quinta-feira, julho 05, 2007



AMENIDADES
O enólogo e o caipira
- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca?! Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim
estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de
trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que
enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me
cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando
o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende?
Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como
segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e,
então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por
exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de
meter um tapa na sua cara desavergonhada!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho
e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté
rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e
macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de
rôia!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num
corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...















Eu tenho sempre anulado meu voto, porque perdi a paciência e a esperança disto aqui um dia se tornar um país, mas, vez por outra, gosto de sacanear eles e mostrar que o povo não é tão burro, ignorante e imbecil quanto os que o elegem, disso se aproveitando pra deitar falação de vestais da moralidade e da sapiência jurídica, mando um escritos para Suas Excelências. Desta vez, coube ao nobre senador Almeida Lima da tropa de choque do não menos nobre senador Renan Calheiros, que me irritou com a sua mal feita dissimulação para enrolar o processo de seu companheiro.
Com certeza, não visitam este humilde blog, ficam pensando que eu levo a sério o Parlamento do Brasil.
Eis a íntegra do e-mail:


Nobre Senador Almeida Lima


Acompanhei atentamente, no dia de ontem (03.07.2007), vossos arrazoados sobre o procedimento legal a que deve se pautar o processo de representação que tramita nessa respeitabilíssima Instituição contra o não menos nobre presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional senador Renan Calheiros, tanto no vosso aparte ao discurso do nobre senador Tasso Jereissati, quanto de vosso discurso na Tribuna do Senado Federal, bem como durante a reunião no Conselho de Ética, embora não beba da mesma fonte de sabedoria jurídica de V.Exa., concordo plenamente com vossa afirmação que pugna por um processo legal, repudiando qualquer tentativa implantar-se um Tribunal de Exceção, mormente, quando afirma que o procedimento está eivado de vícios de origem.
Não obstante, reitero, não ter o notório saber jurídico de V.Exa., data máxima vênia, o primeiro vício de origem ocorreu quando o nobre senador Renan Calheiros, ao receber a petição inicial de representação contra Sua Excelência, não exarou no rosto da inicial a seguinte decisão: “dou-me por suspeito para apreciar o pedido, declino de minha competência ao Excelentíssimo Sr. Primeiro-Vice-presidente do Senado Federal.”
Ato contínuo, salvo melhor juízo, deveria Sua Excelência, o nobre Senador Renan Calheiros, deixar a cadeira da presidência do Senado Federal e subir à Tribuna, para apresentar, perante ao plenário, seu afastamento até a conclusão do procedimento de representação contra si.
Sem estas correções de vícios, o que se seguiu, jamais poderia prosperar.
Por oportuno, quanto a composição da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar dessa ínclita Casa Revisora, num país sério, jamais um senador poderia tomar acento na cadeira de conselheiro, sendo investigado pelo Ministério Público, em vias de ser processado pelo Supremo Tribunal, como é o caso do nobre senador Leomar Quintanilha, de acordo com farto noticiário da imprensa, quanto mais presidir tal conselho, pois, no mínimo estaria “sub judice”, entretanto, não vi durante na primeira reunião do Conselho, nenhum de seus pares argüir seu impedimento, quando não, de ordem legal, pelo menos ético-moral, atitude que esperei, principalmente, da parte de V.Exa. que tem se esmerado em demonstrar vasto conhecimento jurídico-processual.
Reiterando protestos de respeito, deixo à reflexão, as palavras do eminente jurista que muito honrou essa respeitável Casa, Dr. Ruy Barbosa.
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (Ruy Barbosa (em discurso de 17/12/1914, no Senado)

Rio de Janeiro, 04.07.2007












EU POSSO!
Depois de uma extenuante viagem de avião, de Santa Catarina para o Rio, que agora tornou-se mais cansativa do que viajando pelos trens da Central do Brasil, chegam ao aeroporto nossos briosos ginastas para disputar o PAN.
Pergunta inédita e alta intelectualidade da repórter do RJ/TV – 1ª. Edição, de ontem:
E aí Diane (a nossa brasileirinha Diane dos Santos), contente por estar aqui?
Não Pedro Bó, estou triste pra cacete de disputar medalha do PAN do meu país!

2 comentários:

  1. Anônimo9:16 PM

    A mídia sem ética, usa toda a sua criatividade para denegrir irresponsavelmente, manipulando a opinião pública, e consequentemente os rumos de nosso pais. O público, como massa manipulada faz sua manifestação: Os neuróticos esbravejam, repudiam, se deprimem, ficam perplexos, indignados; os perversos aproveitam a situação para instigar mais ainda os neuróticos; o canalha que quer prejudicar por interesse próprio usa os espaços democráticos para empurrar um adversário ladeira abaixo, os bossais não têm nada a dizer e fazem gracinhas bem sujas para aparecer (ressalvados os que verdadeiramente pensam). O povo é ignorante, não conhece o sistema que o governa, não conhece as leis que os regem, não sabem nada sobre como é difícil ser um político honesto neste país, e se baseiam nessa mídia leviana para julgar (com toda a ignorância), e aproveitam para descontar seus recalques pessoais num judas inventado, como fazem alguns religiosos numa certa época do ano. Não estou defendendo os corruptos ou os ladrões, estes devem pagar pelo que fizeram, mas, defendo um político honesto: o Senador Leomar Quintanilha, e um cidadão honesto: Cleomar Quintanilha. Desafio qualquer um a mostrar uma prova que seja contra um dos dois. Quando digo prova é PROVA mesmo, e não documentos forjados, RASURADOS (como o tal recibo onde o nome dêle aparece por cima de uma rasura), ou os cheques que o engenheiro Cleomar recebeu em pagamento de seu trabalho e para pagamento dos profissionais de obra sob sua responsabilidade, muito menos palavras de pessoas de caráter duvidoso. Procurem saber sobre o estádio em Dueré e descubrirão que o orçamento do qual o Senador é acusado de receber propina, nem sequer foi liberado, ou seja nunca saiu dos cofres públicos. Acreditam que há políticos maldosos que são capazes de forjar documentos e fazer falsas denúncias para prejudicar um adversário? Aí vai para a PF e para o MP, depois pra mídia e pronto, assim se destrói um político honesto. A maldade não está só na cabeça dos políticos, mas, também na cabeça de cada um que acusa alguém sem ter provas, sem saber a verdade. É mais fácil acreditar que todos são curruptos do que lutar por um Brasil mais justo. Como acham que o país vai ficar mais justo se vocês destroem irracionalmente os poucos políticos honestos? Desta forma, as pessoas honestas não vão mais querer entrar para a política. É isso que vocês querem? O Senador Leomar Quintanilha e seu irmão não cometeram ilícitos. Quando a verdade toda vier à tona e for provada a inocência de ambos, será que a mídia vai dar a devida notoriedade? Quem vai pagar pelos danos sofridos?

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  2. Anônimo4:54 AM

    A mídia má não publica somente os fatos, mas também, usa toda a sua astúcia e criatividade para conduzir a interpretação dos fatos de forma a gerar na população a idéia de que tudo é podre no mundo político, esta mídia não se abstem de emitir opinião sobre a culpa de quem ainda não foi julgado. Quem fez a interpretação de que o Senador Leomar Quintanilha está defendendo o Senador Renan foi a mesma mídia, e a população acolheu, como de costume. O Senador está cumprindo seu papel com responsabilidade (Ex: se ele tivesse dado prosseguimento no lugar de enviar para o departamento júrídico, aí sim o processo poderia se estender devido às falhas, os procedimentos seriam anulados e teriam que começar do zero; Se resolveu por três relatores, foi para dar transparência e imparcialidade), ele não está nem a favor nem contra o Senador Renan, é a favor da legalidade e busca atender aos anseios da população. Ele não vai fazer como a mídia, condenando o Senador Renan, antes do mesmo ser julgado, mas, vai buscar a verdade e obedecerá os limites impostos pela Lei. Ele ainda não foi formalmente acusado pela PF ou MP, motivo pelo qual não pode se defender, e não é obrigado a se defender do que não fez só porque a mídia divulgou, as pessoas não têm vontade de entender, e nem têm conhecimento suficiente para isso, por isso confiam na mídia. Se passasse a vigorar a idéia absurda de que nenhum político poderia ser suspeito ou investigado, o Brasil pararia, pois, pessoas desonestas capazes de forjar documentos para incriminar adversário, existe em qualquer partido, então todos poderiam vir a ser suspeitos ou investigados, imagina... A mídia maldosa sim, não observa a lei. A Constituição Federal diz em seu art.5º:
    X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
    LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
    Coloquem as barbas de molho aqueles que se excederam, pois não vai faltar incentivo de minha parte para o Senador Leomar Quintanilha e seu irmão Cleomar processarem a todos.

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