terça-feira, abril 01, 2008




AMENIDADES

Um grupo de brasileiros estava passando as férias na Espanha e alguém sugeriu:
Pessoal! Vamos pegar um trem e dar uma volta na França!
Mas tá todo mundo duro! — disse outro — A passagem é cara!
Relaxa... — disse o mais espertinho — Aqui é um país muito civilizado! Um amigo meu veio pra cá e disse que eles nem olham o bilhete! E outra, se eles nos pegarem, não podem nos colocar pra fora porque o trem é nonstop!
Então vambora! — gritaram os outros.
E entraram no trem.
Depois de uns vinte minutos de viagem, apareceu uma moça conferindo os bilhetes. Quando ela viu o primeiro bilhete, gritou:
Parem o trem, agora!!!
E o nonstop parou! Aí os brasileiros tiveram que descer. Todos os turistas que estavam no trem olharam assustados, pois deveria ser a primeira vez que o trem nonstop teve que parar. Os brasileiros estavam passando pelo maior vexame, quando um deles disse:
Aí, galera! Não vamos levar esse mico pra casa não!!!
E puxou o coro:
Argentina!!! Argentina!!! Argentina!!!







OPINIÃO DO DIA
... tenho visto manchetes animadoras, como esta que aqui repousa em minha mesa, embora já antiga para jornal. Informa, como letras às quais só faltam umas estrelinhas cintilantes para lhes realçar o brilho orgulho, que os governantes (espero estar usando um termo aceitável por eles: se não estiver, por favor mandem me dizer qual o que devo empregar, que mudo instantaneamente) do Complexo do Alemão, território carioca de jurisdição controvertida, permitiram a visita do governador Pezão e autorizaram a realização de obras públicas no local. Enquanto meus olhos certamente também brilhavam, li ainda que fizeram a gentileza de remover uma das barreiras destinadas a impedir o tráfego de veículos com cujos passageiros os ditos governantes mantenham divergências de natureza comercial.
Foi um belo exercício de cidadania. Sentei-me e pensei em como é bom morar numa cidade cujos, digamos, governantes setoriais, tenham essa visão e essa grandeza de espírito. E, assim, contanto que respeitadas as exigências cabíveis, o que é muito natural, posso gabar-me também de viver numa cidade onde o governador, pode ou poderá, se continuar a trabalhar certo nesse sentido, ir a qualquer lugar público que queira. Vou escrever a meus amigos estrangeiros, ninguém vai acreditar, é um passo muito grande, mesmo para um Pezão – desculpem. (jornalista João Ubaldo – O Globo – 23.03.2008)
- Pois é, o cinismo e a falta de autoridade é tão grande na republiqueta que o tal do Pezão ainda minimizou o fato, coisa que em qualquer país sério teria repercussão nacional, e, ainda por cima, nas reportagens foi digo que “houve um acordo” quando da visita do presidente Lula, no lançamento do PAC de que a polícia não entraria.
- Isso é de indignar e envergonhar qualquer brasileiro com um mínimo de decência e vergonha na cara, saber que presidentes e governadores têm que “fazer acordo” ou pedir permissão para passar por território brasileiro, e, pior, cair de joelhos acatando determinação do tráfico de não permitir presença da polícia num território nacional.












DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

E continua rendendo a “blasfêmia” cometida por Marcelo Madureira ao dizer que o Cinema Novo era chato e que Clauber Rocha é uma merda, não satisfeitos com o desagravo, os adoradores do Clauber Rocha desancaram o humorista do Casseta no Segundo Caderno de O Globo (27.03.2008), dentre outras pérolas destaco a do cineasta Dejean Magno Pelegrin, que, pelo jeito, é um dos fãs ardorosos do pensamento único, pois, segundo ele “As pessoas não podem dizer o que querem e ficar por isso mesmo. Daqui a pouco alguém fala que Niemeyer é uma merda”.
- Como é que é, não podem por quê? Quem decretou que as pessoas não podem dizer o que quiserem? E por quê alguém não pode gostar do estilo de Niemeyer, não pode gostar de Clauber Rocha ou outro mito qualquer inventado pela “elite intelectual” da republiqueta? Desde quando eu tenho que pedir autorização a alguém pra concordar com o Marcelo Madureira e achar mesmo que os filmes de Clauber Rocha eram umas merdas? Desde quando eu tenho que pedir autorização a alguém pra achar que Paulo Coelho, outro mito inventado na republiqueta, é uma bosta? Pois eu acho estes dois umas merdas e vai ficar por isso mesmo sim, porque intelectualóide nenhum é dono da minha opinião e não concedo o direito a ninguém de dizer o que devo ou não achar.
Como disse o Marcelo Madureira “quando Clauber falou que Golbery era um gênio, os intelectuais também os atacaram” e eu ainda acrescentaria, quando o Chacrinha estava no auge, estes mesmos “intelectuais” baixavam o pau nele dizendo que contribuía para a ignorância do povo e que estava a serviço da ditadura, depois que morreu virou gênio, Paulo Francis quando escrevia para o Pasquim era o expoente máximo do socialismo, depois, se novaioquizou virou reacionário, acabou morrendo gênio, embora eu sempre o achasse um chato de galocha adestrado, colonizado, arrogante e prepotente, Nelson Rodrigues era tachado de pornográfico morreu, virou gênio.
Me poupem!





A TOCHA
Eu gosto é da democradura da China, o pensamento único mandou todo mundo se perfilhar nas ruas de Pequim pra ver a Tocha Olímpica, só que, muito democrático, o governo meteu a tocha dentro de um furgão fechado, pra evitar manifestação pró-Tibete e ninguém viu a tocha. Depois fizeram uma solenidade na moita para acendê-la, pegaram um atleta lá mandaram ele dar uma voltinha no circo armado e babau acabou o circo.








QUE IMAGEM, CARA PÁLIDA?
O Globo – 28.03.2008
Como o senhor avalia o último escândalo na Alerj, envolvendo deputados com fraudes no programa do auxílio-educação da Casa?
Deputado Alessandro Mollon: Uma situação lamentável e grave. Macula a imagem da Assembléia e da atividade política e é fundamental que a Casa dê uma resposta, acredito que vá fazer isso.
- Faz-me rir nobre deputado, aquilo ali numa teve imagem, no máximo uma mancha que envergonha todos os fluminenses.
- Uma Casa Legislativa, onde um nobre deputado foi flagrado negociando propina com bicheiro em troca de abafar CPI da Loterj, onde nobres deputados são investigados por possuírem patrimônio incompatível com seus rendimentos, onde nobres deputados são envolvidos em fraude de combustível, onde nobre deputado é acusado de homicídio e continua em exercício, não pode falar em imagem
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