DA SÉRIE: VIDA DE GADO
- Haja guilhotinas!
- Enquanto isso...
GASTOS COM A COPA TÊM
NOVO ESTOURO DE R$ 2,2 BILHÕES COM ESTÁDIOS E AEROPORTOS
Os custos com a organização da Copa do Mundo aumentaram R$
2,2 bilhões — soma que inclui R$ 600 milhões a mais com o custo das obras dos
estádios e R$ 1,6 bilhão que não estavam previstos com a reforma dos
aeroportos. A soma total dos investimentos chega a R$ 28,1 bilhões — valor
que supera em 10% o que estava orçado.
- Chega a ser um crime contra a Humanidade destes
irresponsáveis e incosequentes!
NUM PAÍS SÉRIO UNS
CANALHAS DESTES SERIAM CONDENADOS A CINCO ANINHOS DE PRISÃO?!
AMENIDADES
Um homem de 89 anos estava fazendo seu check-up anual. O
médico perguntou-lhe como se sentia.
- Nunca me senti tão bem - respondeu o velho - Minha nova esposa tem 22 anos e está grávida, esperando um filho meu. Qual a sua opinião a respeito, doutor?
O Médico refletiu por um momento e disse:
- Deixe-me contar-lhe uma estória: eu conheço um cara que era um caçador fanático, nunca perdeu uma estação de caça. Mas, um dia, por engano, colocou seu guarda-chuva na mochila em vez da arma. Quando estava na floresta, um urso repentinamente apareceu na sua frente. Ele sacou o guarda-chuva da mochila, apontou para o urso e BANG, o urso caiu morto.
- HA! HA! HA! Isto é impossível - disse o velhinho - algum outro caçador deve ter atirado no urso.
- Exatamente!
- Nunca me senti tão bem - respondeu o velho - Minha nova esposa tem 22 anos e está grávida, esperando um filho meu. Qual a sua opinião a respeito, doutor?
O Médico refletiu por um momento e disse:
- Deixe-me contar-lhe uma estória: eu conheço um cara que era um caçador fanático, nunca perdeu uma estação de caça. Mas, um dia, por engano, colocou seu guarda-chuva na mochila em vez da arma. Quando estava na floresta, um urso repentinamente apareceu na sua frente. Ele sacou o guarda-chuva da mochila, apontou para o urso e BANG, o urso caiu morto.
- HA! HA! HA! Isto é impossível - disse o velhinho - algum outro caçador deve ter atirado no urso.
- Exatamente!
TRENS E METRÔ
SUPERFATURADOS EM 30%
Ao analisar documentos da Siemens, empresa integrante do
cartel que drenou recursos do Metrô e trens de São Paulo, o Cade e o MP
concluíram que os cofres paulistas foram lesados em pelo menos R$ 425 milhões
Na última semana, ISTOÉ publicou documentos inéditos e
trouxe à tona o depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional
alemã Siemens ao Ministério Público. Segundo as revelações, o esquema montado
por empresas da área de transporte sobre trilhos em São Paulo para vencer e
lucrar com licitações públicas durante os sucessivos governos do PSDB nos últimos
20 anos contou com a participação de autoridades e servidores públicos e
abasteceu um propinoduto milionário que desviou dinheiro das obras para
políticos tucanos. Toda a documentação, inclusive um relatório do
que foi revelado pelo ex-funcionário da empresa alemã, está em poder do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para quem a Siemens – ré
confessa por formação de cartel – vem denunciando desde maio de 2012 as
falcatruas no Metrô e nos trens paulistas, em troca de imunidade civil e
criminal para si e seus executivos. Até semana passada, porém, não se sabia
quão rentável era este cartel.
Ao se aprofundarem, nos últimos dias, na análise da papelada
e depoimentos colhidos até agora, integrantes do Cade e do Ministério Público
se surpreenderam com a quantidade de irregularidades encontradas nos acordos
firmados entre os governos tucanos de São Paulo e as companhias encarregadas da
manutenção e aquisição de trens e da construção de linhas do Metrô e de trens.
Uma das autoridades envolvidas na investigação chegou a se referir ao esquema
como uma fabulosa história de achaque aos cofres públicos, num enredo formado
por pessoas-chaves da administração – entre eles diretores do metrô e da
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) –, com participação especial
de políticos do PSDB, os principais beneficiários da tramoia. Durante a
apuração, ficou evidente que o desenlace dessa trama é amargo para os
contribuintes paulistas. A investigação revela que o cartel superfaturou cada
obra em 30%. É o mesmo que dizer que os governantes tucanos jogaram nos trilhos
R$ 3 de cada R$ 10 desembolsado com o dinheiro arrecadado dos impostos. Foram
analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. De acordo com o MP e o
Cade, os prejuízos aos cofres públicos somente nesses negócios chegaram a RS
425,1 milhões. Os valores, dizem fontes ligadas à investigação ouvidas por
ISTOÉ, ainda devem se ampliar com o detalhamento de outros certames vencidos em
São Paulo pelas empresas integrantes do cartel nesses e em outros projetos.
Entre os contratos em que o Cade detectou flagrante
sobrepreço está o de fornecimento e instalação de sistemas para transporte
sobre trilhos da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô paulista. A licitação foi
vencida pelo consórcio Sistrem, formado pela empresa francesa Alstom, pela
alemã Siemens juntamente com a ADtranz (da canadense Bombardier) e a espanhola
CAF. Os serviços foram orçados em R$ 615
milhões. De acordo com testemunhos oferecidos ao Cade e ao Ministério Público,
esse contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da
estatal. Isso significa algo em torno de R$ 46 milhões só em propina.
“A Alstom coordenou um grande acordo entre várias empresas, possibilitando
dessa forma um superfaturamento do projeto”, revelou um funcionário da Siemens
ao MP. Antes da licitação, a Alstom, a ADtranz, a CAF, a Siemens, a TTrans e a
Mitsui definiram a estratégia para obter o maior lucro possível. As companhias
que se associaram para a prática criminosa são as principais detentoras da
tecnologia dos serviços contratados.
O responsável por estabelecer o escopo de fornecimento e os
preços a serem praticados pelas empresas nesse contrato era o executivo Masao
Suzuki, da Mitsui. Sua empresa, no entanto, não foi a principal beneficiária do
certame. Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos no contrato da fase
1 da Linha 5 Lilás do Metrô paulista foi a Alstom, que comandou a ação do
cartel durante a licitação. Mas todas as participantes entraram no caixa da
propina. Cada empresa tinha sua própria forma de pagar a comissão combinada com
integrantes do PSDB paulista, segundo relato do delator e ex-funcionário da
Siemens revelado por ISTOÉ em sua última edição. Nesse contrato específico, a
multinacional francesa Alstom e a alemã Siemens recorreram à consultoria dos
lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira. Documentos apresentados por ISTOÉ
na semana passada mostraram que eles operam por meio de duas offshores
localizadas no Uruguai, a Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A. Para
não deixar rastro do suborno, ambos também se valem de contas em bancos na
Suíça, de acordo a investigação.
No contrato da Linha 2 do Metrô, o superfaturamento
identificado até agora causou um prejuízo estimado em R$ 67,5 milhões ao erário paulista.
As licitações investigadas foram vencidas pela dupla Alstom/Siemens e pelo
consórcio Metrosist, do qual a Alstom também fez parte. O contrato executado
previa a prestação de serviços de engenharia, o fornecimento, a montagem e a
instalação de sistemas destinados à extensão oeste da Linha 2 Verde. Orçado
inicialmente em R$ 81,7 milhões, só esse contrato recebeu 13 reajustes desde
que foi assinado, em outubro de 1997. As multinacionais francesa e alemã
ficaram responsáveis pelo projeto executivo para fornecimento e implantação de
sistemas para o trecho Ana Rosa/ Ipiranga. A Asltom e a Siemens receberam pelo
menos R$ 143,6 milhões para executar esse serviço.
O sobrepreço de 30% foi estabelecido também em contratos
celebrados entre as empresas pertencentes ao cartel e à estatal paulista CPTM.
Entre eles, o firmado em 2002 para prestação de serviços de manutenção
preventiva e corretiva de dez trens da série 3000. A Siemens ganhou o certame
por um valor original de R$ 33,7 milhões. Em seguida, o conglomerado alemão
subcontratou a MGE Transportes para serviços que nunca foram realizados. A MGE,
na verdade, serviu de ponte para que a Siemens pudesse efetuar o pagamento da
propina de 5% acertada com autoridades e dirigentes do Metrô e da CPTM. O dinheiro da
comissão – cerca de R$ 1,7 milhão só nessa negociata, segundo os investigadores
– mais uma vez tinha como destino final a alta cúpula da estatal e políticos
ligados ao PSDB. A propina seria distribuída, segundo depoimento ao
Cade ao qual ISTOÉ teve acesso, pelo diretor da CPTM, Luiz Lavorente. Além da
MGE, a Siemens também recorreu à companhia japonesa Mitsui para intermediar
pagamentos de propina em outras transações. O que mais uma vez demonstra o quão
próxima eram as relações das empresas do cartel que, na teoria, deveriam
concorrer entre si pelos milionários contratos públicos no setor de transportes
sobre trilhos. O resultado da parceria criminosa entre as gigantes do setor
pareceu claro em outros 12 contratos celebrados com a CPTM referentes às
manutenções dos trens das séries 2000 e 2100 e o Projeto Boa Viagem, que já
foram analisados pelo CADE. Neles, foi contabilizado um sobrepreço de aproximadamente
R$ 163 milhões.
Não é por acaso que as autoridades responsáveis por investigar o caso referem-se ao esquema dos governos do PSDB em São Paulo como uma “fabulosa história”. O superfaturamento constatado nos contratos de serviços e oferta de produtos às estatais paulistanas Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos [CPTM] supera até mesmo os índices médios calculados internacionalmente durante a prática deste crime. Cálculos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, por exemplo, apontam que os cartéis ocasionam um prejuízo aos cofres públicos de 10% a 20%. No caso destes 16 contratos, a combinação de preços e direcionamentos realizados pelas companhias participantes da prática criminosa levaram a um surpreendente rombo de 30% aos cofres paulistas.
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Não é por acaso que as autoridades responsáveis por investigar o caso referem-se ao esquema dos governos do PSDB em São Paulo como uma “fabulosa história”. O superfaturamento constatado nos contratos de serviços e oferta de produtos às estatais paulistanas Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos [CPTM] supera até mesmo os índices médios calculados internacionalmente durante a prática deste crime. Cálculos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, por exemplo, apontam que os cartéis ocasionam um prejuízo aos cofres públicos de 10% a 20%. No caso destes 16 contratos, a combinação de preços e direcionamentos realizados pelas companhias participantes da prática criminosa levaram a um surpreendente rombo de 30% aos cofres paulistas.
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Queima de arquivo
Uma pasta amarela com cerca de 200 páginas guardada na 1ª Vara Criminal do Fórum da cidade de Itu, interior paulista, expõe um lado ainda mais sombrio das investigações que apuram o desvio milionário das obras do metrô e trens metropolitanos durante governos do PSDB em São Paulo nos últimos 20 anos. Trata-se do processo judicial 9900.98.2012 que investiga um incêndio criminoso que consumiu durante cinco horas 15.339 caixas de documentos e 3.001 tubos de desenhos técnicos. A papelada fazia parte dos arquivos do metrô armazenados havia três décadas. Entre os papeis que viraram cinzas estão contratos assinados entre 1977 e 2011, laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas, empenhos, além de relatórios de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009. Sob segredo de Justiça, a investigação que poderá ser reaberta pelo Ministério Público, diante das novas revelações sobre o caso feitas por ISTOÉ, acrescenta novos ingredientes às já contundentes denúncias feitas ao Cade pelos empresários da Siemens a respeito do escândalo do metrô paulista. Afinal, a ação dos bandidos pode ter acobertado a distribuição de propina, superfaturamento das obras, serviços e a compra e manutenção de equipamentos para o metrô paulista.
Segundo o processo, na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, nove homens encapuzados e armados invadiram o galpão da empresa PA Arquivos Ltda, na cidade de Itu, distante 110 km da capital paulista, renderam os dois vigias, roubaram 10 computadores usados, espalharam gasolina pelo prédio de 5 mil m² e atearam fogo. Não sobrou nada. Quatro meses depois de lavrado o boletim de ocorrência, nº 1435/2012, a polícia paulista concluiu que o incêndio não passou de um crime comum. “As investigações não deram em nada”, admite a delegada de Policia Civil Milena, que insistiu em se identificar apenas pelo primeiro nome. “Os homens estavam encapuzados e não foram identificados”, diz a policial. Investigado basicamente como sumiço de papéis velhos, o incêndio agora ganha ares de queima de arquivo. O incidente ocorreu 50 dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação, que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias a quem solicitar de qualquer documento que não seja coberto por sigilo legal, e quatro meses depois de começarem as negociações entre o Cade e a Siemens para a assinatura do acordo de leniência, que vem denunciando as falcatruas no metrô e trens paulistas. “Não podemos descartar que a intenção desse crime era esconder provas da corrupção”, entende o deputado Luiz Cláudio Marcolino, líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado.
Uma pasta amarela com cerca de 200 páginas guardada na 1ª Vara Criminal do Fórum da cidade de Itu, interior paulista, expõe um lado ainda mais sombrio das investigações que apuram o desvio milionário das obras do metrô e trens metropolitanos durante governos do PSDB em São Paulo nos últimos 20 anos. Trata-se do processo judicial 9900.98.2012 que investiga um incêndio criminoso que consumiu durante cinco horas 15.339 caixas de documentos e 3.001 tubos de desenhos técnicos. A papelada fazia parte dos arquivos do metrô armazenados havia três décadas. Entre os papeis que viraram cinzas estão contratos assinados entre 1977 e 2011, laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas, empenhos, além de relatórios de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009. Sob segredo de Justiça, a investigação que poderá ser reaberta pelo Ministério Público, diante das novas revelações sobre o caso feitas por ISTOÉ, acrescenta novos ingredientes às já contundentes denúncias feitas ao Cade pelos empresários da Siemens a respeito do escândalo do metrô paulista. Afinal, a ação dos bandidos pode ter acobertado a distribuição de propina, superfaturamento das obras, serviços e a compra e manutenção de equipamentos para o metrô paulista.
Segundo o processo, na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, nove homens encapuzados e armados invadiram o galpão da empresa PA Arquivos Ltda, na cidade de Itu, distante 110 km da capital paulista, renderam os dois vigias, roubaram 10 computadores usados, espalharam gasolina pelo prédio de 5 mil m² e atearam fogo. Não sobrou nada. Quatro meses depois de lavrado o boletim de ocorrência, nº 1435/2012, a polícia paulista concluiu que o incêndio não passou de um crime comum. “As investigações não deram em nada”, admite a delegada de Policia Civil Milena, que insistiu em se identificar apenas pelo primeiro nome. “Os homens estavam encapuzados e não foram identificados”, diz a policial. Investigado basicamente como sumiço de papéis velhos, o incêndio agora ganha ares de queima de arquivo. O incidente ocorreu 50 dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação, que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias a quem solicitar de qualquer documento que não seja coberto por sigilo legal, e quatro meses depois de começarem as negociações entre o Cade e a Siemens para a assinatura do acordo de leniência, que vem denunciando as falcatruas no metrô e trens paulistas. “Não podemos descartar que a intenção desse crime era esconder provas da corrupção”, entende o deputado Luiz Cláudio Marcolino, líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado.
Além das
circunstâncias mais do que suspeitas do incêndio, documentos oficiais do
governo, elaborados pela gerência de Auditoria e Segurança da Informação (GAD),
nº 360, em 19 de setembro passado, deixam claro que o galpão para onde foi
levado todo o arquivo do metrô não tinha as mínimas condições para a guarda do
material. Cravado em plena zona rural de Itu, entre uma criação de coelhos e um
pasto com cocheiras de gado, o galpão onde estavam armazenados os documentos
não tinha qualquer segurança. Poderia ser facilmente acessado pelas laterais e
fundos da construção.
De acordo com os documentos aos quais ISTOÉ teve acesso, o governo estadual sabia exatamente da precariedade da construção quando transferiu os arquivos para o local. O relatório de auditoria afirma que em 20 de abril de 2012 - portanto, três dias depois da assinatura do contrato entre a PA Arquivos e o governo de Geraldo Alckmin - o galpão permanecia em obras e “a empresa não estava preparada para receber as caixas do Metrô”. A comunicação interna do governo diz mais. Segundo o laudo técnico do GAD, “a empresa não possuía instalações adequadas para garantir a preservação do acervo documental”. Não havia sequer a climatização do ambiente, item fundamental para serviços deste tipo.
O prédio foi incendiado poucos dias depois da migração do material para o espaço. “Não quero falar sobre esse crime”, disse um dos proprietários da empresa, na época do incêndio, Carlos Ulderico Botelho. “Briguei com o meu sócio, sai da sociedade e tomei muito prejuízo. Esse incêndio foi estranho. Por isso, prefiro ficar em silêncio”. Outra excentricidade do crime é que o fato só foi confirmado oficialmente pelo governo seis meses depois do ocorrido. Em 16 páginas do Diário do Diário Oficial, falou-se em “sumiço” da papelada. Logo depois da divulgação do sinistro, o deputado estadual do PT, Simão Pedro, hoje secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, representou contra o Governo do Estado no Ministério Público Estadual. “Acredita-se que os bandidos tenham provocado o incêndio devido o lugar abrigar vários documentos”. Para o parlamentar, “esse fato sairia da hipótese de crime de roubo com o agravante de causar incêndio, para outro crime, de deliberada destruição de documentos públicos”, disse Simão, em dezembro passado. Procurados por ISTOÉ, dirigentes do Metrô de SP não quiseram se posicionar.
De acordo com os documentos aos quais ISTOÉ teve acesso, o governo estadual sabia exatamente da precariedade da construção quando transferiu os arquivos para o local. O relatório de auditoria afirma que em 20 de abril de 2012 - portanto, três dias depois da assinatura do contrato entre a PA Arquivos e o governo de Geraldo Alckmin - o galpão permanecia em obras e “a empresa não estava preparada para receber as caixas do Metrô”. A comunicação interna do governo diz mais. Segundo o laudo técnico do GAD, “a empresa não possuía instalações adequadas para garantir a preservação do acervo documental”. Não havia sequer a climatização do ambiente, item fundamental para serviços deste tipo.
O prédio foi incendiado poucos dias depois da migração do material para o espaço. “Não quero falar sobre esse crime”, disse um dos proprietários da empresa, na época do incêndio, Carlos Ulderico Botelho. “Briguei com o meu sócio, sai da sociedade e tomei muito prejuízo. Esse incêndio foi estranho. Por isso, prefiro ficar em silêncio”. Outra excentricidade do crime é que o fato só foi confirmado oficialmente pelo governo seis meses depois do ocorrido. Em 16 páginas do Diário do Diário Oficial, falou-se em “sumiço” da papelada. Logo depois da divulgação do sinistro, o deputado estadual do PT, Simão Pedro, hoje secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, representou contra o Governo do Estado no Ministério Público Estadual. “Acredita-se que os bandidos tenham provocado o incêndio devido o lugar abrigar vários documentos”. Para o parlamentar, “esse fato sairia da hipótese de crime de roubo com o agravante de causar incêndio, para outro crime, de deliberada destruição de documentos públicos”, disse Simão, em dezembro passado. Procurados por ISTOÉ, dirigentes do Metrô de SP não quiseram se posicionar.
Fotos: PEDRO DIAS/ag. istoé
Fotos: ADRIANA SPACA/BRAZIL PHOTO PRESS; Luiz Claudio Barbosa/Futura Press; NILTON FUKUDA/ESTADÃO
Foto: Rubens Chaves/Folhapress
Fotos: ADRIANA SPACA/BRAZIL PHOTO PRESS; Luiz Claudio Barbosa/Futura Press; NILTON FUKUDA/ESTADÃO
Foto: Rubens Chaves/Folhapress
- São estes aí os vestais da moral do governo federal e
pugnam por probidade administrativa!
- Ah, já ia me esquecendo, e se a excrescência da PEC 37
passasse, hein!
"X" DE
POBRE
Piada duplamente infame é a que diz que o Papa dos pobres só volta ao Rio em 2017 porque Paes não será mais prefeito. E que, precavido, para evitar futuros problemas, já escolheu a casa do próximo pobre que visitará daqui a quatro anos.
A de Eike Batista, no Cosme Velho. (coluna Painel – Folha – 27.07.2013)
Piada duplamente infame é a que diz que o Papa dos pobres só volta ao Rio em 2017 porque Paes não será mais prefeito. E que, precavido, para evitar futuros problemas, já escolheu a casa do próximo pobre que visitará daqui a quatro anos.
A de Eike Batista, no Cosme Velho. (coluna Painel – Folha – 27.07.2013)
- Como na republiqueta nada é tão ruim que não possa piorar,
ele corre o risco de encontrar um alcaide pior e o tal do Eike ainda continuar
sendo condecorado e dando as cartas por aqui!
PREFEITO DE MARICÁ
NOMEIA 132 FILIADOS AO PT; 78 DE FORA DA CIDADE
BRASÍLIA - Candidato à presidência do PT fluminense, o
prefeito de Maricá, Washington Quaquá, nomeou, desde abril, 78 filiados do
partido de fora da cidade, situada na Região dos Lagos, para cargos de
confiança em sua gestão, além de 54 petistas do próprio município, segundo
cruzamento feito pelo GLOBO entre o Jornal Oficial de Maricá e os registros de
filiação partidária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos bastidores da
disputa, adversários acusam Quaquá de usar a máquina da prefeitura para comprar
votos e financiar sua campanha para presidente do PT.
Parte desses militantes é de cidades próximas, como São
Gonçalo, mas há petistas de Laje do Muriaé, a 300 quilômetros de Maricá; e de
Itatiaia, a 220 quilômetros. De quatro filiados ao PT de outras cidades
procurados pelo GLOBO, três não são conhecidos no local de trabalho onde estão
lotados.
...
O EXÉRCITO DE QUAQUÁ:
PREFEITO DE MARICÁ CONTRATA SEGURANÇA PRIVADA POR R$ 2,1 MILHÕES
Alegando ameaças, ele reforça proteção; O GLOBO revelou que
político contratou 132 filiados do PT para trabalhar na prefeitura
MARICÁ (RJ) — Quanto vale a segurança pessoal de um
prefeito? No caso de Maricá, cidade da Região Metropolitana do Rio com 134 mil
habitantes, a proteção do chefe do Executivo, Washington Quaquá (PT), custa R$
2,1 milhões por ano, apesar de a Polícia Militar ter como dever garantir a
proteção dele — que só anda de carro blindado — e de toda a população do
município. O dinheiro público banca a despesa de um grupo de 24 homens armados
durante 24 horas por dia. Por mês, o município desembolsa cerca de R$ 173 mil
para evitar que Quaquá seja vítima de qualquer ataque. O serviço se estende ao
vice-prefeito, professor Marcos Ribeiro, também do PT, que tem direito à metade
desse contingente.
Os pagamentos são feitos à Guepardo Vigilância e Segurança
Empresarial Ltda., empresa com sede em Niterói, também na Região Metropolitana.
O prazo do contrato, publicado em 2 de maio deste ano no Diário Oficial do
município, é de um ano e 17 dias. O termo firmado entre a prefeitura e a
empresa prevê a “prestação de segurança pessoal privada armada no
desenvolvimento de atividades de segurança de pessoas para atendimento das
autoridades”.
Além disso, Quaquá argumentou que é vítima constante de
ameaças de morte, embora jamais tenha pedido proteção à Secretaria estadual de
Segurança Pública ou sequer ter registrado tais ameaças na delegacia mais
próxima. Ainda na nota, o prefeito de Maricá culpou a Polícia Militar pelos
riscos que diz correr. De acordo com Quaquá, a PM destinou à cidade apenas 30
policiais para proteger toda a população.
...
A PM rebate. Diz que 105 policiais fazem o patrulhamento de
Maricá. E completa: “Os dados oficiais do Instituto de Segurança Pública ainda
não foram divulgados, mas a Análise Criminal do 4º Comando de Policiamento de
Área aponta diminuição de mais de 50%, em comparação ao mês anterior, na
maioria dos crimes de rua. Não existem registros significativos que apontem uma
migração de criminosos de áreas pacificadas da capital. Não há nenhum dado
científico ou objetivo que aponte para isto”, afirma a PM. Em maio deste ano, foram
registrados três homicídios dolosos, contra seis no mesmo mês do ano passado.
Em 2008, o Tribunal de Contas do estado constatou
irregularidades no contrato da Guepardo com a prefeitura de São Gonçalo. À
época, o órgão afirmou que houve ilegalidade no ato de dispensa de licitação
num contrato de seis meses no valor de R$ 1,6 milhão. Ontem, o tribunal
informou que vai analisar o contrato da prefeitura de Maricá. Nenhum
representante da empresa de segurança foi encontrado.
...
- Em resumo, na republiqueta patrimonialista, amoral e aética
Quaquá é uma piada pronta, e de mau gosto.
- Enquanto isso...
POPULAÇÃO DE MARICÁ
TEM HOSPITAL COM OBRAS PARALISADAS
CONSTRUÇÃO DO 3º
MAIOR AQUÁRIO DO MUNDO EM FORTALEZA É NOVA POLÊMICA DE CID GOMES
BRASÍLIA - Depois dos shows de
Ivete Sangalo, na inauguração de um hospital, e do tenor Plácido Domingos,
na noite de abertura de um dos maiores centro de eventos da América Latina, o
governador do Ceará, Cid Gomes, está envolvido em outra polêmica: a construção
de um gigantesco aquário na Praia de Iracema, em Fortaleza. Quando concluído,
em 2015, será o terceiro maior do mundo. Para seus adversários, os gastos de
cerca de R$
350 milhões
em uma “caixa de peixe”, como chamam, é um acinte para um estado que atravessa
uma das piores secas da história. O governo defende a obra para ampliar a
inserção da cidade nas rotas turísticas internacionais.
- Precisávamos dar um salto de qualidade, construindo um grande
equipamento onde você tivesse uma exceção internacional. Precisávamos de uma
referência muito forte. E daí surgiu a ideia de construir um aquário, que vem
se notabilizando mundo afora como uma construção que referencia a cidade. Houve
quase guerra civil em Bilbao quando se decidiu construir o Museu Guggenheim, e
hoje a cidade se tornou uma referência. Recebemos hoje 3 milhões de
turistas por ano. Se um terço deles ficar um dia a mais na cidade por causa do
aquário serão R$ 200 milhões por ano só de impacto na economia - defende o
secretário estadual de Turismo, Bismarck Maia.
...
- E esta gente ainda tem a coragem de justificar tamanha
falta de compromisso com as verdadeiras prioridades!
Uiii... kd o comment do Pondé sobre o Metrô e a Privataria... kkkkkkkkk
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