segunda-feira, janeiro 19, 2015






REFLEXÃO
“A sociedade vem assistindo, com grande apreensão, ao crescente afrouxamento pelo Estado do exercício do jus puniendi (direito de punir), e ao consequente crescimento da criminalidade. A concessão de benesses a autores de delitos de extrema gravidade tem transformado o cumprimento das penas impostas em verdadeira farsa, com a desmoralização da Justiça, contribuindo para despertar, nos infratores da lei, sentimento de impunidade, servindo de incentivo para que voltem eles, quando postos em liberdade, a praticar novos crimes. As leis penais, em vigor no país, são de um modo geral permissivas e nem sempre são aplicadas com o necessário rigor. A sociedade brasileira convive atualmente com quadro de violência, desencadeada por grupos criminosos e que atingiu níveis nunca antes imagináveis. Tem o direito de exigir, das autoridades constituídas, medidas enérgicas, antes que seja demasiado tarde para todos”. (juiz Alexandre Abrahão, titular do II Tribunal do Júri da Capital do Rio de Janeiro, em Sentença condenatória da escória traficante Daniel Mendonça da Silva que executou covardemente duas mulheres grávidas por freqüentar comunidade de facção rival a que pertence – 21.08.2014 - http://extra.globo.com/casos-de-policia/traficante-condenado-58-anos-de-prisao-por-matar-mae-filha-que-estavam-gravidas-13677422.html)

BRASILEIRO CONDENADO À MORTE POR TRÁFICO É FUZILADO NA INDONÉSIA
O carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi executado por fuzilamento às 15h30 deste sábado (17), horário de Brasília, na Indonésia.
A confirmação foi dada por Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país asiático. A execução ocorreu à 0h30 de domingo (18) pelo horário da Indonésia, dentro do complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km da capital Jacarta.
Um médico atestou a morte, que foi confirmada oficialmente à 0h45 no horário local (às 15h45 em Brasília),
Marco foi o primeiro cidadão brasileiro na história executado por pena de morte. Ele havia sido preso em 2003 e condenado em 2004 por tráfico de drogas. Além dele, outras cinco pessoas foram executadas. Na véspera da morte, o brasileiro recebeu a visita da tia, Maria de Lourdes Archer Pinto, 61, e de dois funcionários da embaixada brasileira em Jacarta. A tia havia levado doce de leite e mel para o sobrinho.
Ela chorava muito desde o início da manhã, diante do fuzilamento iminente. "O Marco não merece isso." Marco também chorou na despedida da tia e a "beijou muito", disse Maria de Lourdes.
Doze policiais de um destacamento especial se postaram diante de Marco e, ao sinal do líder do pelotão, dispararam. Nem todas as armas estavam carregadas –os atiradores não sabiam quais das armas estavam carregadas ou não, de modo que ninguém saiba que deu o tiro fatal.
O corpo de Marco será cremado na Indonésia e levado para o Brasil. Os custos correrão por conta da tia do brasileiro; o Itamaraty não pode pagar por funeral de cidadãos no exterior.

- Minhas considerações que, com certeza, não agradarão a esmagadora maioria na republiqueta politicamente correta, “humanitária”, sensível, “primor” no respeito aos direitos humanos, cheio de iluminados, “progressistas” e de gente inteligentinha (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2013/05/1277563-o-bandido-e-o-frentista.shtml)!
- Duas observações preliminares; entendo a consternação dos familiares e dos amigos do traficante executado e somente a deles; aos açodados de plantão, reitero que sou contra a pena capital: primeiro que, em caso de condenação injusta, que não é o caso, a reparação é irreversível; segundo que, em matéria de aplicação de penas para crimes gravíssimos, tais como: pedofilia, estupro, homofobia, seqüestro, tortura, tráfico de qualquer natureza, homicídios (exceto em legítima defesa) defendo e sempre defendi a prisão perpétua, sem direito a condicional, para que o condenado acorde e vá dormir todos os dias lembrando-se da gravidade do crime que cometeu e que jamais terá alguma chance de liberdade, até apodrecer na cadeia!
- Quanto ao caso específico, é de se questionar, por acaso, trata-se de um bestalhão de 18 ou 19 anos que, na falta de ocupação, resolveu surfar lá pelos lados da Indonésia e levou consigo uns papelotes de cocaína pra “curtir um barato”, desconhecendo as leis vigentes naquele país? Não, trata-se de um homem feito, de aproximadamente 43 anos (foi executado com 53, estava preso há dez anos) que traficava 13 quilos de cocaína, repetindo, 13 quilos de cocaína pra traficante nenhum botar defeito e que, nas ruas podem ser transformadas em 26, 30 quilos ou até mais, dependendo do gosto dos donos das bocas, e, traficava para um país mulçumano rígido, com leis pesadas até para bebidas alcoólicas, quanto mais drogas ilícitas, portanto, sabia perfeitamente as conseqüências em caso de ser apanhado, o que veio a acontecer, diga-se de passagem, preso em flagrante!
- É de estarrecer o empenho das nossas nobres autoridades, inclusive, um então presidente da Suprema Corte do mais, no caso, o nobre ex-ministro de tudo Nelson Jobim enviando carta à Corte da Indonésia (http://oglobo.globo.com/brasil/brasil-tentou-extradicao-de-brasileiro-condenado-morte-na-indonesia-ainda-aguarda-resposta-15070790), um ex-presidente da República (???) e a atual nobre presidente para pedir clemência para um traficante que, não bastasse a gravidade do seu crime, contribuiu, ainda mais, com a péssima imagem, pra não dizer retrato falado, que o brasileiro tem no exterior que provoca até apalpamentos de embaixadores nos aeroportos internacionais, mesmo com seus reluzentes passaportes vermelhos!
- Aliás, republiqueta esquizofrênica esta, que se comove com a execução de um traficante, cumprido o todo o rito processual, enquanto que, só em 2013, 56 mil cidadãos brasileiros foram executados sumariamente, sem julgamento e sem o tal “devido processo legal” (http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2014/12/mais-de-56-mil-brasileiros-foram-assassinados-somente-em-2013.html) e, no entanto as leis frouxas, as progressões de pena, as saidinhas temporárias e indultos continuam!
- A propósito:
- Só mesmos na republiqueta que se compunge com a execução de um traficante internacional!
- A pachorra foi tão grande, mas tão grande que não tiveram o menor constrangimento em pedir a extradição do traficante para o paraíso da impunidade, acredite, sob a alegação de que o crime começou no Brasil, achando que lá também vigora o tal do Jeitinho Brasileiro e a Lei de Gerson e, como são caras de pau, também vou apelar para a bizarrice: seria como se a mulher de um indonésio que vivesse no Brasil pulasse a cerca, ele, que levou peruca de touro e como está há muito tempo na republiqueta lembrando-se do jogo do bicho resolvesse aplicar 21 (touro no bicho é 21) chibatadas na mulher, de acordo com seus costumes, fosse denunciado por maus tratos, violência contra a mulher e enquadrado na Lei Maria da Penha, uma vez preso, o governo de lá pedisse a extradição alegando que a chibata tinha sido fabricada na Indonésia!
- Merecem clemência e não tiveram na republiqueta, paraíso da impunidade; as crianças vitimas de abuso sexual e, algumas, posteriormente executadas sumariamente; as mulheres que são estupradas e assassinadas diariamente por maridos, companheiros, amantes e ex- ou qualquer outro psicopata maníaco; os homossexuais assassinados por sua orientação sexual; as vitimas de latrocínio, assassinadas diariamente, muitas vezes porque o vagabundo latrocida “desconfia” que a vítima vai reagir; os policiais que tombam nas ruas como troféus da bandidagem, mortos como se fosse baratas; as vítimas de trânsito, assassinadas por bêbados irresponsáveis que pegam no volante e saem matando por aí, porque na maioria das vezes o inacreditável Poder Judiciário vai entender que o homicídio é culposo, sem intenção de matar e converter a pena em cestas básicas ou palestrinhas idiotas; finalmente, mereciam clemência e não tiveram: o juiz  do Espírito Santo Alexandre Martins de Castro Filho executado pelo crime organizado (http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/03/eventos-marcam-os-10-anos-da-morte-do-juiz-alexandre-martins-no-es.html); a juíza Patrícia Acioli executada pela banda podre da PMRJ e o juiz-corregedor do presídio de Presidente Venceslau Antônio José Machado Dias executado pelo PCC, todos tombaram sem o tal do “devido processo legal”!
- E agora, vamos a PÉROLA:
É absurda por não permitir nenhuma possibilidade de arrependimento e reintegração. A presidente deixou claro no telefonema que o Brasil não tem pena de morte e que isso era incompreensível aos brasileiros. Ela fez apelo como mãe e deu a entender na conversa que as relações entre os dois países não ficará igual depois desse episódio. (nobre ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti - http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-diz-que-execucao-de-brasileiro-afeta-gravemente-as-relacoes-entre-brasil-indonesia-15084043)
- Pena que a devotada e humanitária mãe não tenha, também ficado comovida e, muito menos ofereceu conforto em nota oficial a mãe do jovem promissor de 23 anos, Alex Shomaker Bastos, executado a sangue frio num ponto de ônibus em Botafogo/Rio, recentemente e, após levar três tiros, tombando ao chão, o comparsa disse para o outro “termina o serviço”, dias antes da execução da pena do traficante.
- Fala aí, mãe:
Meu filho não vai mais ser biólogo, não estudará na Finlândia. Eu vou fazer o quê com o diploma dele?
Não me escrevam pedindo que eu tenha perdão no coração. Eu não tenho. Meu filho morreu à toa. Era um menino amoroso, estudioso. Eu e o pai dele sempre trabalhamos muito para que tivesse uma boa educação, algo que falta nesse país. Nossa missão é honrar o nome dele. E sempre que eu estiver com saudade, o que acontecerá 24 horas por dia, virei a esse ponto de ônibus. Seja a hora que for. Precisamos ter o direito de ficar num ponto sem ser assaltado. Deus largou meu menino aqui.  (senhora Mausy Schomake, mãe do jovem de 23 anos Alex Shomaker Bastos, vítima de latrocínio covarde, executado com seis tiros em Botafogo/Rio de Janeiro, em que uma das escórias disse para o outro “TERMINA O SERVIÇO”)
- Nem emitiu nota oficial e falou como mãe para esta nem pra tantas outras mães que tiveram seus filhos abatidos a bala por bandidos que o governo “progressista e humanitário” se comove e protege!
- A propósito, dona Ideli, este aí não teve clemência, foi executado sem o devido processo legal por um dos protegidos do governo e do inacreditável Poder Judiciário que estava no semiaberto:
- Já sei, a culpada foi a vítima!
- Agora, a bela nota nota oficial:
A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às 15:31 horário de Brasília na Indonésia. Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país.
A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo.
O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países.
Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada.
O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social
Presidência da República
- Só faltou a decretação de luto oficial e o hasteamento da bandeira a meio pau!

E ainda tivemos que aturar um tal de representante da Anistia Internacional, com cara de congregado mariano, dizendo que a pena é desproporcional já que o crime é, acredite, de “menor potencial”, pois não é praticado com violência e não foi usada nenhuma arma, como se a porcaria que ele traficou não matasse viciados e não matasse lentamente a família que fica destroçada quando alguns dos seus envereda pelo vício da cocaína.
Conheço gente que dilapidou o patrimônio tentando curar o filho, pagando advogados e... policiais, sem sucesso!
Ele que vá ao tio Google e digite “viciado mata” ou “drogado mata” e veja o estrago que estas porcarias são capazes de provocar!

Para encerrar, valem os registros:
Segundo declarações da tia do executado que o visitou na prisão, no país cruel e desalmado o apenado estava custodiado em acomodações decentes e era tratado com respeito e dignidade e na republiqueta modelo de respeito aos “direitos humanos” em que condições os condenados são instalados?!
De acordo com várias reportagens as leis do país cruel e desalmado tem o apoio da esmagadora maioria da população e na republiqueta com “as leis mais avançadas do mundo” e um inacreditável Poder Judiciário podemos dizer o mesmo?!

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