quarta-feira, maio 14, 2008

MAIS UM INOCENTE INJUSTIÇADO NA PRAÇA

Como diria nosso querido Jack, O Estripador, vamos por parte:
Em sua convincente defesa, discursando do plenário da respeitabilíssima Câmara dos Deputados, o nobre, diria até nobilíssimo, deputado Paulinho Pereira, diz que a PF deveria ter prendido o corrupto flagrado visitando gabinetes de nobres parlamentares, dentre eles o seu. Ora, se, somente o fato da PF ter fotografado e filmado o vigarista nas dependências daquela “Casa do Povo”, o nobre presidente protestou veementemente, como se aquilo fosse o Santuário de Fátima e como se fosse o único território nacional onde a PF não tivesse competência para efetuar diligências, imagine se prendesse em flagrante o safado corrupto!
O nobre advogado do não menos nobre parlamentar é pródigo na imaginação, afinal, Sua Senhoria apresentou ao respeitável público o único caso em que o doador, em vez de revogar a doação, compra do donatário o objeto doado e ainda assume dívidas até então de responsabilidade do donatário, reafirmando a filosofia do Odorico Paraguaçu que dizia que advogado é pra dar jeito no que não tem jeito.
Aliás, este novo instituto do direito imobiliário me remeteu há uma época aqui no Rio em que uns vigaristas queriam, ou fugir do pagamento do imposto de transmissão ou camuflar uma agiotagem descarada, inventaram a promessa de doação. Ora porra, ou o cara doa ou não doa alguma coisa a alguém, promessa de doação não existem.

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