segunda-feira, junho 16, 2014






PRA FRENTE BRASIL
O Brasil deve brilhar na conferência da OIT, na semana que vem. Ela vai tratar de trabalho forçado. Ontem, o Senado votou a expropriação de propriedades que utilizem trabalho escravo. A nova lei brasileira é pioneira no mundo. (coluna Panorama Político – O Globo – 28.05.2014)
- Pioneira e, pra variar, a “mais avançada do mundo” e já que a Lei Áurea “não pegou”, vamos ver se esta “pega”!
- A propósito:
EX-CANAVIEIRO EXPLORADO EM FAZENDA NO INTERIOR DO RIO VOLTA AO CONVÍVIO DA FAMÍLIA APÓS 30 ANOS
Manoel Ferreira Pereira, de 75 anos, sorri. Ainda estranha o banho quente, que toma na casa da filha, mas, depois de voltar para o convívio da família, entende que o melhor foi deixar a propriedade de Paulo Girão para trás. Por 30 anos, naquelas terras, trabalhou em condição análoga à de escravo, segundo o Ministério Público Federal. Hoje, livre, respira aliviado. Preso em flagrante no dia 26 de abril, Paulo Cesar Girão nega as acusações.
Eu chorei quando o Davi (um dos filhos de Manoel que também teve a mão de obra explorada por Girão e foi libertado pela polícia) tentou me buscar. Mas, agora, eu posso falar: tinha medo de ele (Girão, o fazendeiro) zangar comigo — desabafa o ex-canavieiro.
Manoel foi encontrado pela Secretaria estadual de Direitos Humanos ainda no beco de onde outros três homens foram libertados por agentes da 141ª DP (São Fidélis), no dia 26 de abril. Durante a conversa, lembrou-se de sua filha, que viu pela última vez quando ela ainda tinha 5 anos.
— Eu tinha 1 ano quando ele foi embora. Não fui registrada. Não sabia o que estava acontecendo — lembrou X., de 30 anos, que não quis se identificar por medo.
Ao ir para a casa da filha, no sábado, Manoel descobriu a liberdade.
— Agora, fico o dia inteiro de prosa. Tem um menino que fica aqui comigo. A gente conversa. Tem outro mais ali embaixo. Eu gosto de conversar — conta, lembrando a época em que não recebia visitas, proibidas por Girão.
Ex-canavieiro, Manoel aprende a desempenhar um papel novo: o de avô.
— Eu sabia que ela (a filha) tinha uma criança. Mas só fui conhecer agora. Meu primeiro neto. E ele tá grudado comigo, me compra biscoito, pede benção.
Y., de 3 anos, toma conta do avô, que quase não enxerga mais. O quarto, antes montado para o pequeno, hoje é de Manoel que, pela primeira vez, tem rádio, televisão e chuveiro elétrico. Cômodo bem diferente do antigo, vizinho a um chiqueiro.
— As coisas estão melhores. Lá, eu também não fazia questão. Mas, agora, melhorou. Ela me dá leite, pão. Sempre tem café. Vivem querendo fazer eu comer — conta ele, que, durante as horas em que a filha trabalha, está sendo acompanhado por um cuidador contratado pela família.
Manoel virou o centro da casa, na localidade de Portela, em Itaocara. Conta suas histórias de canavieiro e sonha com o futuro: quer voltar a enxergar. A filha marcou consulta com oftalmologista.
— Lembro a última vez que fui à praia, em Campos. Queria ver aquele pôr do sol de novo. Mas também queria ver um jogo do Fluminense — diz, rindo e brincando com o neto, vascaíno.
RECORDAR É VIVER



PORTA DOS FUNDOS



ABERTURA DA COPA DEIXA SAMBA CARIOCA DE FORA
SÃO PAULO — Pode ser tudo a abertura da Copa do Mundo no Brasil — menos uma festa de bamba. No evento que marcará o início da feira de futebol, nesta quinta-feira, no Itaquerão, não haverá um representante sequer da maior manifestação cultural do país anfitrião. O samba do Rio de Janeiro e seus artistas foram ignorados na seleção de estrelas escaladas para cantar a música-tema do Mundial, "We are one" ("Somos um só"), antes de a bola rolar para Brasil e Croácia. O time terá os americanos Pitbull e Jennifer Lopez, o grupo Olodum e a cantora de axé Claudia Leitte. Nada de Mangueira, nem Beija-Flor muito menos Portela — só a Pérola Negra, 13ª colocada (e rebaixada) no carnaval paulistano em 2014.
- Meu, liga não, afinal foi uma festa tipicamente paulista, ta ligado mano e eu não pude deixar de perder!
- Até porque...
- Como não pude deixar de perder, com certeza, obras primas, anos de luz de superioridade a esta, foram apresentadas e bem representando o atual Brasil varonil!
- Aliás, achei injustiça inominável não convidarem a Psirico pra interpretar a sua incomparável obra Lepo Lepo, com direito a performance de Marin, Joseph Blatter e de Jérôme Valcke!

AMENIDADES
Um turista chega a um restaurante em Portugal, senta-se,, com o cardápio na mão e olhando uma série de pratos de bacalhau, pergunta ao garçom qual é o melhor prato de bacalhau.
E ele, com a mais perfeita expressão de sinceridade estampada na face, diz:
- Pois vou lhe ser muito sincero, o melhor prato de bacalhau é o da minha mãe.

REESCREVENDO A HISTÓRIA
Novos empregos serão abertos, para enfrentar a tarefa hercúlea de atualizar nossa literatura
Não sei se vocês lembram, ou que fim levou, aquela história de censurarem, expurgarem ou proibirem um livro infantil de Monteiro Lobato, por aspectos considerados racistas. De vez em quando, fico um pouco impaciente e pergunto por que não proíbem logo “Os Sertões”, com tanto racismo contido na parte que todo mundo diz que leu, mas não leu, a referente ao homem. Deve ser porque de fato não leram, senão a grita ia poder começar até mesmo por Itaparica, onde somos todos, de acordo com a visão dele, mestiços neurastênicos do litoral. A antropologia da época tinha convicções que podem hoje ser qualificadas de racistas, mas era a ciência de então e no mesmo barco estão outros cuja obra haverá de merecer ser reescrita ou banida, como Oliveira Vianna ou Sílvio Romero. Imagino que devemos até nos surpreender por ainda não terem começado uma reavaliação da figura de Machado de Assis, sob a acusação de ele ter sido um mulato alienado metido a branco, ou uma condenação da crítica, por não o haver qualificado de maior escritor negro do Brasil.
Mas, no caso de Machado, dizem as novidades, não se trata de racismo, trata-se da elaboração, com a chancela e o apoio do Estado, de versões populares, ou acessíveis à maioria, de obras dele. Segundo o que saiu nos jornais, concluíram que os jovens e pessoas menos cultas não leem Machado porque não entendem as palavras e não percebem o que querem dizer certos arranjos sintáticos. Ou seja, o problema é com Machado, cujos textos obsoletos são preservados supersticiosamente e já não têm serventia para as gerações presentes. Urge, portanto, que nos livremos dessa tralha inútil e elitista, corrigindo o muito que clama por atualização.
A observação inicial que se pode fazer sobre tal premissa é que ela se fundamenta na crença, comum entre pessoas semiletradas e analfabetos funcionais, de que, na obra literária, existe uma diferença, ou separação, entre forma e conteúdo. O conteúdo seria a “história”, o “enredo”. A forma seriam as palavras usadas pelo escritor e seu jeito de narrar. O que interessa aos que reescrevem Machado é esse “conteúdo”, que pode ser contado de diversas maneiras. Assim, “Dom Casmurro” seria basicamente o mesmo, quer tendo sido escrito por Machado, quer por Dostoiévski, Balzac ou Jorge Amado. Isto, realmente, é de uma estupidez inexcedível e contribui para que ganhe corpo a noção primária de que é possível conhecer a literatura de um país, simplesmente ouvindo, da boca dos que já as leram, as histórias contadas pelos grandes escritores, não vindo ao caso suas palavras, seu estilo, suas sutilezas, suas referências.
É curioso como iniciativas desse tipo se veem como antielitistas. As elites, o que lá seja isso por aqui, querem preservar para si mesmas a fruição da grande arte. Só quem tem vocabulário e fez esforços para ser um bom leitor é que pode desfrutar de Machado de Assis? Não, senhor, agora qualquer um, mesmo com vocabulário restrito e praticamente inculto em todas as áreas, vai poder ter esse privilégio. Para isso, vamos rebaixar, vamos reduzir os textos a uma voz tatibitate, modernosa e linguisticamente irresponsável, vamos limitar o vocabulário e tomar outras medidas simplificadoras. Não se nota como essa posição — ela, sim — é presunçosa, arrogante e elitista. Não se pensa em estender a todos o que hoje é visto como das elites, pensa-se em baixar o nível e assim ser democrático, quando o que ocorre é o contrário.
Os laços lógicos desse paternalismo condescendente desafiam a imaginação e, num contexto em que cada vez mais o Estado (ou seja, no nosso caso, o governo) mete o bedelho na vida individual de seus súditos, podemos temer qualquer coisa. Quanto a Machado de Assis, não se pode fazer mais nada, além de reescrever seus textos. Mas, quanto aos autores vivos, pode-se incentivá-los (ou obrigá-los, conforme o momento) a ater seus escritos ao Vocabulário Popular Brasileiro, que um dia destes pipoca por aí, tem muita gente no governo sem ter o que fazer. Constará ele das 1.200 palavras compreensíveis pela melhor parte da juventude e do povo brasileiros e, para não ser elitista, quem publicar livro ou matéria de jornal não deve passar delas e quem usar uma palavra considerada difícil não apenas será sempre vaiado quando em público, como pagará uma multa por vocábulo metido a sebo.
Novos empregos serão abertos, para enfrentar a tarefa hercúlea de atualizar nossa literatura. Para que os poetas precisam de tantas palavras, quando as do Vocabulário seriam suficientes para exprimir qualquer sentimento ou percepção? Ou o elitista diria o contrário, menosprezando preconceituosamente a sensibilidade e a criatividade do povão? E rima, meu Deus do céu, para que se usou tanto rima, uma coisa hoje em dia completamente superada? E ordens inversas, palavras postas fora do lugar, que só podem confundir o leitor comum? Por essas e outras é que os jovens também não leem poesia.
E a lição se estende da literatura às outras artes. O povo não gosta de música erudita porque são aquelas peças vagarosas e demoradas demais. De novo, a solução virá ao adaptarmos Bach a ritmos funk, fazermos arranjos de sinfonias de Beethoven em compasso de pagode e trechos de no máximo cinco minutos cada e organizarmos uma coleção axé das obras de Villa-Lobos. Tudo para distribuição gratuita, como acontecerá com os livros de Machado reescritos, pois continuamos a ser um dos poucos povos do mundo que acreditam na existência de alguma coisa gratuita. E talvez o único em que o governo chancela, com dinheiro do cidadão, o aviltamento de marcos essenciais ao autorrespeito cultural e à identidade da nação, ao tempo em que incentiva o empobrecimento da língua e a manutenção do atraso e do privilégio. (jornalista e escrito João Ubaldo Ribeiro – O Globo – 31.05.2014)
- Pois é, foi-se o tempo em que, quando dizíamos alguma bobagem nossos pais saíam em nosso socorro corrigindo-nos imediatamente; foi-se o tempo em que, quando estávamos lendo, ignorávamos uma palavra, corríamos ao “pai dos burros” e nunca mais esquecíamos seu significado!
- Agora, moderninho e progressista é continuar ignorante e, se discordar é “coxinha”, “elitista”, “preconceituoso” e estas besteiradas todas com que os “iluminados” tentam desqualificar aqueles que têm a clareza de observar que a republiqueta está de cabeça pra baixo e só a obtusidade não percebe!

FIFA DISFARÇA PROBLEMAS PARA MELHORAR IMAGEM DA COPA
Ficou bem para trás o tempo do chute no traseiro ou das críticas pesadas. A seis dias da Copa-2014, a Fifa decidiu tratar os problemas nos bastidores. Oficialmente, o discurso é positivo: pede-se apoio da população e promove-se o Mundial. O discurso é tão uniformizado entre dirigentes da federação que parece ensaiado, e é.
Todos os dirigentes da cúpula da federação ouvidos pelo UOL Esporte nestes primeiros dias repetiam elogios ao Brasil, e minimizavam os atrasos. Presidente do Comitê da Fifa para a Copa-2014 e da Conmebol, Eugênio Figueiredo deu o tom quando abordado pela reportagem. "Não foi falar nada negativo", adiantou-se, antes mesmo de ser perguntado.
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RECEITA DA COPA DO MUNDO SUPERA R$ 10 BILHÕES PARA A FIFA
STF DECIDE VALIDAR BENEFÍCIOS À FIFA PREVISTOS NA LEI GERAL DA COPA
- Eu ergueria até uma “stauta” na frente da Fifa da grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda e declararia o Lepo, Lepo como patrimônio cultural da Humanidade!
- A propósito:
'LEPO LEPO' VIRA QUESTÃO EM PROVA DE FILOSOFIA EM ESCOLA DO ES
Cantor baiano Márcio Vitor foi citado como 'pensador contemporâneo'.
Professor contou que gosta de inovar no método de ensino.
Ao abrir a prova aplicada na aula filosofia, uma das turmas do 1º ano do ensino médio de uma escola de Pedro Canário, no Norte do Espírito Santo, se surpreendeu ao ter que responder uma questão sobre a música "Lepo Lepo". Na questão, os alunos deveriam associar o trecho citado na avaliação a questões da sociedade no contexto atual. Assim como Valesca Popozuda em uma prova do Distrito Federal, o compositor da canção, o baiano Marcio Vitor, também foi citado como pensador contemporâneo pelo professor  Maurício de Menezes Matos. A prova aconteceu nesta segunda-feira (4).
Para Maurício, não há motivos para que os alunos tenham se surpreendido, já que um método de ensino "inusitado" é uma característica já conhecida do professor. "Eu trabalho sempre com algo diferente nas aulas de filosofia e história. Uso novas tecnologias, crio paródias, organizo gincanas e falo de assuntos polêmicos para estimular o pensamento crítico deles", explicou.
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- Parece que já há um forte movimento de intelectuais brasileiros, capitaneado por Sarney, Tiririca e Paulo Coelho, no sentido de exigir da ABL que se aumente o número de cadeiras de imortais devido a profusão de grandes pensadores contemporâneos, inclusive com protestos de Michel Teló, intérprete da incomparável Ai se eu te pego por ainda não ter sido incluída em questões de provas!
- Aliás, este ignorantão aqui levaria zero na prova da questão de prova da outra grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda por não saber a resposta e um zero duplo na questão desse outro grande pensador contemporâneo, porque desta erudita obra só conheço mesmo o título Lepo Lepo!
- A propósito, já que querem fazer uma releitura popular da obra daquela merda de escritor Machado de Assis, por que não contratar os atuais grandes pensadores contemporâneos como consultores!
EX-BBB VANESSA MESQUITA TEM ESTRELA BATIZADA COM SEU NOME
Vanessa Mesquita, vencedora da 14ª edição do "Big Brother Brasil" (Globo), ganhou de seus fãs um inusitado presente.
Ela teve uma estrela batizada com seu nome, registrado no Smithsonian Astrophysical Observatory Star Catalog.
O certificado com o registro foi entregue para Vanessa pelos fãs durante uma sessão de fotos para uma revista, em São Paulo.
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- Cada povo tem os grandes pensadores contemporâneos que merece!

CONTRA A LAMA NA REDE
Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente da OAB, lançará campanha por eleições limpas na internet, terça. Será pedido a presidentes de partidos que os militantes não travem na rede uma guerra cibernética. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 28.05.2014)
- Pelo que se avizinha o nível vai fazer parecer papo de convento o que rola nos botecos nos arredores de qualquer prostíbulo!

MENSALIDADE NA USP PODERIA SER PAGA POR 60% DOS ALUNOS
Seis em cada dez alunos da graduação da USP têm condição econômica para pagar mensalidade, segundo critérios do Prouni (programa federal de bolsas em faculdades privadas).
A arrecadação anual da maior universidade pública do país poderia aumentar R$ 1,8 bilhão, caso fosse adotado um modelo que combinasse cobrança na graduação e pós-graduação e concessão de bolsas para estudantes da graduação.
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- São por estas e outras na republiqueta esquizofrenicamente “politicamente correta” que sou contra as tais das cotas raciais que, aliás, só conheço uma, a raça humana!
- Na opinião destes “coxinha”, “reacionário”, “direitão”, “elitista”, “discriminador”, “fascista” e “preconceituoso” de acordo com a qualificação dos esquerdóides donos do pensamento único, cotas nas faculdades teriam que ser atribuídas de acordo com a renda familiar, seja o beneficiário branco, azul, amarelo ou cor de abóbora e os que tivessem renda familiar alta deveriam contribuir com uma mensalidade razoável ou prestar algum serviço público voluntário às pessoas carentes!
- E vou além, tal iniciativa deveria ser política de Estado, previsto na Constituição e não de governo, o resto é manutenção de curral eleitoral!

DOLEIRA PRESA NO PARANÁ GANHA FAMA POR SOCORRER E SALVAR POLICIAL
Ao ver um agente da PF desmaiar na sua frente, Nelma fez massagem torácica e respiração boca a boca...
Presa por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas investigado na Operação Lava Jato, a doleira Nelma Kodama ganhou fama e a simpatia de policiais federais por um ato heroico atrás das grades: salvar a vida de um carcereiro que sofreu um ataque cardíaco em plena Superintendência da Polícia Federal no Paraná.
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- Taí, na republiqueta paraíso da impunidade que adora uma concessão de benesses pra bandido, bem que este “ato humanitário” poderia abater na pena!

COMÉDIA-PASTELÃO
Um motorista foi à Embaixada da Venezuela, em Brasília, deixar uma carta de protesto da Associação Nacional de Jornais dirigida a Nicolás Maduro. O texto criticava as limitações oficiais para compra de papel-jornal no país vizinho.
Para a ANJ, esse é um recurso habitualmente usado por governos autoritários para sufocar a imprensa.
Segue...
Ao saber da presença do simples mensageiro, o embaixador, almirante Diego Alfredo Molero Bellavia, ex-ministro de Chávez, em uniforme de campanha, mandou o rapaz entrar e, cercado de assessores, fez um discurso sobre a democracia venezuelana.
No final, devolveu a carta. Parece ridículo. E é. (coluna Ancelmo Góis – O Globo – 28.05.2014)
- Deu sorte de não sair em cana da embaixada daquela “plena democracia” bolivariana!

RIO: AÇÕES DE DESPEJO DOBRAM EM QUATRO ANOS, MAS MOROSIDADE DA JUSTIÇA CONTINUA
Lei do Inquilinato faz aumentar número de processos contra locatários
RIO - Desde que entrou em vigor em janeiro de 2010, a Lei do Inquilinato vem impulsionando as ações de despejo. Entre 2009 e 2013, o número de ações cresceu 118,61%. Enquanto em 2009, o Tribunal de Justiça do Rio registrou 2.600 ações de despejo, no ano passado foram 5.684. A infração contratual, que inclui inadimplência, é o maior motivo. No ano passado, foram 3.882 ações por problemas no contrado. Depois, vem a denúncia vazia (1.316), uso próprio (449) e uso de descendentes e ascendentes (37). Apesar disso, os proprietários que tentam retomar seus imóveis continuam sofrendo com a morosidade da Justiça.
— Uma coisa é a lei. Outra é a realidade, a morosidade do Poder Judiciário. O despejo obtido por liminar, em 15 dias, é muito raro, apesar da previsão legal. Na prática, leva um ano ou mais — diz o advogado Hamilton Quirino, acrescentando que antes da lei o prazo era de, no mínimo, dois anos.
O tecnólogo em redes de telecomunicações Rugerpe Neves sabe bem disso. Há 11 meses, ele vê uma ação de despejo se arrastar na Justiça. A casa, em Cabo Frio, foi alugada em nome da mãe do atual morador. Após o seu falecimento, o filho continuou lá com a família, a princípio pagando os aluguéis. Até que parou de pagar. Neves tentou acordo, entrou na Justiça, mas nada se resolveu.
— Além do prejuízo com o aluguel, a casa está se deteriorando por falta de manutenção. Móveis planejados foram jogados fora, condomínio e IPTU não são pagos e não podemos fazer nada — conta Neves. — No início, o processo ficou no Rio, depois transferiram para Cabo Frio. Aí pediram a certidão de óbito, que não tínhamos como conseguir. Cada hora era uma coisa diferente. E o processo parado.
...
- Morro de rir quando os “iluminados” do país dos bacharéis chamados de “notáveis”, seja lá o que isso queira dizer, aparecem na telinha para falar das maravilhas de uma das “leis mais avançadas do mundo” que será a solução para resolver a morosidade do inacreditável Poder Judiciário, foi assim com os famigerados Juizados de Pequenas Causas que estão entupidos até o teto, com os tais Tribunais Arbitrais e assim por diante e ainda vem mais novidades por aí!
- Ainda não descobriram que os problemas são mentalidade tacanha, infra-estrutura, burrocracia, “legalismos e garantismos” esdrúxulos onde réus gozam da presunção de inocência até confessando, o resto conversa pra boi dormir!

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