segunda-feira, julho 07, 2014






TAÍ O QUE VOCÊS QUERIAM!
Vocês que não vêem pênaltis, que não vêem faltas, que a cada entrada violenta de botinudos dizem que futebol é “jogo de contato” que acham que jogadores como Robben, Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo e outros craques caçados em campo, acusando alguns de “cai-cai”, que acharam a pena rigorosa aplicada ao pitbull Suarez. Não adianta ficar sol culpando o canalha do árbitro espanhol e nem o marginal delinqüente colombiano Zúniga, não, vocês também são cúmplices desta violência nos jogos de futebol!
A propósito, o delinqüente disse que a jogada foi “normal”, aliás, não só para ele, muitos acham perfeitamente “normal” um botinudo marginal pular com o joelho na frente, pelas costas, bem no meio da coluna do adversário e, não satisfeito, ainda dá uma empurrada para que seu colega de profissão vá ao chão!
E tem mais, se o craque colombiano não tomar cuidado será outro que, caçado em campo, também será acusado de cai-cai.
Ah já ia me esquecendo, andei lendo que um comentarista de arbitragem de uma emissora de TV chapa-branca que fez muita lambança nos gramados e também nunca vê falta ou pênaltis durante os jogos violentos do Brasileirão que andou dando uma de general de republiqueta das bananas com patriotadas dizendo que a entrada foi criminosa.
Deixa de ser cínico e pusilânime! (JM- Sem Perdão)
PÉROLA DO DIA
Não fui para a jogada esperando que ele fraturasse a coluna, estava defendendo minha camisa, meu país. (marginal deliquente colombiano travestido de jogador de futebol Zuniga – O Globo – 06.07.2014)

PENSAMENTO DO DIA
Ainda dói na nossa alma a covarde joelhada de Zúñiga. Não creio na inocência do truculento colombiano. Não aceito suas desculpas. Neymar não merecia isso. Nós não merecíamos. A Copa não merecia. O futebol não merecia.
Privar a principal competição esportiva do planeta de uma de suas estrelas mais brilhantes — e logo o craque da seleção local — foi um crime hediondo. Digno de punição mais severa que os nove jogos e quatro meses impostos ao “vampiro” Luisito Suárez. Mas duvido que “dona Fifa” faça algo. (jornalista Renato Maurício Prado – O Globo – 06.07.2014)

OPINIÃO DO DIA
Indiferença da Fifa com arbitragem
A Copa do Mundo não sofre, nunca sofreu, com o estigma de ser uma competição violenta. Muito pelo contrário. Mesmo em épocas de disputa pesada em outros torneios na Europa, ou na América do Sul, ou nos dois continentes, o espírito de briga, de deslealdade, de pancadaria, nunca prevaleceu na maior competição do futebol.
Houve, claro, lances isolados, individuais, de desentendimento ou agressão, mas não foram casos que alteraram o clima de qualquer edição da Copa. Um craque da estatura de Zidane, por exemplo, já deu uma cabeçada (com jogo parado) no italiano Cannavaro, na final de 2006. É assim: um ou outro episódio de exceção que, por isso mesmo, fica até guardado na memória. Mas não é mesmo o tom da competição.
Longe disso, a Copa do Mundo guarda uma aura de qualidade, de importância internacional, de cerimônia e respeito que esfria em certa medida os ânimos mais exaltados.
Logo esta Copa realizada no Brasil está quebrando, infelizmente, um pouco dessa tradição. Não que tenha havido brigas e pancadarias, não houve mesmo, mas os jogos estão sendo disputados em ritmo mais duro, com muito mais faltas, agarrões, empurrões, puxadas de camisa — atitudes que, aliás, não são (ou não eram) muito vistas, ao menos na Europa.
E — pior de tudo — com a condescendência e a tolerância dos árbitros, que, na minha lembrança, nunca se mostraram tão burocráticos e indiferentes em relação àquilo que a própria Fifa chama de “fair play” ou “jogo limpo”. Por sinal — vejam bem como é essa senhora —, foi ela própria,Dona Fifa, que aconselhou os árbitros a se pouparem na aplicação de cartões.
Será por isso que o fraco juiz espanhol Carlos Velazco Carballlo não mostrou a menor reação diante da falta violenta, desleal (pelas costas), de Zúñiga, que tirou Neymar da Copa do Mundo?
Não foi, aliás, um jogo típico desta nem de outra Copa qualquer. Foram, ao todo, 54 faltas — nada menos do que 31 do Brasil, e 23 da Colômbia. O Brasil, portanto, com mais 12 faltas do que o adversário, voltando a jogar no estilo de Felipão e das entrevistas com grosserias de Felipão.
É curioso o comportamento do treinador, à beira do campo. Ele reclama de todas as faltas do rival e não reclama de nenhuma das 31 faltas do seu time. Curioso, não? No mesmo dia, jogaram Alemanha e França. Juntas, as duas seleções cometeram 34 faltas, mais três apenas do que o Brasil sozinho.
O juizinho espanhol tolerou não só a entrada por trás de Zúñiga ,que quebrou a vértebra do Neymar, mas também a quantidade de faltas de um lado e de outro. A Fifa vai continuar tolerando também, ou vai dar valor a algo que ela mesma tanto recomenda, que é o “fair play” ou o “jogo limpo”?
Afinal, Dona Fifa prega a veracidade ou a demagogia?
(jornalista Fernando Calazans – O Globo – 06.07.2014)
- Pois é, mas jornalistas esportivos mais novos que não conheceram o bom futebol disputado, sim com muita dureza, porém com mais lealdade, acham que tudo é “normal” do jogo, afinal, “futebol em jogo de contato”!

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