sexta-feira, setembro 26, 2014





PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Entre os novos e honestos que entrarão na Casa, vários vão se corromper, mas quem acredita que algum dos velhos picaretas já instalados vai se regenerar? (jornalista Nelson Motta – O Globo – 11.04.2014)




CHARGES.COM.BR
Tobby entrevista Marina

Merenda Escolar vai para no supermercado


Mais um legado da Copa

- Esta laia não tem limites, com certeza é tudo apadrinhado desta corja de políticos!
- Com diria o nobre governador de São Paulo Geraldo Alckmin:
“o povo não sabe um décimo do que se passa contra ele e, se soubesse, ia faltar guilhotina para a Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro”. (http://oglobo.globo.com/pais/irritado-alckmin-diz-que-falta-guilhotina-para-corrupcao-8347587)

VERBAS PAGAM PASSAGENS E ASSESSORES
Somados, os 61 deputados do Rio que passaram pela Câmara desde 2011 gastaram R$ 46,6 milhões da cota para o exercício da atividade parlamentar. Conhecida como cotão, a verba é para as despesas de custeio do mandato, como aluguel de escritórios no estado, passagens aéreas, consultorias e combustível. Como o valor das passagens varia conforme a distância, a cota muda de estado para estado. No caso do Rio, os deputados podem ser ressarcidos em até R$ 32.550,32 por mês.
Caso não utilize todo o valor, o saldo fica acumulado ao longo do exercício financeiro. Entre os 33 parlamentares que exerceram o mandato por completo, Edson Santos (PT) é o que mais usou a cota. Nos últimos quatro anos, ele foi reembolsado pela Câmara em R$ 1.213.587,74. Francisco Floriano (PR) é segundo na lista. Ao todo, ele foi reembolsado em R$ 1.200.910,19. Até o fechamento da reportagem, Floriano não retornou às ligações do GLOBO.
O deputado Dr. Adilson Soares (PR) aparece em terceiro lugar, com R$ 1,17 milhão em ressarcimento. No quarto lugar está Áureo (SD), com R$ 1,15 milhão. Por meio de sua assessoria, o deputado informou que usou a maior parte da verba “de forma lícita e aprovada pelos órgãos competentes da Câmara dos Deputados, divulgando essas ações e contratando assessoria para fornecer orientações, estudos técnicos e divulgação.” Quinto entre os que mais utilizaram a cota, Washington Reis (PMDB) diz considerar os gastos normais e dentro da média:
— Utilizei para manter meu escritório no Centro do Rio, para alugueis de carros e combustíveis. Sempre que possível pago tiro os recursos do meu próprio bolso, mas às vezes não dá, quem trabalha tem despesa — afirmou Reis.
Além da cota, os deputados recebem uma remuneração mensal de R$ 26.732,13 (subsídio), que leva em conta a presença nas sessões deliberativas. Cada deputado tem direito a uma verba mensal de gabinete de R$ 78 mil para o pagamento de funcionários do gabinete. Cada parlamentar pode contratar entre 5 e 25 funcionários.
PRESENÇA DE DEPUTADOS NO PLENÁRIO DA ALERJ DIFERE DA REGISTRADA NO PAINEL E NO DIÁRIO OFICIAL
A duas semanas da eleição, o plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) está às moscas. Sem fiscalização da Casa, dezenas de parlamentares aparecem no plenário, mas deixam o local após registrar presença no painel eletrônico — muitas vezes antes mesmo do início das votações. Durante três semanas, o EXTRA acompanhou os trabalhos na Alerj e constatou que os números não batem: a quantidade de deputados no plenário não confere com o número registrado no painel, que também é diferente do registrado no Diário Oficial do Legislativo, responsável pelo registro das atas das sessões.
...
Um salário de R$ 20 mil
O salário de um deputado estadual no Rio é de R$ 20 mil, mais benefícios, como carro oficial, vale combustível e, em alguns casos, auxílio moradia de R$ 2.850. Dos 70 deputados, 65 são candidatos — 63 tentam a reeleição na Alerj.
As sessões ocorrem de terça a quinta-feira, e é possível registrar presença eletrônica desde às 14h30m até o fim da sessão. Ou seja, não há mecanismo que impeça o registro após o término da votação.
Um projeto de Wagner Montes (PSD) e Marcelo Freixo propõe que o deputado que não comparecer à ordem do dia receba falta. O projeto, proposto em 2008, ainda não entrou na pauta.
...
‘É assim há 20 anos’
Presidente da Casa, Paulo Melo (PMDB) justificou a diferença entre os números registrados no painel eletrônico e no Diário Oficial argumentando que a Casa faz uma lista de presenças baseada em verificação visual.
...
— Você está indo no máximo, dos máximos, do máximo. A Casa funciona assim há 20 anos. A gente aceita os dois tipos de presença. Com maior respeito, de regimento entendo eu. Interpretação de regimento sou eu — disse. — É cultura que pode até ser mudada. A gente pode discutir e, se for necessário mudar, vamos mudar.
...
- Enquanto isso, na Suécia...
- Enquanto isso no Brasil varonil...
RECEBIDA DENÚNCIA CONTRA DEPUTADO FEDERAL POR SUPOSTA PRÁTICA DE BOCA DE URNA
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado federal Oziel Oliveira (PDT-BA), no Inquérito (INQ) 3534, por suposta prática de arregimentação de eleitores e propaganda de boca de urna (artigo 39, parágrafo 5º, inciso II, da Lei 9.504/1997). A relatora do caso é a ministra Carmén Lúcia.
Narra a denúncia que no dia da realização do primeiro turno das eleições de 2010, o candidato teria assediado eleitores em escolas nas quais funcionavam sessões eleitorais, em Luís Eduardo Magalhães (BA), inclusive entregando material de campanha a eleitores que estavam na fila para votar.
O MPF apresentou depoimentos de testemunhas que dizem ter visto acontecer os atos imputados ao então candidato e, assim, requereu o recebimento da denúncia.
...
Voto da relatora
A ministra Carmén Lúcia, em seu voto, confirmou entendimento do STF de que a presença de candidato na sessão eleitoral para cumprimentar e conversar com eleitores não caracteriza conduta penalmente relevante. “Estou afastando qualquer possibilidade de se cogitar que a presença [do candidato] tenha por si qualquer eiva ou ilegalidade”, afirmou.
Segundo a relatora, as testemunhas afirmaram, ao contrário do que disse a defesa, terem visto o candidato praticar boca de urna e abordar eleitores, inclusive nas filas das sessões eleitorais. A ministra citou trecho de depoimento de uma das testemunhas, no qual afirma que o candidato, ao abordar eleitores, dizia: “Conto com sua ajuda lá dentro, você sabe”. Para a ministra, “da análise dos depoimentos se extrai não apenas a presença do candidato, mas a plausibilidade, pelo menos em tese, da denúncia contra o crime do artigo 39, parágrafo 5º, inciso II, da Lei 9.504/97”, disse.
A denúncia, de acordo com a relatora, tem elementos indicativos de atos que podem corresponder a crime eleitoral.
- Impressiona é a agilidade do inacreditável Poder Judiciário da republiqueta que se traduz no seguinte, noves fora nada, já que a legislatura acabou, como ele não tem sentença condenatória definitiva proferida por colegiado não estará incluído na Lei da Ficha-Limpa, conseqüentemente, poderá se candidatar novamente e, claro, fazendo boca de urna, afinal, estamos no paraíso da impunidade!
RECEBIDA DENÚNCIA CONTRA DEPUTADO FEDERAL POR CRIME DE RESPONSABILIDADE
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal recebeu, nesta terça-feira (9), denúncia do procurador-geral da República, no Inquérito (INQ) 3537, contra o deputado federal Paulo César Justo Quartiero (DEM/RR) por indícios da prática de crime de responsabilidade caracterizado por apropriação ou desvio de bens ou rendas públicas (artigo 1º, inciso I, do Decreto-Lei 201/1967). A decisão, unânime, seguiu o voto do relator, ministro Dias Toffoli. Com o recebimento da denúncia, o parlamentar passa agora à condição de réu em ação penal.
Quartiero é acusado de, no cargo de prefeito de Pacaraima (RR), ter desviado recursos durante a execução de convênio entre a prefeitura e o Ministério da Defesa, em abril e maio de 2006. Segundo a denúncia, o convênio foi firmado em novembro de 2005 e previa o repasse de R$ 148 mil ao município para reforma e ampliação da sede da prefeitura, mas, dois meses após o prazo firmado para a execução da obra, uma vistoria realizada pelo Ministério da Defesa constatou que apenas 60% dos serviços haviam sido concluídos, apesar do então prefeito ter pago à construtora contratada o valor integral do convênio, resultando num desvio de mais de R$ 60 mil.
Segundo as investigações da Polícia Federal, a Construtora Kasa, responsável pela obra, foi constituída quatro dias depois da assinatura do convênio, “sendo forte indício de que a empresa nasceu apenas para operacionalizar o desvio”.
Em sua manifestação nos autos, Quartiero nega a acusação de apropriação e afirma que a obra de reforma e ampliação da sede da prefeitura “foi totalmente finalizada”, e que as verbas supostamente desviadas teriam sido aplicadas numa alteração do projeto não autorizada pelo convênio. “O valor tido como desviado encontra-se efetivamente guarnecendo a sede da Prefeitura Municipal de Pacaraima – e não na posse de qualquer particular”, afirma. “Por conseguinte, está ausente a apropriação necessária para a conformação do tipo penal de peculato-desvio”.
STF RECEBE DENÚNCIA CONTRA SENADOR POR SUPOSTA PRÁTICA DE PECULATO
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria de votos, recebeu denúncia contra Jayme Campos (DEM-MT), senador da República, investigado pela suposta prática do crime de peculato. O julgamento do Inquérito (INQ) 2606, interrompido em maio de 2013 após voto do ministro Luiz Fux, relator do caso, foi retomado na sessão plenária desta quinta-feira (4).
A Procuradoria Regional da República da 1ª Região ofereceu denúncia em relação ao crime de peculato, previsto no artigo 327 do Código Penal, e ao delito tipificado no artigo 89 da Lei 8.666/93 [dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei], contra o senador Jayme Campos, ex-governador de Mato Grosso, o secretário estadual de Saúde do estado à época, Domingos Sávio Pedroso de Barros, e o então presidente da comissão de licitação, Moacy Lopes Suares. O procurador-geral da República, posteriormente, retificou os termos da denúncia para apontar a prescrição da pretensão punitiva em relação ao delito licitatório, mas manteve o pedido de abertura de ação penal quanto à imputação de peculato.
Jayme Campos e os outros dois indiciados teriam desviado verbas da União, repassadas por convênio à Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso, mediante a suposta aquisição, em outubro de 1994, de equipamentos e materiais hospitalares superfaturados, com dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei.
A defesa alegou que a dispensa de licitação foi justificada diante da comprovada situação de emergência no estado devido a um surto de cólera e meningite, além de casos de raiva e malária. Também sustentaram não haver provas quanto ao superfaturamento dos produtos adquiridos.
Relator
O ministro Luiz Fux, relator do inquérito, votou no sentido de receber a denúncia em relação ao senador, uma vez que houve desmembramento quanto aos demais acusados. Segundo o ministro, na denúncia constam indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes imputados ao parlamentar.
...
Os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Carmén Lúcia votaram no mesmo sentido do relator.
Divergência
A divergência foi aberta pelo ministro Gilmar Mendes, que entendeu que o caso dos autos não se enquadra no parágrafo 2º, do artigo 327, do CP e, em consequência, não deve incidir aumento de pena. Assim, ele considerou prescrito o crime de peculato.
Para o ministro Marco Aurélio, a norma não alcança o agente político mencionado. “Não há [no dispositivo] referência ao chefe do Poder Executivo”, afirmou.
...
STF ABRE AÇÃO CONTRA DEPUTADO OZIEL OLIVEIRA POR SUSPEITA DE DESVIO
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (24), por unanimidade, abrir ação penal contra o deputado Oziel Oliveira (PDT-BA) por suspeita de desvio de dinheiro público e fraude em licitações.
...
STF ABRE PROCESSO CONTRA DEPUTADO ELIENE LIMA (PSD-MT)
Ele é acusado de peculato e lavagem de dinheiro com recursos públicos supostamente desviados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso
STF ABRE AÇÃO CONTRA DEPUTADA POR SUPOSTA FRAUDE NA COMPRA DE LIVROS
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (24), por unanimidade, abrir ação penal contra a deputada Maria Auxiliadora Seabra Rezende, a Professora Dorinha (DEM-TO).
O autor da ação é o Ministério Público, que apontou dispensa de licitação para compra de livros entre 2003 e 2004, na época em que ela era secretária de Educação do Tocantins.
...
STF DESENGAVETA PROCESSOS DE POLÍTICOS
Deputado Federal Anthony Garotinho (PR-RJ) – Por maioria, a Primeira Turma recebeu denúncia apresentada pelo empresário Giuliano Giacomo Filippo Giavina Bianchi pela suposta prática de calúnia e difamação. Bianchi alegou que sua honra foi ofendida em texto publicado no blog do parlamentar. O ministro-relator, Marco Aurélio, afirmou que o Plenário do STF recebeu queixa-crime contra Garotinho, em maio de 2013, apresentada pelo empresário Hiroshi Matsuayama, pela suposta prática dos crimes de calúnia e difamação por causa do mesmo texto do blog.
Deputado federal Oziel Alves de Oliveira (PDT-BA) – Em decisão unânime, a Primeira Turma recebeu parte da denúncia por supostas condutas delituosas quando o deputado foi prefeito do município de Luís Eduardo Magalhães (BA), como dispensa de licitação para favorecer determinada empresa e desvio de verba pública com aquisição excessiva de combustível.
Deputada federal Maria Auxiliadora Seabra Rezende (DEM/TO) – Por unanimidade, a Primeira Turma recebeu duas denúncias contra a deputada, também conhecida como Professora Dorinha. Ela foi denunciada por inexigibilidade indevida de licitação e peculato, em razão da compra direta de material didático em 2003 e 2004, quando foi secretária de Estado de Educação e Cultura.
Deputada federal Dalva Figueiredo (PT-AP) – A Segunda Turma recebeu denúncia em que a deputada é acusada de contratar empresa sem licitação e de peculato, por suposto desvio de recursos públicos no valor de R$ 2,4 milhões, em 2002, quando era governadora do Amapá. O relator, ministro Teori Zavascki, registrou a existência de indícios de falsificação de documentos.
Deputado federal Izalci Lucas Ferreira (PSDB-DF) – Por unanimidade, a Segunda Turma recebeu denúncia por omissão na prestação de contas de campanha eleitoral ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal em 2006. O relator é o ministro Teori Zavascki.
Deputado federal Décio Nery de Lima (PT-SC) – A Segunda Turma recebeu denúncia por malversação de recursos públicos no período de janeiro de 2009 a junho de 2011, quando o parlamentar era prefeito de Blumenau (SC). O relator é o ministro Teori Zavascki.
PROCESSADOS, FICHAS-SUJAS REPASSAM VAGAS A FAMILIARES
Mulheres assumem candidaturas depois de renúncias e escândalos
A HERDEIRA DO DESVIO DE R$ 65,2 MILHÕES NO MATO GROSSO
Janete Riva, mulher de José Riva, também jamais concorreu. Riva é um recordista em mandatos e processos. Ele é réu em mais de cem ações judiciais por suspeita de participação em desvio de R$ 65,2 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Produtora rural e socialite cuiabana, Janete era secretária da Cultura do estado até abril e já teve diversos cargos públicos em governos locais. Como o marido, Janete teve passagem pela cadeia. Foi presa em duas ocasiões. A primeira delas, na Operação Jurupari, da Polícia Federal, que indiciou 93 pessoas por formação de quadrilha, desmatamento ilegal e crimes ambientais na região da Floresta Amazônica, em Mato Grosso.
Este ano, novamente, Janete acabou presa por posse ilegal de armas, durante a Operação Ararath, da PF, em que seu marido foi detido por suspeita de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Foi liberada mediante pagamento de R$ 50 mil de fiança. Janete é ré em ação por suspeita de trabalho escravo na sua fazenda. Ela foi indiciada pelo Ministério Público por manter funcionários em situação análoga à escravidão.
...
SUELY ENFRENTA ACUSAÇÕES DE CORRUPÇÃO EM RORAIMA
Suely Campos, casada com outro político de extensa ficha suja, o ex-governador Neudo Campos (PP), é mais experiente em cargos eletivos que Flávia, Janete e Janaína. Foi vice-prefeita de Boa Vista e deputada federal por um mandato. A atuação na prefeitura foi discreta. Na Câmara, integrou a CPI da Exploração Sexual, e foi acusada por parlamentares de vazar informações a um parente cruzado: o então vice-governador do Amazonas, Omar Aziz, atualmente candidato ao Senado. Suely era sogra de Murad Aziz, irmão de Omar.
O vice-governador vinha sendo acusado de explorar sexualmente meninas de 13 e 14 anos. Na CPI, Suely votou contra a inclusão de Omar Aziz no relatório final da comissão. Uma jovem prestou depoimento reservado à CPI fazendo a acusação.
Quando primeira-dama de Roraima, Suely se envolveu em escândalos do governo. O Tribunal de Contas do Estado abriu processo para apurar compras mensais consideradas exageradas para a residência oficial, tais como 70 quilos de filé mignon, 30 quilos de camarão, 30 quilos de bacalhau, entre outras iguarias. A investigação apurou que parte dos produtos era desviada para um restaurante de familiares de Suely e revendida. Ela nega. Diz que os alimentos eram doados pela residência oficial a desabrigados.
JUÍZA ACUSA GAROTINHO E CLARISSA DE USAREM CARAVANA PARA PEDIR VOTOS
Cartas enviadas por Anthony e Clarissa Garotinho, ambos do PR, a eleitores são o mais novo alvo da Justiça Eleitoral. Fiscais da Coordenadoria de Fiscalização da Propaganda Eleitoral do TRE-RJ, que trabalharam infiltrados na caravana Palavra de Paz — realizada pelo candidato a governador —, receberam em suas casas correspondências em que Garotinho e Clarissa se apresentavam como candidatos. Eles haviam cadastrado seus nomes e endereços durante o evento para receberem prêmios em sorteios realizados. Em ofício, a juíza Daniela Barbosa afirma que as cartas provam que as caravanas “têm total correlação com as campanhas dos candidatos”.
O documento foi enviado ao Corregedor Regional Eleitoral, Alexandre de Carvalho Mesquita, para que seja anexado ao processo aberto para investigar a caravana. Segundo a juíza, coordenadora da fiscalização da propaganda eleitoral, há indícios dos crimes de abuso do poder econômico na campanha eleitoral e propaganda extemporânea na realização do evento.
Nas cartas, enviadas por mala direta pelos Correios em nome da empresa Palavra de Paz, Garotinho pede as “orações” do eleitor “para um novo desafio que nosso Deus colocou em minha vida: governar nosso estado”. Em seguida, há diversos depoimentos de cantores gospel e pastores que participaram dos eventos, afirmando que apoiam Garotinho: “Eu sou Garotinho porque ele não ama o poder”, afirma um trecho assinado pelo cantor gospel Willian Nascimento.
Já Clarissa anuncia que quer falar com o eleitor “sobre meu pai, um homem de família, honesto, comprometido com Deus e com a verdade”. Depois, ela anuncia seus números e de seu pai na urna: “O número de Garotinho na disputa pelo governo é 22, e o meu, para deputada federal, é 2222”. Ao final, se despede com “um beijo no seu coração”, escrito de próprio punho.
No relatório enviado ao corregedor do TRE-RJ, a juíza alega que os fiscais infiltrados testemunharam que “dois integrantes da organização, a todo momento, perguntavam se os presentes já preencheram suas fichas de cadastro de forma a se habilitarem a concorrer aos sorteios que se seguirão durante todo o evento”. Em seguida, ela relata que “para a surpresa total, ao invés de receberem ‘um brinde de cunho módico e de caráter religioso’, nossos fiscais receberam uma carta assinada pelo próprio candidato, com expresso pedido de voto”.
Ao final do documento, a juíza conclui que “as ações supostamente religiosas praticadas pelo candidato não tinham outro caráter senão a promoção pessoal do mesmo com vistas à sua candidatura ao pleito”. Segundo Daniela Barbosa, “a maior prova deste fato são as referidas cartas encaminhadas para aqueles que deveriam ser vistos como irmãos em uma ação que deveria ser pautada pelo espírito cristão e desinteressado, e não na troca de votos”.A candidata a deputada federal Clarissa Garotinho negou que a caravana descumpra a lei eleitoral. “A Caravana existe há 20 anos e não trata de nenhum assunto a não ser da própria caravana. Não tem nenhum cunho político. O TSE, inclusive, já liberou sua realização. Já o envio de cartas é permitido pela lei eleitoral”, afirmou.
Segundo Clarissa, as cartas são autênticas e foram enviadas por sua campanha e vão entrar em sua prestação de contas. Até agora, Clarissa declarou R$ 10.000,00 com “despesas com pessoal” ao TSE. “As cartas são minhas, sim. E não sou a única candidata que usa esse recurso. Vários outros usam. O eleitor vota em quem achar melhor”, alega.
Em sua carta, Garotinho afirma já ter doado, nos últimos dez anos, mais de 100 mil bíblias através da Caravana Palavra de Paz, um dos braços da empresa Palavra de Paz, responsável por promover shows evangélicos no interior do estado. Em sua declaração de bens, Garotinho declarou ter cota de participação de R$ 116 mil na empresa.
O texto da correspondência do candidato a governador ainda exalta obras de seu mandato — entre 1999 e 2002: “Fiz mais de 60 projetos sociais, construí 28 mil casas populares, criei centros de recuperação para dependentes químicos e muitas obras importantes”. O EXTRA entrou em contato com a assessoria do candidato, mas não obteve resposta.
- Adoro “um beijo no seu coração”, apensar de continuar convicto em anular o voto se receber correspondência de um nobre candidato mandando um “beijo no meu coração” sou capaz de reavaliar minha decisão!
- Fico impressionado como perseguem este nobre e idôneo pobre homem de Deus e sua não menos nobre filhota!
DEPUTADOS COM ADVOGADOS NO GABINETE
Os deputados federais Adrian Mussi Ramos (PMDB-RJ)_ e Jair Bolsonaro (PP-RJ) empregam seus advogados em seus gabinetes na Câmara dos Deputados.
Nos dois casos, os advogados representam os parlamentares em inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal.
Ivens Lúcio do Amaral Drumong, advogado de Adrian em um inquérito que apura se ele cometeu crime eleitoral, recebe R$ 5.095 pelo trabalho no gabinete do deputado.
Já no gabinete de Bolsonaro, o advogado Jorge Francisco o representa em um inquérito que investiga o pepista pela prática de crimes contra a fauna. Seu salário no gabinete de Bolsonaro é de R$ 6.450.
Permitido
Pagar com o meu, o seu e o nosso dinheiro não é ilegal, até porque não há nada no regimento da Casa que proíba.
Bolsonaro defendeu-se e disse “não ver problema porque bons advogados são difíceis de pagar”. Jorge Francisco não retornou as ligações. A assessoria de Adrian, respondendo pelo deputado e por Ivens, afirmou que o advogado registro-se no STF apenas para copiar o processo. (coluna Extra Extra” – jornal Extra – 27.05.2014)
- Ah bom!
OPERAÇÃO SALVE JANIRA
Está preparado o terreno para Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia dar um passo decisivo na operação de salvamento do mandato de Janira Rocha (PSOL).
A moça, que é acusada de embolsar parte dos salários de seus assessores, recorreu à comissão, contestando o rito do processo aberto contra ela por quebra de decoro.
Ela argumenta que os corregedores, que a denunciaram ao Coelho de Ética – Comte Bittencourt (PPS) e Luiz Paulo (PSDB) – não poderiam julgá-la, pois são líderes de partidos e presidentes de comissão.
Pelo regimento interno, corregedores são integrantes da Mesa Diretora e, portanto, não podem acumular cargos.
A balança pende
O relator do caso na CCJ, Geraldo Pudim (PR), já deu parecer favorável a Janira. O presidente da comissão, o líder do PMDB, Domingos Brazão, concorda com ele. Para adiar a decisão, André Ceciliano (PT) pediu vistas do processo.
Ontem, a portas fechadas, os deputados discutiram uma saída honrosa – e técnica – para o caso. Mas sem perder a política de vista...
Ruim com ela...
O líder do PMDB, domingos Brazão, já deixou claro que vai defender Janira Rocha (PSOL) até o fim.
Ele cita o caso de Inês Pandeló, acusada do mesmo crime (ficar com parte dos salários do pessoal de seu gabinete).
O processo contra Inês foi engavetado pela Mas Diretora.
Mais esclarecedor mesmo foi o que Brazão disse a seus pares, enquanto as portas estava fechadas ao público.
“Eu não tenho interesse político de tirar a Janira daqui. Não sei quem é o maluco que vai entrar no lugar dela. O suplente é do PSOL, não é do PSDB, nem do PT, nem do PMDB. E Ele vai entrar aqui sem dever nada para ninguém e botar o dedo na cara da gente”, disse Brasão. (coluna Extra, Extra! – jornal Extra – 09.05.2014)
RESGATE DE JANIRA
Curioso é que a salvação de Janira Rocha (Psol) está sendo articulada por seus adversários
Fernando Molica
Rio - Tudo indica que a deputada estadual Janira Rocha (Psol) vai conseguir preservar o seu mandato. Isto, apesar do relatório da Corregedoria da Assembleia Legislativa que a considerou responsável pelo desvio de dinheiro de funcionários do seu gabinete e de uso de recursos irregulares na campanha eleitoral.
O curioso é que a salvação de Janira está sendo articulada por seus adversários. Para deputados governistas, a presença dela entre os candidatos do Psol ajudará a manchar a imagem de honestidade cultivada pelo partido.
Preocupação
A preservação de Janira preocupa o Psol. Há o temor de que uma nova candidatura da deputada prejudique a votação de Marcelo Freixo. Em 2010, ela só foi eleita graças aos votos recebidos pelo colega.
JANIRA E A ÉTICA
Suspeita de ter usado dinheiro de sindicato em sua campanha e de ter se apropriado de parte de salários de empregados de seu gabinete, a deputada Janira Rocha (Psol) está preocupada com o decoro parlamentar. São dela 15 das 32 emendas apresentadas ao novo Código de Ética da Alerj.
PECUARISTA QUER SE ELEGER NO AC PARA LEGALIZAR PROPRIEDADE EM RESERVA
"Cadeia, a gente entra e a gente sai. Caixão, não, só tem entrada, não tem saída."
Inconformado com uma multa de R$ 2,5 milhões por devastar 69 hectares dentro da reserva Chico Mendes, o pecuarista Rodrigo Santos ameaçou de morte o fiscal Flúvio Mascarenhas, em conversa telefônica gravada em 29 de dezembro.
A intimidação não se concretizou, e o fazendeiro Rodrigo Santos decidiu se candidatar a deputado estadual. O objetivo: legalizar os 1.064 hectares explorados para a pecuária pela sua família e outras dez grandes propriedades dentro da reserva extrativista Chico Mendes.
"Se o governo quer me expulsar, eu me torno governo pra ver se eles me expulsam", disse à Folha Santos, que concorre pelo PR usando o nome de Rodrigo do Zé Baixin, apelido do pai.
"O Estado foi criado para acriano viver. Não é pra poder fazer reserva pra macaco e índio viverem lá dentro, não", afirmou.
...
- Por aí se vê o nível desta corja de políticos na republiqueta patrimonialista!
- O ignorante não tem a mínima noção do cargo a que pretende se eleger e, muito menos, cultura geral e sai por aí dizendo asneiras em cima de asneiras e, pior, o povo vota nesta malta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário