RECORDAR É VIVER
- Pois é, enquanto os lúcidos,
pouquíssimos é verdade, diziam um país com tantas carências, sem saúde e
educação pública de qualidade, com gente pendura em barrancos e favelas onde o
poder público não passa nem de helicóptero, senão o traficante derruba com tiros de fuzil, com crianças brincando em cima de esgoto a céu
aberto, cujo único ídolo é o dono da boca de fumo com relógio Rolex de ouro,
roupa de marca e cordões de ouro puro pendurados no pescoço a custa da desgraça
das famílias, seja pelo filho ser adotado por ele e se tornar um soldado do
tráfico pra morrer com tiro na cabeça dois anos depois, seja morrendo na
sarjeta, picado de drogas como almofada de alfinetes, com eletricidade que não
chega aos mais distantes rincões, muito menos água potável, não pode se dar ao
luxo de bancar dois eventos internacionais que custarão o olho da cara, que
seriam construídos elefantes brancos que posteriormente não serviriam pra nada,
eram taxados de derrotistas, impatriotas, que torciam contra o país que tinha
complexo de vira-lata e seu Lula, “o pai
dos pobres”, seu Pelé, seu Cabral, seu Nuzman, seu Eduardo Paes, a caricatura
de guru Paulo Coelho, seu Orlando Silva, então ministro dos Esportes e seu
Ricardo Teixeira, que saíram de cena pela porta dos fundos, vibravam com um
oba-oba entusiástico patrocinado pela dona Globo, anestesiando o povão e
dizendo que não entraria um tostão do dinheiro público, agora, os jovens
acordaram pra conta que só tende a aumentar e vai sobrar “legado” pra todo mundo.
AOS TRÊS PODRES
PODERES DA REPUBLIQUETA!
CUIDADO COM A VOZ ROUCA DAS RUAS!
SURPRESA NAS RUAS
Os políticos estão perplexos com os protestos que tomaram as ruas. As manifestações não têm um alvo definido nem um objetivo específico. Seu foco inicial foi o aumento da passagem de ônibus, mas tudo indica que ele vai bater na Esplanada, no Congresso e no Planalto. A falta de ligação dos manifestantes, com qualquer partido, sugere que se trata de mobilização contra os Poderes instituídos. (coluna Panorama Político – O Globo – 18.06.2013)
Os políticos estão perplexos com os protestos que tomaram as ruas. As manifestações não têm um alvo definido nem um objetivo específico. Seu foco inicial foi o aumento da passagem de ônibus, mas tudo indica que ele vai bater na Esplanada, no Congresso e no Planalto. A falta de ligação dos manifestantes, com qualquer partido, sugere que se trata de mobilização contra os Poderes instituídos. (coluna Panorama Político – O Globo – 18.06.2013)
POLÍTICOS TENTAM
ENTENDER MANIFESTAÇÕES E TROCAM ACUSAÇÕES
Líderes da oposição e do governo jogam na conta de um e
outro causas de protestos
Os governistas
atribuem os protestos a “organizações políticas”, enquanto a oposição diz que
representam a insatisfação dos brasileiros com o governo federal.
GILBERTO CARVALHO SE
DIZ SURPRESO COM PROTESTOS
Admitindo-se surpreso com a onda de protestos pelo país, o
ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), diz que é preciso
“compreender, dialogar e nos aproximar” dos movimentos.
- Fazer o quê se eles ainda não entenderam que o povo não
sete mais representado pelos três podres Poderes com suas mazelas,
improbidades, negociatas e interesses escusos, muito menos, pelas chamadas
“organizações da sociedade civil” cooptadas e, tal qual avestruz, continuam
achando que as manifestações são só por míseros vinte centavos!
PRESIDENTE DA UNE
NEGA QUE VERBA OFICIAL INIBA AÇÃO DA ENTIDADE
‘Essas mobilizações
contra os aumentos (das passagens) são da sociedade’, diz Virgínia Barros
http://oglobo.globo.com/pais/presidente-da-une-nega-que-verba-oficial-iniba-acao-da-entidade-8726854
- Ah bom!
MILITANTE DO PT É
HOSTILIZADO POR MANIFESTANTES NO CONGRESSO
‘Eu sei que somos
minoria, mas esses manifestantes ainda começam a engatinhar e experimentar a
democracia’, diz o petista
- Então, tá!
É PRECISO ENTENDER, E
NÃO DESQUALIFICAR, DISSE FHC SOBRE PROTESTOS EM SP
Avaliação do
ex-presidente se contrapõe ao que disse o governador Geraldo Alckmin na semana
passada
- Ah, é, é!
FORA DE FOCO
As cúpulas do governo paulista e da Prefeitura de São Paulo
ficaram aliviadas com a nacionalização dos protestos. Acreditam que, assim, o
alvo se desloca para o governo federal e a classe política em geral. (coluna
Painel – Folha – 18.06.2013)
- Muito bom, continuem com as avaliações canhestras e esperem
no que vai dar manifestações de insatisfação popular sem lideranças e difusas,
já que os mensalões e Carlinhos Cacheira do Brasil não conseguiu demolir a
República, vocês conseguirão!
EM PROTESTO DE SP,
MAIORIA NÃO TEM PARTIDO, DIZ DATAFOLHA
Em São Paulo, 65 mil pessoas se reuniram no largo da Batata,
zona oeste, para participar do protesto contra o aumento da tarifa do
transporte. Desses, 84% não têm preferência partidária, de
acordo com o Datafolha.
...
- Por que será???
O FUTEBOL É MAIS
FORTE QUE A INSATISFAÇÃO DAS PESSOAS', DIZ PRESIDENTE DA FIFA
Ministro do Esporte
segue o discurso e fala em endurecer a repressão para evitar mais protestos
RIO DE JANEIRO - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, denuncia o fato de os
manifestantes, nas diversas cidades no Brasil, estarem usando o futebol como
"plataforma" para seus protestos e alerta que já vem
discutindo essa situação com a presidente Dilma Rousseff.
O próprio ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi contundente
ao dizer que o governo federal fará de tudo para evitar que os protestos que se
espalham pelas capitais brasileiras afetem a realização da Copa das
Confederações e os demais grandes eventos. Se necessário, a repressão será com
força.
"Quem achar que pode tentar impedir (a realização dos
jogos) enfrentará a determinação", bradou Rebelo. "O
governo assumiu como responsabilidade e honra acolher esses dois eventos
internacionais e vai realizá-los oferecendo segurança e integridade aos
torcedores e turistas."
...
Um jornalista do veículo que organiza um congresso sobre
negócios e futebol no Rio abordou o ministro sobre a importância de a Copa do
Mundo deixar um legado concreto para o Brasil e a população. Rebelo preferiu
comemorar o lado lúdico da questão.
"O maior legado que a Copa deixará é a alegria do
povo brasileiro em acolher uma competição como essa", discursou
o político, para em seguida destacar a geração de empregos que a construção de
estádios, hotéis e reformas de aeroportos proporcionaram.
...
- O octogenário Blatter ainda estão no pão e circo e no
Brasil, ame-o ou deixe-o, tem que avisar pra ele que o recebedor de propina,
adesista e amigo de ditadores João Havelange já deixou a presidência da CBF e,
apesar de ter um admirador de torturadores à frente dela, o mundo é outro!
- Quanto ao seu Aldo Rebelo, empedernido comunista de quatro
costados, que protestava contra a repressão da ditadura militar/civil e por
usar o futebol como “o ópio do povo” e conta a história que em 1970 torcia pela
derrota da seleção brasileira, vovó já dizia, “conheça o vilão, dando-lhe o
poder na mão”!
A VAIA SAIU ÀS RUAS
Uma faixa no Rio dá o motivo de fundo dos protestos: não é
por centavos, é por direitos
Aviso ao leitor: esta é apenas uma primeira aproximação ao que está acontecendo no Brasil. Sou obrigado a concordar com Ângela Randolpho Paiva, do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, que admitiu honestamente à GloboNews: "Estamos atordoados".
Com razão. O Brasil não é um país de sair à rua, salvo em Mundiais. Que saia agora, em massa, ainda por cima para protestar também contra as obras da Copa, é de atordoar qualquer um.
Mas jornal circula todos os dias, e não consigo silenciar à espera de recolher os elementos indispensáveis a uma análise mais aprofundada. É preciso pincelar algumas ideias, apesar de os protestos do dia estarem apenas começando, por imposição dos horários de fechamento.
O que já está evidente é que a vaia ouvida no sábado no estádio Mané Garrincha saiu às ruas. Não adianta o petismo e a mídia chapa-branca tentarem dizer que a vaia partiu da elite, única em condições de pagar o preço abusivo dos ingressos.
Nas ruas do Rio ontem, havia uma vaia clara, na forma de uma faixa: "Fora Dilma/Fora Cabral".
Tanto o Rio quanto Brasília, é sempre bom lembrar, são praças fortes do lulismo. Que apareça um cartaz como esse, ainda que isolado, é eloquente do estado de insatisfação de uma parcela importante do público.
Mas é fundamental ter em conta duas coisas:
1 - Dilma não é o alvo isolado dos protestos. Nem sei se é o alvo principal. Mas é alvo.
Alvos também são os políticos em geral, de que dá prova a concentração em Brasília diante do Congresso Nacional. O volume de público no Rio, governado pelo PMDB, e em São Paulo, governado pelo PSDB, demonstra que a classe política brasileira está fracassando na sua missão de representar o público, pelo menos o público mobilizado.
A massa no Rio era, aliás, impressionante; desde as Diretas Já, não se via algo parecido.
2 - Há uma aparente contradição, de todo modo, entre a aprovação popular dos governos Dilma e Alckmin, aferida em pesquisas recentes, e o volume e a permanência dos protestos. Haveria uma maioria silenciosa? Talvez, mas o fato de que 55% dos consultados pelo Datafolha digam que aprovam os protestos é um forte chamado de atenção.
Por fim, sobre o que querem os manifestantes, já muito além do passe livre, quem parece ter razão é Juan Arias, o excelente correspondente de "El País": "Querem, por exemplo, serviços públicos de primeiro mundo; querem uma escola que, além de acolhê-los, lhes ensine com qualidade, o que não existe; querem uma universidade que não seja politizada, ideologizada ou burocrática. Querem que ela seja moderna, viva, que os prepare para o trabalho futuro".
Mais: "Querem hospitais com dignidade, sem meses de espera, onde sejam tratados como seres humanos, e querem, sobretudo, o que ainda lhes falta politicamente: uma democracia mais madura, em que a polícia não atue como na ditadura".
"Querem um Brasil melhor. Nada mais."
Como dizia a faixa que abria a passeata no Rio: "Não é por centavos; é por direitos". (jornalista Clovis Rossi – Folha – 18.06.2013)
Aviso ao leitor: esta é apenas uma primeira aproximação ao que está acontecendo no Brasil. Sou obrigado a concordar com Ângela Randolpho Paiva, do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, que admitiu honestamente à GloboNews: "Estamos atordoados".
Com razão. O Brasil não é um país de sair à rua, salvo em Mundiais. Que saia agora, em massa, ainda por cima para protestar também contra as obras da Copa, é de atordoar qualquer um.
Mas jornal circula todos os dias, e não consigo silenciar à espera de recolher os elementos indispensáveis a uma análise mais aprofundada. É preciso pincelar algumas ideias, apesar de os protestos do dia estarem apenas começando, por imposição dos horários de fechamento.
O que já está evidente é que a vaia ouvida no sábado no estádio Mané Garrincha saiu às ruas. Não adianta o petismo e a mídia chapa-branca tentarem dizer que a vaia partiu da elite, única em condições de pagar o preço abusivo dos ingressos.
Nas ruas do Rio ontem, havia uma vaia clara, na forma de uma faixa: "Fora Dilma/Fora Cabral".
Tanto o Rio quanto Brasília, é sempre bom lembrar, são praças fortes do lulismo. Que apareça um cartaz como esse, ainda que isolado, é eloquente do estado de insatisfação de uma parcela importante do público.
Mas é fundamental ter em conta duas coisas:
1 - Dilma não é o alvo isolado dos protestos. Nem sei se é o alvo principal. Mas é alvo.
Alvos também são os políticos em geral, de que dá prova a concentração em Brasília diante do Congresso Nacional. O volume de público no Rio, governado pelo PMDB, e em São Paulo, governado pelo PSDB, demonstra que a classe política brasileira está fracassando na sua missão de representar o público, pelo menos o público mobilizado.
A massa no Rio era, aliás, impressionante; desde as Diretas Já, não se via algo parecido.
2 - Há uma aparente contradição, de todo modo, entre a aprovação popular dos governos Dilma e Alckmin, aferida em pesquisas recentes, e o volume e a permanência dos protestos. Haveria uma maioria silenciosa? Talvez, mas o fato de que 55% dos consultados pelo Datafolha digam que aprovam os protestos é um forte chamado de atenção.
Por fim, sobre o que querem os manifestantes, já muito além do passe livre, quem parece ter razão é Juan Arias, o excelente correspondente de "El País": "Querem, por exemplo, serviços públicos de primeiro mundo; querem uma escola que, além de acolhê-los, lhes ensine com qualidade, o que não existe; querem uma universidade que não seja politizada, ideologizada ou burocrática. Querem que ela seja moderna, viva, que os prepare para o trabalho futuro".
Mais: "Querem hospitais com dignidade, sem meses de espera, onde sejam tratados como seres humanos, e querem, sobretudo, o que ainda lhes falta politicamente: uma democracia mais madura, em que a polícia não atue como na ditadura".
"Querem um Brasil melhor. Nada mais."
Como dizia a faixa que abria a passeata no Rio: "Não é por centavos; é por direitos". (jornalista Clovis Rossi – Folha – 18.06.2013)
- Eu também acrescentaria aí neste rol de insatisfação
popular, as mazelas do nosso inacreditável Poder Judiciário, com suas
benevolência e indulgência, tanto com o andar de baixo e muito mais, ainda, com
o andar de cima!
CALHEIROS PEDE QUE
INSTITUIÇÕES SEJAM PRESERVADAS
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), divulgou na noite desta segunda-feira, 17, uma nota em que reconhece
a "legitimidade" das manifestações democráticas, como as que ainda
ocorrem neste momento, em frente ao prédio do Parlamento. Calheiros ressalvou
que é preciso que "as instituições sejam preservadas".
Na nota, ele disse ter dado "pessoalmente" as
ordens para que a Polícia Legislativa não reprimisse a manifestação popular e
que "em nenhuma hipótese" usasse a violência, mantendo apenas a ordem
necessária.
"O Congresso Nacional continuará aberto às vozes das
ruas e recolherá todos os sentimentos das manifestações a fim de encaminhar
soluções no que lhe couber, como não poderia ser diferente em um ambiente
democrático", concluiu o senador, na nota.
- Faz-me rir, pra não chorar, passam 7 dias da semana, 24
horas por dia defendendo interesses pessoais, na maioria das vezes escusos,
chantageiam o Executivo, afrontam o Supremo Tribunal Federal e intimidam o
Ministério Público com suas PECs abjetas, quando trabalham, elaboram leis
penais frouxas, patrocinam impunidade de seus pares, não têm o mínimo de
decoro, gastam o dinheiro público como se fosse próprio, transformam o
Congresso Nacional em balcão de negócios e lobbies, não dignificam os votos que
recebem do povo e me vem falar em respeito às instituições!
- Diga-se de passagem que o ponto alto das manifestações foi
o repúdio aos partidos políticos, haja vista que, em todas as vezes que alguns
deles quiseram pegar carona e tirar uma casquinha no movimento foram rechaçados
em voz uníssona e não adianta cientistas políticos virem com este papo de
“democracia representativa”. Se quiserem representar o povo passem a se
respeitar e dignificar a representatividade!
- Me poupe!
DE VÂNDALOS E
BADERNEIROS A MINORIA DE MANIFESTANTES “RADICAIS”
Até a dona Globo tomou vergonha na cara, avessa a qualquer
tipo de manifestação popular, apoiou a ditadura, boicotou as Diretas Já e o
Fora Collor, para a Vênus Platinada todos os manifestantes eram vândalos e
baderneiros, mas, menos dona Globo, menos, como não está acostumada a um
jornalismo imparcial, aí fica a dica, são vândalos e baderneiros, sim, uns
bandidos sem causa que se infiltram em qualquer aglomeração para depredar o
patrimônio público e privado e desacatar os policiais!
Por fim, e o nobre “democrata” governador tucano de Minas,
hein? Requisitou ao governo federal tropas da Guarda Nacional!
Interessante dos “democratas” mandatários da soberania
popular, quando a bandidagem toca o terror nos estados e governo federal
oferece ajuda da PF e da GN, imediatamente, politizam a Segurança Pública e
correm pra telinha pra dizer que suas policias são competentes e dispensam a
ajuda, agora, pede socorro pra reprimir elemento de alta periculosidade... O POVO!
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