sexta-feira, agosto 10, 2012


























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E NENÉNS VÃO MATANDO E OS “ILUMINADOS” ELOGIANDO O ECA, “UMA DAS LEIS MAIS AVANÇADAS DO MUNDO””





AMENIDADES
No curso preparatório de ingresso à magistratura, o professor insiste na necessidade de que os escritos sejam claros, objetivos e não empolados.
No final da aula, para descontrair, pergunta aos alunos se eles sabem a diferença entre o ´tu´ e o ´você´.
Há muitas respostas. Nenhuma delas exatamente a desejada pelo professor. Este, então, exemplifica bem a diferença.
O diretor geral de um banco, está preocupado com um jovem e brilhante diretor, de formação jurídica, que depois de ter trabalhado durante algum tempo junto dele, sem parar nem para almoçar, começa a ausentar-se ao meio-dia, celular desligado, vários dias da semana.
O banqueiro chama um detetive privado do banco e diz-lhe:
– Siga o diretor fulano durante cinco dias úteis… quero ter certeza de que ele não anda fazendo algo sujo.
O detetive, após cumprir o que lhe havia sido pedido, volta e informa:
- O diretor fulano sai normalmente ao meio-dia, pega seu carro, vai à sua casa almoçar, fica fechado mais de uma hora com sua mulher, fuma um dos seus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.
O banqueiro então se tranquiliza:
– Ah, bom, assim. Não há nada de mal nisso.
Logo em seguida, o detetive, querendo fazer se entender melhor, pergunta:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- Sim, claro – responde o banqueiro um tanto constrangido.
- Bom então vou repetir – diz o detetive.
Vem, então, a frase reveladora:
- O diretor fulano sai normalmente ao meio-dia, pega teu carro, vai à tua casa almoçar, fica fechado mais de uma hora com tua mulher, fuma um dos teus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho. É assim!…

A expressão do título destas linhas de opinião é tomada de empréstimo ao saudoso Raimundo Reis, no texto de um dos cronistas maiores do cotidiano da Bahia e do País, sobre um daqueles apaixonados torcedores bissextos que aparecem a cada disputa de Copa do Mundo. Aqui, no entanto, serve para definir a imagem e atuação de um magistrado nesta primeira semana de agosto, na abertura do julgamento dos réus do caso Mensalão.
 “Passional cívico” casa perfeitamente com o perfil e a definição do desempenho do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, que salvou do engodo e da apatia – com sua implacável e indignada reação ética – o espetáculo de abertura do julgamento dos quase 40 acusados no polêmico e explosivo processo.
Na tarde de quinta-feira (2), país na frente da tela da TV. A atenção dividida entre os jogos olímpicos de Londres e o torneio jurídico, político e midiático em Brasília. No plenário do STF, tudo parecia caminhar para o mais indesejável.
 “Um espetáculo de quinta (categoria)”, como definiu irritada ao meu lado minha mulher, também jornalista, ao receber telefonema da irmã impaciente e mais brava ainda diante do que estava vendo e ouvindo em sua casa, em Salvador, na transmissão direta do palco dos ilustres juristas .
 Margarida (também formada em direito) tentava conter sua fúria pessoal e acalmar a irmã do outro lado da linha. Falava sobre a previsível questão de ordem levantada (mal iniciada a sessão), pelo advogado e ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em defesa do desmembramento dos processos acusatórios contra os 38 réus, na hora H de começar o julgamento.
 Manobra ladina, de aplicação comum por figurões do direito nos tribunais de província -, mas visivelmente precária tentativa de um dos mais caros e requisitados defensores de gente de poder, fama e dinheiro no Brasil, de jogar areia no ventilador e confundir os ministros do mais vistoso e importante fórum de justiça do Brasil.
A manobra do advogado dos réus do Banco Rural no Mensalão, entretanto, foi surpreendentemente apoiada de pronto por um dos nomes mais pomposos e acatados entre seus pares no STF: o ministro Ricardo Lewandowski.
Como se não bastasse o simples e estranho acatamento efusivo à tese de Bastos, o ministro sacou do bolso da toga (esta é apenas uma figura de retórica, esclareço) longo, enviesado e cansativo parecer para justificar a injustificável e já superada tese.
 Era essa a causa principal do espanto e dos muxoxos de incômodo no plenário, na sede do Supremo, no Distrito Federal. E da irritação manifestada até com impropérios, que se espalhava pelas redes sociais no resto do país como faísca lançadas por ouvintes irados diante das imagens, enquanto o ministro Lewandowski destrinchava o seu interminável arrazoado.
 Mas veio do ministro Joaquim Barbosa, caprichoso e eficiente relator do caso Mensalão, a mais ética e indignada reação. Diante da proposta do advogado famoso e do inesperado voto de apoio de seu colega e revisor do montanhoso processo, o ministro Barbosa foi direto ao ponto, sem meias palavras ou filigranas da retórica habitual nos tribunais.
 “Nós precisamos ter rigor no fazer das coisas no País. Eu não vejo razão (para o desmembramento do processo unificado) e me parece até irresponsável voltar a discutir esta questão”, reagiu o relator, ao votar contra a proposição de Thomaz Bastos.
 Mas o ministro Barbosa seria ainda mais duro ao se opor ao apoio à tese do advogado, partida do ministro que o acompanhara mais de perto e com quem dialogara mais direta e francamente por mais tempo, durante os tensos e desgastantes quase dois anos de preparação do gigantesco processo.
 Mal comparando (ou bem?) era lancinante e dolorida como a punhalada inesperada da tragédia shakespeariana. Era o golpe partido de quem menos se espera e de quem mais se confia. Era como se o parceiro tentasse jogar na lixeira tudo que fora arduamente construído em conjunto, para começar tudo de novo.
 Com nervos e emoção à flor da pele, o firme e destemido jurista mineiro lembrou tudo isso em breves e candentes palavras, para arrematar com a sentença mais exemplar da abertura do tão aguardado julgamento:
 “Isso me parece deslealdade”, questionou Joaquim Barbosa a Ricardo Lewandowski. Palavras de firmeza de caráter e dignidade profissional, que repercutiram intensamente no placar elástico da derrubada da questão de ordem levantada por Thomaz Bastos: 9 a 2.
Palmas para o Relator (com R maiúsculo) no começo do espetáculo. Próximos capítulos a conferir a partir desta segunda-feira(6).
Vitor Hugo Soares é jornalista



A DISPUTA NA MARÉ, VOTO A VOTO
Veja como o Complexo da Maré, um aglomerado de favelas com quase 150 mil moradores, está sendo disputadíssimo nesta eleição.
O vereador Paulo Messina (PV) mantinha  o Instituto Paulo Messina (com pediatras, ginecologistas e clínicos, ou seja um centro social)funcionando no prédio da associação de moradores do Parque União, na Rua Ary Leão.
Mas, antes que desse problema com a Justiça Eleitoral, às vésperas da campanha – há exatas duas semanas – o instituto foi transformado, pela prefeitura, no Centro Municipal da Saúde Parque União.
Como diria o Leão da Montanha, saída rápida pela direita!
HOMENAGENS
Messina nomeou em seu gabinete três líderes comunitários do Complexo, Paulo Cunha, Davi dos Santos Silva e Edinaldo dos Santos.
Em 2010, o verde distribuiu menção honrosa a todos os líderes comunitários das 16 associações de moradores da Maré.
E, nol ano passado, estendeu as honrarias a diretores de escolas e creches do Complexo.
POR UM TRIZ
Aliás, se os fiscais tivessem andando mais um pouquinho pelo Complexo da Maré, na última terça-feira, teriam esbarrado num centro social que funciona na Rua Capitão Carlos.
A entidade seria de um candidato a vereador do PSD.
Na campanha passada, o moço teria tentado eleger um irmão para a Assempleia Legislativa.
Mas, como não obteve sucesso, acabou descontando na população com a qual dia se preocupar.
O nobre fechou as portas do centro social no dia seguinte à derrota.  (coluna Extra, Extra – jornal Extra – 03.08.2012)
- Num pais sério, uns cretinos destes, mercadores das carências dos desvalidos por omissão do Estado, estariam na cadeia!

GDF PROMETE APURAR CONDUTA DE FUNCIONÁRIA DA SECRETARIA DE CONDOMÍNIOS
Publicação: 04/08/2012 08:04 Atualização:
O Governo do Distrito Federal (GDF) promete investigar o caso da advogada Maria Olímpia da Costa Ferreira Stival, que atua no processo de regularização de áreas reivindicadas por pelo menos 11 cooperativas e associações habitacionais e, ao mesmo tempo, chefia a Assessoria Jurídico-Legislativo da Secretaria de Regularização de Condomínios (Sercond-DF), conforme mostrou ontem o Correio. “Vamos verificar o afastamento formal da servidora dos casos que representava na Justiça. Se for comprovado algum vínculo, as secretarias de Transparência e de Condomínios poderão instaurar processo disciplinar que desencadeará na demissão da advogada”, garantiu o secretário de Transparência do DF, Carlos Higino.
- Caso típico de vespa tomando conta de colméia!
- Pensando bem, por que não, se na republiqueta amoral e aética um nobre magistrado da mais alta Corte de Justiça do país está julgando réus de filiados de partido que já representou judicialmente?


EM LONDRES, LUANA PIOVANI SE IRRITA COM COMPARAÇÕES DO MARIDO COM BELO
A atriz Luana Piovani, 35, foi a Londres assistir à Olimpíada com o marido, o surfista Pedro Scooby, 23, e o filho de quatro meses, Dom. E já do avião postou foto da família.
Mas ela não gostou dos comentários. Internautas compararam o novo look de Scooby, que está loiro oxigenado, com o do cantor Belo.
"Aos tontos que dizem que Pedro tá de Belo, aff! Ô falta de referência do inferno. Para fazer locura tem que ter culhão e desprendimento. Amei a galeguisse", escreveu ela no Twitter.
"Blade Runner, Billy Idol, Vanila Ice, só para começar... Mas cada um lembra do que conhece..."
Mas ela curtiu a comparação que uma seguidora fez com o ator Murilo Benício, no filme "O Homem do Ano". "Boaaaaa", respondeu Piovani.
A atriz fez questão de espantar a zica e mostrou como o casal está bem: "Acabei de chegar da noite com o maridão... Aff, como a gente se diverte, viu", escreveu.
- Também tenho direito às minhas LOUCURAS, viu madame encrenqueira, pode não estar a cara do Belo, nem do Murilo, mas que ta ridículo ta!

O ator Caio Blat nunca mais vai se esquecer do domingo, 6 de maio, em que foi a Suzano, município de cerca de 250 mil habitantes na região metropolitana de São Paulo, falar sobre a sua trajetória profissional a um grupo de jovens. Marcado pela informalidade, o encontro esquentou quando Blat, sem alterar muito a voz, disse:
“Nos últimos sete ou oito filmes que fiz, entrei também como produtor. Aí descobri como a coisa está sendo feita na distribuição. E é uma coisa que me deixou enojado, horrorizado. Eu ia sempre na Globo pra divulgar os filmes que estava fazendo. Ia no “Vídeo Show”, no programa do Serginho Groisman para falar do filme, mostrar o trailer e tal. E achava que isso era um trabalho natural de divulgação. Aí eu descobri que essas coisas são pagas. Que quando vou no programa do Jô Soares fazer uma entrevista em que ele mostra um trecho do filme isso é considerado uma ação de merchandising, e não jornalismo. A TV Globo faz uma ação de merchandising do filme e apresenta um custo, uma fatura, pra Globo Filmes pagar. Ela cobra dela mesmo.”
Algumas poucas dezenas de pessoas participaram do encontro, realizado Teatro Municipal Dr. Armando de Ré, promovido pela prefeitura local. A acusação de que  entrevistas no programa do Jô são atividades pagas pela Globo Filmes não teve repercussão nenhuma até que, mais de dois meses depois, no dia 17 de julho, o vídeo com a palestra de Blat foi publicado no You Tube pela Secretaria de Cultura de Suzano.
O vídeo começou a ser visto, notas foram publicadas em blogs, o assunto chegou às redes sociais e a repercussão, naturalmente, acabou alcançando o próprio Blat. Surpreso com o impacto das próprias declarações, o ator tomou duas atitudes. Primeiro, na segunda-feira, 30, enviou uma longa carta à Globo, desculpando-se pelas declarações:
“Acabei avançando sobre temas dos quais não tinha conhecimento suficiente, misturei questões pertinentes e importantes com outras tantas generalizações, e acabei atingindo quem estava mais perto, ou seja, a Globo Filmes, parceira prioritária do cinema nacional, de forma injusta”.
Em segundo lugar, procurou a Prefeitura de Suzano para pedir a retirada do vídeo de circulação. Na carta que enviou à Globo, ele escreveu:
“A Secretária de Comunicação da Cidade de Suzano se recusou a fazê-lo de forma amigável, alegando que a repercussão de vídeo estava sendo boa para a Cidade. Pedi então, que meus advogados fizessem uma interpelação judicial e tomassem as medidas cabíveis para preservar minha imagem e das empresas onde trabalho.”
Um dia depois, nesta terça-feira (31), Suzano se rendeu. Por orientação jurídica, o vídeo foi retirado do ar. Procurada pelo UOL, a prefeitura informou:
“A Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom) filmou a palestra do ator Caio Blat e a divulgou em seu canal institucional no Youtube, como faz com todas as atividades públicas promovidas pela Prefeitura. Em nenhum momento houve exploração comercial da imagem do ator e, por solicitação dele, o vídeo foi retirado do ar. Vale salientar que não houve distorção ou qualquer montagem nas declarações do ator”.
Na carta enviada à Globo, Blat se diz arrependido e pede desculpas à emissora:
“Resta então uma atitude minha em relação a vocês, para expressar meu arrependimento por ter levado esse assunto ao público, quando, devido ao longo relacionamento que temos e a longa lista de grandes trabalhos realizados em parceria, devia tê-los procurado pessoalmente para discutir quaisquer dúvidas que eu tivesse ou mesmo levar minhas críticas, quando pertinentes. Deixo aqui meu pedido pessoal de desculpas, e reafirmo meu compromisso com os projetos que temos em parceria para futuros lançamentos e meu reconhecimento pelo trabalho generoso da Globo Filmes na promoção do cinema brasileiro.”
Questionada pelo UOL sobre o teor das declarações iniciais de Blat, em Suzano, a Central Globo de Comunicação se limitou a enviar uma cópia da carta que, segundo informou, o ator tomou a iniciativa de mandar para a emissora.
- Pois é, caráter não se aprende em aulas de interpretação, nem se compra com contratos para trabalhar na TV!
- Mas, não esquenta não Blat, o vídeo pode ser tirado do YouTube, mas o que dissestes ficou para posteridade e muita gente deve ter baixado para registro! Aliás, com retratação ou sem retratação seu lugar já está reservado numa parte do freezer. Quem viver verá!
- Se bem conheço as redes sociais, quem ainda não viu terá nova oportunidade, pois contra a internet não há censura que detenha, nem a poderosa Vênus Platinada e!


MENSALÃO
Cada vez que assisto uns poucos minutos das sustentações orais dos nobres defensores dos quadrilheiros do mensalão, regiamente remunerados, dá vontade de pegar a denúncia triturá-la, jogar numa fogueira, dar uns três tapas nos procuradores-Geral do MP, o ex e o atual e dar uma pernada no ministro relator, tamanho o grau de irresponsabilidade daquelas autoridades imputando aos quadrilheiros injustas acusações sem um mínimo de fundamento que comprove as infundadas acusações. Para os nobres causídicos existem dois culpados, assim mesmo por crime prescrito, o tal do caixa 2, o bucha de canhão Delúbio Soares e um morto, aliás, o único pais do mundo em que o culpado não é um mordomo. Até o nobre defensor do bucha de canhão diz que ele é culpado e praticou um ato ilícito!

TCHUTCHUCAS E TIGRÕES
Fico impressionado com o despreparo e o autoritarismo do nobre presidente da CPMI do Cachoeira! No depoimento silencioso da primeira-dama da quadrilha mafiosa do Carlinhos Cachoeira do Brasil, Sua Excelência só faltou pedir um autógrafo à nobre primeira-dama silenciosa, enquanto vazava no microfone da respeitabilíssima Comissão comentários de Sua Excelência com o nobre relator, referindo-se aos seus pares carinhosamente como abutres e autoritariamente encerrou a sessão.


ENCONTRADA PERSONALIDADE QUE NÃO OPINOU SOBRE A REFORMA GRÁFICA DE O GLOBO
JARDIM BOTÂNICO - Destacada diariamente em letras de fôrma no jornal O Globo, a reforma gráfica do jornal O Globo foi alvo de intensos debates no jornal O Globo. Anunciado desde junho, o redesenho do jornal mobilizou colunistas, editores, repórteres, estagiárias, ministros, arquitetos, artistas, empresários, garçons do Lamas, parlamentares, ex-BBBs, prefeitos, governadores, ativistas, jornaleiros, calígrafos, cirurgiões dentistas, coveiros, mulheres ricas e Barack Obama. Todos, sem exceção, foram chamados a opinar sobre a nova configuração.  "Achei o jornal mais leve, as páginas mais bem arrumadas. Um brinde ao novo!", disse Zeca Pagodinho. Hillary Clinton concordou, destacando os vários níveis de leitura. “Dependendo da minha agenda, entre uma reunião com Netanyahu e uma descompostura na Merkel, posso me inteirar das notícias lendo apenas o antetítulo, o título ou o subtítulo.”
A única voz dissonante foi a de Sérgio Guerra, presidente do PSDB: "Olha, veja bem, ficou até direitinho, mais atraente. Mas o destaque desproporcional dado ao assunto tem o claro interesse de desviar o foco do julgamento do mensalão", obtemperou.
Internamente, todos os colunistas foram convocados a emitir seu parecer: Joaquim Ferreira dos Santos evocou os vendedores de mate da praia do Leblon, o biscoito Globo, os garçons do Bracarense e o Fla-Flu para dizer que a essência carioca permanece impressa nas páginas do jornal. Arnaldo Jabor foi enfático: "No Rio de Janeiro que eu vivi não havia reformas gráficas, e nós, que amávamos tanto a Revolução, julgávamos toda a beleza uma afetação burguesa. A única exceção eram as pernas da Norma Bengell, que nós, babacas, admirávamos quase tanto quanto os filmes de Godard”. Merval Pereira salientou que o uso acentuado do azul e amarelo livrou o projeto dos grilhões do petismo dominante, observando, entretanto, que a nova paginação em uma só coluna o obrigará a desenvolver raciocínios mais sintéticos do que os que está acostumado desde que leu Os Irmãos Karamazov. "A reforma é um marco da liberdade de imprensa", reforçou em discurso na Academia de Letras. Emocionada, Cora Ronai publicou um texto em que descrevia como a nova tipologia agradou em cheio aos seus gatos. Jorge Bastos Moreno declarou que a beleza do novo jornal o aproxima das covinhas estonteantes de Mariana Ximenes. Já Caetano Veloso, que permaneceu opinando até o fechamento desta edição do piauí herald, destacou: "É uma coisa tão linda a transmutação midiática. É como perceber a ação do tempo sobre as ladeiras do Pelourinho". Todas as opiniões foram republicadas no Blog do Noblat.
Após doze horas de extenuante jornalismo investigativo, a equipe do piauí herald conseguiu, finalmente, encontrar uma pessoa que não emitiu seu parecer sobre a reforma do jornal O Globo. "Estou muito atarefado com as olimpíadas. Mas, me disseram que está parecido com o jornal O Dia", disse Edir Macedo.

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