terça-feira, junho 10, 2008
AMENIDADES
De repente o genro entra em casa e vai correndo para o telefone, pega o telefone e liga para o carpinteiro;
- Socorro, socorro, minha sogra esta querendo suicidar-se pulando da janela!!!!!
O homem meio na dúvida fala:
- Meu senhor aqui não é do Bombeiro e da Carpintaria.....
O homem mais assustado diz:
- Eu sei é porque a janela está emperrada e não quer abrir!!!!!!
O BRASIL DE ODELE E O BRASIL DE ÁLVARO
Numa sexta-feira, pela manhã, os nobres representantes do povo do Rio se reuniram na Comissão de Constituição e Justiça da respeitabilíssima Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e, mediante entendimento da esmagadora maioria dos doutos hermeneutas jurídicos que compõem o tal colegiado, chegaram a conclusão de que a prisão do nobre deputado Álvaro Lins, determinada pelo Poder Judiciário,após intensas investigações e apreciação de um juiz federal, acusado de ser o segundo na hierarquia de uma poderosa quadrilha com o respaldo do poder oficial, no caso o Executivo, que lavava dinheiro, achacava empresários e participava da máfia de caça-níqueis, segundo a Polícia Federal, foi preso inconstitucionalmente, já que o crime de lavagem de dinheiro não está previsto na Constituição, entre os inafiançáveis, ignorando a Lei 9.613 de 03 de março de 1998, posterior, portanto, a Constituição, que em seu artigo 1º classifica a lavagem de dinheiro, como crime permanente, portanto, passível de prisão em flagrante, única condição em nobres parlamentares podem ser presos, dispensando a excrescência do foro privilegiado . Pois bem, às 17:30 horas os nobres e respeitáveis, diria até, respeitabilíssimos, deputados se reuniram em plenário e aprovaram o projeto de decreto que determinava a soltura do digno deputado, por esmagadora maioria de 40 a 15 votos. Ato contínuo, isto é, cinco minutos depois, o ofício à PF estaria pronto, para onde foi encaminhado. Pouco tempo depois, as câmaras de TVs, mostravam o homem de bens, quer dizer, de bem, deixar a custódia da PF, em reluzente bólido oficial da ALERJ, custeado pelo cidadão, dirigindo-se ao seu luxuoso apartamento na Zona Sul do Rio.
Já dona Odele, coitada, membro da casta dos Intocáveis (a casta mais inferior da Índia, responsável por queimar cadáveres), teve a infelicidade de ver sua filha de dez anos ser sugada através dos cabelos, pelo ralo inadequadamente instalado na piscina do condomínio (três vezes mais potente do que o necessário) onde morava com a família e lá se vão dez anos. A menina, hoje com 20 anos, vegeta numa cama, passando por um complicado processo de aspiração, cerca de dez vezes por dia, alimenta-se com uma sonda ligada, diretamente ao estômago, pois não tem condições de deglutir e está desligada do mundo, obrigando dona Odele a abandonar o emprego para cuidar dela. Mas, dona Odele foi a luta, acreditando viver num país, recorreu à Justiça, acionando a seguradora do condomínio, o condomínio e o fabricante do ralo. Dona Odele teve que agüentar o advogado de um dos réus dizer que ela era responsável pelo ocorrido, já que não acompanhava sua filha na ocasião, embora a menina estivesse na piscina acompanhada e enquanto sua mãe fazia seus serviços domésticos no apartamento e, vez por outra, chegava à janela para observar seus filhos. Mas não pára por aí, dona Odele venceu a ação na primeira instância, embora a ação tenha sido fixada em mísera quantia, mesmo assim, houve recurso e os autos estão até hoje, deitados eternamente em berço esplêndido, no respeitabilíssimo Superior Tribunal de Justiça.
SAIA JUSTA
Em Solenidade de entrega de carteiras de identidade em Bangu 3, na semana passada, o secretário de Administração Penitenciária, César Rubens, estendeu a mão para cumprimentar um preso – e o moço recusou-se a dar a sua. Disse que “bandido não tem que cumprimentar autoridade.”
O povo da segurança quis partir para cima do preso, mas o pessoal do deixa-disso impediu. (jornal Extra – coluna Extra, Extra! – 08.06.2008)
- Na minha terra, quem não cumprimenta bandido é autoridade, mas na capital nacional do banditismo faz sentido, vai que numa solenidade oficial você cumprimenta, com direito a foto, por exemplo, um governador, depois vem a saber que ele é chefe de quadrilha. Convenhamos, realmente, compromete a reputação.
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