CHARGES.COM.BR
PÉROLA
“A imprensa passa 24 horas por dia esculhambando com
político e eu fico puto quando político não reage. Eles ficam xingando a classe
política. Então manda ele entrar, criar um partido político, se candidatar,
porque o politico decente, honesto, combativo, está nele, não está em mim. É
fazendo esse desafio que a gente vai provocar a juventude a fazer política,”
(nobre ex-presidente Lula – 13.08.2013 - http://oglobo.globo.com/pais/lula-convida-eduardo-campos-para-apoiar-candidatura-de-dilma-9515691)
- Mas vem cá, quem há alguns anos, sendo bem generoso, disse
que no respeitabilíssimo Congresso tinham uns 300 picaretas, hein!
- A propósito:
COM A PALAVRA
MINISTRO DECANO DO STF CELSO DE MELLO
30% do Congresso
responde a processo no STF
VACCAREZZA QUESTIONA
PROPOSTA QUE MEXE NO BOLSO DOS DEPUTADOS
Coordenador do grupo de trabalho sobre reforma política
garante que todas as sugestões serão consideradas; redução de salário de
deputados é uma das mais populares entre os internautas
...
Na enquete, que já recebeu 52 mil votos em 2.179 temas, as
ideias mais apoiadas pela população são o fim de regalias como cota parlamentar
para gastos com material, auxílio-moradia, auxílio para o pagamento de
assessores e para passagens aéreas, bem como a criação de mecanismos para
"regular e limitar" salários dos deputados.
"Acho que a democracia tem
custo e é correto ter gasto para viabilizar a democracia", defendeu
Vaccarezza.
...
FARRA ILEGAL: SENADORES
USAM VERBA OFICIAL ATÉ PARA ABASTECER JATINHOS
BRASÍLIA — Levantamento realizado pelo GLOBO na prestação de
contas de todos os 81 senadores — de fevereiro de 2011, quando teve início a
atual legislatura, a julho deste ano — demonstra que muitos parlamentares fazem
malabarismos para gastar o dinheiro de verba indenizatória a que têm direito.
Há de tudo, inclusive o desrespeito ao ato que, em dois de junho de 2011, foi
instituído pelo primeiro-secretário da Casa com o objetivo de disciplinar o uso
desse benefício.
Mensalmente, o valor varia de R$ 21.045,20, para os
parlamentares do Distrito Federal e de Goiás, a R$ 44.276,60, para quem é do
Amazonas. Esses valores podem ser cumulativos, o que não é gasto num mês pode
ser no outro, desde que não ultrapasse o total da dotação anual.
Na pesquisa, a reportagem encontrou casos de senadores que,
com o dinheiro da verba, utilizam aeronaves particulares para ir a outros
estados — o que é proibido, pois o recurso é para uso no estado de origem — e
quem supostamente aluga três veículos de uma concessionária que só vende carros
novos ou seminovos. A prestação de contas também deixa clara a predileção de
certos parlamentares por hotéis de luxo fora de seu domicílio. Foram
identificados casos de senadores que passaram o fim de semana no Rio hospedados
no Copacabana Palace, ou em São Paulo, no sofisticado Emiliano.
Outros, preocupados em manter uma assessoria eficaz,
firmaram convênios com institutos que têm como principal ramo de atividade a
administração de Caixas Escolares — instituições jurídicas que administram
recursos de escolas. Mas todos afirmam que cumprem as regras e que, mesmo nos
deslocamentos para outros estados, usando o próprio jatinho, estão exercendo
suas atividades parlamentares. A mesma resposta vale para quem passa o fim de
semana nos hotéis de luxo: tudo em nome do mandato parlamentar.
R$ 25 mil num mês para abastecer avião
Acir Gurgacz (PDT-RO), um senador milionário, gasta parte de
sua verba com querosene para o próprio avião. E, contrariando o Ato número 10,
voa com o dinheiro de sua cota para outros estados. Em 13 de março deste ano,
por exemplo, apresentou nota fiscal de R$ 2.272 em abastecimento de aeronave em
Paulínia, interior de São Paulo, bem distante de seu domicílio eleitoral,
Rondônia. Em 21 de março, mais R$ 2.777, desta vez em Caracarai, Roraima. Em
abril, Gurgacz gastou R$ 25.249 em combustível para aeronaves e, entre suas
viagens, esteve em São José dos Pinhais (PR) e Cuiabá (MT). Ele também voou
para Manaus.
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) usou sua cota de
verba para abastecer aeronaves em viagens a diversos estados. Ele esteve em
Fortaleza (CE), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro, São Paulo e Jundiaí (SP). Há
notas fiscais nos valores de R$ 9.549, R$ 9.434, R$ 7.404, e por aí vai. Jayme
Campos (DEM-MT) também se valeu da verba parlamentar para abastecer o próprio
avião em deslocamentos para São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
Outra característica comum nas prestações de contas é a
predileção pelos gastos com transportes, incluindo combustível e aluguel de
aeronaves e veículos. No Senado, não há limite para gastos com combustíveis,
como foi estabelecido na Câmara em 2006 após o escândalo das notas frias
apresentadas por deputados para justificar supostos gastos. Há notas fiscais de
gastos com combustíveis em valores que chegam a R$ 36 mil num único mês e num
único posto.
É o caso de Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Em julho de 2012,
o senador apresentou quatro notas da Semalo Combustíveis que somaram R$ 36.673.
As notas foram emitidas nos dias 17, 30 e 31 (duas delas). E não são gastos
cumulativos, já que nos meses anteriores e posteriores o senador também gastou
bastante em combustível, embora não em valores tão significativos.
Para dar agilidade aos mandatos, argumentam os senadores,
eles alugam veículos em seus estados, que ficam à disposição dos funcionários
do escritório político. Mas algumas locações chamam a atenção. João Alberto de
Souza (PMDB-MA) apresentou notas fiscais de uma concessionária de revenda da
Ford no Maranhão. A reportagem telefonou na quarta-feira para a Duvel,
localizada no centro de São Luís, e foi informada de que a agência só vende
veículos zero km ou seminovos. Na página da empresa na internet, o grupo, que
tem seis lojas no estado, deixa claro que sua função é vender, não alugar.
Os veículos de posse de João Alberto de Souza são um Focus
Sedan, pelo qual paga mensalmente R$ 3.755,62; um Fiesta Sedan, com prestação
de R$ 2.309,49; e um Ford Edge, no valor de R$ 5.900 mensais. O sócio da
empresa, Henry Duailibe, depois do contato da reportagem com a assessoria do
senador, disse ao GLOBO que, no caso do senador, “a concessionária aluga os
veículos”, embora esse não seja o ramo principal da concessionária.
A família Duailibe é amiga de longa data da família Sarney e
do próprio senador João Alberto de Souza. O filho do empresário, de mesmo nome
do pai, acompanhou o então presidente do Senado, José Sarney, em uma viagem à
ilha de Curupu a bordo de um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão.
O senador João Alberto também contrata a empresa Congerplan.
Todo mês paga R$ 12.800 pela assessoria da empresa que, conforme consta na
Receita Federal, tem como atividade principal “consultorias em gestão
empresarial, exceto consultoria técnica específica, e administração de caixas
escolares, além de apoio à educação”.
O senador Valdir Raupp (RO), presidente em exercício do
PMDB, apresentou recibos de locação de veículos de uma empresa que, de acordo
com a Receita Federal, atua no transporte de cargas. É a Quatro Estações
Transportes, que também está autorizada a manter atividades de comércio
varejista de artigos de cama, mesa e banho e atacadista de produtos
alimentícios em geral. Entre 2011 e 2012, várias notas de R$ 18 mil emitidas
por essa empresa foram apresentadas ao Senado por Valdir Raupp, para justificar
o gasto da verba indenizatória.
Já Epitácio Cafeteira (PTB-MA) tem despesas constantes com a
A. M. Matias, uma empresa de São José de Ribamar, próxima a São Luís, e que tem
como ramo de atuação a “organização de excursões em veículos rodoviários
próprios intermunicipal, interestadual e internacional”. O gasto apresentado
por ele foi de R$ 11 mil por mês, durante o período pesquisado.
Hospedagem em hotéis de luxo
Além de muitas viagens bancadas por recursos públicos,
alguns parlamentares também não dispensam o conforto de bons hotéis. Mozarildo
Cavalcanti, por exemplo, quando troca Boa Vista pelo Rio de Janeiro, costuma
ficar no Copacabana Palace. Em 17 de outubro de 2011, há, no site do Senado,
seis registros em sua prestação de contas de pagamentos de diárias nesse hotel.
As notas têm o mesmo número, mas os valores são diferentes: R$ 7.380,65; R$
7.298,15; R$ 7.345,45; R$ 7.393,85; R$ 7.477,45 e R$ 7.448,85. O dia 17 foi uma
segunda-feira, o que sugere que a hospedagem se deu no fim de semana. O senador
também gosta de ir a Belém, também distante de seu domicílio eleitoral. Na
capital paraense, hospeda-se no Brasilton. Em 10 de agosto de 2011, gastou R$
3.888,45. Em 17 de novembro do mesmo ano, mais R$ 4.062,54 no mesmo hotel.
Mozarildo também é atuante em São Paulo. Em 2 de agosto de 2011, deixou R$
6.633,21 no Blue Tree do Itaim Bibi. Uma semana depois, e dois dias antes de ir
a Belém, pagou mais R$ 4.260,92 por mais uma estadia.
Apesar de Mozarildo ter residência em Boa Vista, ele também
tem despesas com hotel na sua própria cidade: apresentou nota no valor de R$
12.960 no Boa Vista Eco Hotel. O recibo, no entanto, está em nome de Odashiro
Construções Ltda, nome social do hotel. Foi emitido em 15 de outubro do ano
passado, logo após as eleições. No portal da transparência do Senado está na
rubrica “divulgação de atividade parlamentar”.
Outro que se hospeda em hotéis de luxo é o senador Ciro
Nogueira (PP-PI). No dia 22 de agosto de 2011 ele apresentou uma nota no valor
de R$ 1.366 depois de passar o fim de semana no Copacabana Palace. Voltaria no
fim de semana seguinte, deixando o hotel na segunda-feira, e gastando mais R$
1.390. Em 24 de outubro, pagou mais R$ 2.034. Em São Paulo, a predileção de
Nogueira é pelo Emiliano. Somente em setembro de 2011, gastou R$ 5.397 lá, onde
esteve em quatro ocasiões. Em abril de 2012, mais três hospedagens no mesmo
local, com gasto de R$ 7.658 e, em julho do mesmo ano, mais R$ 4.267. Em agosto
do ano passado, foram mais R$ 3.661 e, em setembro, R$ 2.135.
SENADORES DIZEM QUE
GASTOS FORAM LEGAIS E PARA EXERCÍCIO DO MANDATO
BRASÍLIA — A assessoria de imprensa do Senado informou que,
desde a edição do Ato 10, de junho de 2011, o valor da cota parlamentar passou
a variar entre o mínimo de R$ 21.045,20, para os senadores do Distrito Federal
e de Goiás, a R$ 44.276,60, para os do Amazonas; e que, de acordo com esse ato,
não é permitida a utilização da verba para a aquisição de material permanente,
como seria o caso da compra de um veículo. A locação de meios de transportes,
esclareceu a assessoria, pode ser feita, desde que para uso exclusivo do
parlamentar ou de assessores dentro de seu estado de origem.
Embora o jornal tenha perguntado, por e-mail, se o senador
podia utilizar a verba de combustível para abastecer a própria aeronave, a
assessoria não respondeu a essa questão. Mas informou que, no caso de
hospedagem, o senador pode escolher à vontade o hotel que quer ficar para o
exercício de sua atividade parlamentar.
A assessoria afirmou ainda que a Coordenação de Apoio aos
Parlamentares é o órgão gestor das cotas e “cumpre rigorosamente as normas
estabelecidas pelo Ato 10. Toda prestação de contas que não se enquadra nas
determinações previstas são rejeitadas”.
As notas apresentadas pelo senador João Alberto Souza (PMDB-MA)
para justificar gastos com aluguel de três carros numa concessionária de
revenda Ford chamam atenção porque tem valores fixos, inclusive com centavos.
Mas o senador nega que seja um contrato de compra. Sua assessoria sugeriu que o
jornal procurasse a Duvel, a concessionária. O sócio da concessionária, Henry
Duailibe, disse ao GLOBO que, embora sua empresa não alugue veículos, faz uma
concessão para o senador por conveniência.
— Alugo de acordo com nossa conveniência. Se paga taxa ou
não, meu negócio permite isso — declarou Duailibe.
O senador Jayme Campos (DEM-MT) disse que usa recursos da
verba indenizatória para abastecer seu avião particular por questão de
economia. De acordo com ele, as vezes em que esteve em São Paulo e no Rio de
Janeiro, com avião particular abastecido com dinheiro público, foram por
questões profissionais.
A assessoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) informou que
ele também utiliza aeronave própria e, nas vezes em que foi para Curitiba,
Manaus e São Paulo, por exemplo, estava cumprindo missões de seu mandato, uma
vez que é um dos líderes da bancada ruralista.
A assessoria do senador Fernando Collor disse simplesmente
que o Ato 10 permite o gasto com combustível. A assessoria não quis entrar na
polêmica de que o gasto foi feito em outros estados.
No caso das notas sequenciais, os senadores também têm
explicações. A assessoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) informou
que aluga carros na empresa J.S. Tavares e que, às vezes, as notas não são
apresentadas no fechamento do mês. Quando os documentos são entregues,
apresentam a data em que foram emitidos, mas entram na prestação de contas do
mês em que o serviço teria sido prestado. A assessoria informou que os
comprovantes podem ser apresentados durante o ano, e não necessariamente no mês
em que o trabalho foi contratado.
Explicação idêntica deu a assessoria do senador Zezé
Perrella (PDT-MG). Segundo seus assessores, apesar de o trabalho ter sido
executado em julho, agosto e setembro de 2012, a nota só foi apresentada em
janeiro do ano seguinte. Eles não souberam explicar por que os recibos são
sequenciais.
O GLOBO procurou, desde quinta-feira, por mais de uma vez,
as assessorias dos senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Ciro Nogueira
(PP-PI), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Epitácio Cafeteira (PTB-MA), mas elas não
deram retorno.
PRESTAÇÕES DE
SENADORES TÊM NOTAS FISCAIS COM NÚMEROS EM SEQUÊNCIA
BRASÍLIA — A prestação de contas de senadores com a verba
indenizatória apresenta situações, no mínimo, estranhas. São muitos os casos
verificados de apresentação de notas fiscais sequenciais e com datas futuras.
As notas são apresentadas pelos senadores para justificar as despesas que são
bancadas pela verba indenizatória, e pedir o ressarcimento. Há casos em que o
documento é apresentado ao Senado em um mês, mas com data de três meses depois.
Outra característica comum é o fato de senadores contratarem empresas
recém-criadas, cujas notas apresentam numeração baixa.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) é um dos que mantêm essa
prática. Na sua prestação de contas é possível saber que ele alugaria carros da
Quatro Estações Transportes. Na Receita Federal, essa companhia tem como ramo
de atividade o “transporte rodoviário de cargas, comércio varejista de artigos
de cama, mesa e banho e atacadista de produtos alimentícios e aparelhos
eletrônicos de uso pessoal e doméstico”. Apesar de a empresa ter sido criada em
agosto de 2002, as notas fiscais apresentadas por ela são de numeração baixa,
com o se fosse nova.
Em setembro de 2011, Raupp apresentou uma nota fiscal, de
número 32, no valor de R$ 11.879, mas com data de 13 de dezembro do mesmo ano.
Em novembro, a nota era a de número 33, no valor de R$ 18 mil, com vencimento
também para 13 de dezembro. A prática foi a mesma no mês seguinte, com nota de
número 34, e voltou a se repetir no próprio mês de dezembro, com valor e
vencimento idênticos.
Em julho, nota de janeiro
Zezé Perrella (PDT-MG) desde julho do ano passado gasta R$
18.333,33 mensalmente com a “Agência 1968”. Está na rubrica “contratação de
consultorias, assessorias, pesquisas, trabalhos técnicos”. As notas fiscais são
sequenciais. Começaram com número 3. Em julho do ano passado, o documento tinha
como data de vencimento 23 de janeiro deste ano. Em agosto, a nota 4 tinha essa
mesma data (23/01). O mesmo ocorreu nos outros meses. De acordo com a Receita
Federal, a Agência 1968 tem como atividade principal “suporte técnico,
manutenção e outros serviços em tecnologia de informação”. Foi criada em abril
de 2009.
A sequência de numeração nas notas fiscais também aparece na
prestação de contas de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). No caso dela, a J.S.
Tavares Turismo, que aluga carros para a parlamentar, apresentou documentos que
retroagiram na numeração à medida que os meses avançaram. Em junho de 2011, por
exemplo, há notas com numeração 50, 51, 60 e 61, cada uma com valor de R$ 3
mil. As duas primeiras tinham como vencimento 3 de junho daquele ano; as duas
últimas, 2 de agosto. Em outubro, no entanto, a numeração retroage. As notas 4
e 5, com valores de R$ 3 mil cada, tinham como vencimento 9 de dezembro de
2011.
SENADO APURA GASTO DE
R$ 2 MILHÕES COM SELOS
Valor desembolsado em um ano e quatro meses daria para
comprar 1,4 milhão de unidades; funcionários já foram afastados depois de
auditoria
O Senado gastou quase R$ 2 milhões com a compra de 1,4
milhão de selos - considerando o valor de R$ 1,20 para uma carta comum - em um
ano e quatro meses, mas não sabe o que foi feito com o material. Uma auditoria,
aberta em junho, apura as despesas dos senadores e da área administrativa com a
chamada cota postal. Funcionários já foram afastados e a distribuição de mais
selos, proibida.
O gasto em selos seria suficiente para distribuir uma
correspondência para cada morador de Goiânia, com 1,3 milhão de habitantes; ou
18 mil selos por senador. O que intriga os responsáveis pela auditoria é que
não há previsão nas normas da Casa para a compra de selos.
As correspondências dos senadores e da Casa são seladas por
meio de uma máquina franqueadora, equipamento utilizado para imprimir o valor
da postagem na correspondência, como um carimbo. Em outras palavras, não há a
necessidade de selos em papel.
Segundo fontes ouvidas pelo Estado, parte dos selos foi
entregue a alguns senadores, que os requisitaram oficialmente, mas não há
registro sobre o paradeiro da maior parte do material.
O líder do PTB, Gim Argello (DF), é um dos parlamentares que
pediram selos, conforme um dos envolvidos nas investigações. A família dele é
dona de agência franqueada dos Correios em Brasília. "Não me lembro, não.
Foram quantos? Normalmente, mando carta quando tem aniversário de eleitor, mas
não estou lembrado de ter pedido", afirmou o senador. De uma só vez, em
dezembro passado, o Senado comprou R$ 360 mil em selos.
...
REPROVAÇÃO AO
CONGRESSO SOBE 9 PONTOS APÓS PROTESTOS
A reprovação ao Congresso Nacional aumentou nove pontos
percentuais (de 33% para 42%) após os protestos de junho. Apesar do esforço do
Legislativo em votar projetos de interesse da sociedade, a resposta dos
parlamentares às manifestações foi avaliada como ruim/péssima por 45% dos
entrevistados.
Desde o fim de junho, os congressistas rejeitaram a PEC 37
(proposta que reduzia os poderes de investigação do Ministério Público) e
arquivaram o projeto de "cura gay". O Senado aprovou projeto que
converte a corrupção em crime hediondo, e a Câmara barrou a destinação de R$ 43
milhões para serviços de telecomunicações da Fifa.
...
SEM PROTESTOS,
CONGRESSO VOLTA À SUA ROTINA DE PLENÁRIOS VAZIOS
Dois meses depois dos protestos de rua em todo o país, o
Congresso Nacional retomou sua rotina de plenários vazios e votações em apenas
dois dias da semana.
Agora que a pressão direta da população por mudanças não se
faz sentir com a mesma força, deputados e senadores abandonaram a promessa de
adotar um ritmo mais forte nos trabalhos.
Na tarde de ontem, menos de dez deputados e senadores
estavam presentes nos plenários das duas Casas.
Oficialmente, quase 400 congressistas registraram presença
no Legislativo, mas deixaram o local de trabalho ainda pela manhã, pouco depois
de marcarem o "ponto".
No Senado, a sessão foi encerrada no meio da tarde sem que
nenhum projeto chegasse a ser votado. É praxe na Casa realizar votações às
quintas-feiras de projetos que são consensuais entre os líderes partidários,
mesmo com poucos parlamentares presentes.
...
CID GOMES CONTRATA
BUFFET DE R$ 3,4 MILHÕES NO CEARÁ
Serviço no gabinete e na residência oficial inclui bombinhas
de escargot e de salmão com caviar, camarões ao sol nascente, crepe de lagosta e
sushi tropical, entre outras iguarias
BRASILIA - Em mais um discurso para cobrar providências dos
órgãos de fiscalização em relação ao que chama de escalada de denúncias de mau
uso de recursos públicos pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), o deputado
estadual Heitor Ferrer (PDT-CE) voltou à tribuna esta semana para pedir
explicações sobre o que batizou de “farra do caviar”: um contrato publicado no
Diário Oficial do estado detalhando a contratação de um buffet, no valor de R$
3,4 milhões, para abastecer a cozinha da residência oficial e o gabinete do
governador com iguarias que incluem centenas de quilos do que há de mais fino
na culinária internacional.
...
- Como diria o refrão da música do grande Zeca Pagodinho, “Você
sabe o que é caviar?/Nunca vi, nem comi/Eu só ouço falar”, imagine camarões ao
sol nascente!
EL CID GASTADOR
Deve-se ao deputado Heitor Ferrer uma espiadela nas contas
do governador cearense, Cid Gomes. Torrou R$ 3,4 milhões abastecendo suas
dispensas e salões com taças de cristal, orquídeas, caviar, salmão e crepes de
lagosta.
A Bolsa Gomes é das melhores do mundo. O doutor Cid já levou
a sogra à Europa em jatinho fretado (R$ 388 mil). Em 2011 poupou a Viúva e voou
nas asas da Grendene, que doou R$ 1,2 milhão para sua campanha e recebe
incentivos fiscais do estado. Contratou por R$ 650 mil um show de inauguração
para hospital que não funcionava. Neste ano, quando diziam que ele fora à
Coreia negociar investimentos, estava na Europa, com direito a um cruzeiro na
costa croata. (coluna Elio
Gaspari – O Globo – 18.08.2013)
STF ABRE INQUÉRITO
CONTRA DEPUTADO QUE MOVIMENTOU R$ 21 MILHÕES EM CONTA BANCÁRIA
BRASÍLIA — O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito
para investigar movimentações financeiras atípicas do deputado Carlos Roberto (PSDB-SP). Entre janeiro de
2011 e outubro de 2012, o parlamentar movimentou R$ 21 milhões em sua conta
bancária. Segundo a Receita Federal, o valor é incompatível com a renda do
parlamentar. “O contribuinte em questão apresentaria indícios de variação
patrimonial a descoberto no valor de R$ 726.220,07, no calendário de 2011”, informou
a Receita. A situação de 2012 é ainda mais discrepante: Carlos Roberto declarou rendimento de R$
200,3 mil e movimentou R$ 14,9 milhões, um valor 74,5 vezes maior.
...
QUEM É MESMO QUE DEVE FICAR PUTO,
HEIN, NOBILÍSSIMO COMPANHEIRO EX-PRESIDENTE?
- Como diria o nobre governador de São Paulo, cujo partido
ainda tem muito que explicar sobre a roubalheira no Metrô de lá:
“o povo não sabe um décimo
do que se passa contra ele e, se soubesse, ia faltar guilhotina para a
Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo
brasileiro”. (http://oglobo.globo.com/pais/irritado-alckmin-diz-que-falta-guilhotina-para-corrupcao-8347587)
- E os nobres “mandatários da soberania popular” amorais,
aéticos e desavergonhados ainda justificam com estapafúrdios argumentos!
- E é bom nem falar em mensalões do PT, do PSDB mineiro, do
DEM em Brasília, do mensalão (e que mensalão!) tucano em São Paulo da Siemens e
da Alstom e recentemente do PMDB na Petrobras, mas, claro, tudo invenção da
imprensa!
- Enquanto isso, naqueles países diferentes
do nosso que só tem político idôneo e probo, mas que a imprensa fica
“inventando” coisas...
ME POUPE COMPANHEIRO LULA!
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