VERGONHA ALHEIA NADA, VERGONHA NOSSA
- 2 bilhões jogados nos esgotos e ninguém na cadeia!
- É mole?!
- A propósito:
CASA ROSA, DE LARANJEIRAS, É MAIS NOVO BEM IMATERIAL DO ESTADO
RIO — Presente no imaginário de cariocas há várias gerações, a Casa Rosa, na Rua Alice, em Laranjeiras — que abrigou um famoso bordel de luxo —, tem um passado que não a condena. Pelo contrário. Foram justamente as histórias da época em que o imóvel era um prostíbulo, frequentado por políticos e artistas, que serviram como justificativa para o endereço ser tombado como o mais novo patrimônio cultural imaterial do estado, conforme ato do governador Luiz Fernando Pezão publicado na segunda-feira no Diário Oficial.
...
- Muito justo, afinal, é a mais completa tradução do puteiro chamado Brasil!
PORTA DOS FUNDOS
AMENIDADES
Uma pesquisadora do IBGE bate à porta de um sitiozinho perdido no interior.
— Essa terra dá mandioca?
— Não, senhora — responde o capiau.
— Dá batata?
— Também não, senhora!
— Dá feijão?
— Nunca deu!
— Arroz?
— De jeito nenhum!
— Milho?
— Nem brincando!
— Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada?
— Ah! Se plantar é diferente..
JATOS QUE MANCHAM
Como inquérito "sob segredo de Justiça", a Operação Lava Jato lembra melhor uma agência de propaganda. Ou, em tempos da pedante expressão "crise hídrica", traz a memória saudosa de uma adutora sem seca.
Em princípio, os vazamentos seriam uma transgressão favorável à opinião pública ansiosa por um sistema policial/judicial sem as impunidades tradicionais. Mas, com o jorro contínuo dos tais vazamentos, nos desvãos do sensacionalismo não cessam os indícios que fazem a "nova Justiça" –a dos juízes e procuradores/promotores da nova geração– um perigo equivalente à velha Justiça acusada de discriminação social e inoperância judicial.
É preciso estar muito entregue ao sentimento de vingança para não perceber um certo sadismo na Lava Jato. O exemplo mais perceptível e menos importante: as prisões nas sextas-feiras, para um fim de semana apenas de expectativa penosa do preso ainda sem culpa comprovada. Depois, a distribuição de insinuações e informações a partir de mera menção por um dos inescrupulosos delatores, do tipo "Fulano recebeu dinheiro da Odebrecht". Era dinheiro lícito ou provou-se ser ilícito? É certo que o recebedor sabia da origem, no caso de ilícita?
A hipocrisia domina. São milhares os políticos que receberam doações de empreiteiras e bancos desde que, por conveniência dos candidatos e artimanha dos doadores, esse dinheiro pôde se mover, nas eleições, sob o nome de empresas. Nos últimos 60 anos, todos os presidentes tiveram relações próximas com empreiteiros. Alguns destes foram comensais da residência presidencial em diferentes mandatos. Os mesmos e outros viajaram para participar, convidados, de homenagens arranjadas no exterior para presidente brasileiro. Banqueiros e empreiteiros doaram para os institutos de ex-presidentes. Houve mesmo jantares de arrecadação no Alvorada e pagos pelos cofres públicos. Ninguém na Lava Jato sabe disso?
Mas a imprensa é que faz o sensacionalismo. É. Com o vazamento deformado e o incentivo deformante vindos da Lava Jato.
A partir de Juscelino, e incluídos todos os generais-presidentes, só de Itamar Franco e Jânio Quadros nunca se soube que tivessem relações próximas com empreiteiros e banqueiros. A íntima amizade de José Sarney foi mal e muito comentada, sem que ficasse evidenciada, porém, mais do que a relação pessoal. Benefícios recebidos, sob a forma de trabalhos feitos pela Andrade Gutierrez, foram para outros.
Ocorre mesmo, com os vazamentos deformantes, o deslocamento da suspeita. Não importa, no caso, o sentido com que o presidente da Odebrecht usou a palavra "destruir", referindo-se a um e-mail, em anotação lida e divulgada pela Lava Jato. O episódio foi descrito como um bilhete que Marcelo Odebrecht escreveu com instruções para o seu advogado, e cuja entrega "pediu a um policial" que, no entanto, ao ver a palavra "destruir", levou o bilhete ao grupo da Lava Jato.
Muito inteligível. Até que alguém, talvez meio distraído, ao contar o episódio acrescentasse que Marcelo, quando entregou o bilhete e fez o pedido ao policial, já estava fora da cela e a caminho de encontrar seu defensor.
Então por que pediria ao policial que entregasse o bilhete a quem ele mesmo ia encontrar logo?
As partes da historinha não convivem bem. Não só entre si. Também com a vedação à interferência na comunicação entre um acusado e seu defensor, considerada cerceamento do pleno direito de defesa assegurado pela Constituição.
Já objeto de providências da OAB, a apreensão de material dos advogados de uma empreiteira, em suas salas na empresa, foi uma transgressão à inviolabilidade legal da advocacia. Com esta explicação da Lava Jato: só os documentos referentes ao tema da Lava Jato seriam recolhidos, mas, dada a dificuldade de selecioná-los na própria empresa, entre 25 mil documentos, foram apreendidos todos para coleta dos desejados e posterior devolução dos demais.
Pior que uma, duas violações: a apreensão de documentos invioláveis, porque seus detentores não são suspeitos de ilicitude, e o exame violador de todos para identificar os desejados. Até documentos secretos de natureza militar, referentes a trabalhos e negócios da Odebrecht na área, podem estar vulneráveis.
Exemplos assim se sucedem. Em descompasso com uma banalidade: condenar alguém em nome da legalidade e da ética pede, no mínimo, permanentes legalidade e ética. Na "nova Justiça" como reclamado da "velha Justiça".
jornalista Jânio de Freitas
- Ainda causa-me espécie a compaixão de muitos notáveis com prisões dos poderosos que, para eles, não raro, viram “vingança” e “sadismo”, aliás, muito próprio num país onde 56 mil vidas são tiradas por ano sem causar tanta comoção e onde a Suprema Corte de Justiça entende como “cruel e desumano” o cumprimento da pena integral para crimes hediondos (HC 82959/SP em favor de um... PEDÓFILO, isto mesmo, PEDÓFILO ao examinar a “constitucionalidade” do parágrafo 1°. do Art. 2°. Da Lei 8072/90)!
- A falta de hábito de prisão da turma do andar de cima é tanta que andam questionando até o dia da semana que se deve efetuar as prisões, só falta agora um PEC ou uma Súmula Vinculante do respeitabilíssimo STF dizendo que é proibido efetuar prisões às sextas-feiras, aos moldes da que fizeram sobre o “constrangedor” uso de algemas, quer dizer, como diria aquela personagem humorística obesa do Zorra Total, no país dos bacharéis chicana jurídica dos nobres causídicos regiamente remunerados, constitucionalissimamente pode, estratégia dos órgãos de investigação do Estado em nome da sociedade não pode e andam se preocupando até com a “sala sagrada” do departamento jurídico dentro das dependências das empresas investigadas!
- Por outro lado se ex-presidentes andaram chafurdando na mesma lama de concreto das empreiteiras não invalida o valoroso trabalho que vêm fazendo a PF, o PM e o juiz Sergio Moro, deixando no ar uma perguntinha básica:
No paraíso dos HCs, com centenas deles negados pelas instâncias superiores que, diga-se de passagem, têm um furor libertário, será que o monstro vingador sádico juiz Sergio Moro tem praticado tantas arbitrariedades e desrespeitos aos “direitos humanos”, à “presunção de inocência”, ao “devido processo legal”, ao “amplo, geral, nacional, internacional, interplanetário e intergaláctico direito de defesa e ao contraditório, assim?!
- Quanto ao vernáculo que este apedeuta jurídico não tem tanta familiaridade deixo a apreciação do acadêmico jornalista Zuenir Ventura.
O VERBO QUE DECIDE
No ‘Novo Aurélio’ e no ‘Houaiss, de sinônimos e antônimos’, os mais de 20 sentidos atribuídos ao termo destruir têm todos conotação destrutiva ou negativa
Uma das provas da Operação Lava- Jato contra Marcelo Odebrecht, preso desde o dia 19, criou uma polêmica de natureza semântica esta semana. É que um bilhete manuscrito pelo diretor-presidente da construtora, com orientação a seus advogados para um pedido de habeas corpus, foi apreendido pela Polícia Federal na segunda-feira, contendo, além de referência à colocação de sobrepreço de US$ 25 mil por dia em contratos, a seguinte recomendação: “destruir e-mail sondas”. O empresário, que estava fora da cela para se encontrar com os profissionais que o defendem, afirmou que seria para entregar a eles. A mensagem foi apreendida, fotocopiada por agentes da Polícia Federal e encaminhada ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela condução das ações penais da operação.
A ele, Dora Cavalcanti, advogada de Marcelo Odebrecht, endereçou uma petição alegando que o bilhete versava sobre vários pontos do longo decreto de prisão e refletia o anseio de seu cliente em exercer sua autodefesa e contribuir com o trabalho da Justiça. Quanto à palavra “destruir”, fora usada no sentido de “desconstituir”, “rebater” e “infirmar”, não como ordem para destruição de provas. A interpretação da PF, segundo ela, foi equivocada e as considerações do delegado Eduardo Mauat da Silva, integrante da força-tarefa da Lava-Jato, “fazem antever a lastimável determinação de criar celeuma onde não existe”.
O problema é que nenhuma das três acepções usadas pela advogada para o verbo “destruir” consta do verbete nos principais dicionários da língua portuguesa: O “Novo Aurélio” e o “Houaiss, de sinônimos e antônimos”. Em ambos, os mais de 20 sentidos atribuídos ao termo têm todos conotação destrutiva ou negativa, tais como demolir, arruinar, aniquilar, fazer desaparecer, dar cabo de, extinguir, arrasar, devastar, destroçar, matar, exterminar, desarranjar, desorganizar, desfazer, reduzir a nada, acabar, solapar, prejudicar, eliminar, suprimir, derrubar, desmantelar, desmoronar, desbaratar, derrotar, desfazer, desolar, estragar.
Como o bilhete está sendo considerado importante prova para incriminar Marcelo Odebrecht pela Lava-Jato (que, aliás, o certo gramaticalmente seria “Lava a jato", a maneira de lavar), é possível que o real sentido de um verbo venha a influenciar a decisão jurídica, em mais uma das muitas surpresas dessa operação. É saber se “destruir e-mail sondas” significa “rebater”, “infirmar”, “desconstituir” ou simplesmente destruir e-mail sondas. (Zuenir Ventura – O Globo – 28.06.2015)
- Simples assim, portanto, quem demoli, arruína, aniquila, faz desaparecer, dá cabo de, extingue, arrasa, devasta, destroça, mata, extermina. desarranja, desorganiza, desfaz, reduzir a nada, acaba, solapa, prejudica, elimina, suprime, derruba, desmantela, desmorona, desbarata, derrota, desfaz, desola, estraga provas obstrui os trabalhos da Justiça e merece, sim, ficar trancado!
SUSPEITO DE ATAQUE NA TUNÍSIA APARECE RINDO EM FOTO DO EI NAS REDES SOCIAIS
Imagem publicada em conta dos extremistas no Twitter mostra jovem de 23 anos ao lado de dois Kalashnikovs
TÚNIS — Uma conta do grupo extremista Estado Islâmico nas redes sociais publicou neste sábado uma foto do suposto atirador que matou 39 pessoas na sexta-feira, perto de dois hotéis na Tunísia na praia de Sousse. A imagem mostra Saifeddine Rezgui, um estudante de engenharia de 23 anos, sorrindo e ao lado de dois Kalashnikovs.
“ Que Alá aceite o seu jihad”, está escrito ao lado da imagem. Os radicais islâmicos se referem a ele como Abu Yahya AlQuirawani, seu nome de guerra.
Rezgui se disfarçou de turista e escondeu a arma em um guarda-chuva, antes de abrir fogo contra os hóspedes do hotel. Segundo as autoridades, ele não tinha antecedentes criminais nem era investigado.
Algumas horas depois do ataque, o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade.
SUSPEITO DE ATAQUE NA FRANÇA ENVIOU ‘SELFIE’ COM CABEÇA DE SUA VÍTIMA
PARIS — O suspeito de ter decapitado um empresário e tentado explodir uma usina de gás industrial na região de Lyon enviou um “selfie” junto à cabeça de sua vítima, indicaram neste sábado fontes próximas ao caso. Um dia depois do ataque e em meio às críticas sobre a decisão de parar de monitorar o responsável pelo atentado, o governo francês prometeu intensificar a vigilância de suspeitos de terrorismo.
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- Pergunta que não quer calar aos “legalistas” e “humanistas” de plantão, que tipo de “julgamentos” estes vermes merecem, senão aos moldes do “julgamento” de Nuremberg?!
"BILHETE DO PRESIDENTE DA ODEBRECHT TEM CRASE MAL COLOCADA", AFIRMA CAETANO VELOSO
CURITIBA - Estarrecido com os erros gramaticais contidos no bilhete manuscrito por Marcelo Odebrecht, Caetano Veloso exigiu que a prisão do empreiteiro fosse estendida. "A contração da preposição 'a' com o artigo definido 'a' tem que ser respeitada nesse país!", bradou, sacudindo Paula Lavigne pelos ombros. "Não bastasse a confusão que fazem declinando no plural o verbo haver no sentido de existir ", desabafou, fora de si.
Depois de afirmar que o tritongo "é a dor e a delícia da minha pátria, minha língua", Caetano defendeu a obrigatoriedade da mesóclise nos discursos presidenciais: "Mandioca, cultuar-te-ei", exemplificou. Mais tranquilo, o compositor teve a coragem de formular a pergunta que paira no cerne da Operação Lava Jato desde que os presidentes das empreiteiras foram levados para a carceragem da Polícia Ferderal: "O Brasil quer saber: 'fui levado a Curitiba' ou 'fui levado à Curitiba?'", arguiu, deixando a resposta no ar.
No final da tarde, Lobão foi para cima da cruzada sintática de Caetano. "Estão querendo policiar a crase. O desbunde tropicalista foi trocado pela paumolescência subpasqualista", protestou, indignado.
- Nesta republiqueta constitucionalíssima só mesmo no deboche!
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