terça-feira, novembro 25, 2008




AMENIDADES

Inquirição em Juízo de um policial pelo advogado de defesa do réu, que tentava abalar a sua credibilidade.
Advogado: Você viu meu cliente fugir da cena do crime?
Policial: Não senhor. Mas eu o vi a algumas quadras do local do crime e o prendi como suspeito, pois ele é que se trajava conforme a descrição dada do criminoso.
Advogado: E quem forneceu a descrição do criminoso?
Policial: O policial que chegou primeiro ao local do crime.
Advogado: Um colega policial forneceu as características do suposto criminoso. Você confia nos seus colegas policiais?
Policial: Sim senhor. Confio a minha vida.
Advogado: A sua vida? Então diga-nos se na sua delegacia tem um vestiário onde vocês trocam de roupa antes de sair para trabalhar.
Policial: Sim senhor, temos um vestiário.
Advogado: E vocês trancam a porta com chave?
Policial: Sim senhor, nós trancamos.
Advogado: E o seu armário, você também o tranca com cadeado?
Policial: Sim senhor, eu tranco.
Advogado: Por que, então, policial, você tranca seu armário, se quem divide o vestiário com você são colegas a quem você confia sua vida?
Policial: É que nós estamos dividindo o prédio com o Tribunal de Justiça, e algumas vezes nós vemos advogados andando perto do vestiário.
















OPINIÃO DO DIA
Tenho muitos anos de magistratura. Nela ingressei por concurso público e atuei em Varas e Tribunais. Ao longo dessa caminhada, e já estou aposentado por tempo de serviço, nunca participei e nem assisti a uma sessão de julgamento igual à ocorrida dia 6 de novembro no Supremo Tribunal Federal, quando foram apreciados dois unificados pedidos de habeas corpus, com Daniel Dantas e a irmã Verônica como pacientes. Fiquei estarrecido.
A propósito, nunca se falou tanto em garantias e liberdades individuais. E o julgamento terminou com a apreciação de uma proposta do ministro Cezar Peluso, que queria a punição de todos os juízes participantes de um ato de solidariedade ao juiz Fausto de Sanctis, depois da liminar e das declarações inadequadas do ministro Gilmar Mendes.
O irado ministro Peluso, --meu antigo colega de Justiça paulista---, invocou, para tanto, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, concebida, -- e ele bem sabe disso--, na ditadura Geisel e com a meta de calar os juízes. Uma lei que, ao cercear a livre manifestação do pensamento e o direito de se expressar, não foi, no particular e como qualquer rábula de porta de cadeia sabe, recepcionada pela Constituição de 1988.
Para dourar a pílula e com a anuência do ministro Peluso, deliberou-se por cobrar informações das corregedorias (órgãos disciplinares) a respeito de providências contra juízes. Como se percebe, mais uma inconstitucionalidade, por via oblíqua, para empregar a expressão mais usada ontem pela Corte.
O julgamento do habeas-corpus, -- que já tinha perdido o objeto pois os pacientes estavam soltos--, serviu, com a devida vênia, de pretexto para os ministros, por via oblíqua, “absolverem” Gilmar Mendes, e a expressão não é empregada no sentido técnico, mas no de consertar uma canhestra e arbitrária decisão do presidente do Pretório. (juiz aposentado Walter F. Maierovitch, presidente do Instituto Falcone de combate ao narcotráfico - Carta Capital – 12.11.2008)
- Aliás, este artigo do respeitado internacionalmente juiz é perfeito, inclusive, menciona o elucidativo voto do ministro Marco Aurélio que, contra tudo e contra todos, demonstrou cabalmente, desde que, quem o leia não seja mal intencionado, por A mais B que o juiz De Sanctis estava corretíssimo em suas decisões, inclusive, descendo a minúcias de datas provando sim, que houve fatos novos entre a primeira prisão do “santo inocente” Dr. Daniel Dantas e a sua segunda prisão, vale registrar que, o honrado juiz De Sanctis nem precisa se dar ao trabalho de elaborar sua defesa nos tribunais a que for denunciado, acredito que vão denunciá-lo até no Tribunal Internacional de Haya, na ONU, na OEA, basta anexar o voto do ministro Marco Aurélio pra calar qualquer esdrúxula acusação.
Pra quem tiver tempo de ler o artigo, na íntegra:
aqui















DIRETO DE BANGU 8
Alberto Cacciola, 63 anos, chorou ontem copiosamente no parlatório do presídio Bangu 8, no Rio, ao conversar com seu advogado José Luis Oliveira Lima sobre o julgamento no TRF que manteve sua condenação a 13 anos de cadeia.
Cabe recurso. (Coluna Ancelmo Gois - O Globo – 14.11.2008)
- Oh coitado, quase não acabei de ler a nota, compungido e solidário a sua dor!
- Chore não Cacá, ainda cabe recurso ao respeitabilíssimo STF e você não acaba absolvido com louvor e saindo decretos de prisão do delegado que investigou e o juiz que proferiu a sentença condenatória.












TÁ BRABO
De um adesivo colocado no Pálio preto, placa LUV-4229:”10km/h, velocidade controlada pelos buracos da cidade. (Coluna Gente Boa - O Globo – 13.11.2008)
- Faz sentido, mas, tenhamos paciência que, dentre as 189 promessas feitas durante a campanha pelo nosso querido e dinâmico novo prefeito, isto é café pequeno e não se surpreendam se conseguir que a sua secretaria de Saúde cure a Aids.

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