OPINIÃO DO DIA
Meu filho não vai mais ser biólogo, não estudará na
Finlândia. Eu vou fazer o quê com o diploma dele?
Não me escrevam pedindo que eu tenha perdão no coração. Eu não tenho. Meu filho morreu à toa.
Era um menino amoroso, estudioso. Eu e o pai dele sempre trabalhamos muito para
que tivesse uma boa educação, algo que falta nesse país. Nossa missão é honrar
o nome dele. E sempre que eu estiver com saudade, o que acontecerá 24 horas por
dia, virei a esse ponto de ônibus. Seja a hora que for. Precisamos ter o
direito de ficar num ponto sem ser assaltado. Deus largou meu menino aqui. (senhora Mausy Schomake, mãe do jovem de 23
anos Alex Shomaker Bastos, vítima de latrocínio covarde, executado com seis
tiros em Botafogo/Rio de Janeiro, em que uma das escórias disse para o outro
“TERMINA O SERVIÇO”)
PENSAMENTO DO DIA
Não
acredito que as autoridades vão fazer algo, mas estamos aqui seguindo o script
de quem perdeu uma pessoa muito querida para a violência no Rio. Meu irmão
jamais brigou na vida e não venham me dizer que reagiu e mereceu. Isso não
existe. Agora, eu e meus irmãos temos de cuidar dos nossos pais, tentar
fazê-los aceitar o inexplicável.
(Irmã de Alex, Olívia
Bastos)
- Como se reagindo ou não, os vermes não executariam o jovem,
tanto foi assim que, após levar os três tiros e já caído ao chão uma das escórias
disse para a outra “termina o serviço”, portanto, nasceram, sim, pra matar, não
importa se nós, as caças, reajamos ou não!
- A propósito, ontem, no jornal da Band um destes tais “especialistas”
de plantão disse que, mais uma vez, não devemos reagir e qualquer movimento é interpretado
como reação e os monstros atiram. Seria bom que a “humanitária” Secretaria
Nacional de Segurança Pública ministrasse um curso de estátua para os cidadãos
de bem pra não provocar nervosismo nos vermes, possibilitando que, pelo menos, possamos sobreviver!
NOSSA VIOLÊNCIA
Eu sou Alex, quando, com terror, vejo nossos filhos saindo e
não sabendo se voltarão para casa. Seja na favela, seja no asfalto. Eu sou
Alex, quando, com terror, vejo que crianças não nascem com livros nas mãos, mas
armas e drogas, numa inutilização da vida. Eu sou Alex,
quando, com terror, vejo mais uma família ser despedaça da e
um jovem promissor ir-se embora pela banalização do mal. Eu sou Alex, e me
solidarizo com sua família e amigos, e com todas as famílias e amigos de tantos
conterrâneos que foram mortos por urna guerra da
qual não queremos fazer parte, que só nos deixa mais pobres
corno ser humanos. Estamos desamparados. (MARIA CRISTINA DUARTE OE FARIA – RIO
– Cartas dos Leitores – O Globo – 12.01.2014)
Quando uma execução covarde nos surpreende, o noticiário
levanta a hipótese de reação da vítima. Que atitude alguém numericamente inferiorizado
e impactado pela surpresa pode ter capaz de ser classificada corno reação?
Reação é uma polícia equipada e treinada invadir o covil desses bandidos, não uma
vítima indefesa. Essa teoria justifica o bandido e municia a sua defesa. Bandidos são
cruéis, covardes e sanguinários. É assim que devem ser vistos. A
"assinatura" da reação parece receio de classificá-Ios dessa forma e
precisa ser apagada com urgência. Ternos que reagir a isso. (JOÂO CARLOS VIEGAS
FERNANDES - NITERÓI, RJ – Cartas dos Leitores – O Globo – 12.01.2014)
Sobre o assassinato do estudante Alex Schomaker Bastos, para
o caso de os marginais serem presos: pelo menos um deles é "dímenor" (in)devidamente protegido
pelo ECA, é fugitivo de penitenciária, aguarda
julgamento em liberdade ou talvez tenha sido beneficiado por indulto de
Natal. Mas ambos, certamente, "são vítimas do sistema':
Enquanto a lei não mudar, com penas mais severas, o quadro vai permanecer o
mesmo.
(LUCIO FERREIRA ALVES – RIO – Cartas dos Leitores – O Globo
– 12.01.2014)
- E, enquanto os familiares do jovem cremavam seu corpo para,
posteriormente, cumprirem a sentença de prisão perpétua da dor pela perda de
seu ente querido decretado por uma republiqueta sem lei, sem ordem, sei
autoridade, mas cheio de “iluminados humanitários”...
Os sobreviventes também padeciam, seja
No Corcorvado, quem
abre os braços sou eu...
Nas praias e no
Teatro Municipal, também!
E nas favelas, também!
- Resumo da ópera bufa, você,
cidadão de bem, não pode ir à praia, ir ao teatro , nem ficar em casa porque a
republiqueta está entregue à bandidagem, com suas regalias e prerrogativas
garantidas pelo bizarro ordenamento jurídico e o inacreditável Poder Judiciário
do país da Constituição “Cidadã”!
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