sábado, outubro 06, 2007



AMENIDADES
Benedito, mineiro de Nanuque, é meio surdo, mas faz de tudo pra ninguém
perceber o seu problema. Disfarça de tudo quanto é jeito. Um belo dia,
ele tá lá na roça, arrancando mandioca, quando passa um conhecido e
pergunta:
- A comadre tá boa, seu Benedito?
- Não tá muito boa não, mas dá pra cumê!






OPINIÃO DO DIA
(parte do artigo Onde Bebel brilhou do jornalista Zuenir Ventura – O Globo – 03.10.2007)
O Senado parece incansável no esforço de piorar sua imagem junto à opinião pública. Pois se não bastasse tudo o que Renan Calheiros e sua tropa de elite vem fazendo nesse sentido, eis que a casa onde Bebel brilhou na semana passada aprontou mais uma. Diante de um minucioso relatório denunciando trabalho escravo na Fazenda Pagrisa, no Pará, enviou ao local uma comissão de cinco senadores, que quase três meses depois do ocorrido não encontrou nada de anormal, claro, e encerrou a visita desqualificando as denúncias dos auditores-fiscais. A operação do Ministério do Trabalho resgatara mais de mil trabalhadores submetidos a degradantes condições de vida, análogas à escravidão.
Em 18 volumes de cinco mil páginas, o documento relata histórias como a de 45 operários cujo pagamento em dois meses seguidos foi de 0,00 da salário líquido.
...
Um detalhe dá a medida do grau de independência dos enviados: Flexa Ribeiro, lide do grupo, viajou em avião da empresa que devia ser investigada.
- Bom, em primeiro lugar, o jornalista não deveria falar em “trabalhadores submetidos a degradantes condições de vida”, já que para a nobre senadora Kátia Abreu, uma das integrantes da respeitável comissão, tal assertiva constitui-se numa verdadeira blasfêmia, já que para Sua Excelência, o que pode ser degradante para um trabalhador do Sul, pode não ser para um trabalhador do Nordeste, segundo discurso proferido da tribuna da Casa onde Bebel brilhou (tenho gravadinho e carinhosamente arquivado).
- Em segundo lugar, para quem não liga o nome do nobre senador Flexa Ribeiro ao encontro das algemas, quer dizer das águas, trata-se de um dos nobres cidadãos presos e algemados pela Polícia Federal, acusado de fraudes em licitações, quando da Operação Pororoca. (também tenho gravado e arquivado com todo o carinho que merece tal cena).








TERRAS IMPRODUTIVAS VÃO PARA OS CALHEIROS
"Duas fazendas classificadas como improdutivas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em processos para a inclusão na reforma agrária, foram parar nas mãos da família Calheiros, em Murici (AL), segundo documentos obtidos pela Folha.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a decretar a desapropriação de uma delas, após recomendação do então ministro Raul Jungmann (Política Fundiária) -que, ao saber, pela Folha, do ocorrido, disse que o caso era "raríssimo e muito estranho".
A segunda representação que Renan Calheiros (PMDB-AL) enfrenta no Conselho de Ética do Senado inclui denúncias de que ele e seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), teriam promovido grilagem de terras em Murici, terra natal da família. A representação trata também da suspeita de que Renan tenha atuado para beneficiar a fabricante de bebidas Schincariol.
Grande parte das propriedades dos Calheiros pertencia à extinta usina Bititinga, entre as quais a fazenda Bananeira, em nome de Olavo, mas explorada por Renan, segundo seu imposto de renda." (Blog do Noblat – 01.10.2007)
- Mais uma injustiça contra o nobre senador!






VÃO ESTAR SACANEANDO
Do leitor de O Globo (03.10.2007)“O governador José Roberto Arruda (DF) demitiu o gerúndio. Vamos ficar sem tempos de verbo, pois: o pretérito é negro; o futuro, incerto; e o presente é essa coisa que vemos e vivemos. Só o mais-que-perfeito (dizem que Ele é brasileiro) pode salvar a situação”.
- Pessoalmente, ficaria com o futuro do pretérito para salvar a situação teríamos que tacar fogo no Brasil, salgar o solo e começar tudo de novo.

Da coluna do Ancelmo (O Globo – 03.10.2007)
Depois que o governador José Roberto Arruda proibiu o gerúndio em Brasília, gaiatos dizem que já foram demitidos três Armandos, quatro Fernandos, um Arlindo, dois Florindos.
Faz sentido.



O PAÍS É TÃO CLANDESTINO, MAS TÃO CLANDESTINO QUE...
O jornal Extra, do Rio, está fazendo uma promoção de sorteio de ingressos para o filme Tropa de Elite que estreou no país do faz de conta ontem.
Chamada de primeira página da promoção: VALE A PENA VER DE NOVO.

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