quarta-feira, novembro 12, 2008

E NAQUELA REPUBLIQUETA QUE AINDA NÃO CHEGOU A ERA DA INFORMÁTICA...
Enquanto no mundo todo já até se faz intervenção cirúrgica via videoconferência, a republiqueta seque o inexorável vocação ao atraso.
E atrás dele, virão outros.

Contra o voto da honrada, lúcida e evoluída ministra Ellen Gracie, a favor da videoconferência, os argumentos foram os mesmos de sempre, “inconstitucionalidade”, “o devido processo legal”, “os direitos fundamentais individuais” garantidos na Constituição da republiqueta, ardorosamente defendidos para a bandidagem, mas, nada respeitados pra o cidadão de bem, como, por exemplo, o valor do salário-mínimo que garanta o sustento de uma família, composta de casal e dois filhos, e a bitributação no benefício dos aposentados. E tome garantismos e legalismos!
Também, não se pode esperar muito de um Judiciário que age como se ainda estivéssemos no período colonial, com um Código Penal de 1940 e coisa e tal.
Enquanto isso, segundo o relatório da ministra, em 15 dias, o contribuinte de São Paulo pagou a conta de 4 milhões de reais em deslocamentos desta escória para o Fórum, sem contarmos os riscos de um cidadão de bem, se dirigindo ao trabalho para garantir a subsistência da sua família, levar pela cara uma bala perdida numa tentativa de resgate da vagabundagem. Beira-Mar, por exemplo, consome do cidadão, 40 mil a cada vez que cisma de fazer um tour pelo Rio para assistir depoimentos de testemunhas, inclusive, seu último passeio panorâmico pelo Rio perdeu a finalidade, pelo menos, para o Judiciário, eis que, a oitiva da testemunha não ocorreu, mas não tem problema não, estamos aí pra pagar esta conta, afinal, o que são os direitos fundamentais da coletividade comparando-se aos sacratíssimos direitos fundamentais individuais da bandidagem que mata, seqüestra, estupra, trafica, corrompe, queima gente viva e tortura???
E sem essa de dizer que a ministra, com seu voto, também não se porta como guardiã da constituição, pois, se assim fosse, Sua Excelência deveria ser imediatamente exonerada do cargo de ministra, que, a meu juízo, o exerce com sabedoria e dignidade, com uma qualidade a mais, EVOLUI junto com os novos tempos.


E AGORA, AS VOZES DO ATRASO

Geralmente fazem discursos atacando a morosidade do Judiciário

Aliás, a nobre e jovem defensora, muito brilhante na sua sustentação oral que tive oportunidade de assistir, com seu argumento me lembrou o caso dito, salvo engano, durante esta sessão plenária que, em 1926, com o advento da descoberta da máquina de escrever, alguém tentou anular sentenças datilografadas, já que as mesmas deveriam ser proferidas pelos juízes à mão.


E AGORA, A VOZ DO BOM SENSO, DE QUEM VIVE NO SÉCULO XXI

E que não acha que a republiqueta é a única que marcha certo e o resto do mundo marcha errado.

Aliás, quando os projetos forem efetivamente votados no respeitabilíssimo Congresso Nacional, os equipamentos já estarão obsoletos, emperrados, devendo o Estado de São Paulo gastar novas verbas para renová-los.

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