EM VOLTA DAS
ARQUIBANCADAS
A grita em tantas direções não evita que seja difícil, senão
impossível, encontrar entre os gritadores um que não seja corresponsável, em
alguma medida, pelo espetáculo das bestas humanas nas arquibancadas de Joinville,
e em todas as outras.
Já que estamos por aqui, podemos começar pelos meios de comunicação. Nenhum jornal, TV, revista ou rádio se interessou, jamais, por encarar para valer a violência que invadiu os estádios, no Brasil todo, há muito tempo. Assim como os bestalhões cometem periodicamente os seus acessos de brutalidade aproveitando o futebol, a imprensa (vá lá, engloba tudo) faz o seu surto de críticas como subsidiário do espetáculo boçal. E logo se segue a pausa, a imprensa à espera da clarinada dos boçais.
Na imprensa, poucos não sabem que muitos dos bandos são patrocinados com doações dos respectivos clubes, a pretexto de torcida para incentivo ao time. E que o patrocínio tem duplo interesse eleitoreiro, nas disputas pelo poder no clube e nas eleições político-partidárias: há muitos cabos eleitorais nas torcidas organizadas. É uma engrenagem bastante conhecida.
Se a engrenagem cria um enguiço maior, nem por isso a gritaria subsidiária avançará necessariamente mais. O episódio da Bolívia é exemplar. De repente foi "descoberto" lá no litoral paulista um "dimenor" apresentado como disparador do rojão sobre torcedores bolivianos, com a consequência de matar um menino de 14 anos. À família da vítima foi dado, não uma indenização, mas um cala a boca monetário, como complemento da "solução" incumbida a uma charmosa advogada e comentarista de jornal da TV Cultura. Ali o bando de boçais pouco se distinguiu de um grupo de querubins.
Se antes o assunto estava em estado mortiço, a "solução" cobriu-o de silêncio. Nem com tantos jornais, TVs, revistas e rádios, houve uma iniciativa de verificar se o "dimenor" ao menos viajou mesmo para a Bolívia, que algum rastro ficaria. Por falar nele, em que condições vivem, hoje, o próprio e sua família?
A legislação para o problema é uma grande farsa. Foi elaborada mais com interesses políticos do que para regramento efetivo. A chamada Justiça Esportiva não tem como coibir a ferocidade nas arquibancadas, mas finge ter, com medidas idiotas como "o jogo com fechamento dos portões" e a perda de mando de campo, que punem os futuros times adversários do time "punido". Mas assim se cumpre o objetivo dos mandatários do futebol, de não criarem problemas políticos e eleitorais para si e para seus correligionários.
E as autoridades da ordem? A Polícia Civil de São Paulo mostrou ontem o que é um verdadeiro trabalho policial. Prendeu duas dezenas de desordeiros e ladrões que investigou desde outubro, quando a morte de um menino por tiro policial serviu de pretexto para a interrupção da rodovia Fernão Dias, roubo de cargas e de caminhões, saques a lojas e incêndios de ônibus. Foi investigação, foi infiltração, foram interrogatórios, com um resultado que, por certo, irá além desse episódio: vai atemorizar muitos dos que têm feito tais ações sem dificuldade no ato e no pós-ato.
O trabalho excelente nesse caso demonstra que é possível identificar, prender e processar a quase totalidade dos criminosos das arquibancadas, e não só dois ou três como é feito, quando é feito. O que demonstra, também, que se não é feito é porque os governantes estaduais não querem e os setores que lhes podem cobrar não os cobram de verdade, não os põem xeque.
A gritaria tem razão de ser. Mas é também contra si mesma. (jornalista Jânio de Freitas – Folha – 10.12.2013)
Já que estamos por aqui, podemos começar pelos meios de comunicação. Nenhum jornal, TV, revista ou rádio se interessou, jamais, por encarar para valer a violência que invadiu os estádios, no Brasil todo, há muito tempo. Assim como os bestalhões cometem periodicamente os seus acessos de brutalidade aproveitando o futebol, a imprensa (vá lá, engloba tudo) faz o seu surto de críticas como subsidiário do espetáculo boçal. E logo se segue a pausa, a imprensa à espera da clarinada dos boçais.
Na imprensa, poucos não sabem que muitos dos bandos são patrocinados com doações dos respectivos clubes, a pretexto de torcida para incentivo ao time. E que o patrocínio tem duplo interesse eleitoreiro, nas disputas pelo poder no clube e nas eleições político-partidárias: há muitos cabos eleitorais nas torcidas organizadas. É uma engrenagem bastante conhecida.
Se a engrenagem cria um enguiço maior, nem por isso a gritaria subsidiária avançará necessariamente mais. O episódio da Bolívia é exemplar. De repente foi "descoberto" lá no litoral paulista um "dimenor" apresentado como disparador do rojão sobre torcedores bolivianos, com a consequência de matar um menino de 14 anos. À família da vítima foi dado, não uma indenização, mas um cala a boca monetário, como complemento da "solução" incumbida a uma charmosa advogada e comentarista de jornal da TV Cultura. Ali o bando de boçais pouco se distinguiu de um grupo de querubins.
Se antes o assunto estava em estado mortiço, a "solução" cobriu-o de silêncio. Nem com tantos jornais, TVs, revistas e rádios, houve uma iniciativa de verificar se o "dimenor" ao menos viajou mesmo para a Bolívia, que algum rastro ficaria. Por falar nele, em que condições vivem, hoje, o próprio e sua família?
A legislação para o problema é uma grande farsa. Foi elaborada mais com interesses políticos do que para regramento efetivo. A chamada Justiça Esportiva não tem como coibir a ferocidade nas arquibancadas, mas finge ter, com medidas idiotas como "o jogo com fechamento dos portões" e a perda de mando de campo, que punem os futuros times adversários do time "punido". Mas assim se cumpre o objetivo dos mandatários do futebol, de não criarem problemas políticos e eleitorais para si e para seus correligionários.
E as autoridades da ordem? A Polícia Civil de São Paulo mostrou ontem o que é um verdadeiro trabalho policial. Prendeu duas dezenas de desordeiros e ladrões que investigou desde outubro, quando a morte de um menino por tiro policial serviu de pretexto para a interrupção da rodovia Fernão Dias, roubo de cargas e de caminhões, saques a lojas e incêndios de ônibus. Foi investigação, foi infiltração, foram interrogatórios, com um resultado que, por certo, irá além desse episódio: vai atemorizar muitos dos que têm feito tais ações sem dificuldade no ato e no pós-ato.
O trabalho excelente nesse caso demonstra que é possível identificar, prender e processar a quase totalidade dos criminosos das arquibancadas, e não só dois ou três como é feito, quando é feito. O que demonstra, também, que se não é feito é porque os governantes estaduais não querem e os setores que lhes podem cobrar não os cobram de verdade, não os põem xeque.
A gritaria tem razão de ser. Mas é também contra si mesma. (jornalista Jânio de Freitas – Folha – 10.12.2013)
- Pois é, na verdade todos são cúmplices desta bandidagem,
desde os clubes que financiam esta escória, passando pelo Ministério Público
que tem a coragem de fazer o tal do Termo de Ajustamento de Conduta, nome muito
pomposo, porém, inoperante quando se ajusta com bandidos, passando pelos três
podres Poderes com sua inércia, omissão e descaso, até parte da mídia que tem
medo desta escória e não cai de pau em cima deles. Assistir, estarrecido,
eloqüentes e veementes Editoriais da dona Band clamando pela soltura da
bandidagem presa na Bolívia pelo assassinato do garoto boliviano, abrindo
generosos espaços aos nobres defensores para apontarem o que eles chamavam de
“absurdo” e “injustiça” a prisão da bandidagem. Pois bem, uma vez soltos, foram
recebidos como heróis, só faltou desfilarem em carro do Corpo de Bombeiros, não
demorou uma semana para, pelo menos dois deles identificados, se meterem numa
batalha campal em Brasília. Mais estarrecido ainda fiquei observando o empenho
do governo da republiqueta em soltar a bandidagem, por pouco não vira um
incidente diplomático!
- E as peninhas aplicadas aos clubes, perda do mando de
campo... pra uma cidade vizinha, ora, perda do mando de campo, a partida tem
que ser realizada em outro estado. Aliás, no dia seguinte a última batalha
campal, a mídia disse logo que cada clube seria punido com 20 perdas de mando
de campo, que nada, o Paraná perdeu 12 e o Vasco 8, isto agora, porque não hora
do vamos ver, mesmo, caem respectivamente, para 6 e 4, depois 3 e 2, se
realmente acontecer. Quem não se relembra da vergonha do jogo Coritiba e
Fluminense e no que deu?!
- Ah, já ia me esquecendo, só este ano entre a bandidage e
verdadeiros torcedores inocentes, morreram 30, o que dá a média absurda de, no
mínimo, dois cadáveres por mês!
- O mais interessante é que os iluminados da republiqueta que
agora descobriram que tem violência dentro e fora dos estádios promovidas por
estas gangues impunemente já falam em criar delegacias “especializadas”,
interação entre as polícias e... novas leis. Para quê novas leis se as que
existem é pra enfeitar sem serem aplicadas???
ESCALADA DA VIOLÊNCIA
DAS TORCIDAS VIRA ASSUNTO DE ESTADO
RIO - O governo federal entrou em campo. Após a
barbárie em Joinville, no jogo Atlético-PR x Vasco, Ministério do Esporte e
Ministério da Justiça decidiram convocar um grande encontro para quinta-feira,
criando uma mobilização nacional. A presidente Dilma Rousseff condenou o
comportamento violento dos torcedores e defendeu a presença da polícia nos
estádios de futebol, uma discussão que ganha o país. No último domingo, a
segurança no interior da Arena Joinville foi feita por uma empresa privada.
Em conversa, os ministros do Esporte, Aldo Rebelo, e da
Justiça, José Eduardo Cardozo, decidiram convocar todas as instituições ligadas
ao Judiciário e à segurança pública para o encontro de quinta-feira. O objetivo
é reunir o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Conselho Nacional
do Ministério Público (CNMP), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), além de federações e clubes.
...
- Agora é que os iluminados da republiqueta paraíso da
impunidade descobriram que os estádios são freqüentados por bandidos
travestidos de torcedores.
MAS, AGORA VAI... VAI
FICAR TUDO COMO ESTÁ
DIRETORIA DO VASCO
PAGOU ALUGUEL DE ÔNIBUS E DEU DESCONTO DE 75% NOS INGRESSOS PARA A TORCIDA
TORCEDORES BRIGÕES
TÊM TRATAMENTO VIP DOS CLUBES, COM DIREITO A INGRESSOS, LUGAR EM VOOS E
HOSPEDAGEM EM HOTÉIS DE LUXO
- Aliás, esta reportagem, muito oportuna, diz tudo, lendo,
subsídios não faltam para enquadrar os clubes com cúmplices desta bandidagem!
Diga lá Boris
- Pois é, mas se defender esta tese vem logo aquela turminha
“liberal, garantista e humanitária” dizer que isto é coisa de gente “de
direita”, reacionária, fascista e outras baboseiras!
ESCOLHA UM MÊS E UM ESTADO QUE ENCONTRARÁ A BANDIDAGEM SE
DIGLADIANDO DENTRO E FORA DOS ESTÁDIOS
Torcedores marcam
brigam pela internet no RS
Torcedores se
envolvem em briga e três ficam feridos
Final do Campeonato
Paraense termina em confusão entre policiais e torcedores
Integrante da Gaviões
da Fiel é preso por envolvimento em brigas de torcida
- Eles só querem falar quanto matam um menino boliviano e se
dizem injustiçados!
- Fazer o quê, no paraíso da impunidade?!
São Paulinos entram
em confronto com a polícia no Morumbi
São Paulo apresenta
imagens de bomba atirada pela torcida do Corinthians
Torcida organizada do
Cruzeiro ignora escolta e agride flamenguistas
Confusão e pancadaria
no empate entre Vasco e Corinthians
Imagens mostram
agressão a jogadores do Figueirense
Rivalidade entre
torcidas deixa um torcedor morto em Natal
Briga entre torcidas
do Brasília e do Braziliense quase acaba em morte
Menino de 2 anos leva
pedrada durante briga de torcidas organizadas no Recife
Torcida do Goiás
causa confusão durante clássico com o Atlético Paranaense
Torcedor do Goiás é
morto por engano
Pancadaria em festa
do Cruzeiro: torcedores pedem o fim das organizadas
- E se recorremos ao tio YouTube a mesma violência estará lá,
em 2012, 2011, 2010..., mas, só agora os
iluminados descobriram que a violência da bandidagem travestida de torcedores
existe!
E NÃO PODEMOS DEIXAR DE REGISTRAR OS
RELEVANTES SERVIÇOS PRESTADOS PELO NOSSO INACREDITÁVEL PODER JUDICIÁRIO
MAIORIA DOS ENVOLVIDOS EM ASSASSINATOS EM BRIGAS DE
TORCIDA CONTINUA SOLTA
Em quatro anos, a guerra das torcidas organizadas entre
Goiás e Vila Nova provocou a morte de pelo menos 18 pessoas em Goiânia e na região metropolitana. Apenas
três envolvidos nos assassinatos foram condenados e estão presos. Quase metade
dos inquéritos ainda está em processo de apuração na Polícia Civil. Em um caso,
o de Ygor Rodrigues da Silva, assassinado em 2011, a polícia sequer sabe
informar se existe inquérito. E, para
agravar a sensação de impunidade, ninguém sabe dizer se os envolvidos nos
crimes que aguardam julgamento continuam a frequentar os estádios.
...
TRIO DE SÃO-PAULINOS
ACUSADO DE AGRESSÃO A FLAMENGUISTA É SOLTO EM BRASÍLIA
TORCEDOR DO CRUZEIRO
ACUSADO DE MATAR RIVAL EM 2007 FOI SOLTO
Uma indenização de seis salários mínimos
a familiares da vítima e prestação de serviços comunitários.
Esta foi a pena aplicada para um auxiliar de produção, torcedor do Cruzeiro,
acusado de matar um torcedor do Atlético em maio de 2007.
De acordo com os autos do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (TJMG), o acusado estava preso preventivamente e recebeu alvará de
soltura. O julgamento aconteceu no Fórum Lafayette e a pena de detenção
por dois anos foi convertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento
de seis salários mínimos aos familiares da vítima.
...
- Veja bem HOMICÍDIO,
hein!
JUSTIÇA SOLTA
TORCEDORES ENVOLVIDOS EM BRIGA EM ESTÁDIO NO DF
JUSTIÇA SOLTA
ACUSADOS DE ESPANCAR TORCEDOR DO FLAMENGO
JUSTIÇA DE SP MANDA
SOLTAR TORCEDORES DA MANCHA ALVIVERDE
JUSTIÇA DO RIO SOLTA
MEMBROS DE TORCIDA ORGANIZADA DO FLUMINENSE
É...CAMPEÃO
EM TODA A
REPUBLIQUETA ESTE É O PERFIL DOS “TORCEDORES” DE “TORCIDAS ORGANIZADAS”
SUBSIDIADAS PELOS RESPEITÁVEIS CLUBES DE FUTEBOL
- Quer dizer, todo mundo sabe quem é quem, mas estão todos
soltos em toda a republiqueta paraíso da impunidade!
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