, o diretor-geral, Rogério Ventura, foi chamado ao Ministério
do Planejamento e ouviu que o reajuste linear garantido aos servidores do
Executivo seria estensivo ao Legislativo. Segundo assessores da Câmara, a
oferta foi aceita pela Administração da Casa e pelo Sindicato dos Servidores do
Legislativo (Sindilegis).
No caso da Câmara, o aumento linear deverá ser garantido via
projeto de lei que já tramita na Casa e trata da reestruturação de carreira dos
servidores. Deverá ser apresentado um substitutivo ao projeto com a concessão
do aumento linear, escalonado em três anos. O aumento só beneficiará os
servidores concursados e os aposentados pela Casa. Não é extensivo aos
funcionários que têm cargos em comissão, os CNEs, que trabalham em lideranças
partidárias e na Mesa Diretora os e Secretários Parlamentares, que trabalham em
gabinete.
No Senado, a outra medida corporativa aprovada hoje irá
beneficiar viúvas de ex-senadores e ex-senadores. Pela decisão da Mesa, a cota
anual de R$ 32 mil a que eles têm direito para tratamentos médicos ou
intervenções cirúrgicas poderá ser acumuladas até o valor total de R$ 96 mil,
se não usadas em sua totalidade nos três anos anteriores. Se não usarem esse
valor total e quiserem fazer uma intervenção cirúrgica ou tratamento mais
caros, poderão juntar esses valores e apresentar as notas fiscais para
comprovação e ressarcimento. Os atuais senadores não têm limites de gastos com
saúde.
...
http://oglobo.globo.com/pais/reuniao-relampago-da-mesa-diretora-do-senado-aprovou-pacote-de-bondades-5926517
- Enquanto isso projetos de lei sobre Segurança Pública dorme
eternamente em berço esplêndido na “Casa do Povo” da pátria mãe gentil e o
Executivo acossa e intimida os servidores que realmente trabalham porque
pleiteiam reajuste salarial!
EM NOTA SOBRE O 7 DE
SETEMBRO, HILLARY CITA 'QUADRILHA DA FUMAÇA'
Em uma nota do Departamento de Estado, assinada por Hillary
Clinton, os EUA felicitaram pelo Sete de Setembro os brasileiros que assistirão
às acrobacias da "Quadrilha da Fumaça".
O texto foi distribuído ontem pelo governo norte-americano
para celebrar o Dia da Independência do Brasil, comemorada amanhã.
Poucas horas após a divulgação, a gafe foi corrigida, e nova
nota foi divulgada de novo, com o nome correto da "Esquadrilha da
Fumaça".
No texto protocolar, em nome de Barack Obama e do povo dos
EUA, Hillary felicita os brasileiros pelo Dia da Independência, exalta o
relacionamento das duas nações e relembra que, quando o Brasil se tornou
independente, "os EUA foram o primeiro país a reconhecer formalmente sua
condição de Estado".
"Enquanto vocês aproveitam o desfile na Esplanada,
assistem às acrobacias da 'Esquadrilha da Fumaça' ou celebram a ocasião em uma
das inúmeras outras festas pelo Brasil, saibam que os EUA são um parceiro e um
amigo. Estamos ansiosos para estreitar nossa relação nos próximos anos, à
medida que trabalhamos juntos por um mundo mais próspero", finaliza a
nota, corrigida.
- A Quadrilha da Fumaça faz muito sucesso aqui, mas é no solo,
no Posto 9 aqui no Rio, então, é sucesso danado!
- Não sei por quê, mas quando falam no Brasil lembram logo de
quadrilha!
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