terça-feira, novembro 06, 2007

PÉROLA DO DIA

Este aí é o nobre líder da Rocinha William de Oliveira, muito bem relacionado no meio intelectual, artístico e político, inclusive, se diz amigo do presidente companheiro Lula, com quem tirou uma foto, num caloroso abraço fraterno, quando Sua Excelência esteve no Rio prometendo à comunidade transformá-la num shangri-la tupiniquim, com o tal do PAC.
Sua Senhoria, o líder comunitário, esteve preso acusado pela polícia de associação ao tráfico, conforme gravações telefônicas interceptadas, mas, Sua Senhora está solta por força de limitar sob a fundamentação da Justiça da republique que, pasmem, “ruim com ele, pior sem ele”, e vida que segue.
Alguém de seu ilustre ciclo de amizades, naturalmente um pouquinho mais esclarecido, deveria informar ao nobre líder comunitário que:
Até onde se sabe, a Constituição Federal não foi alterada quanto aos limites territoriais do estado, e, portanto, a Rocinha ainda é território incorporado ao estado federativo do Estado do Rio de Janeiro da República Federativa do Brasil e qualquer instituição legalmente constituída tem ou, pelo menos deveria ter, livre acesso ao território estadual.
Por outro lado, líder comunitário não é autoridade, conseqüentemente, não tem competência definida em lei que lhe permita dizer a qualquer órgão público que horas deve ou não entrar no território estadual, a menos que, com a nova ética, governador, comandante-Geral da PMRJ, chefe da Polícia Civil, secretário de Segurança e, porque não dizer, Poder Judiciário estejam subordinados ao nobre líder comunitário.
Tendo em vista a vasta divulgação, pela mídia, das comunicações do nobre líder comunitário com os traficantes do local, demonstrando ascensão sobre os mesmos, o que ensejou a sua prisão, e, sempre com preocupação no bem estar da comunidade, bem que Sua Senhora poderia interferir junto ao pessoal da “firma” no sentido de que, quando a polícia chegasse ao território do estado para cumprir o seu dever, com ordem judicial do Poder legalmente constituído, eles escolhessem uma das opções que preservasse a vida e a integridade dos moradores da área, ou batessem em retirada ou, como manda a lei, depusessem as armas, se entregassem para responder por possíveis crimes, junto às autoridades legais, e não, como se verifica da reportagem, iniciar um tiroteio com armas de grosso calibre.

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