segunda-feira, julho 20, 2015























PÉROLAS
O delator foi obrigado a mentir e acho muito estranho ser na véspera do meu pronunciamento e na semana em que a parte do Poder Executivo envolvida no cumprimento dos mandatos judiciais tenha agido com aquela fanfarronice toda. Há um objetivo claro de constranger o Legislativo e que pode ter o Executivo por trás em uma articulação do procurador-geral da República. (nobre presidente da Câmara Eduardo Cunha – fonte: http://oglobo.globo.com/brasil/cunha-acusa-janot-de-obrigar-delator-mentir-para-constranger-legislativo-16797146)
- Alô turminha dos “Direitos Humanos” urge denúncia contra o procurador-Geral que deve ter colocado o delator no pau-de-arara pra obrigá-lo a mentir!
- Aliás, alguém tem avisar ao probo e nobre legislador presidente daquela “Casa do Povo” que a presidente da República manda muito é no Executivo e que está pra nascer alguém que vá fazer tráfico de influência ou intimidar o juiz Sergio Moro!

Queria, mais uma vez, alertar que nossa democracia não pode pagar para ver, ela não pode correr risco. Não podemos permitir que um Poder queira se afirmar em cima de outro Poder, porque assim nós estaremos ferindo de morte a própria democracia. Não se trata, apenas, de sabermos se pode ou não, sem apresentação de mandado, invadir um espaço físico do Senado ou um apartamento funcional. É mais do que isso! Vivemos um momento grave, preocupante. (nobre presidente do Senado e do Congresso Nacional senador Renan Calheiros - http://oglobo.globo.com/brasil/ao-atacar-lava-jato-renan-diz-que-momento-grave-que-democracia-nao-pode-correr-risco-16792363)
- Responda rápido, o que ameaça mais a democracia investigações das autoridades constituídas ou corruptos no comando dos Poderes da República?!

PARA QUEM PRECISA
Se o Brasil vive um Estado-policial, não é culpa da polícia, mas dos que precisam dela, isto é, os que se colocam fora da lei, inclusive os de colarinho branco
Foi uma semana tensa, com a política dando muito trabalho à polícia em Brasília. Já na madrugada de segunda-feira, registrou-se uma grande corrida aos telefones. Segundo Ilimar Franco, senadores de vários partidos foram despertados por seus chefes de gabinete avisando que se encontrava em curso uma operação da PF de busca e apreensão em residências de parlamentares.
“Foi um barata voa”, informou o colunista. Em seguida, com autorização do Supremo Tribunal Federal, policiais vasculharam as residências de três senadores, entre eles Fernando Collor, acusado de ter recebido recursos ilícitos do doleiro Alberto Youssef. O que se passou nesse dia trouxe indesejáveis lembranças, parecendo versões atualizadas de episódios de mais de duas décadas atrás. E não só pelo protagonista como pelo cenário, a famosa Casa da Dinda, de triste memória. Ali, há 23 anos, entrou um incriminador Fiat Elba e dali saíram esta semana três surpreendentes carrões de luxo importados, calculados em quase R$ 6 milhões.
Indignado, dizendo-se humilhado, ele ocupou a tribuna do Senado, o mesmo recinto em que um dia foi julgado e condenado por 76 votos a 3. Desta vez, recebeu a solidariedade do presidente Renan Calheiros, também sob investigação e que em nota lida no plenário e aprovada pela Mesa Diretora classificou o ato de “invasão” e os métodos, de “violência contra as garantias constitucionais”. Por isso, ele recebeu a solidariedade do ex-presidente Lula, que por sua vez acaba de saber que o Ministério Público decidiu avançar nas investigações para descobrir se ele fez tráfico de influência internacional em benefício da Odebrecht.
A semana não terminou aí. Outra bomba iria estourar, a que levou ao noticiário de polícia o temido presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O delator da Lava-Jato Júlio Camargo disse ter-lhe pago propina de nada menos que US$ 5 milhões. Ele desmentiu com veemência a acusação e se declarou perseguido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que teria “obrigado Camargo a mentir”.
Para desqualificar as operações de investigação da polícia e do Ministério Público, Collor e Ciro Nogueira, outro alvo das buscas, protestaram, considerando-se também perseguidos e alegando que o Brasil está vivendo um “Estado policial”. Parece mesmo, o que deixa Brasília apreensiva. Só que, se isso está acontecendo, a culpa não é da polícia, mas dos que precisam dela, isto é, os que se colocam fora da lei, inclusive os de colarinho branco. Como na música dos Titãs, “polícia pra quem precisa de polícia”.
(jornalista Zuenir Ventura – O Globo – 18.07.2015)

FERNANDO BAIANO SOFRE AMEAÇAS PARA NÃO FAZER ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA
A PGR (Procuradoria-Geral da República) trabalha com a informação de que Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador de propinas para setores do PMDB no escândalo da Petrobras, sofreu ameaças para não fazer acordo de delação premiada. Ele teria recebido recados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para se manter calado.
AO CONTRÁRIO
O advogado Nélio Machado, que representa Fernando Baiano, diz que a informação não tem "absolutamente a menor procedência". E que ele próprio tem orientado o cliente a "se manter vertical" e não aderir a acordo de colaboração. "A pressão que ele recebe é na cadeia [para fazer delação]", diz Machado.
...
- Então tá, besta será ele se for na onda do seu nobre causídico e proteger os grandes beneficiários da roubalheira, basta olhar pra pena do carequinha Marcos Valério e dos políticos corruptos que, ou já estão livre, leve e solto ou cumprindo “prisão domiciliar” (hahahahah...) em suas confortáveis maansões!

PARANOIA
No dia em que a PF fez buscas em escritórios e casas de senadores, funcionários de uma grande agência de publicidade ficaram apreensivos. Só se acalmaram depois que os elevadores não pararam no andar da empresa. (coluna Nnhenhenhém – O Globo – 18.07.2015)
- A nota me lembrou um certo condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio, que é a maior concentração por metro quadrado de corruptos, traficantes “bem sucedidos”, contrabandistas e contraventores em que os moradores não podem ouvir uma sirene que pensam logo que é polícia para pegá-los!
- Qualquer diligência da PF investigando grandes bandidagens pode cravar, tem pelo menos um dos moradores daquela aprazível condomínio metido na patifaria!

PASTOR ENTRA NA JUSTIÇA COBRANDO DÍZIMO SOBRE OS US$ 5 MILHÕES QUE CUNHA TERIA RECEBIDO
O pastor Antônio Pereira olha para a igreja e já faz planos. “Vamos finalmente construir aquele púlpito novo, quem sabe até comprar uma rádio FM?”, diz ele. Pereira é o líder da igreja frequentada pelo deputado Eduardo Cunha. Ao ler os sites de notícia, hoje, ele viu a Boa Nova.
“Estão dizendo que ele ganhou 5 milhões de dólares, então 500 mil são da igreja. Não me importa se foi corrupção ou fruto de trabalho suado. Se o dinheiro entrou foi com a Graça de Deus e deve ser dado em graça”, afirmou o pastor.
Especialistas em religião já se debatem sobre a questão. Como a bancada evangélica é cada vez maior e os escândalos não param de surgir, a pergunta fica no ar: afinal, propina tem que pagar dízimo ou não?
“Se a propina é uma comissão, também é preciso pagar a comissão ao senhor. No caso, o senhor sou eu mesmo, que tenho 64 anos”, disse o pastor.

APÓS SER ACUSADO DE RECEBER US$ 5 MI, CUNHA AMEAÇA POSAR DE CUECA
SUCUPIRA - Citado nas delações premiadas da Lava Jato, Eduardo Cunha avisou que está formalmente rompido com a Polícia Federal. "Eu é que vou abrir inquérito para investigar esses agentes, delegados e bandoleiros", declarou. Em seguida, cantarolou, enigmático: "Não demora/ Dia desses chega a sua hora/ Não discuta à toa, não reclame/ Clame, chame lá, chame, chame/ Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão."
Irascível, Cunha fez uma série de ameaças caso as investigações prossigam. "Já cumpri minha promessa de bloquear a Dilma no Facebook, se essa palhaçada continuar vou tomar atitudes drásticas. Sou capaz, por exemplo, de publicar uma foto minha, de cueca cinza e meia preta, no Instagram da Paula Lavigne", discursou. Dez minutos depois, o juiz Sérgio Moro acordou de sua sesta com uma cabeça de cavalo na cama.
Há rumores de que Cunha possa romper com o STF caso a investigação avance.

CUNHA ANUNCIA ROMPIMENTO COM DILMA E POPULARIDADE DA PRESIDENTE SOBE 600% EM DUAS HORAS
Segundo uma pesquisa realizada hoje pelo IBGE, a porcentagem de pessoas que classificaram o Governo Dilma como bom/ótimo saltou de 9% para 54%, um significativo aumento de 600%. O curioso é que o aumento aconteceu em apenas duas horas. O fenômeno intrigou os analistas da pesquisa, mas logo veio a resposta: tudo aconteceu depois da entrevista na qual Cunha anunciou o seu rompimento com o governo.
“Se o Cunha é contra alguma coisa então é porque essa coisa é boa. Por isso hoje eu acordei vaiando a Dilma e agora estou aplaudindo”, disse um dos pesquisados.
Foram entrevistados 1500 pessoas mas boa parte delas não quis responder porque estava arrumando as malas e saindo do Brasil. “Desisto”, disse um deles, que se identificou como Lobão.

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