segunda-feira, outubro 14, 2013





PRA REPUBLIQUETA DOS EMBARGOS INFRINGENTES E DAS LEIS MAIS AVANÇADAS DO MUNDO TUDO ISSO É CULPOSO
A PROPÓSITO:
- Fala isso pros “iluminados garantistas” dos três podres Poderes e para os não menos “iluminados notáveis” do país dos bacharéis, vamos ouvir que a sociedade quer tribunais de exceção!


E NINGUÉM VAI PRA CADEIA

AH, QUE INJUSTIÇA!!!
- Me inclua fora dessa!

COISAS DO INACREDITÁVEL PODER JUDICIÁRIO DOS EMBARGOS INFRINGENTES
- Não duvidem, é capaz do bizarro Poder Judiciário absolvê-lo por “falta de provas” ou converter aquelas peninhas que conhecemos em pagamentos de cestas básicas!

SP E RIO ENDURECEM E VÂNDALOS SERÃO TRATADOS COMO ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Após confrontos nas 2 capitais terem 29 detenções, governos querem usar lei federal que entrou em vigor no mês passado e prevê pena de até 13 anos e 4 meses de prisão
Os governos de São Paulo e Rio vão endurecer contra os manifestantes que praticarem atos de vandalismo. Suspeitos de integrarem o Black Bloc serão investigados em um único inquérito e passarão a ser enquadrados por associação criminosa. A cúpula de segurança paulista ainda liberou o uso de balas de borracha para conter manifestações violentas.
...
- Besteira pura, o inacreditável Poder Judiciário está aí mesmo para descaracterizar a tipificação e botar todo mundo na rua. Aliás, no mesmo dia da notícia, vi na telinha um nobre causídico dizer que a medida é “ilegal e arbitrária”, até porque, digo eu, na republiqueta, ao contrário do resto do mundo que, pra variar, “está totalmente errado”, leis e “iluminados garantistas” defendem e protegem a bandidagem!
- Mas, se vingar o enquadramento, que tal incluir no pacote a quadrilha responsável por isto e os cretinos que em nome da prefeitura enviaram as justificativas ao jornalismo da Band.
- Agora, quantos tiveram que ir à Justiça pra conseguir os medicamentos estocados como refugo e quantos não morreram por falta deles?

AMENIDADES
Um casal conversando.
- Você sabia que a vizinha roubou duas toalhas nossas?
- Quais toalhas?
- Aquelas que nos roubamos no motel.

PENSAMENTO DO DIA
Partido no Brasil é como banana, dá em penca! Partidos, não. Repartidos. Porque vão repartir tudo mesmo! (Zé Simão – Folha – 02.04.2013)

LEI ROBERTO CARLOS
Sabe aquele grupo “Procure saber”, que reúne grandes estrelas da MPB e atuou na questão do direito autoral? Vai ganhar personalidade jurídica e entrar numa nova batalha pra lá de polêmica.
Pretende ingressar no STF ao lado daqueles, como Roberto Carlos, que são contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.815.
Ajuizada pela Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel), a ADI pede o fim da necessidade de autorização dos biografados para a publicação de livros.
Há controvérsia...
A produtora Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso, sustenta que “não se trata de censura”:
— O que queremos é combater os aproveitadores e agressores da honra alheia.
Ela cita o caso de Guilherme de Pádua, assassino de Daniela Perez, que escreveu o livro “A história que o Brasil desconhece”, sobre o crime.
Em tempo...
A relatora da ADI é a ministra Cármen Lúcia. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 02.10.2013)
- Pois é, nossos “intelectuais” defendem a liberdade de expressão e de pensamento quando lhe convém, no caso das biografias, quando são a favor, isto é, maquiadas onde todos são heróis!
- Os argumentos da nobre produtora não resistem a uma simples avaliação superficial, uma vez que, para os “agressores na honra alheira” tem-se ação própria de injúria, calúnia e difamação, e o exemplo não poderia ser mais infeliz pra fundamentar seu ponto de vista, haja vista que inverdades ditas em livros, o caminho natural é resgatar a verdade através de outro livro, portanto proibir a publicação biografias, sejam elas autorizadas ou não e as mais autênticas são as não autorizadas, é censura, sim!
LEI ROBERTO CARLOS
De Paula Lavigne sobre a posição do grupo “Procure saber” nesta questão das biografias não autorizadas:
— Pior do que não saber, é saber errado. A imprensa divulga de forma errada os propósitos do grupo. É uma campanha desigual, onde a mídia distorce os nossos objetivos por interesses próprios. “Lei Roberto Carlos?” Quem propõe mudar a lei é a Associação dos Editores, Anel. Não somos a favor de proibir ou censurar. Somos contra a violação da intimidade e da privacidade de uma pessoa, direitos dos mais caros e delicados da nossa Constituição. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 07.10.2013)
- Então, tá!
LEI ROBERTO CARLOS
O Procure Saber, do pessoal da MPB, se reúne hoje para afinar o discurso contra as biografias não autorizadas.
O grupo já esteve com a ministra Cármen Lúcia, relatora, no STF, da Adin que pede o fim da necessidade de autorização dos biografados.
Lei Roberto Carlos II...
Num encontro com escritores ontem, na Feira de Frankfurt, a ministra Marta Suplicy quis saber a opinião da turma sobre a polêmica.
Ruy Castro acusou “um grupo de estar manipulando a volta da censura para defender interesses de direitos autorais”. Lembrou que existem uns 3 mil livros sobre Kennedy nos EUA, e nenhum biógrafo pediu licença. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 09.10.2013)
- A propósito:

A MÃO PELUDA DA CENSURA
Marinus Marsico, procurador do Tribunal de Contas da União, recomendou à Agência Nacional de Cinema que a produtora do filme "O vilão da República", cuja trama contará a ação do comissário José Dirceu na Casa Civil da Presidência, procure "evitar que a obra constitua em apologia e culto à personalidade".
Como se faz isso, não se sabe. O doutor não quer um filme apologético e argumenta que os recursos públicos captados pela Lei Rouanet não podem ofender os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade. Como se faz um filme sobre temas atuais com essas condicionantes, também não se sabe. Em 1982 a ditadura demitiu o atual ministro Celso Amorim da presidência da Embrafilme por ter financiado o filme "Pra Frente Brasil", com suas cenas de tortura.
À primeira vista, Marinus Marsico teria um viés antipetista. Falso. Ele é um defensor da Bolsa da Viúva e o uso da Lei Rouanet como alavanca marqueteira é uma preocupação justa. Ele já pediu que a filha de Fernando Henrique Cardoso devolvesse salários recebidos como funcionária do Senado sem comparecer à repartição. Batalha contra servidores que faturam acima da teto legal e contra as indenizações milionárias da Bolsas Ditadura. Sua recomendação à Ancine é apenas mais um episódio de um surto de obstáculos à liberdade de expressão.
Neste ano já deram os seguintes casos: o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná proibiu a publicação de notícias sobre um processo que tramitava no Conselho Nacional de Justiça. O cantor Roberto Carlos pediu a retirada das livrarias de uma obra sobre a Jovem Guarda, que lhe deu fama cantando "Quero que você me aqueça neste inverno e que tudo o mais vá pro inferno". Uma juíza proibiu que a editora americana Harper Collins venda no Brasil a tradução do livro "Gilded Lily" ("A Lily Dourada"), no qual a jornalista canadense Isabel Vincent conta a história da bilionária Lily Safra e de seus quatro matrimônios, dois dos quais terminaram com a morte trágica dos maridos. O último foi o banqueiro Edmond Safra, asfixiado em 1999 durante um incêndio em seu apartamento de Mônaco. A proibição estende-se à comercialização de uma edição em inglês que está na rede desde 2010 e custa US$ 9,78.
Ao mandar ao arquivo a Lei de Imprensa da ditadura, o Supremo Tribunal Federal poderia ter construído um novo arcabouço para defender a liberdade de expressão. Infelizmente, ficou no papel de um Judiciário confuso, ineficiente e ineficaz, parafraseando-se o seu presidente.
Manipular ou calar a voz dos outros é um velho instinto do gênero humano, variando apenas na forma como isso é feito. O procurador Marsico quer que "O vilão da República" não resulte em "apologia e culto à personalidade" do comissário Dirceu. Faz isso dentro das regras do Direito e das normas de um regime democrático.
No dia 11 de setembro de 1973, dentro das regras na censura e das normas da ditadura, a Polícia Federal mandou um aviso à imprensa:
"De ordem superior, recomendo parcimônia nas notícias relativas aos fatos ocorridos no Chile, posição do presidente Allende e evolução dos acontecimentos ocorridos naquele país". (Elio Gaspari – O Globo – 02.10.2013)
LEI ROBERTO CARLOS
De Sônia Jardim, do Sindicato dos Editores, sobre a participação do grupo “Procure saber”, que reúne estrelas da MPB, ao lado de Roberto Carlos na batalha contra o fim da necessidade de autorização dos biografados para a publicação de livros.
— Eles podem ter o Roberto Carlos do lado deles, mas nós temos vários reis que defendem o fim deste absurdo.
Abaixo a censura...
Ela se refere aos 45 autores, como Ruy Castro, Luis Fernando Verissimo e Ferreira Gullar, que assinaram o manifesto contra a “censura”, lembrando que “o Brasil é a única grande democracia na qual a publicação de biografia depende de autorização do biografado”.
A decisão do leitor...
Sônia acha um exagero que citem o caso de Guilherme de Pádua, que escreveu sua versão do assassinato de Daniela Perez, para justificar a proibição de biografias:
Sou solidária à Glória Perez, que perdeu a filha assassinada. Mas a exceção não pode servir de regra. Quem tem que decidir se quer ler ou não uma biografia não autorizada é o leitor. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 03.10.2013)
BIÓGRAFO DE CLARICE PEDE QUE CAETANO MUDE POSIÇÃO SOBRE BIOGRAFIAS
Caro Caetano,
Nos EUA, quando eu era menino, havia uma campanha para prevenir acidentes na estrada. O slogan rezava: "Amigos não deixam amigos bêbados dirigir". Lembrei disso ao ler suas declarações e as de Paula Lavigne sobre biografias no Brasil. Fiquei tão chocado que me sinto obrigado a lhe dizer: amigo, pelo amor de Deus, não dirija.
Nós nos conhecemos há muitos anos, desde que ajudei a editar seu "Verdade Tropical" nos EUA. Depois, você foi maravilhoso quando lancei no Brasil a minha biografia de Clarice Lispector, escrevendo artigos e ajudando com o alcance que só você possui. Admiro você, de todo o meu coração.
E é como amigo e também biógrafo que te escrevo hoje. Sei que você sabe da importância de biografias para a divulgação de obras e a preservação da memória; e sei que você sabe quão onerosos são os obstáculos à difusão da cultura brasileira dentro do próprio Brasil, sem falar do exterior.
Fico constrangido em dizer que achei as declarações suas e da Paula, exigindo censura prévia de biografias, escandalosas, indignas de uma pessoa que tanto tem dado para a cultura do Brasil. Para o bem dessa mesma cultura, preciso dizer por quê.
Primeiro, achei esquisitíssimo músicos dizerem que biógrafos querem ficar com "fortunas". Caetano, como dizem no Brasil: fala sério. Ofereço o meu exemplo. A biografia de Clarice ficou nas listas de mais vendidos em todo o Brasil.
Mas, para chegar lá, o que foi preciso? Andei por cinco anos pela Ucrânia, pela Europa, pelos EUA, pesquisando nos arquivos e fazendo 257 entrevistas. Comprei centenas de livros. Visitei o Brasil 12 vezes.
Fiquei contente com as vendas, mas você acha que fiquei rico, depois de cinco anos de tais despesas? Faça o cálculo. A única coisa que ganhei foi a satisfação de ver o meu trabalho ajudar a pôr Clarice Lispector no lugar que merece.
Tive várias vantagens desde o início. Tive o apoio da família da Clarice. Publico em língua inglesa, em outro país.Tenho a sorte de ter dinheiro próprio. Imagine quantos escritores no Brasil reúnem essas condições: ninguém.
Mas a minha maior vantagem foi simplesmente ignorância.
Não fazia ideia das condições em que trabalham escritores e jornalistas brasileiros. Não sabia quanto não se pode dizer, num clima de medo que lembra a época de Machado de Assis, em que nada podia ofender a "Corte".
Aprendi, por exemplo, que era considerado "corajoso" escrever uma coisa que todo mundo no Brasil sabe há quase um século, que Mário de Andrade era gay. Aprendi que era até inusitado chamar uma cadeira de Sergio Bernardes de feia.
Aprendi o quanto ganham escritores, jornalistas e editores no Brasil, e quanto os seus empregos são inseguros, e como são amedrontados por ações jurídicas, como essas com que a Paula, tão bregamente, anda ameaçando.
É um tipo de censura que você talvez não reonheça por não ser a de sua época. Não obriga artistas a deixarem o país, não manda policiais aos teatros para bater nos atores. Mas que é censura, é. E muito mais eficaz do que a que existia na ditadura. Naquela época, as obras eram censuradas, mas existiam. Hoje, nem chegam a existir.
Você já parou para pensar em quantas biografias o Brasil não tem? Para só falarmos da área literária, as biografias de Mário de Andrade, de João Guimarães Rosa, de Cecília Meirelles, cadê? Onde é que ficou Manuel Bandeira, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre? Você nunca se perguntou por que nunca foram feitas?
Eu queria fazer. Mas não vou. Porque o clima no Brasil, financeiro e jurídico, torna esses empreendimentos quase impossíveis. Quantos escritores brasileiros estão impedidos de escrever sobre a história do seu país, justamente por atitudes como as suas?
Por isso, também, essas declarações, de que o biógrafo faz isso só por amor ao lucro, ficam tão pouco elegantes na boca de Paula Lavigne. Toda a discussão fica em torno de nossas supostas "fortunas".
Você sabe que no Brasil existem leis contra a difamação; que um biógrafo, quando cita uma obra ainda com "copyright", tem obrigação de pagar para tal uso. Não é diferente de você cantar uma música de Roberto Carlos. Essas proteções já existem, podem ser melhoradas, talvez. Mas estamos falando de uma coisa bem diferente da coisa que você está defendendo.
De qualquer forma, essas obsessões com "fortunas" alheias fazem parte do Brasil do qual eu menos gosto. Une a tradicional inveja do vizinho com a moderna ênfase em dinheiro que transformou um livro, um disco, uma pintura em "produto cultural".
Não é questão de dinheiro, Caetano. A questão é: que tipo de país você quer deixar para os seus filhos? Minha biografia foi elogiosa, porque acredito na grandeza de Clarice. Mas liberdade de expressão não existe para proteger elogios. Disso, todo mundo gosta. A diferença entre o jornalismo e a propaganda é que o jornalismo é crítico. Não existe só para difundir as opiniões dos mais poderosos. E essa liberdade ou é absoluta, ou não existe.
Imagino, e compreendo, que você pense que está defendendo o direito dos artistas à vida privada. Mas quem vai julgar quem é artista, o que é vida privada e o que é vida pública, sobre quem, e sobre o que se pode escrever e sobre quem e, sobre quem não? Você escreve em jornal, você, como o artista deve fazer, tem se metido no debate público. José Sarney, imortal da Academia Brasileira das Letras, escreve romances. Deve ser interditada também qualquer obra crítica sobre ele, sem autorização prévia?
Não pense, Caetano, que o seu passado de censurado e de exilado o proteja de você se converter em outra coisa. Lembre que o Sarney, quando foi eleito governador do Maranhão, chegou numa onda de aprovação da esquerda. Glauber Rocha, também amigo seu, foi lá filmar aquela nova aurora.
Não seja um velho coronel, Caetano. Volte para o lado do bem. Um abraçaço do seu amigo,
Benjamin Moser
Benjamin Moser é autor de "Clarice" (Cosac Naify)

JESUS EXIGE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA LIBERAR NOVO TESTAMENTO
ALTO LEBLON - Orientado por Paula Lavigne, Jesus Cristo exigirá autorização prévia para liberar uma nova edição do Novo Testamento. "Andam falando coisas absurdas sobre Minha Vida. A partir de agora, quem quiser citar meu Santo Nome será obrigado a vir pessoalmente aqui no Paraíso e pegar duas vias mimeografadas por São Pedro", trovejou. Após uma sábia pausa, concluiu, num tom grave: "Ou será que terei de descer aí de novo?".
Eficiente, Paula Lavigne também entrou no STF com um embargo infringente para que jornais, revistas e emissoras de TV sejam obrigadas a pedir autorização prévia sempre que quiserem fazer reportagens com a nata da MPB. "O Google também que terá pedir autorização para mim antes de exibir resultados com os nomes de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Djavan", completou Lavigne.
Dona de um espírito rebelde e sensual, Nana Gouvêa anunciou que lançará autobiografia não autorizada. Solidária, Luciana Gimenez cancelou sua participação na Feira de Frankfurt.

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