segunda-feira, junho 17, 2013






PÉROLA
O direto à manifestação é incontestável, desde que não se incorra em abusos. Parece que há brasileiros que discordam do fato de o país trazer grandes eventos e buscam prejudicar a imagem do país. (nobre ministro da Justiça José Eduardo Cardozo - http://oglobo.globo.com/pais/cardozo-diz-que-pm-de-sao-paulo-abusou-de-violencia-durante-manifestacao-8694466)
- Nobre ministro, há muito o Brasil não tem imagem tem retrato falado e não foi a turma do andar de baixo que colaborou com o prontuário da republiqueta, não!
- Aliás, já ouvi este papo de “Brasil, Ame-o ou deixo-o” não sei onde e quanto!

A PM COMEÇOU A BATALHA NA MARIA ANTÔNIA
Quem acompanhou a manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus ao longo dos dois quilômetros que vão do Teatro Municipal à esquina da Consolação com a rua Maria Antônia pode assegurar: os distúrbios desta quinta-feira começaram às 19h10m, pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns vinte homens da tropa de choque, com suas fardas cinzentas, que, a olho nu, chegaram com esse propósito.
Pelo seguinte: às 17h, quando começou a manifestação, na escadaria do teatro, podia-se pensar que a cena ocorria em Londres. Só uma hora depois, quando a multidão engordou, os manifestantes fecharam o cruzamento da rua Xavier de Toledo. Nesse cenário, havia uns dez policiais. Nem eles hostilizaram a manifestação, nem foram por ela hostilizados.
Por volta de 18h30m, a passeata foi em direção à Praça da República. Havia uns poucos grupos de PMs guarnecendo agências bancárias, mais nada. Em nenhum momento foram bloqueados. Numa das transversais, uns vinte PMs postaram-se na Consolação, tentando fechá-la, mas deixando uma passagem lateral. Ficaram ali menos de dois minutos e retiraram-se. Esse grupo de policiais subiu a avenida até a Maria Antonia, caminhando no mesmo sentido da passeata. Parecia Londres. Voltaram a fechá-la e, de novo, deixaram uma passagem. Tudo o que alguns manifestantes faziam era gritar: “Você é soldado, você também é explorado” ou “Sem violência”. Alguns deles colavam cartazes brancos com o rosto do prefeito de São Paulo, “Fernando Maldad“.
Num átimo, às 19h10m, surgiu do nada um grupo de uns vinte PMs cinzentos, com viseiras e escudos. Formaram um bloco no meio da pista. Ninguém parlamentou. Nenhum megafone mandando a passeata parar. Nenhuma advertência. Nenhum bloqueio sem disparos, coisa possível em diversos trechos do percurso. Em menos de um minuto esse núcleo começou a atirar rojões e bombas de gás lacrimogênio. Chegara-se a Istambul.
Atiravam não só na direção da avenida, como também na transversal. Eram granadas Condor. Uma delas ficou na rua que em 1968 presenciou a pancadaria conhecida como “Batalha da Maria Antônia”. Alguns deles, sexagenários, não cheiram mais gás (suave em relação ao da época), mas o bouquet de vinhos.
Seguramente a PM queria impedir que a passeata chegasse à avenida Paulista. Conseguiu, mas conseguiu que a manifestação se dividisse em duas. Uma, grande, recuou. Outra, menor, conseguiu subir a Consolação. Eram pessoas perfeitamente identificáveis. A maioria mascarada. Buscaram pedras e também conseguiram o que queriam: uma batalha campal.
Foi um cena típica de um conflito de canibais com os antropófagos.
- Pois é, mas a grande imprensa pusilânime, safada e ordinária, como sempre, só enfatiza a violência praticada pelos “vândalos e baderneiros”!
- A propósito:

PROTESTO EM SÃO PAULO: REPÓRTER FERIDA NO OLHO PUBLICA DEPOIMENTO SOBRE O QUE ACONTECEU
Giuliana Vallone, repórter da Folha de São Paulo ferida no olho durante o protesto na capital paulista nesta quinta-feira, publicou no Facebook um depoimento sobre o que aconteceu. A jornalista, da TV Folha, conta que foi ameaçada por um policial por estar filmando a ação da PM contra os manifestantes. Ela revelou que viu um oficial mirar nela e em um amigo, antes de atirar.
A foto de Giuliana ferida, sentada na calçada, ferida, foi publicada no perfil do jornal O Estado de São Paulo no Facebook. A imagem, de Diego Zanchetta, do Estadão, foi compartilhada mais de 6.600 vezes no perfil do jornal.
A Folha de São Paulo informou, nesta quinta-feira, que além de Giuliana, outros seis repórteres foram feridos durante o protesto. Cerca de 60 pessoas foram detidas durante a manifestação em São Paulo.
Leia o depoimento da repórter na íntegra:
“Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todas as manifestações de carinho e preocupação recebidas dos amigos e também de pessoas que não tive a oportunidade de conhecer. Vocês são incríveis.
Agora, o boletim médico: passei a noite no hospital em observação. A tomografia mostrou que não há fraturas nem danos neurológicos. A maior preocupação era o comprometimento do meu olho, que sofreu uma hemorragia por causa da pancada. Felizmente, meu globo ocular não aparenta nenhum dano. E agora, ao acordar, percebi a coisa mais incrível: já consigo enxergar com o olho afetado, o que não acontecia quando cheguei aqui. Fora isso, estou muito inchada e tomei alguns pontos na pálpebra.
Sobre o que aconteceu: já tinha saído da zona de conflito principal - na Consolação, em que já havia sido ameaçada por um policial por estar filmando a violência - quando fui atingida. Estava na Augusta com pouquíssimos manifestantes na rua. Tentei ajudar uma mulher perdida no meio do caos e coloquei ela dentro de um estacionamento. O Choque havia voltado ao caminhão que os transportava. Fui checar se tinham ido embora quando eles desceram de novo. Não vi nenhuma manifestação violenta ao meu redor, não me manifestei de nenhuma forma contra os policiais, estava usando a identificação da Folha e nem sequer estava gravando a cena. Vi o policial mirar em mim e no querido colega Leandro Machado e atirar. Tomei um tiro na cara. O médico disse que os meus óculos possivelmente salvaram meu olho.
Cobri os dois protestos nesta semana. Não me arrependo nem um pouco de participar desta cobertura (embora minha família vá pirar com essa afirmação). Acho que o que aconteceu comigo, outros jornalistas e manifestantes, mostra que existem, sim, um lado certo e um errado nessa história. De que lado você samba?”.

FOTÓGRAFO FERIDO EM MANIFESTAÇÃO CORRE RISCO DE FICAR CEGO, DIZ MULHER
Ele foi atingido por uma bala de borracha no quarto dia de manifestações.
Santa Casa atendeu dez pacientes feridos durante protesto de quinta-feira.



ALARME 
Diante do aumento da repressão aos protestos de ontem contra o aumento nas tarifas de transporte público, aliados de Geraldo Alckmin se preocupavam com a demora do governador em condenar energicamente a violência policial.
Monitoramento 
A Presidência tem recebido relatórios da Prefeitura de São Paulo sobre os protestos. Os informes dizem que movimentos como o Passe Livre não têm controle sobre a situação ou sobre os manifestantes.
É a inflação 
O PSDB nacional deve usar os protestos em capitais para bater na tecla de que Dilma Rousseff começa a ser alvo de insatisfação da população por conta do aumento do custo de vida, e não apenas das passagens.
Impasse 
Às 19h, os manifestantes disseram a representantes da prefeitura que encerrariam a caminhada caso fossem recebidos por Fernando Haddad. Ele disse que não negociaria enquanto mantivessem o protesto.
Mudou? 
Historicamente críticos à repressão de protestos, vereadores do PT diziam ontem antes do auge do confronto que a polícia agiu corretamente ao deter militantes com pedras. "Foi uma ação preventiva para evitar depredação", disse Alfredinho. (coluna Painel – Folha – 14.06.2013)
- Eles são muito bons em monitorar de longe e também são muito bons de discursos quando estão na oposição, quando viram vidraça a coisa muda de figura, aliás, se os tucanos de alta plumagem tivessem juízo nem tocaria no assunto, porque vai ser muito interessante no programa seguinte do PT aparecem os vídeos com trogloditas da PM, despreparados como sempre, batendo, atirando e jogando gás de pimenta em quem não estava na manifestação, inclusive jornalistas que ali estavam exercendo a sua função!
- A propósito, sobre estas manifestações que estão tomando conta do país, não tenho bola de cristal nem sou estes “ólogos” da vida, mas os iluminados que tomem muito cuidado, primeiro que, estas insurgências estão surgindo espontaneamente, pior, através de redes sociais, pior, sem lideranças, isto quer dizer que quando há o estouro da boiada ninguém segura; segundo, pelo que tenho visto, as passagens de ônibus são só a ponta do iceberg, haja vista que, aqui no Rio, depredaram e picharam o Tribunal de Justiça e ALERJ, símbolos emblemáticos dos Poderes constituídos, o que quer dizer que o povo anda enfurecido com os desmando dos três podres Poderes, pode ser que me engane, mas o caldeirão está transbordando!

VÍDEOS: MANIFESTANTES PEDEM PROTESTO ‘SEM VIOLÊNCIA’ EM SÃO PAULO E SÃO ALVEJADOS POR BALAS DE BORRACHA

PM APURA VÍDEO QUE MOSTRA POLICIAL DANIFICANDO VIDRO DE VIATURA
Ação gravada na Rua da Consolação durante protesto foi postada na web.
Gravação mostra policial ao danificar carro da Polícia Militar em SP.

GOVERNADOR E SECRETÁRIO DEFENDEM AÇÃO DA PM DURANTE PROTESTOS
"A polícia vai continuar cumprindo esse papel", completou o secretário.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) também saiu em defesa da PM.
Também em entrevista ao "SPTV", Alckmin disse que a corporação tem o dever de "proteger a população, garantir o direito de o comércio abrir e preservar o patrimônio público".
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- Nobre governador que, juntamente com o prefeito, enquanto São Paulo ardia em chamas, estavam degustando bons vinhos e queijos na terra de Luis XVI, “proteger a população, garantir o direito de o comércio abrir e preservar o patrimônio público” não se faz da forma que sua truculenta e despreparada polícia fez, que, agora, fica claro quem provocou toda esta situação.
- Garantir a paz social se faz republicanamente com uma polícia civilizada, que garanta a ordem pública com equilíbrio, mas, já conhecemos o blábláblá dos governantes, “se houve excessos, eles serão punidos exemplarmente com todo o rigor”!
'PARECE QUE PROTOCOLOS NÃO FORAM OBSERVADOS', DIZ HADDAD SOBRE POLÍCIA
Manifestação contra tarifas terminou em confrontos nesta quinta-feira (13).
Prefeito disse em entrevista que ocorrido 'não ficou bem para a polícia'.
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- Hahahahahahahah... e ficou muito bem pro nobre alcaide!
MINISTRO DA JUSTIÇA VÊ 'EXCESSO' DA POLÍCIA PAULISTA DURANTE PROTESTO
Segundo José Eduardo Cardozo, 'houve situações de violência policial'.
Para ministro, não é correto 'atingir as pessoas como mostram as imagens'.
- Ué, agora, mudou o discurso, antes estava até oferecendo ajuda da PF e da Força Nacional a São Paulo. Ih, esqueci, ano que vem tem eleições majoritárias!
- Nobre ministro, se preocupe em agilizar as investigações da morte do índio lá em MS!
- Me poupem!


FALA ZÉ SIMÃO
E adorei o Andrea Matarazzo: "Esses manifestantes são quase assassinos". Quase assassino não existe! Ou matou ou não matou!
E a diferença entre a terminologia petista e a terminologia tucana pra dizer a mesma coisa. Haddad: "Essa manifestação violenta fere o Estado Democrático de Direito". Alckmin: "Baderneiros!". Rarará! (Folha – 14.06.2013)

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