E NÃO É QUE, TODO ANO NO
DIA 8 DE DEZEMBRO ELES TÊM A CORAGEM DE COMEMORAR O DIA DA JUSTIÇA, SEM O MENOR CONSTRANGIMENTO, COM DIREITO A
ELOQÜENTES DISCURSOS E FARTA DISTRIBUIÇÃO DE MEDALHAS DO MÉRITO DO JUDICIÁRIO!
Dez anos depois,
acusados da Chacina de Unaí seguem em liberdade
14 aninhos, justiça
pela metade, mas eles comemoram o Dia da Justiça
JUSTIÇA AUTORIZA
CONDENADO POR AGREDIR PEDESTRE COM BARRA DE FERRO A CURSAR DIREITO
Cinco anos e meio depois de ser condenado por ter agredido
com uma barra de ferro o pedestre André Luiz Reuter Lima, o motorista Itamar
Campos Paiva conseguiu uma autorização judicial para, mesmo preso, frequentar
as aulas do curso de Direito de uma universidade no Rio Comprido, na Zona Norte
do Rio. Em despacho no dia 17 de setembro, o juiz Eduardo Perez Oberg, da Vara
de Execuções Penais (VEP), concordou com o parecer do Ministério Público e
deferiu o pedido feito pela defesa de Itamar.
De acordo com o
magistrado, Itamar terá aula às segundas e terças-feiras, entre 19h20 e 22h50;
às quartas-feiras, de 21h10 às 22h50; e às sextas-feiras de 19h20 às 21h. Ele
ainda poderá sair do Instituto Penal Cândido Mendes, no Centro do Rio, onde
está preso, duas horas antes do início das aulas e retornar até duas horas após
o seu término.
No dia 23 de julho
deste ano, o mesmo juiz já havia autorizado a participação de Itamar em um
curso de Informática no Centro de Produção e Qualificação Profissional da
FAETEC, entre 4 de agosto e 18 de dezembro. As aulas acontecem às segundas,
quartas e sextas-feiras, das 10 às 12h40min.
No dia 18 de março de 2009, Itamar foi condenado a 14 anos, em regime fechado, pelo II Tribunal do Júri. Os jurados afastaram a
tese de legítima defesa e entenderam que o réu cometeu o crime por motivo
fútil. Em seu primeiro julgamento, ele chegou a ser condenado também a 14 anos, mas a decisão
foi anulada pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça no último mês de
março.
De acordo com o processo, após avançar o sinal e ouvir as
reclamações de André, Itamar deu marcha à ré com carro, tentando novamente
atropelar o grupo, chegando a bater com a roda na calçada. Ele teria saído
então do carro. Em seguida, os dois começaram a discutir. Itamar foi até o
carro, pegou uma barra de ferro e deu um golpe na cabeça de André, que
imediatamente caiu desacordado e sangrando. Após a agressão, Itamar fugiu em
alta velocidade. Um taxista, porém, testemunhou tudo e anotou a placa do carro,
permitindo que ele fosse identificado.
No julgamento, o promotor Riscalla Abdenur rebateu as teses
apresentadas pela defesa no primeiro júri, de que Itamar tentou apenas machucar
a vítima e não matá-la e de que ele não sabia o que fazia. A prova apresentada
pelo Ministério Público foi o fato de Itamar ter fugido e se escondido em um
hotel em vez de voltar para casa, após esconder a barra de ferro na casa de um
amigo.
- Aí, tá certo, “só” porque o psicopata avançou o sinal, por
pouco não mata o pais e seus filhos que atravessavam na faixa de pedestre, não
conseguindo o intento, agrediu o pai com barra de ferro, deixou-o em coma e
posteriormente paraplégico, realmente, merece uma nova oportunidade em cinco
anos da peninha que lhe foi aplicada pra ver se desta vez consegue matar uma
presa e o pai de família que civilizadamente esperou o sinal fechar e
atravessou na faixa de pedestre que pegue a prisão perpétua numa cadeira de
rodas e continuem pagando seus impostos pra sustentar este inacreditável Poder
Judiciário que envergonha qualquer cidadão com um mínimo de dignidade!
- Outra coisa, que o inacreditável Poder Judiciário não
esqueça de devolver a sua carteira de motorista, se é que cassaram, afinal ele
tem que freqüentar as aulas motorizado!
- Esta Justiça da republiqueta é repugnante!
TRAGÉDIA DO BATEAU
MOUCHE COMPLETA 25 ANOS DE IMPUNIDADE
Vítimas ainda aguardam indenização, e culpados fugiram sem
cumprir pena
Rio - Vinte e cinco anos após o naufrágio do iate
Bateau Mouche, que matou 55 pessoas, a tragédia continua sendo um dos símbolos
da morosidade da Justiça no Brasil. Desde aquele 31 de dezembro de 1988, nenhum
dos condenados foi preso. Não há previsão para que todas as vítimas e
familiares recebam indenização.
Segundo João Tancredo, advogado especializado em
responsabilidade civil que cuida da ação de seis famílias contra os empresários
e contra a Capitania dos Portos — órgão da Marinha que liberou a embarcação com
irregularidades —, a demora seria por conta da Justiça Federal. “Quem recorreu
na Justiça Estadual, porque não acionou a Capitania, já recebeu. Na esfera
federal, é muito mais lento. O processo já ficou parado 10 anos com um
desembargador, e há pessoas que não receberam nada”, contou.
Dentre os sobreviventes que aguardam justiça tanto para que
os condenados fiquem sob custódia quanto para indenizações, está a jornalista
Elane Maciel. “Foi desesperador e de visível irresponsabilidade. O iate estava
lotado, ficamos em pé quase o tempo todo. Sequer dava para se mexer. O
equipamento de segurança não estava facilmente acessível. Quero muito que
paguem tanto com a liberdade quanto que doa no bolso. Estamos há anos na luta.”
Elane entrou com ação por danos morais.
Na tragédia, autoridades e artistas estavam entre os 153
passageiros a bordo. Uma das mais conhecidas era a atriz Yara Amaral, da TV
Globo, que deixou os dois filhos que teve com Luís Fernando Goulart.
FUGA PARA A ESPANHA
O grupo iria assistir à queima dos fogos em Copacabana, mas
a embarcação afundou perto da Praia Vermelha quando faltavam 15 minutos para a
meia-noite. Três sócios da empresa dona do iate foram condenados a quatro
anos de prisão em regime semiaberto, mas fugiram em 1994 para a Espanha.
- Veja bem, assassinatos por ganância
condenados a quatro aninhos no semiaberto!
MORRE EM SÃO PAULO
PROPRIETÁRIO DA ESCOLA BASE
Icushiro Shimada, antigo proprietário da Escola Base, no
bairro da Aclimação, na região Central de São Paulo, faleceu no dia 16 de
abril, aos 70 anos, em sua casa, após sofrer um infarto. Ele estava com a nora
no momento da morte e faleceu antes de receber socorro, afirmou seu advogado,
Kalil Rocha Abdalla. Shimada foi acusado equivocadamente de abuso sexual
contra crianças de sua escola em 1994.
Em março de 1994, Shimada, sua esposa, Maria Aparecida
Shimada, que faleceu de câncer em 2007, e mais seis pessoas ligadas à escola
foram acusadas de abusar sexualmente de crianças no horário de aulas, após a
denúncia de duas mães.
À época, o delegado responsável pelo caso, Edelcio Lemos,
determinou a prisão de todos antes das investigações chegarem ao fim. A Escola
Base teve suas dependências pichadas e os envolvidos sofreram ameaças de morte.
O caso, que ficou conhecido como Escola Base, foi amplamente
divulgado pela imprensa na época e, após a troca de delegado, um mês depois do
ocorrido, o inquérito foi arquivado por falta de provas. Shimada e sua esposa
moveram processos por perdas e danos após o episódio. De acordo com o defensor,
Icushiro ainda aguardava o pagamento de indenizações antes de morrer.
- Morreu sem reparação por parte do inacreditável Poder
Judiciário, mas eles vão comemorar o Dia da Justiça!
AMANHÃ TEREMOS MAIS MOTIVOS DE
COMEMORAÇÃO
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