SEM PERDÃO

PENSAMENTO DO DIA
Cada país tem o presidente e as citações que merece. Uns citam Catão, Cícero ou Péricles. Nós temos Lula elogiando Agnaldo Timóteo duas vezes em uma semana. (Marco Antonio Villa – historiador – Folha de São Paulo – 22.10.2006)
- Então peraí, sejamos justos, para manter o equilíbrio nas citações de Catão Cícero e Péricles, incluamos Agnaldo Timóteo, companheiro Sarney e companheiro Jader Barbalho, igualmente elogiados, sendo que o último foi contemplado com um beijo naquelas mãos tão puras e imaculadas como a Virgem Maria.



OPINIÃO DO DIA
A primeira vista, a mistificação numérica do debate é produto de um hábito de Alckmin e de uma tática de Lula. Na segunda vista é bem mais. Os dois caíram na mesma numerologia porque não querem falar de coisa séria. Alckmin não perguntou, nem Lula respondeu de onde veio o dinheiro do Dossiê Vedoin. Alckmin não deu a menor pista de onde foram parar os R$ 2000 bilhões da privataria tucana. Resolveram encenar o papel de candidatos de alto nível. Para evitar temas políticos capazes de dividir o eleitorado, recitaram números desconexos, apolíticos. Não se pode dizer qual foi o melhor, mas pode-se garantia que os dois pensam que são espertos. Com Eremildo sabe que é um idiota, não se encomoda. (Coluna Elio Gaspari - O Globo – 22.10.2006)


AMENIDADES
Bêbado esperto
Um bêbado observa duas mulheres conversando.
- Amiga, qual seu maior desejo?
- Meu maior desejo é conhecer um alemão alto, forte e bonito.
E o seu desejo, amiga?
- Já o meu desejo é conhecer um índio, moreno, forte e de cabelos longos.
O bêbado ouvindo aquela conversa tratou logo de apresentar-se:- Muito prazer, cacique Schneider!


VEJA COMO SE FAZ POLÍTICA NO BRASIL
Diga-se de passagem, todos se dizem éticos! Da coluna NHENHENHÉM de O Globo (21.10.2006)
Cobrador de promessa
O tucano derrotado por Dornelles para o Senado, Ronaldo Cezar Coelho, investiu o que pôde e o que não pôde na campanha do deputado federal Sandro Mattos (PTB).
Na reta final da campanha Matos teve a decência (a decência aí, é da coluna) de procurar o tucano para dizer que não estava resistindo às pressões para apoiar Dornelles, com quem de fato seu partido estava coligado.
Dornelles, de sua parte, que nunca perde a gentileza, ligou para o adversário para explicar a cooptação.
Ronaldo respondeu:
- Investi muito nessa candidatura. Claro que não posso aceitar uma indenização sua, ma se você doar o que gastei com o deputado para a ABBR (entidade beneficente), ele está liberado.
- Só posso fazer isso se ganhar as eleições – ponderou o agora senador eleito.
Agora, Ronaldo quer marcar uma visita solene de Dornelles à associação.
Vai que ele esquece...
Campanha é campanha.
Esta é a íntegra da coluna. Agora, pergunta-se:
Por que um candidato a senador que, segundo cálculos dos tais especialistas gasta milhões para se eleger, teria interesse em “investir” na campanha de um candidato a deputado de um partido de outra coligação, isto é, em oposição a sua?
Quais seriam as “pressões” que levam um candidato a deputado a não “resistir” para apoiar um senador da mesma coligação?
Por que um candidato a senador diz que só pode “indenizar” outro candidato, pelo “investimento” feito em um deputado, se for eleito?
Por que um candidato a senador não pode “indenizar” outro candidato se não for eleito?
A propósito
Coronelismo
O jogo bruto contra o adversário Jackson Lago (PDT), no Maranhão, inclui repentinos “problemas técnicos” das emissoras da família Sarney quando entra no ar o programa do adversário de Roseana no horário gratuito. (Coluna Claudio Humberto - Jornal O Dia – 21.10.2006)


DA SÉRIE: DEU NO JORNAL
O Globo – 21.10.2006
PAIS DENUNCIAM EXCURSÃO IRREGULAR A COMÍCIO
Os pais de alunos de escolas públicas e particulares de Petrópolis registraram queixa contra a Associação Petropolitana de Estudantes, ligada a União da Jueventude Socialista e ao PCdoB, que levou, em ônibus fretado, sem autorização dos responsáveis, alunos ao comício de Lulla e Sergio Cabral na Cinelândia, Rio. Pelo menos 230 menores, entre 12 e 16 anos, saíram de lá por volta de 13h00, portanto, em horário escolar e retornaram a meia-noite.
Ouvido o diretor do movimento estudantil da APE Wagner José Mineiro, afirmou:
- É injusto da nossa parte não levar os estudantes para exercer a democracia e a cidadania. A juventude deste país esta buscando o melhor pra ela, e é isso que estamos tentando resgatar.
- Ah bom!
- Na minha terra, isto é seqüestro, com o agravante de envolver menores, até porque cidadania e democracia não se impõe, se adquire, não é com mau exemplo que se mostra cidadania.

XUXA FESTA
Esta aí vai pro pessoal ardoroso defensor do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), deu no jornal Extra (21.10.2006)
REFÉM DE UMA CRIANÇA DE DEZ ANOS
Três nenéns, um de dez anos, outro de 14 e outro de 15, que, coitados, não sabem o que estão fazendo, entraram na casa de um empresário em Tupã, no interior de São Paulo. O neném de 10 anos, armado com um revólver calibre 32, coitado este como é do interior, vou desculpar, os daqui já usam AR-15, invadiu a casa, juntamente com os outros, em busca de jóias e dinheiro, trancou a filha do empresário no banheiro, que consegui escapar, chamou a polícia e eles fugiram.
Ainda bem, certo? Errado, eles, inocentemente, passaram a ligar para a residência do empresário fazendo ameaças e chantagens, dizendo que tinha seqüestrado uma pessoa da família e exigia dinheiro, até que um policial se fez passar por membro da família e conseguiu apreender o neném de 10 anos (é apreender, porque vagabundo neném não pode se dizer que foi preso, é apreender) e o maninho de 14, mais o outro neném de 15 anos conseguiu fugir, ainda bem.
Mas, fiquem tranqüilos os defensores do ECA que já, já estarão nas ruas, pois não houve vítimas fatais, ainda bem, porque se tivessem matado alguém, aí sim, seriam severamente punidos, com “três anos” de medida sócio-educativa.
- Ah já ia me esquecendo, o neném de dez aninhos já participou de uma tentativa frustrada de assalto, de um falso seqüestro e trocou tiros com a polícia.


ASSIM O PERCENTUAL DE INTENÇÃO DE VOTOS PASSA DE 100%
Ontem, num almoço promovido pelo tucano João Dória Junior, com empresários em São Paulo, mais uma vez FHC abriu a boca.
Mais uns pontinhos para Lulla na corrida a reeleição.
Acho melhor não deixar mais ele falar não, senão o Alckmin ainda acaba votando no Lula!


SÓ QUERIA ENTENDER
Ontem, no Jornal da Globo, William Waack noticiou a manifestação popular em Budapeste comemorando 50 anos do levante contra o totalitarismo do regime comunista que culminou com a invasão da Hungria do Exército Vermelho, com suas botas, tanques, canhões e baionetas, o segundo maior levante de países do leste europeu contra a opressão.
Durante a manifestação de ontem, também houve repressão por parte das forças policiais contra o povo, igualmente com botas, bombas e tiros de balas que feriram alguns dos manifestantes.
Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, palmas para a resistência do povo húngaro contra a opressão, pois detesto qualquer tipo de ditadura, seja de direita ou de esquerda, agora, só não entendi foi o comentário do nosso querido William Waack ao final da reportagem que mandou: “Eles foram reprimidos com gás lacrimogênio, cacetadas e balas de borracha. Mas há uma diferença importante: a polícia que bateu obedece a um regime democrático. “
- Ah bom!
PERGUNTAR NÃO OFENDE:
Qual seria a “diferença importante”?
Será que as botas e balas de borracha do “regime democrático” é mais suave, vem com amortecedores Cofap, são mais modernas ou são de grifes famosas ou será que agora os hematomas podem ser tratados com Band-Aid ou será ainda, porque, quem está batendo, cumpre determinação de quem foi “eleito” pelo povo?
Mais que regime democrático é este que reprime manifestação popular?
Será que o nosso querido William Waack acredita mesmo que exista algum país no mundo verdadeiramente democrático ou está jogando pra platéia?