JOAQUIM BARBOSA
CRITICA ‘CONLUIO’ ENTRE JUÍZES E ADVOGADOS
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Joaquim Barbosa, criticou duramente, nesta terça-feira, as ligações de juízes
com advogados. Para ele, as alianças veladas entre juízes e advogados seriam a
origem de casos de corrupção e se constituem em um dos aspectos mais nocivos da
Justiça brasileira. O presidente fez a declaração durante o julgamento do juiz
João Borges de Souza Filho no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e acabou
protagonizando um longo embate com o desembargador Tourinho Neto, do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região.
— Há muitos (juizes) para colocar para fora. Esse conluio
entre juízes e advogados é o que há de mais pernicioso. Nós sabemos que há
decisões graciosas, condescendentes, fora das regras — afirmou
Barbosa ao endossar parte da denúncia contra Souza Filho.
O juiz de Picos, no Piauí, foi acusado de favorecer
advogados em alguns processos. Os conselheiros presentes à sessão votaram pela
aposentadoria compulsória do juiz. Tourinho
foi o único a votar contra a punição do juiz. O desembargador não vê
problema em juiz receber advogados de processos em que estão atuando. Para ele,
a proximidade entre alguns juízes e advogados não implica necessariamente em
casos de corrupção. O desembargador citou a si mesmo como exemplo. Ele disse
que já bebeu cerveja e uísque com advogados e nem por isso comprometeu duas
decisões como juiz.
— Eu atendo o advogado de 'A' e depois o de 'B' — disse
Tourinho.
— Isso está errado — respondeu Barbosa.
Não satisfeito, Tourinho criticou o suposto excesso de zelo
de juízes que, para se evitar denúncias de favorecimento, instalam câmeras nos
gabinetes e atendem advogados das duas partes de um determinado processo ao
mesmo tempo. Em meio ao debate, o desembargador insinuou que, em alguns casos,
juízes influentes não são punidos por erros que cometem.
— Tem juiz que viaja
para o exterior com festa paga por advogado e aí não acontece nada — disse
o desembargador.
— Conselheiro Tourinho, sua verve na despedida está
impagável — rebateu Barbosa.
Barbosa para presidente
O presidente do STF e o desembargador divergiram várias
vezes, mas em tom amistoso. Nos momentos finais do embate, Barbosa voltou a
criticar a proximidade de juízes com advogados e reafirmou que isso, muitas
vezes, resulta em tratamento privilegiado e desequilibra o jogo em favor de uma
das partes. Ainda em tom de brincadeira, Tourinho disse que Barbosa era
"duro como o Diabo" e que pode até se presidente da República.
— Vossa excelência
foi endeusado. Quem sabe não será o próximo presidente da República? —
provocou Tourinho.
No intervalo da sessão do CNJ, Joaquim Barbosa assinou um
convênio com a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon,
para facilitar a atuação de juízes em ações de improbidade administrativa.
Eliana é diretora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados (Enfam). Durante a audiência, o ministro conclamou os juízes a
julgar as ações por improbidade. Este tipo de ação é direcionada principalmente
contra políticos acusados de corrupção.
— O tempo de escamotear a improbidade sob o argumento de
legislação frágil e desconexa já passou. Façamos nosso trabalho, encontremos
solução para essa demanda. Absolvendo que deve ser e condenando quem condenou
princípios e regras da nossa administração. Essa é nossa prioridade. Para isso
contamos com a colaboração dos senhores — disse Barbosa.
Hoje existem no país 17 mil ações por improbidade pendentes.
Segundo Eliana, a parceria entre o CNJ e o Enfam poderá acelerar o julgamento
de boa parte destas ações. Pela proposta, juízes serão treinados por colegas
para lidar com casos desta natureza.
— O Brasil era um país de faz de conta. Estamos fazendo com
que a Justiça funcione. O Brasil mudou —disse a ministra.
MUITO ALÉM DA OVELHA
PARA O CHURRASCO DO JUIZ
No meio dos debates na sessão desta terça-feira (19/3) no
Conselho Nacional de Justiça sobre o conluio entre juízes e advogados, o
corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, aproveitou a
discussão bem-humorada entre o ministro Joaquim Barbosa e o conselheiro
Tourinho Neto –que se despedia do colegiado, ao completar 70 anos de
idade– para anunciar um caso grave de promiscuidade que está sendo
investigado pela corregedoria.
Tourinho Neto disse não ver nada demais em juiz receber “pequenos
presentes”, como uma “peça de ovelha para churrasco”, a título de “cortesia” e
“afago” de advogados.
Falcão citou o exemplo de um juiz que –despachando
no plantão– liberou R$ 100 milhões de um precatório.
O advogado do caso
recebeu o dinheiro duas horas depois.
- Taí, concordo com o nobre desembargador “garantista”,
aliás, sempre ao lado de causas nobres, também acho, por exemplo, que nada
acontece com desembargador que concede HCs a um notório mafioso que corrompeu
metade da República e deixou de stand by a outra metade e considera-o um metro
contraventor, também acho que não acontece nada com um nobre desembargador
“garantista” que tranca ações contra grandes corruptos ladrões do dinheiro público,
após anos de investigações e gastos com as diligências, simplesmente, porque
entende que interceptações telefônicas, COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, não pode
ultrapassar 15 dias, embora a matéria já tenha sido pacificada pelo STF
considerando legais as interceptações telefônicas que ultrapassem tal período,
como não aconteceu nada com um ministro da Suprema Corte que após conceder um
HC para o nobre deputado Paulo Maluf e seu pimpolho, sob singelo fundamento de
que “ficou sensibilizado vendo pai e filho na mesma cela”, e, acabado o
julgamento foi fotografado com seu nobre
advogado confraternizando, mas, como diz o próprio ministro Joaquim Barbosa,
todo mundo acha isso muito natural!
- Pra variar, estou com o ministro Joaquim Barbosa e não
abro, não é de hoje que existe esta relação nefasta, promiscua e prostituída
entre nobres advogados e não menos nobres magistrados, em todos os níveis do
nosso mavioso Poder Judiciário!
- A propósito, conheci um magistrado que, todas as vezes em
que nobres advogados queriam “despachar” com ele, não pensava duas vezes,
colocava um funcionário do cartório dentro de seu gabinete, hoje acredito que
adotaria a excelente e salutar idéia de instalar câmeras em seu gabinete.
- Ah, mas as entidades classistas, com o irrecuperável corporativismo
negativo, associadas à respeitabilíssima OAB, dominada por grandes bancas
advocatícias, não perderam a oportunidade de atacar o honrado ministro Joaquim
Barbosa, como se ele estivesse falando da maioria dos magistrados o que não foi
o caso e, felizmente, não é a maioria que se presta a este tipo de conluio e
promiscuidade, sim. Aliás, teve um nobre representante classista que deu um
exemplo, muito próprio de quem quer escamotear a realidade, argumentando que
juiz se forma com colegas que são advogados, portanto, não podem estabelecer
relações de amizade com astronautas. Claro, da mesma forma que médicos se
formam com médicos, mas nem por isso, um tem o direito de pedir ao outro que
faça um aborto clandestino ou eutanásia!
- Quanto à irônica afirmação do nobre e respeitabilíssimo de
desembargador sobre a candidatura do ministro à presidência da República, não
consigo imaginar o ministro negociando apoio político sentado à mesa com nobres
parlamentares, tais como Jader Barbalho, Romero Jucá, Gim Argello, Renan
Calheiros, Paulo Maluf, Eduardo Cunha, Garotinho, Henrique Alves, Valdemar da
Costa Neto, João Paulo Cunha, Zé Sarney e tantas outras reservas morais da
política brasileira!
- Contestar o conluio entre magistrados e nobres advogados na
republiqueta é sofrer de amnésia crônica, e, pra ficar somente em dois grandes
escândalos nacionais que são, a Operação
Anaconda de venda de sentenças por quadrilhas
envolvendo juízes e advogados e a famosa Operação
Furação que de venda de decisões pra máfia de
caça-níqueis, esta, além de nobres advogados e juízes, também faziam parte, não
menos nobres, ministros do respeitabilíssimo STJ que, aliás, até hoje não se
tem decisão, já que o processo dorme eternamente em berço esplêndido no Colendo
STF!
- A propósito:
E-MAIL VAZADO POR
ACIDENTE LEVANTA SUSPEITAS DE CONLUIO DENTRO DO CNJ
BRASÍLIA - A crítica feita pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao "conluio" de juízes e
advogados ocorre dias depois de uma troca de e-mails ter provocado constrangimento
entre juízes federais e ter levantado desconfiança sobre uma decisão no
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A suspeita era de favorecimento à filha do
conselheiro Tourinho Neto, que ocupa a vaga no órgão dos juízes federais, a
partir de uma decisão tomada pelo conselheiro Jorge Hélio, indicado pela
advocacia.
...
A filha de Tourinho
Neto, a juíza Lilian Tourinho, buscava no CNJ uma decisão que lhe garantisse o
direito de participar de um concurso de remoção. Ela queria deixar uma vara do
Pará e mudar para Salvador.
O pedido já tinha sido rejeitado no Tribunal Regional
Federal, onde ocorreria a transferência, pois Lilian Tourinho estava há menos
de um ano na mesma vara. Pela regra do TRF, o pedido de remoção só pode ocorrer
depois de o juiz ficar um ano em uma mesma localidade.
Relator do pedido, o conselheiro Jorge Hélio foi abordado
por Tourinho Neto antes de tomar uma decisão. "Está chegando um
requerimento de minha filha e é coisa urgente", disse Tourinho na ocasião,
como ele próprio contou ontem ao Estado. "Concedendo ou negando, despacha
logo", pediu ao colega.
E-mail na lista. Jorge Hélio recebeu o processo e suspendeu
provisoriamente o concurso de remoção, o que atendia ao pedido da juíza. O
e-mail remetido por um assessor a Tourinho Neto, a que o Estado teve acesso,
provocou suspeitas entre os magistrados. Na mensagem, o assessor de Tourinho
afirma que Jorge Hélio passou no gabinete, informou que já havia decidido a
questão, mas a liminar, conforme a mensagem, ainda não tinha sido publicada.
"O conselheiro Jorge Hélio esteve agora aqui no
gabinete procurando o senhor. Pediu para informar que o processo já está
encaminhado, e que deferiu a liminar. No entanto, no sistema ainda não consta a
assinatura, somente a minuta", informava o assessor. Assim que fosse
publicada, prometia o funcionário, encaminharia a íntegra da decisão para
Tourinho e sua filha.
Tourinho Neto contou ao Estado que recebeu a mensagem e
tentou repassá-la para o e-mail da filha. Entretanto, acabou enviando o texto
para a lista de juízes federais de todo o País. O presidente da Ajufe, Nino
Toldo, procurou o conselheiro Jorge Hélio e pediu oficialmente que
reconsiderasse sua decisão. O TRF em seguida encaminhou informações,
argumentando que a juíza havia se beneficiado no passado da regra que queria
derrubar. Dois dias depois, Jorge Hélio voltou atrás e derrubou a decisão que
beneficiava a filha de Tourinho Neto.
O caso provocou críticas internas e foi assunto de uma
sessão reservada do Conselho na segunda-feira à noite, véspera das críticas de
Barbosa aos magistrados e advogados, desencadeadas durante um diálogo com o
conselheiro Tourinho. Jorge Hélio conta ter sido questionado sobre o assunto
pelo também conselheiro Wellington Saraiva. E afirmou que um colega do
Ministério Público havia levantado a suspeita de que Jorge Hélio teria feito
advocacia administrativa.
"O que eu disse foi que julguei o pedido. Aconteceu
isso mesmo e não vejo nenhum problema", disse Jorge Hélio. O conselheiro
reclamou do ocorrido. "Não me causou constrangimento porque não me senti
pressionado. Mas esse tipo de pedido
sempre incomoda", admitiu.
"Lamento profundamente que tenha ocorrido isso. Eu
asseguro que agi dentro da normalidade", afirmou o conselheiro. "Eu
não aceito interferência no meu trabalho."
Após o ocorrido, Tourinho Neto repassou o e-mail aos colegas
para negar irregularidades. "Meus amigos, conselheiros, a msg (mensagem)
que recebi do meu assessor Marcos foi a que abaixo transcrevo. Não houve
nenhuma advocacia administrativa. Não pedi nada a Jorge Hélio, nem ele disse
que estaria dando a liminar para atender meu pedido", disse Tourinho na
mensagem aos magistrados.
- Por fim, foi com muita satisfação que soube que o nobre
desembargador “garantista” alcançou a idade limite para permanecer no cargo e
aposentou-se, talvez, seja mais feliz como advogado, clientes de grande porte,
com certeza, não lhes faltarão!
CNJ AFASTA
DESEMBARGADORES DE CONCURSO
O Conselho Nacional de Justiça ratificou nesta terça-feira
(19/3) liminar concedida pelo conselheiro Silvio Luis Ferreira da Rocha, e
determinou que dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de
Pernambuco sejam afastados da comissão de concurso para juiz daquele tribunal,
porque servidores de seus gabinetes estão concorrendo às vagas.
A decisão foi tomada em pedido de providências (*) no qual
uma advogada questiona a participação dos desembargadores Jorge Américo Pereira
de Lira e Francisco Eduardo Gonçalves Sertório Canto na comissão do concurso.
Na liminar, Silvio Rocha havia determinado a exclusão desses
desembargadores da comissão de concurso. Entretanto, o Plenário do Conselho
ampliou a extensão da liminar, proibindo os dois magistrados de participar de
qualquer ato relacionado ao concurso.
“É evidente que esses desembargadores não podem participar
de nada”, afirmou o ministro Joaquim Barbosa, presidente do CNJ e do Supremo
Tribunal Federal (STF).
(*) Pedido de Providências nº 0000625-10.2013.2.00.0000
MAGISTRADO APOSENTADO
PELO TRT DE GOIÁS PRETENDIA CONCEDER MEDALHAS AO “BRAÇO DIREITO” E AO IRMÃO DE
CARLINHOS CACHOEIRA
O desembargador Júlio César Cardoso de Brito, aposentado
compulsoriamente no último dia 14 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª
Região (Goiás), pretendia condecorar com medalhas do tribunal o irmão do
empresário Carlinhos Cachoeira –Marco Antônio de Almeida Ramos– e Gleyb Ferreira da Cruz, citado nos
autos como “braço operacional” da
organização criminosa desbaratada pela “Operação Monte Carlo”.
O desembargador [como são chamados os juízes do TRT]
foi investigado em processo administrativo disciplinar por suspeita de quebra
de deveres de magistrado, tráfico de influência, improbidade
administrativa, advocacia administrativa, corrupção passiva e exploração de
prestígio.
Cardoso de Brito foi
acusado de intervir junto a um magistrado da Justiça comum em favor de empresas
do grupo de Cachoeira; foi agraciado com presentes, ingressos para eventos
artísticos, pacotes turísticos e com o custeio parcial de um veículo Citroen C4
Pallas.
O relator,
desembargador Paulo Pimenta, definiu seu voto como “fruto do trabalho
investigativo desenvolvido ao longo dos últimos oito meses.”
Pimenta obteve do Juízo da 11ª Vara Federal de Goiás cópias
da denúncia e da decisão que determinou a prisão dos envolvidos na exploração
ilegal de jogos.
Gleyb e Marco Antônio não chegaram a receber as medalhas,
porque a solenidade não se concretizou em 2011, “malgrado tenham sido iniciados
os preparativos para que acontecesse”, afirma o relator em seu voto.
Diálogos entre os dois pretensos homenageados tratam do
pedido de currículos por Cardoso de Brito. Ambos imaginavam que receberiam
um título de comendador federal, expedido pela Presidência da República.
Inicialmente, Cardoso de Brito negou o fato. Admitiu depois,
na defesa prévia, que “pretendia indicar Gleyb Cruz e Marco Antônio Ramos, a uma
certa comenda –Ordem Anhanguera do Mérito Judiciário do Trabalho– pessoas até
então consideradas dignas de tal título, pois empresários normais no Estado de
Goiás”.
O relator afirma em seu voto que Cardoso de Brito “mentiu
sistematicamente em suas manifestações”.
“Mentiu para seus pares e para a sociedade, que esperavam
respostas retas e firmes do magistrado. Mentiu para o mesmo Colegiado e
população, que dele exigem, conforme já assinalado, completa transparência”.
Cardoso de Brito alegou que mantinha convívio social com
Gleyb, “não chegando a amizade íntima ou qualquer vínculo negocial”. O
magistrado circulou durante um período com o Mercedes-Benz importado do irmão
de Cachoeira.
Os autos registram 71
ligações telefônicas e 339 mensagens de celular entre o magistrado e
Gleyb. Em algumas ligações, Cardoso de Brito tratava Gleyb como “companheiro”.
Nas ligações interceptadas, o juiz referia-se a Carlinhos Cachoeira como “o
Cabeça”.
Numa das conversas,
ele diz: “Rapaz, preciso falar com o Cabeça, viu…” (…) “Pede uma audiência pra
mim”. (…) “Pra apresentar um relatório pra ele de muita coisa que tá
acontecendo aí que ele não tá enxergando”. (…) “Quero sua presença lá porque é
um relatório que eu tenho que passar pra ele. Cê sabe a metade”.
Gleyb encerra a conversa, afirmando: “Às ordens. Positivo e
operante”.
Segundo o voto do relator, “pode-se afirmar com segurança
que, além de existir uma organização antijurídica tendo Carlos Cachoeira no
topo de sua pirâmide estrutural, o Requerido [Cardoso de Brito] guardava não
apenas estreitas, mas também intensas relações com os principais integrantes
desse grupo infracional”.
O advogado do magistrado alegou cerceamento de defesa e
nulidade das captações telefônicas, por terem sido obtidas através da
interceptação de linhas telefônicas de terceiros, sem qualquer autorização
judicial em relação ao desembargador. Sustentou que nada se provou quanto à
conduta irregular do magistrado.
Com base no art. 7º, inciso II, da Resolução 135 do Conselho
Nacional de Justiça, o Tribunal Pleno condenou –por unanimidade– o
desembargador à pena de aposentadoria compulsória por interesse público, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.
O relator determinou o envio de cópia dos autos à Advocacia
Geral da União, ao Ministério Público Federal,à Corregedoria Nacional de
Justiça, à Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e ao Superior Tribunal de
Justiça.
EM CINCO ANOS, 40
MAGISTRADOS FORAM PUNIDOS PELO CNJ
SÃO PAULO — Os números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
indicam que a limpeza no Poder Judiciário não está ocorrendo no ritmo que o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, espera. No ano
passado, apenas oito magistrados foram punidos pelo órgão.
O total de sanções em 2012 foi menos da metade das
registradas em 2010, quando o conselho impôs punição a 21 juízes. Nos últimos
cinco anos, 40 magistrados sofreram punições, de acordo com a assessoria de
imprensa do CNJ. Desses, 29 receberam a sanção mais severa, que é a
aposentadoria compulsória.
Em 2008, as sanções do órgão atingiram três juízes, sendo
que um foi condenado à aposentadoria compulsória. No ano seguinte, foram dois
punidos, ambos com aposentadoria. Após o recorde de sanções em 2010, os números
caíram em 2011 para seis punidos, sendo quatro com aposentadoria.
Veja também
Juíza pedia favores
No ano passado, dos oitos punidos, seis foram condenados a
aposentadoria compulsória. Outros dois foram removidos. Uma delas foi a juíza
Ana Paula Medeiros Braga, da comarca de Coari, no Amazonas. Ela foi condenada
por maioria dos votos do conselheiros.
Segundo o relator do processo, Gilberto Valente Martins,
interceptações telefônicas revelaram que a magistrada solicitava favores para o
Poder Executivo local. Entre os benefícios, estavam a utilização de veículo
alugado pela prefeitura da cidade, carona em avião fretado pelo governo local e
ingresso para espetáculo.
Na terça-feira, durante julgamento de um juiz do Piauí,
Barbosa, que também preside o CNJ, disse que o “conluio entre advogados e
juízes é o que há de mais pernicioso” e que “há muitos (magistrados) para pôr
para fora”.
O juiz do Piauí foi acusado de favorecer advogados em alguns
processos. Os conselheiros presentes ao julgamento votaram pela condenação do
magistrado à aposentadoria compulsória. Apenas um conselheiro, o desembargador
Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, votou contra. Ele
chegou a debater com Barbosa em plenário e disse não ver problema na
proximidade.
AMB cobra atitude serena
Procurado nesta quarta-feira, o CNJ disse que não teria como
levantar quantos processos por suspeita de conluio entre juízes e advogados
tramitam no órgão. Também não seria possível informar nesta quarta-feira
quantas punições em razão dessa irregularidade foram aplicadas a magistrados
nos últimos anos.
Na reunião desta quarta-feira entre o presidente da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado, e entidades que
representam os magistrados, na qual foram discutidas as declarações de Barbosa,
o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Nino Toldo,
afirmou que o “presidente (do STF) partiu de um caso específico que estava
sendo julgado e levantou a dúvida quanto à seriedade da magistratura e da
advocacia de um modo geral”. Já o presidente da Associação de Magistrados
Brasileiros (AMB), Raduan Miguel Filho, declarou esperar que “o presidente de
uma Suprema Corte tenha uma atitude mais serena”.
MINISTRO DO STF DIZ
NÃO VER PROBLEMA EM PEDIDO DE PREFERÊNCIA NO CNJ
'Em principio, isso não tem nenhuma relevância', afirmou
Gilmar Mendes.
Conselheiro Tourinho Neto pediu pressa em processo da filha.
Conselheiro Tourinho Neto pediu pressa em processo da filha.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes
afirmou nesta quinta-feira (21) não ver problemas no fato de o desembargador
Fernando Tourinho Neto, integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ter
pedido preferência em processo de interesse da filha dele a outro conselheiro.
Um
e-mail enviado acidentalmente levantou a suspeita de que Tourinho Neto
pediu a preferência ao conselheiro Jorge Hélio. Os dois negaram tentativa de
tráfico de influência.
Para Gilmar Mendes, é habitual o pedido de preferência em
processos. "Pedido de preferência nós temos vários em processos. Em
princípio, isso não tem nenhuma relevância. Toda hora chega pedido de
preferência nos gabinetes. Às vezes, até se diz que é melhor que não se peça
preferência porque se decide de forma mais acelerada. É preciso ver dentro do
seu contexto e não maximizar isso. Não vejo problema em um pedido de
preferência", disse o ministro após lançamento do Prêmio Innovare, no
Superior Tribunal de Justiça.
...
- Ora, ora, partindo de quem partiu, não surpreende, até
porque, pra quem tem um curso privado de estudos jurídicos e presta serviços a
órgãos estatais sem licitação, emprega em seu instituto ministros do Supremo ou
recebe de renomado advogado civilista presente de casamento viagem de lua-de-mel
à Argentina e com ele sai em viagem de núpcias, realmente uma exploraçãozinha
de prestígio é fichinha!
SÓ UMA PALHINHA PARA AVIVAR A MEMÓRIA DOS
CORPORATIVISTAS
Operação Hurricane
Operação Hurricane
Operação Hurricane
Juiz Vendedor de
Sentença em Campo Maior-
AMENIDADES
Um casal de velhinhos fazia 65 anos de casados e foi a um
restaurante festejar.
Diz o velhote:
- Minha rainha, onde queres que nos sentemos?
- Aqui, diz a velhinha. – Princesa, queres um aperitivo?
- Sim, obrigada.
- Meu anjo, o que te apetece comer?
Ela pede o menu e faz o seu pedido.
- Meu doce, que vinho preferes?
O garçom mal podia acreditar no que ouvia. A senhora vai ao banheiro e ele aproveita para falar com o velhinho:
- Que coisa linda! Como o senhor ainda consegue tratar a sua esposa com essas palavras tão carinhosas ao fim de tantos anos? Rainha, princesa, anjo, doce… Estou admirado!
O velhote olha o garçom nos olhos e responde:
- Sabe o que é, eu não consigo me lembrar do nome dessa véia há mais de 15 anos…
Diz o velhote:
- Minha rainha, onde queres que nos sentemos?
- Aqui, diz a velhinha. – Princesa, queres um aperitivo?
- Sim, obrigada.
- Meu anjo, o que te apetece comer?
Ela pede o menu e faz o seu pedido.
- Meu doce, que vinho preferes?
O garçom mal podia acreditar no que ouvia. A senhora vai ao banheiro e ele aproveita para falar com o velhinho:
- Que coisa linda! Como o senhor ainda consegue tratar a sua esposa com essas palavras tão carinhosas ao fim de tantos anos? Rainha, princesa, anjo, doce… Estou admirado!
O velhote olha o garçom nos olhos e responde:
- Sabe o que é, eu não consigo me lembrar do nome dessa véia há mais de 15 anos…
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