quinta-feira, julho 10, 2014










VADE RETRO FELIPÃO
Fui mal acostumado vendo o futebol praticado, dentre outros, por Garrincha, Didi, Pelé, Nilton Santos, Tostão, Rivelino, Gerson, Paulo César Caju, Carlos Alberto Torres, Ademir da Guia, Falcão, Batista, Junior, Zico, Sócrates, Bekenbauer, Britner, Maradona, Cruyff, mais recentemente, Romário, Bebeto, Alex (Curitiba), Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Et’oo, Zidane, Seedorf e outros que, porventura, injustamente tenha esquecido, portanto, deu penha ver aquela seleção deserta de meio de campo e de talentos, sem esquema tático, torcendo, é claro, mas consciente de que a cada jogo sabia que não convencia e não chegaria longe e deu no que deu, um vexame de fazer inveja ao IBIS, mas bem feito pra quem rejeita o futebol-arte e quem admira o Padrão Felipão com sua família de brucutus, que manda bater tornando a seleção dele a mais faltosa da Copa.
Aliás, o futebol-arte é tão ruim que o Guardiola, um dos maiores técnico de futebol do mundo em atividade, admirador do antigo futebol brasileiro chegou ao Barça montou seu time sem botinudos e cabeças de bagre e ganhou tudo, foi pro Bayer de Munique, a primeira coisa que fez foi mandar o botinudo Luis Gustavo embora, também vem ganhando tudo e a Alemanha assimilou sua filosofia e temos aí esta poderosa seleção que é um colírio de se ver jogar, enquanto a Seleção Brasileira acumula fracassos em cima de fracassos e vitórias pífias, sem convencer, a não ser os amantes dos “volantes de contenção”, dos Zuniga, dos Pepe, dos Felipe Mello, dos Song, dos Remires, dos Hernandes, dos Luis Gustavo da vida e de tantos outros botinudos!
Louve-se a civilidade com que se jogou o inesquecível, pra uns e pra outros, Brasil e Alemanha, tanto de um lado quanto do outro. Total de Faltas? 24 faltas nos 90 minutos, l3 do Brasil e 11 da Alemanha (só a título de comparação Brasil X Colômbia - 54 faltas, 31 do Brasil e 23 da Colômbia), sem falarmos no comportamento digno dos jogadores da Seleção Brasileira que não cometeu uma deslealdade contra os alemães ainda que estivessem tomando um chocolate e o digno comportamento dos craques alemães que, por sua vez, jamais tentaram tripudiar o adversário com reboladas e deboches e na comemoração foram discretíssimos.
Não há porque não torcer pela Alemanha na final, aliás, era uma das minhas favoritas, junto com a Espanha que, envelhecida, foi embora prematuramente, e a Argentina, conforme registrei anteriormente neste blog fuleiro!
O resto, deixo por conta de quem é especialista no assunto:
FALAÍ GERD WENZEL – ESPN

- Pois é Wenzel, na republiqueta eles regridem, copiam o que há de pior e botam na comissão técnica um truculento e obsoleto técnico com seu aspone e enchem o meio de campo de jogadores medíocres e botinudos o resultado BRASIL (ex-futebol-arte) 1 X ALEMANHA (futebol-arte) 7!

FALA AÍ MAURO CESAR – ESPN


SELEFOGO E A SELEÇÃO CONCESSIONÁRIA: CHEIA DE VOLANTES
Na semana passada me reuni com velhos amigos para trocarmos ideias sobre seleção brasileira e nossos áureos tempos. Também assistimos imagens maravilhosas do Canal 100 sobre o histórico Fogão dos anos 60. Foi de arrepiar!!! Meu Deus, reencontrei Sebastião Leônidas, um dos maiores quarto zagueiros que vi jogar. Injustiçado, ficou fora da Copa de 70. Não o via há pelo menos 20 anos!!!!
Na resenha estavam eu, Leônidas, Carlos Roberto, Roberto Miranda, Afonsinho, Nei Conceição e Jairzinho Furacão. Tem como não ser nostálgico? Tem como não sentir saudade da Selefogo? E na sexta-feira, o que vejo? A seleção-concessionária, cheia de volantes: Henrique, Hernandez, Ramires, Fernandinho, Paulinho e algum outro que devo ter esquecido o nome. Quem sabe sair jogando? Dependemos de jogadas ensaiadas porque improvisadas, esquece. Depois do jogo, Cláudio Adão me ligou. Lembram da matada no peito dele? Da elegância? Do estilo? E Nei Conceição, o Nei Chiclete? Ganhou o apelido do Rei Pelé, impressionado com o fato de a bola não desgrudar de seu pé. Querem que eu não seja nostálgico? E o Afonsinho, jogava direitinho? Para sentirem o nível, em determinada fase, Afonsinho e Nei foram reservas de Gerson e Carlos Roberto. Roberto Miranda, campeão de 70, desmoralizava beques. Estava ali, bem na minha frente e alguns dias depois tenho que aturar o Fred, estático.
Não vai receber bolas nunca. Por favor, cartas para a redação informando quem é o homem de ligação da seleção. Não gosto dessa história de comparações mas dá muita saudade. Reencontrar o Furacão Jairzinho faz voltar ao passado. Lembro das arrancadas objetivas e a torcida enlouquecida! Hoje os torcedores rezam para o juiz encerrar a partida e colocar um ponto final no drama nosso de cada dia, mas na nossa época ela queria ver jogo, queria ver show, quanto mais, melhor! Foi gratificante reencontrar esses monstros sagrados do futebol e revê-los naquelas imagens em câmera lenta. Sinceramente, tem como não ser nostálgico?
Ex-jogador Paulo César Caju


UMA ÚNICA SAÍDA: RESSUSCITAR
O futebol brasileiro pentacampeão do mundo, os donos dos cinco títulos — jogadores, técnicos, torcedores de todas as épocas — não mereciam isso. Não mereciam saber disso, muito menos ver isso, presenciar isso, assistir a isso. Não mereciam passar por essa vergonha, essa tragédia — e, vou dizendo logo, uma tragédia maior, muito maior, do que a vivida no Maracanã, na Copa de 1950, quando perdemos o título para o Uruguai, por 2 a 1.
Não tem comparação. Quem imaginava que um dia fôssemos nos redimir daquela derrota, na primeira Copa realizada no Brasil, se sente, agora, na segunda, mais desencantado do que nunca, com a derrota de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal. E quem achava que, lá atrás, tínhamos passado por uma vergonha simplesmente não sabe o que dizer. Ou talvez saiba: uma humilhação.
O futebol brasileiro — aquele dos cinco títulos mundiais — só tem uma única saída: ressuscitar. Não há forma de remissão, de recuperação, de reação. O futebol brasileiro tem que nascer de novo. Tem que renascer.
Para quem foi, para quem é pentacampeão do mundo, para quem tem um lugar definitivo na História, não deve ser impossível.
TÉCNICOS IGUAIS A CARTOLAS
Para tanto, é preciso haver a conscientização de que o futebol brasileiro precisa ser reformulado, a começar por essa CBF que não se dá ao trabalho de estudar, aprender, discutir, se informar, se atualizar com o futebol que corre o mundo. Uma conscientização da cartolagem. Não será com essas reeleições na CBF que isso se realizará.
Criticar só cartolas é muito fácil. É politicamente corretinho poupar, por exemplo, nossos técnicos, os ditos “professores”, que, com raríssimas exceções, estão tão desatualizados, tão desinformados, tão despreparados, tão desinteressados no nível de qualidade do futebol brasileiro quanto os cartolas.
Do que eles tratam aqui? Estão tantos e tantos anos atrasados que tratam de defender, armar retranca, segurar vitória de 1 a 0, dar chutões para frente, desencadear correrias, ensaiar faltas táticas, cometer essas faltas, dar pontapés, agarrões, puxões, coisas assim.
Vocês viram ontem, entre um gol e outro que marcava na seleção brasileira, como se estivesse jogando contra uma ingênua equipe colegial — vocês viram a seleção alemã recorrer a um desses “recursos” citados acima e que vemos todos os dias nos campos brasileiros?
E como anda nosso trabalho nas divisões de base? Estamos preparando atacantes e armadores como já tivemos — tantos! — nos anos do pentacampeonato? Ou estamos selecionando a garotada mais forte, mais parruda, para formar volantes, zagueiros e atacantes de força que corram mais do que os outros? Quem cuida, quem dirige, quem determina — depois do século passado — a filosofia, os conceitos, os princípios da formação de nossos jogadores?
São nossos técnicos de renome? São os “professores “ tão admirados, estudados e comentados pela crítica? São os técnicos que passaram pela seleção nos últimos anos, inclusive o atual? (jornalista Fernando Calazans – O Globo – 09.07.2014)


A VERGONHA DAS VERGONHAS NA COPA DAS COPAS
Nunca antes na história desse país, a seleção brasileira foi tão humilhada numa Copa. E tampouco houve uma semifinal de Mundiais em que um dos times tomou cinco gols em menos de meia hora. O que se viu ontem, no Mineirão, não foi um jogo de futebol, mas um autêntico massacre.
Aos 29 minutos do primeiro tempo a Alemanha vencia por 5 a 0, já era finalista e a dúvida que restava era se a desmoralização do Brasil seria ainda maior ou se os vencedores, com cavalheirismo, diminuiriam o ritmo , passando a se poupar para a grande decisão. Para a sorte da nossa seleção, foi mais ou menos isso o que aconteceu.
Houvesse a possibilidade da escolha, a torcida brasileira que lotou o estádio em Belo Horizonte preferiria que a segunda etapa nem sequer tivesse sido realizada. Não havia mais pelo que torcer e não fosse futebol, mas boxe, o correto seria Felipão jogar uma toalha branca no gramado, reconhecendo a derrota e encerrando o vexame.
Como isso não é possível no velho e violento esporte bretão, tivemos que voltar a campo para tomar mais dois gols e fazer um (quando já estava 7 a 0) o que, considerando o que se viu no gramado, ficou até barato.
O sonho do hexa em casa, infelizmente, acabou se transformando num terrível pesadelo. Quem diria que na Copa das Copas, o Brasil passaria a vergonha das vergonhas...
Dura verdade
Não há dúvidas que foi um desastre a opção ousada de Scolari, escalando Bernard no lugar de Neymar e tirando Paulinho para a entrada de Luiz Gustavo. Mas é tolice achar que com três marcadores no meio-campo a sorte do Brasil teria sido diferente.
Nem com Neymar jogando e num dia iluminado, poderíamos ter vencido, porque é descomunal a diferença técnica entre os dois times. O nosso é muito ruim, um dos mais fracos da história do Brasil nas Copas; o deles, ao contrário, uma das mais talentosas seleções alemãs de todos os tempos.
Numa comparação fria, é forçoso admitir que a vitória brasileira, em qualquer circunstância, teria sido uma zebra colossal.
Campanha enganosa
Fato é que o Brasil não conseguiu jogar bem em nenhuma partida dessa Copa. Chegou a semifinal muito mais pela fraqueza de seus adversários, pelo respeito que nossa camisa ainda impõe a rivais sul-americanos como o Chile e a Colômbia e também graças à sorte (basta lembrar aquela bola no travessão de Júlio César, no último minuto da prorrogação, nas oitavas de final).
A melhor exibição brasileira aconteceu no primeiro tempo contra os colombianos. Mas mesmo assim não chegou a empolgar e a segunda etapa foi ruim. Além disso, nos dois tempos, o nosso time usou e abusou de faltas — condenável característica dos times de Scolari.
Poupado
Graças à fratura numa das vértebras, Neymar escapou do circo de horrores em que se tornou para o Brasil a tão esperada semifinal em casa. Essa surra foi ainda pior do que a que ele, jogando pelo Santos, sofreu na final do Mundial Interclubes, contra o Barcelona. Aquela, pelo menos, parou em quatro... (jornalista Renato Mauricio Prado – O Globo – 09.07.2014)

E pra fechar a tampa do caixão, veja aí o tipo de escória que dirige atualmente o futebol brasileiro:
CAFU É EXPULSO DO VESTIÁRIO DA SELEÇÃO A PEDIDO DO PRESIDENTE DA CBF
Ex-lateral direito foi ao local para apoiar os jogadores depois da goleada para a Alemanha, mas foi colocado para fora
iG
Minas Gerais - Pentacampeão com a seleção brasileira, Cafu foi expulso do vestiário da seleção brasileira, em Belo Horizonte. O motivo? O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, não "queria nenhum estranho no local".
"Falaram que não queriam nenhuma pessoa estranha no vestiário. Acho que não sou uma pessoa estranha. Só quis dar um abraço nos meninos e dar uma força", explicou o próprio ex-jogador à Rádio ESPN.

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