sexta-feira, outubro 14, 2011

















DA SÉRIE: OBRIGADO POR FUMAR

- Eu apoio!
VOLTA DOS FUMÓDROMOS EM RESTAURANTES EM DISCUSSÃO
Proposta seria para compensar elevação dos impostos pagos pela indústria do tabaco
Rio - Uma proposta polêmica pode mudar os rumos do combate ao tabagismo no Brasil. Pedido de emenda à Medida Provisória (MP) 540 prevê a volta de estabelecimentos, como bares e restaurantes, com fumódromos — áreas destinadas a fumantes. A condição é que seja vetada entrada de menores de 18 anos e haja indicação de que o fumo é permitido no local.
A MP trata da elevação dos impostos do cigarro e será votada até a próxima semana no Congresso Nacional. As propostas seriam uma forma de “compensar” a indústria do tabaco — que terá menos lucros a partir do ano que vem, uma vez que irá pagar mais impostos. (http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2011/9/volta_dos_fumodromos_em_restaurantes_em_discussao_194533.html)
- Então, a republiqueta cínica e hipócrita que fatura horrores com impostos com a venda de cigarros me transforma em inimigo público número 1, “preocupadíssima” com a minha saúde coloca ridículos avisos nas carteiras de cigarro de que o Ministério da Saúde adverte: fumar causa hemorróida, esquizofrenia, psicopatia, espinhela caída, vocação para ser político e todos os tipos de pragas, mas quer flexibilizar a “perseguição” aos fumantes, preocupada com o faturamento da indústria do tabaco!
- Pois, nem o governo, nem a Globo e nem a grande mídia ordinária, safada e pusilânime, muito menos os execráveis “politicamente corretos”, que me elegeram como inimigo público número 1, me farão parar de fumar, a menos que fechem as fábricas de cigarros, visto que, rigorosamente, não devo porra nenhuma, nem ao governo, porque pago os impostos e compro com meu dinheiro, legalmente, os cigarros que consumo, nem à sociedade, eis que pago meu plano de saúde, fumo dentro da minha casa, especificamente no meu escritório o qual chamo de cativeiro, respeitando as partes comuns do casal, e, atualmente, não faço a mínima questão de freqüentar lugares públicos, onde sou perseguido na condição de fumante.
OPINIÃO DO DIA
Cada vez mais se tenta regular a conduta do cidadão, mesmo em áreas imemorialmente reservadas a arbítrio e atos da sua exclusiva alçada. E é “científico” porque costuma apoiar-se nas fugazes verdades supostamente inatacáveis da ciência, que, como sabemos, mudam praticamente todo dia. Subitamente, há um afã por proteger-nos de nós mesmos e, muito pior, impor-nos “verdades” científicas que na realidade estão no terreno dos valores e permitem a convicção em outras “verdades”, por motivos culturais, psíquicos, religiosos ou o que lá seja. Isso se deu, por exemplo, com a lei da palmada, que, aliás, parece que não colou, considerada descabida por muitos pais.
O fumo é um bom caso. Não estou a soldo da execrada indústria do tabaco, sou a favor de que não se fume (contanto que se faça esta escolha livremente), mas ninguém que tenha um pensamento consequente pode aceitar o que já se começa a fazer (ainda mais que está na moda nos Estados Unidos e o nosso ideal é ser americano). É possível agora – e parece que alguns poucos já fizeram isso – que um condomínio residencial, por decisão de maioria simples, resolva abolir o fumo em suas dependências e aplicar pesadas multas aos moradores que fumarem – atenção -, mesmo trancados em seus próprios apartamentos ou casas. Fala-se na instalação, que já ocorre nos Estados Unidos, de detectores de fumaça nos apartamentos. Não sei o que acontecerá com quem queime incenso em casa, mas provavelmente acionará uma sirene e convocará uma brigada do Comando de Caça ao Tabagista. Cada casa vai virar banheiro de avião e qualquer fumacinha que seu dono fizer será denunciada e implacavelmente castigada.
Que é isso? Aonde chegamos? O infeliz compra uma casa, faz dela seu lar supostamente inviolável e não tem liberdade em seu próprio território, sem prejudicar ninguém, a não ser ele mesmo? O condômino que for voto vencido vai ter de parar de fumar, pitar ao relento ou vender o apartamento e se mudar? Vive-se em cidades poluídas como Rio e São Paulo, mas o cigarro do vizinho, trancado em seu escritório, é o que prejudica o condomínio? E se fumaça e cheiro começarem a ultrapassar os limites do cigarro e do charuto? Deverão em breve manifestar-se os que se sentem incomodados com cheiro de carne assada – e assim poderão ser banidos os churrascos na cobertura. Talvez várias plantas também venham a ser proscritas, pois há muitos alérgicos a pólen que padecem com flores. Caprichando, dá para proibir tudo. (fragmento do artigo O TOTALITARISMO CIENTÍFICO
do jornalista e escritor João Ubaldo Ribeiro – O Globo – 03.10.2011)

- Aliás, muito oportuno e merece a leitura na íntegra!
- A propósito, domingo retrasado o programa Fantástico fez reportagem dando conta que uma corrente de macacada brasileira defende que pais de crianças obesas percam a guarda dos filhos, responsabilizando-as EXCLUSIVAMENTE pela obesidade, enquanto isso rola solto na telinha publicidade de balas, chocolates, variadas guloseimas, hamburgeres do Bob’s, McDonald’s, sem falarmos na criançada cheirando cola e fumando crack republiqueta afora.
- Para finalizar, ficam aí os pensamentos sempre atuais.
BERTOLD BRECHT (1898 – 1956)
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

POETA RUSSO VLADIMIR MAIAKOVSKI (1893/1930)
Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.




AMENIDADES
O português achou um pinguim e começou a criá-lo em casa. Um dia, saiu na rua com ele na coleira, um amigo viu e comentou:
- Seu Manoel, por que você não leva ele no zoológico?
- Mas que grande ideia estás a me dar. Obrigado.
Dias depois, o português encontra o amigo, que pergunta:
- Então, levou o pinguim no zoológico?
- Levei e ele adorou. No fim de semana, vou levá-lo ao circo.




A ABSOLVIÇÃO DO EX-DEPUTADO ACAUSADO DE PEDOFILIA
A Justiça e o Judiciário
Hoje eu fiquei com vergonha alheia. O TJE-PA absolveu o médico, empresário e ex-deputado Luiz Afonso Sefer de ter estuprado uma criancinha de 9 anos, durante quatro anos seguidos, em sua própria casa. Pior: quem assistiu à sessão teve a sensação de que a menina é que foi culpada por todo o horror que sofreu, sozinha, sem amparo da família, de ninguém, muito menos do Estado e do Judiciário. A procuradora de Justiça que representou o MP foi meramente protocolar, sequer se deu ao trabalho de fazer sustentação oral, preferindo dizer que tudo já estava nos autos e entregou todo o tempo para o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos que, a peso de ouro – para ciúme dos defensores locais, correu à boca pequena no Fórum que Sefer pagou-lhe honorários de R$6 milhões – deitou e rolou para a plateia.
Sefer foi condenado pela juíza Maria das Graças Alfaia Fonseca, titular da Vara Penal de Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Belém, em 6 de junho de 2010, a 21 anos de prisão, mas hoje o algoz da menor S. B. G. foi absolvido. O relator da apelação penal, desembargador João Maroja, acolheu o argumento da defesa de – vejam só! - insuficiência de provas, apesar do farto material probante, com detalhes medonhos, atrozes, que levam às lágrimas qualquer ser humano com um mínimo de sensibilidade. O revisor, desembargador Raimundo Holanda, acompanhou seu voto. O juiz convocado Altemar da Silva Paes foi o único a divergir, votando pela manutenção da condenação. E fez questão de dizer que não violentaria sua consciência. Bravo, professor! O senhor foi voto vencido mas fez sua parte para a aplicação da Justiça, com “J” maiúsculo.
Segundo a denúncia do Ministério Público, confirmada pela sentença em 1º Grau, em meados de 2005 Sefer trouxe para Belém, do município de Mocajuba, para ser companhia de sua filha - que à época já era adolescente e nem morava com ele (!) - uma criança de 9 anos. E abusou sexualmente dela desde os primeiros dias, além de torturá-la física e psicologicamente.
Hoje, dois dos três membros da a 3ª Câmara Criminal Isolada adotaram a tese da defesa de que a palavra da ofendida seria prova insuficiente para a condenação, que o acusado não tinha perfil psicológico de abusador e que não havia precisão sobre o período e nem a quantidade de vezes em que o abuso teria sido praticado (!).
O relator acolheu todos os argumentos, e ainda destacou que o núcleo das acusações residia apenas no depoimento da vítima. Mais: invocando o princípio do “in dubio pro reo”, preferiu inocentar o acusado, sendo acompanhado pelo desembargador revisor.
(http://uruatapera.blogspot.com/2011/10/justica-e-o-judiciario.html - 06.10.2011)
E os jurisdicionados envergonhados com este Poder Judiciário ainda tem que ouvir isto:
“Há uma tentativa de emparedar o STF”, diz ministro - Rodrigo Haidar, correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília. Revista Consultor Jurídico, 28 de setembro de 2011
Os ataques e acusações generalizadas de corrupção contra juízes, às vésperas de o Supremo Tribunal Federal decidir o alcance do poder correcional do Conselho Nacional de Justiça, são uma tentativa de emparedar os ministros da mais alta corte do país. A opinião é do ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça.
“Algumas declarações genéricas somadas a uma grande articulação contra o julgamento que se avizinha são uma clara tentativa de emparedar publicamente os ministros do Supremo Tribunal Federal. Nem a ditadura ousou fazer isso. Não deveria ser feito por quem também usa toga”, afirmou o ministro à revista Consultor Jurídico, em referência indireta à sua colega, ministra e corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon. (http://mazelasdojudiciario.blogspot.com/ - 07.10.2011)
- A propósito, tem razão o nobre ministro, na ditadura era bem diferente, cassaram os ministros do STF Evandro Lins e Silva e Vitor Nunes Leal por delito de opinião, pois não compactuavam com as arbitrariedades cometidas pelo ditador de plantão!
- O Poder Judiciário não está precisando da honrada corregedora do CNJ ministra Eliana Calmon não, está precisando é do capitão Nascimento!
- Será que uma destas instituições aí não tem a coragem de levar o Poder Judiciário da republiqueta aos tribunais de organizações internacionais?
- Não é possível que se continue este estado de coisas, vá lá, no Paraíso da Impunidade, que sejam cúmplices, coniventes e condescendentes com a corrupção que aqui, na ótica de um nobre ministro do STF é “um crime menos grave” sendo desnecessário o uso de algemas, mas com motoristas bêbados assassinos, estupradores, seqüestradores, torturadores e assassinos de mulheres, traficantes e PEDOFILIA, extrapola qualquer limite de amoralidade!

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