DURMA-SE COM UMA
POLÍCIA DESTAS
- E isto é desde sempre!
AMENIDADES
Dois caras conversando num barzinho após o expediente:
- Eu dei de presente um anel de ouro branco com um diamante lindo para minha esposa. E agora faz quase dois meses que ela não fala mais comigo!
- Ora bolas! Por quê não?
- Foi a minha condição…
- Eu dei de presente um anel de ouro branco com um diamante lindo para minha esposa. E agora faz quase dois meses que ela não fala mais comigo!
- Ora bolas! Por quê não?
- Foi a minha condição…
SEGUREMOS AS PEDRAS
Os envolvidos em corrupção e crimes correlatos não foram os
primeiros, são herdeiros de uma velha tradição nossa
Os prejudicados pelo julgamento do mensalão não têm conseguido armar boas defesas, perante a chamada opinião pública. É muito natural que protestem e argumentem, no que, além disso, exercem direito indiscutível. E mais natural ainda é que se eximam de qualquer culpa e procurem outros responsáveis pela trapalhada que aprontaram. Sei, sem ironia, que comparo mal, mas, quando eu era estudante de Direito, a gente visitava penitenciárias e quase todos os detentos nos contavam histórias, às vezes mais tristes que “Tornei-me um ébrio”, sobre sua inocência. Na verdade, acredito que alguns dos condenados, como alguns daqueles detentos, se achem honestamente inocentes ou, no máximo, vítimas da conjunção maligna de circunstâncias adversas.
Mas imagino que, para consumo interno, eles e seus amigos e aliados estejam fazendo uma autocriticazinha, não é possível que não estejam. Devem estar examinando os inúmeros erros de avaliação e de estratégia em que incorreram, as posturas que se revelaram equivocadas, os momentos em que se deixaram tomar por voluntarismo ou soberba, as barbeiragens que cometeram. Mediram outros com sua própria régua e tomaram sustos, como o que lhes deram ministros do Supremo nomeados por eles. Continuo a achar óbvio que o que fizeram deu no que deu porque foi desastrado e mal concebido desde o começo, ou não teria resultado tão fragorosamente catastrófico. Realmente é chato inventariar erros, mas com certeza é o único jeito de ver os acontecimentos numa perspectiva desapaixonada e pelo menos aprender com eles.
Para consumo externo, a situação tem sido mais difícil. A tese de linchamento não cola, principalmente diante da aprovação generalizada da ação do Supremo. A atribuição de responsabilidade à mídia é uma besteira cediça, que lembra o tempo em que o imperialismo norte-americano era responsável até pelas secas. A mídia não está por trás, que eu saiba, dos escândalos do gabinete da Presidência em São Paulo ou da Advocacia-Geral da União. Se ninguém tivesse feito nada errado, não haveria mídia que conseguisse levar alguém a uma condenação criminal. E novos erros de avaliação, ou pelo menos sinais de descontrole, se evidenciam nas inoportunas menções às deficiências de nosso sistema penitenciário, que vão desde as afirmações do ministro da Justiça a um projeto de lei delirante sobre presos no Brasil. Para quem observa os fatos com o olho cínico que já se habituou à nossa realidade, essa inopinada preocupação é sinal de que, na hora em que os bacanas vão em cana dura, aparece logo alguém para amaciar.
A conclusão a que acabei chegando surpreendeu a mim mesmo, o mundo dá muitas voltas. No tribunal, eles foram condenados, mas, fora dele, está disponível uma explicação muito mais persuasiva que o chororô sobre as tais elites que ninguém sabe quais são, conspirações golpistas e demais besteiras, a saída consuetudinária. Acho que quem primeiro a invocou, embora não com esta designação, foi o ex-presidente Lula, quando alegou, mais de uma vez, que determinadas práticas — como, se não me engano, o caixa dois — são habituais no Brasil. Ou seja, uma maneira de dizer: “Sou, mas quem não é?”
Claro, o errado não se torna certo por ser prática de muitos, ou até de quase todos. Mas não apenas quem sai aos seus não degenera como, mais ainda, mesmo quem não é cristão há de ver sabedoria na observação segundo a qual, antes de criticarmos o cisco no olho do próximo, devemos cuidar da trave em nosso próprio olho. Não nos beneficiaremos nunca do julgamento que está sendo chamado de histórico, se acharmos que ele condenou gente diferente de nós, saída sabe-se lá de que buraco. Não é nada disso, são brasileiros como nós, aqui criados e educados, dentro da mesma História e da mesma cultura. O “sou, mas quem não é” pode ser cara de pau, mas não é descabido.
Vamos, naturalmente, excluir o gentil leitor e a encantadora leitora, bem como as senhoras suas mães. De resto, o nosso povo e, naturalmente, os políticos que dele emergem mantêm uma tradição de desdém pela lei, de jeitinhos, de tráfico de influência e pistolão, de assalto e desrespeito aos bens públicos, de clientelismo e de todas as outras iniquidades a que já nem prestamos muita atenção, de tão habituais. Mas não existe um “eles” à parte de nós, somos nós mesmos. Nosso comportamento é de plateia, mas somos atores. E não é em algum país remoto, é aqui no nosso.
Agora mesmo, somado ao vasto rol de falcatruas que vemos aumentar todo dia, descobriram uma quadrilha que vendia dados sigilosos. Ou seja, quem confiou no Estado — e quase nunca há escolha — e lhe forneceu seus dados, na verdade os pôs no mercado, onde, por seu turno, comprador também criminoso é o que não falta. E foi lançada a novidade do “kit concordata”, destinado a fraudar a lei em série, como numa linha de montagem. Lá se vai também a transposição das águas do Rio São Francisco, com as obras abandonadas e caindo aos pedaços, depois de anos de desperdício, incompetência e possivelmente ladroagem. E é assim em toda parte.
Os envolvidos em corrupção e crimes correlatos não foram os primeiros, são herdeiros de uma velha tradição nossa. Não são exceções inusitadas. Antes, são a regra, tanto entre antecessores quanto entre contemporâneos. O inusitado são as punições. Mas não achemos que, punindo-os como se o que fizeram não estivesse de acordo com nossos costumes, vamos finalmente viver sob o império da lei e da ética, sem ter mudado nossa relação frouxa com valores básicos, fingindo que não vemos nossa cumplicidade compreensiva e tolerante. Ponhamos a mão na consciência e reconheçamos a verdade. Não podemos atirar a primeira pedra, porque o pecado começa conosco. (escritor João Ubaldo Ribeiro – O Globo – 02.12.2012)
Os prejudicados pelo julgamento do mensalão não têm conseguido armar boas defesas, perante a chamada opinião pública. É muito natural que protestem e argumentem, no que, além disso, exercem direito indiscutível. E mais natural ainda é que se eximam de qualquer culpa e procurem outros responsáveis pela trapalhada que aprontaram. Sei, sem ironia, que comparo mal, mas, quando eu era estudante de Direito, a gente visitava penitenciárias e quase todos os detentos nos contavam histórias, às vezes mais tristes que “Tornei-me um ébrio”, sobre sua inocência. Na verdade, acredito que alguns dos condenados, como alguns daqueles detentos, se achem honestamente inocentes ou, no máximo, vítimas da conjunção maligna de circunstâncias adversas.
Mas imagino que, para consumo interno, eles e seus amigos e aliados estejam fazendo uma autocriticazinha, não é possível que não estejam. Devem estar examinando os inúmeros erros de avaliação e de estratégia em que incorreram, as posturas que se revelaram equivocadas, os momentos em que se deixaram tomar por voluntarismo ou soberba, as barbeiragens que cometeram. Mediram outros com sua própria régua e tomaram sustos, como o que lhes deram ministros do Supremo nomeados por eles. Continuo a achar óbvio que o que fizeram deu no que deu porque foi desastrado e mal concebido desde o começo, ou não teria resultado tão fragorosamente catastrófico. Realmente é chato inventariar erros, mas com certeza é o único jeito de ver os acontecimentos numa perspectiva desapaixonada e pelo menos aprender com eles.
Para consumo externo, a situação tem sido mais difícil. A tese de linchamento não cola, principalmente diante da aprovação generalizada da ação do Supremo. A atribuição de responsabilidade à mídia é uma besteira cediça, que lembra o tempo em que o imperialismo norte-americano era responsável até pelas secas. A mídia não está por trás, que eu saiba, dos escândalos do gabinete da Presidência em São Paulo ou da Advocacia-Geral da União. Se ninguém tivesse feito nada errado, não haveria mídia que conseguisse levar alguém a uma condenação criminal. E novos erros de avaliação, ou pelo menos sinais de descontrole, se evidenciam nas inoportunas menções às deficiências de nosso sistema penitenciário, que vão desde as afirmações do ministro da Justiça a um projeto de lei delirante sobre presos no Brasil. Para quem observa os fatos com o olho cínico que já se habituou à nossa realidade, essa inopinada preocupação é sinal de que, na hora em que os bacanas vão em cana dura, aparece logo alguém para amaciar.
A conclusão a que acabei chegando surpreendeu a mim mesmo, o mundo dá muitas voltas. No tribunal, eles foram condenados, mas, fora dele, está disponível uma explicação muito mais persuasiva que o chororô sobre as tais elites que ninguém sabe quais são, conspirações golpistas e demais besteiras, a saída consuetudinária. Acho que quem primeiro a invocou, embora não com esta designação, foi o ex-presidente Lula, quando alegou, mais de uma vez, que determinadas práticas — como, se não me engano, o caixa dois — são habituais no Brasil. Ou seja, uma maneira de dizer: “Sou, mas quem não é?”
Claro, o errado não se torna certo por ser prática de muitos, ou até de quase todos. Mas não apenas quem sai aos seus não degenera como, mais ainda, mesmo quem não é cristão há de ver sabedoria na observação segundo a qual, antes de criticarmos o cisco no olho do próximo, devemos cuidar da trave em nosso próprio olho. Não nos beneficiaremos nunca do julgamento que está sendo chamado de histórico, se acharmos que ele condenou gente diferente de nós, saída sabe-se lá de que buraco. Não é nada disso, são brasileiros como nós, aqui criados e educados, dentro da mesma História e da mesma cultura. O “sou, mas quem não é” pode ser cara de pau, mas não é descabido.
Vamos, naturalmente, excluir o gentil leitor e a encantadora leitora, bem como as senhoras suas mães. De resto, o nosso povo e, naturalmente, os políticos que dele emergem mantêm uma tradição de desdém pela lei, de jeitinhos, de tráfico de influência e pistolão, de assalto e desrespeito aos bens públicos, de clientelismo e de todas as outras iniquidades a que já nem prestamos muita atenção, de tão habituais. Mas não existe um “eles” à parte de nós, somos nós mesmos. Nosso comportamento é de plateia, mas somos atores. E não é em algum país remoto, é aqui no nosso.
Agora mesmo, somado ao vasto rol de falcatruas que vemos aumentar todo dia, descobriram uma quadrilha que vendia dados sigilosos. Ou seja, quem confiou no Estado — e quase nunca há escolha — e lhe forneceu seus dados, na verdade os pôs no mercado, onde, por seu turno, comprador também criminoso é o que não falta. E foi lançada a novidade do “kit concordata”, destinado a fraudar a lei em série, como numa linha de montagem. Lá se vai também a transposição das águas do Rio São Francisco, com as obras abandonadas e caindo aos pedaços, depois de anos de desperdício, incompetência e possivelmente ladroagem. E é assim em toda parte.
Os envolvidos em corrupção e crimes correlatos não foram os primeiros, são herdeiros de uma velha tradição nossa. Não são exceções inusitadas. Antes, são a regra, tanto entre antecessores quanto entre contemporâneos. O inusitado são as punições. Mas não achemos que, punindo-os como se o que fizeram não estivesse de acordo com nossos costumes, vamos finalmente viver sob o império da lei e da ética, sem ter mudado nossa relação frouxa com valores básicos, fingindo que não vemos nossa cumplicidade compreensiva e tolerante. Ponhamos a mão na consciência e reconheçamos a verdade. Não podemos atirar a primeira pedra, porque o pecado começa conosco. (escritor João Ubaldo Ribeiro – O Globo – 02.12.2012)
ME CHAMA...
José Dirceu vai percorrer o país para difundir a mensagem de
que foi condenado sem provas no mensalão. A ideia é aceitar convites da base
petista para dar visibilidade à sua defesa. (coluna Painel – Folha –
28.01.2013)
DIRCEU: ‘LEI DA FICHA
LIMPA É COMPLETAMENTE ABSURDA’
Petista também volta a atacar Supremo por sua condenação no
processo do mensalão
CHAPECÓ (SC) — O ex-ministro José Dirceu, condenado no
julgamento do mensalão, surpreendeu uma plateia de aproximadamente cem
militantes petistas de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, na noite desta
quinta-feira, ao criticar a Lei da Ficha Limpa:
— Criaram a Lei da Ficha Limpa, que é uma lei completamente
absurda. Porque ela retroagiu. No Brasil, pela Constituição, você só pode ser
considerado culpado quando transitado em julgado na última instância... Só que,
agora, vale na segunda instância. Até mesmo quando é na primeira instância, já
está eliminado.
...
Nesta quinta-feira, Dirceu voltou a criticar o STF por sua
condenação a dez anos e dez meses de prisão.
— Foi um julgamento político — disse Dirceu.
...
- Faço minhas as palavras do meritíssimo:
MOVIMENTOS CONTRA
CORRUPÇÃO REAGEM À DECLARAÇÃO DE DIRCEU SOBRE LEI DA FICHA LIMPA
...
O juiz eleitoral Marlon Reis, do Movimento de Combate à
Corrupção Eleitoral (MCCE), disse que o ex-deputado não tem qualificação para
analisar a regra uma vez que é atingido por ela. O MCCE foi o movimento que
recolheu assinaturas e pressionou pela aprovação da nova regra.
- O José Dirceu está desqualificado para fazer uma análise mais
correta desta lei, já que ele está condenado pelo Supremo Tribunal Federal e
enquadrado nela - disse Marlon, que atua na 58ª Zona Eleitoral do
Maranhão.
...
- A propósito:
ASSESSOR PEDIU JATO A
EX-SENADOR PARA DIRCEU VIAJAR À BAHIA
A Operação Porto Seguro revelou que o ex-ministro José
Dirceu (Casa Civil) mantém relação próxima com o empresário e ex-senador
Gilberto Miranda - denunciado por corrupção ativa e apontado como principal
beneficiário do suposto esquema de compra de pareceres técnicos em órgãos federais.
Telefonemas gravados pela Polícia Federal, em novembro de
2012, mostram que Dirceu e Miranda marcaram pelo menos duas reuniões às
vésperas da deflagração da operação e que um assessor do petista chegou a pedir
emprestado um jato particular do ex-senador para voar até a Bahia no feriado da
República - viagem que Dirceu fez com a namorada e com Rosemary Noronha,
ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
A voz do ex-ministro do governo Lula não aparece nos áudios.
Ele não era alvo da missão policial, mas Miranda estava sob vigilância
permanente.
Em uma ligação gravada três semanas depois que Dirceu foi
condenado no julgamento do mensalão, seu auxiliar diz que o petista se recusava
a desembarcar no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, em horários de grande
movimento. "Correr risco agora é besteira, né?", recomenda Miranda ao
assessor.
...
Foi com a ajuda de algumas dessas autoridades que Miranda
conseguiu benefícios para empreendimentos de suas empresas, como a construção
de um porto privado na Ilha de Bagres, em Santos, litoral paulista.
A PF não envolve Dirceu com os negócios sob suspeita de
Miranda. Mas as ligações interceptadas a partir de um grampo no telefone do
ex-senador revelam que os dois tinham interesses em comum e uma relação que
permitia ao petista pedir até empréstimo de um avião particular.
As escutas mostram que Dirceu e Miranda tiveram um encontro
no início da tarde de 8 de novembro. O assessor do petista telefona para a
secretária do empresário às 11h59 para avisar que ele se atrasaria porque havia
sido convocado para uma "reunião de urgência".
"Eu só queria te pedir o seguinte: é que o Zé foi
chamado para uma reunião de urgência, então a Evanise, a companheira dele, vai
chegar um pouco antes no horário combinado e ele, se atrasar, ele chega uns
minutos depois. Você pode avisar o Gilberto?", pede o auxiliar de Dirceu.
Risco. No dia seguinte, o assessor de Dirceu começa a
articular com o ex-senador reunião para 19 de novembro entre a dupla e Saulo
Ramos, ministro da Justiça na presidência de José Sarney - a quem Miranda é
ligado. O avião de Miranda buscaria Dirceu no litoral da Bahia para levá-lo ao
encontro, em São Paulo, e depois seguiria para Brasília.
"A princípio estava marcado com o ministro (Saulo
Ramos) dia 19, às 16h, mas isso daí eu vou falar com ele agora, pra ver até a
parte da tarde. Isso daí eu te confirmo", diz Miranda. A reunião acabou
cancelada, dias depois.
No mesmo telefonema, o assessor de Dirceu pede informações
sobre um helicóptero do empresário que levaria o petista ao Rio. Os dois temem
que o mau tempo obrigue a aeronave a pousar no movimentado Aeroporto Santos
Dumont, no meio da tarde. "O Zé não estava querendo descer lá no Santos
Dumont, entende?", diz Miranda. "Qualquer coisa pego um avião, saio
daqui no domingo, quinze para as nove da noite, chego em Santos Dumont mais
vazio, entendeu?", sugere o auxiliar do petista.
O assessor telefona mais uma vez para Miranda, em 14 de
novembro, às 14h20, para pedir um favor ao ex-senador. "É só uma consulta,
não é oficial. O Zé tava indo viajar para a Bahia hoje e acabaram de ligar, que
o King (jato executivo) deu uma pane elétrica, que iam emprestar para ele...
Por acaso o teu está por aqui e poderia levá-lo, ou não?", pergunta o
assessor. "O meu está, mas eu estou sem piloto. Eu, como não ia viajar...
Eu dei folga para eles", responde Miranda.
Apesar da recusa, Dirceu foi à Bahia, na praia de Camaçari,
com a namorada e Rose.
Os criminalistas José Luís Oliveira Lima e Rodrigo
Dalla'Acqua, que defendem Dirceu, responderam que o ex-ministro "não mantém
nenhum relacionamento profissional com o sr. Gilberto Miranda, bem como não
utilizou nenhum meio de transporte de propriedade do mesmo". Eles
destacaram: "A reunião com o sr. Saulo Ramos, como evidenciam as próprias
gravações obtidas pelo 'Estado', acabou não se realizando."
O advogado Cláudio Pimentel, defensor de Miranda, disse que
ele não vai se manifestar pela imprensa, mas nos autos judiciais. / BRUNO
BOGHOSSIAN e FAUSTO MACEDO
- Tal qual o mensalão, é mais uma invenção da imprensa, como
diria Odorico Paraguaçu, marronzista contra o íntegro e injustiçado companheiro
Zé Dirceu!
JOESLEY DA JBS-FRIBOI
E WARREN BUFFETT
Outro dia, o empresário Joesley Batista, controlador do grupo JBS-Friboi, disse que pretende transformar sua empresa numa similar da Berkshire Hathaway, do americano Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, com US$ 46 bilhões no cofrinho.
Associado a executivos bilionários brasileiros, o "mago de Omaha" acaba de oferecer US$ 24 bilhões pela fabricante de molhos Heinz, a mais famosa marca do gênero no mundo. Se o doutor Joesley quer seguir o caminho de Buffett, alguém precisa aconselhá-lo a conhecer a vida de seu modelo.
Em outubro passado, ao casar-se, ele jogou uma bolsa Chanel para as convidadas. Já o bilionário Buffett comprou o anel de casamento de sua segunda mulher numa loja que lhe dava direito a desconto, fez uma cerimônia de 15 minutos e foi jantar num restaurante.
Joesley colocou na presidência do conselho consultivo da JBS o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Com Buffett ocorre o contrário; são os presidentes dos Estados Unidos e do Fed que se aconselham com ele. Tomando dinheiro emprestado no BNDES, a JBS deu-lhe um prejuízo escritural de R$ 2,2 bilhões. Buffett não tem BNDES a quem pedir dinheiro e na crise de 2008 socorreu o banco Goldman Sachs, investindo nele US$ 5 bilhões. Parece ter ganhado um bom dinheiro.
Em 2012, o grupo JBS doou R$ 16 milhões a partidos políticos numa eleição municipal. Aos 82 anos, Buffett nunca desembolsou semelhante quantia no patrocínio de políticos, mas assumiu o compromisso de doar metade de sua fortuna para atividades sociais. (coluna Elio Gaspari – O Globo – 17.03.2013)
Outro dia, o empresário Joesley Batista, controlador do grupo JBS-Friboi, disse que pretende transformar sua empresa numa similar da Berkshire Hathaway, do americano Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, com US$ 46 bilhões no cofrinho.
Associado a executivos bilionários brasileiros, o "mago de Omaha" acaba de oferecer US$ 24 bilhões pela fabricante de molhos Heinz, a mais famosa marca do gênero no mundo. Se o doutor Joesley quer seguir o caminho de Buffett, alguém precisa aconselhá-lo a conhecer a vida de seu modelo.
Em outubro passado, ao casar-se, ele jogou uma bolsa Chanel para as convidadas. Já o bilionário Buffett comprou o anel de casamento de sua segunda mulher numa loja que lhe dava direito a desconto, fez uma cerimônia de 15 minutos e foi jantar num restaurante.
Joesley colocou na presidência do conselho consultivo da JBS o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Com Buffett ocorre o contrário; são os presidentes dos Estados Unidos e do Fed que se aconselham com ele. Tomando dinheiro emprestado no BNDES, a JBS deu-lhe um prejuízo escritural de R$ 2,2 bilhões. Buffett não tem BNDES a quem pedir dinheiro e na crise de 2008 socorreu o banco Goldman Sachs, investindo nele US$ 5 bilhões. Parece ter ganhado um bom dinheiro.
Em 2012, o grupo JBS doou R$ 16 milhões a partidos políticos numa eleição municipal. Aos 82 anos, Buffett nunca desembolsou semelhante quantia no patrocínio de políticos, mas assumiu o compromisso de doar metade de sua fortuna para atividades sociais. (coluna Elio Gaspari – O Globo – 17.03.2013)
- Por estas e outras que sou admirador incondicional do
sistema “capitalista” tupiniquim e tiete dos Homens do Ano e Empresários do Ano
daqui, todos são fervorosos defensores da livre iniciativa e da não intervenção
do Estado na economia e no mercado, desde que não lhes impeçam de continuar
mamando nas tetas na Viúva!
- E por falar nisso...
ABATEDOURO
Irmão de Joesley Batista, do frigorífico JBS-Friboi, o
político goiano é uma das apostas de Eduardo Campos (PE) para ampliar seu
palanque regional. (coluna Painel – Folha – 09.02.2013)
CASO DE TRAIÇÃO GERA
INDENIZAÇÃO DE R$ 67 MIL
Fato que ganhou repercussão nacional tem novo capítulo:
amante vai receber cem salários mínimos
Em 2010, Vivian Oliveira, 37 anos, descobriu que a
melhor amiga, Juliana Cordeiro, 36, era amante do seu marido, Cícero Oliveira,
57. Ela, então, reuniu provas do adultério e filmou a conversa com a amiga, no
dia em que leu algumas das mensagens picantes trocadas pela internet entre o
casal. Por este ato, foi condenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a
pagar uma indenização equivalente a cem salários mínimos a Juliana. A decisão,
que foi tomada em segunda instância, foi divulgada nesta quarta-feira (6).
O advogado de Juliana Cordeiro, Márcio Leme, explicou ao BOM DIA que tudo se baseou na divulgação do vídeo e nas declarações dadas por Vivian para a mídia. O incidente tornou-se conhecido em todo o país. “A ação não discute o fato em si, de ser amante ou não, ela mostra que Vivian não tinha o direito de expor Juliana daquela maneira”, destaca o advogado, referindo-se ao fato de que na época a traída disponibilizou o material para alguns amigos que espalharam pela internet.
A repercussão foi tanta que várias emissoras de TV fizeram programas e exibiram as imagens que estavam no YouTube.
Em 2012, a Justiça de Sorocaba decidiu que não cabia indenização por danos morais, considerando o caso como briga de família. Desde então o processo corre em segredo de Justiça. Porém, o advogado recorreu em São Paulo, na Câmara Recursal. Três desembargadores ouviram o caso e avaliaram a conduta de Vivian irregular. “Na época dos fatos, Vivian concedeu entrevistas afirmando que fez tudo por vingança e isso também foi levado em consideração pelos desembargadores”, diz advogado Márcio.
As chances de Vivian obter sucesso se decidir recorrer ao Superior Tribunal de Justiça podem ser mínimas. “O Superior Tribunal aceita recurso somente quando a decisão tomada anteriormente afronta a lei de alguma maneira e, neste caso, o processo avalia se a conduta da Vivian foi ilícita ou não”, finaliza o advogado.
O BOM DIA tentou contato com Vivian, que não foi encontrada para falar sobre o assunto.
O advogado de Juliana Cordeiro, Márcio Leme, explicou ao BOM DIA que tudo se baseou na divulgação do vídeo e nas declarações dadas por Vivian para a mídia. O incidente tornou-se conhecido em todo o país. “A ação não discute o fato em si, de ser amante ou não, ela mostra que Vivian não tinha o direito de expor Juliana daquela maneira”, destaca o advogado, referindo-se ao fato de que na época a traída disponibilizou o material para alguns amigos que espalharam pela internet.
A repercussão foi tanta que várias emissoras de TV fizeram programas e exibiram as imagens que estavam no YouTube.
Em 2012, a Justiça de Sorocaba decidiu que não cabia indenização por danos morais, considerando o caso como briga de família. Desde então o processo corre em segredo de Justiça. Porém, o advogado recorreu em São Paulo, na Câmara Recursal. Três desembargadores ouviram o caso e avaliaram a conduta de Vivian irregular. “Na época dos fatos, Vivian concedeu entrevistas afirmando que fez tudo por vingança e isso também foi levado em consideração pelos desembargadores”, diz advogado Márcio.
As chances de Vivian obter sucesso se decidir recorrer ao Superior Tribunal de Justiça podem ser mínimas. “O Superior Tribunal aceita recurso somente quando a decisão tomada anteriormente afronta a lei de alguma maneira e, neste caso, o processo avalia se a conduta da Vivian foi ilícita ou não”, finaliza o advogado.
O BOM DIA tentou contato com Vivian, que não foi encontrada para falar sobre o assunto.
Contagem começa
O acórdão foi finalizado na terça-feira e, com isso, Vivian Oliveira terá cerca de dois meses para pagar os R$ 67,8 mil, se não recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça. “Estes dois meses são o prazo que o processo deve levar para chegar a Sorocaba”, explica o advogado Márcio Leme. Ele adianta que entrará com o pedido para leiloar os bens de Vivian, caso o pagamento não ocorra.
O acórdão foi finalizado na terça-feira e, com isso, Vivian Oliveira terá cerca de dois meses para pagar os R$ 67,8 mil, se não recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça. “Estes dois meses são o prazo que o processo deve levar para chegar a Sorocaba”, explica o advogado Márcio Leme. Ele adianta que entrará com o pedido para leiloar os bens de Vivian, caso o pagamento não ocorra.
- Justiça estranha esta deste país esquizofrênico, quer dizer
que uma distinta dá uma peruca de touro à “amiga” que, com toda a razão botou a
boca no trombone, leva o maridão e de brinde um belo capilé, enquanto o
bestalhão aqui se for sacaneado por uma empresa que não cumprir o contrato e
entrar na Justiça pedido danos morais sou acusado de enriquecimento sem causa?!
- Quer dizer que agora, não basta eu ser hetero enrustido,
tenho que também ser corno enrustido?
TRÁFICO DA ROCINHA
USA MENORES COM CELULARES PARA ALERTAR SOBRE A APROXIMAÇÃO DE PMS DA UPP
O tráfico na Rocinha trocou o foguete pelo torpedo. Menores
de idade recrutados por traficantes da favela — onde há uma UPP desde setembro
do ano passado — estão usado a tecnologia para alertar os criminosos sobre a
chegada dos PMs. Nas esquinas dos becos da localidade conhecida como Roupa
Suja, os olheiros, que antes usavam rojões ou pipas para avisar sobre
operações, agoram mandam mensagens de texto e fazem ligações de celular.
O próprio comando da UPP da favela admite a resistência da
criminalidade na região e a dificuldade para patrulhar as vielas estreitas.
— É, sem dúvida, a área mais difícil de atuar. Como é o
local mais pobre da comunidade, os garotos têm aceitado, por R$ 200 por semana,
ficar com os celulares nas mãos — conta o comandante da UPP da Rocinha, major
Edson Santos.
Segundo o major, numa das mensagens um menor escreveu:
"policial tá subindo". Desde janeiro, pelo menos três apreensões de
menores flagrados com celulares na Roupa Suja foram registradas na 15 DP
(Gávea).
— Depois que perceberam que estávamos de olho, eles estão
mandando mensagens mais simples, como "oi" — conta o major.
...
- Pois é, depois, quando a polícia pega um vagabundinho
destes como traficante, vem papai e mamãe dizer que o filhinho é estudante e
trabalhador!
MAIA QUER PROIBIR
MINISTRO DO STF DE DECIDIR SOZINHO SOBRE TEMA LEGISLATIVO
Ex-presidente da Câmara apresentará proposta de emenda
constitucional.
Ele propõe que só o plenário do STF possa alterar decisão do Congresso.
Ele propõe que só o plenário do STF possa alterar decisão do Congresso.
O deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara,
afirmou nesta terça-feira (19) que apresentará nesta semana uma Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) para proibir ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) de decidirem monocraticamente sobre assuntos que envolvam o Legislativo.
O projeto do petista vai propor que somente o plenário do
STF - e não um ministro, individualmente - possa alterar uma decisão do
Congresso Nacional. Para ser aprovada, uma PEC necessita dos votos da maioria
absoluta dos congressistas em dois turnos de votação na Câmara e outros dois no
Senado.
...
- A casta de parasitas é impossível, agora, virou instância
superior ao Supremo Tribunal Federal!
E AS REDAÇÕES DO
ENEM?
Adorei! Um colocou receita de Miojo e outro escreveu o hino
do Palmeiras. O que colocou a receita de miojo ganhou nota 560. E o que
escreveu o hino do Palmeiras ganhou nota 500. Ou seja, como diz o tuiteiro
Reinaldo Junior: "O Miojo deu uma goleada no Palmeiras". Até o Miojo
ganha do Palmeiras. Rarará! Miojo 1 X Palmeiras 0!
E Enem quer dizer: Eu Não Estudo Mais! E MEC quer dizer: Melhor Estudar em Casa! E, se o cara tivesse escrito uma receita de Miojo INÉDITA, eu dava mil!
E ninguém colocou o hino do Corinthians? Não, corinthiano não sabe escrever! Nem o hino! Rarará!
E o site Sensacionalista: "Professor que corrigiu redação do Enem diz que tinha bebido Ades de maçã. E o professor que corrigiu a prova com receita de Miojo diz que não deu zero porque a receita era muito boa". Rarará!
E a Ades? Ops, Adeus! Ops, ARDES! A Ardes está lançando um novo suco: Soja Cáustica! Rarará! Vou tomar uma soja cáustica da Ardes! E corre na internet uma fotomontagem da Claudia Raia injetando suco de maçã Ades na seringa assassina! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou como disse aquele outro: é duro, mas desce! (Zé Simão – Folha – 21.03.2013)
E Enem quer dizer: Eu Não Estudo Mais! E MEC quer dizer: Melhor Estudar em Casa! E, se o cara tivesse escrito uma receita de Miojo INÉDITA, eu dava mil!
E ninguém colocou o hino do Corinthians? Não, corinthiano não sabe escrever! Nem o hino! Rarará!
E o site Sensacionalista: "Professor que corrigiu redação do Enem diz que tinha bebido Ades de maçã. E o professor que corrigiu a prova com receita de Miojo diz que não deu zero porque a receita era muito boa". Rarará!
E a Ades? Ops, Adeus! Ops, ARDES! A Ardes está lançando um novo suco: Soja Cáustica! Rarará! Vou tomar uma soja cáustica da Ardes! E corre na internet uma fotomontagem da Claudia Raia injetando suco de maçã Ades na seringa assassina! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou como disse aquele outro: é duro, mas desce! (Zé Simão – Folha – 21.03.2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário