‘BARBOSA
ESPETACULARIZOU PRISÕES’, DIZ ADVOGADO
Amigo do preso José Dirceu, o advogado Antonio Carlos de
Almeida Castro, o Kakay, acusa o presidente do STF, Joaquim Barbosa, de
“espetacularizar as prisões” e “violar direitos” dos condenados do mensalão.
Acha que “os outros ministros precisam se manifestar, para restaurar a
dignidade do Supremo.”
“Eu já suspeitava que o ministro Joaquim ordenaria as
prisões na sexta-feira, feriado do Dia da República, como ele fez, ou na
próxima quarta-feira, Dia da Consciência Negra”, ironizou o advogado. “Mas não
precisava exagerar na espetacularização. Até parece coisa de candidato.”
Kakay chama de espetáculo “a mobilização de jato da Polícia
Federal para voar de Brasília até São Paulo e Belo Horizonte com o único
propósito de levar os presos à Capital da República”. No dizer do advogado, a
providência seria “absurda e desnecessária.”
“É absurda porque os presos se entregaram e têm o direito de
cumprir as penas nos seus Estados e no regime certo. Impor ao Zé Dirceu e a
outras pessoas um regime mais gravoso por dois, três, cinco dias é uma
violência sem precedentes. Só há uma justificativa para que essa violência
ocorra: a espetaculatização.”
No julgamento do mensalão, Kakay atuou como defensor do
marqueteiro Duda Mendonça e da sócia dele, Zilmar Fernandes. Ambos foram
absolvidos. Mas o advogado diz que a amizade com Dirceu o impede de se desligar
integralmente do caso.
- Taí, gostaria mesmo que o honrado ministro
espetacularizasse as prisões colocando a bordo muitos dos arrogantes,
prepotentes, nobres e afortunados causídicos rumo à Papuda sob a acusação de
apresentarem de recursos protelatórios e promoverem chicanas jurídicas, num
flagrante desrespeito às instituições republicanas e a mais alta Corte de
Justiça do país, manobras estas confundidas, na republiqueta leniente e
permissiva, país dos bacharéis, com o devido processo legal e o amplo, geral e
irrestrito direito de defesa e ao contraditório (sem aspas)!
- E o nobre causídico que se dê por felicíssimo de viver
nesta republiqueta, paraíso da impunidade, e poder defender seus abastados
clientes, pois só nela, alguém vai a público perante uma CPMI declara, sem cerimônia,
solenemente que abriu conta secreta num paraíso fiscal para receber honorários,
cujo produto é oriundo de corrupção, portanto, dinheiro sujo, e é absolvido,
sob o argumento de que não fosse desta forma não receberia seus honorários,
como se não restassem outras formas lícitas de resgatar dívidas!
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