quinta-feira, novembro 27, 2008




AMENIDADES

O homem volta para casa, depois de horas combatendo o fogo, doido para dar um bimbada com a esposa.
Tudo encontra-se na mais completa escuridão e a esposa está
choramingando na cama, reclamando de dor de cabeça. Tira o uniforme no escuro mesmo, fazendo carinhos na mulher.
- Não, querido, hoje não. Estou para morrer de dor de cabeça. Nem acenda a luz, que qualquer luzinha me irrita.
- Então, querida, vou pegar um remedinho na sala.
- Nãão, amor. Não me acenda nenhuma luz, por favor. Vá até a farmácia do seu Zé e compra um remédio pra mim, vá.
O marido, assustado, veste-se no escuro mesmo e corre para a farmácia:
- Seu Zé, me vê um remédio para dor de cabeça, urgentemente, que minha mulher está para morrer, gemendo na cama.
- Tudo bem, mas me responda uma coisa: o senhor não é bombeiro?
- Sou, e daí?
- O que você tá fazendo vestido médico?










ASSIM NÃO DÁ PRA PRESTIGIAR A BAND
Atendendo a pedidos, "a gente se liga na Band" pra torcer pro Inter e vai pro sacrifício agüentando Luciano do Valle e ainda ter que aturar o Neto dizer que Tafarel foi o maior goleiro do mundo e o Godoy achar que o botinudo moicano do Inter não merecia ser expulso e que o pênalti claro não houve é demais.
Agora entendo porque aquele careca sem vergonha do Simon não deu o pênalti descarado a favor do FRAMENGO contra o Cruzeiro que o levou a apitar jogo de vázea como castigo.













PRELIMINARES E PROLEGÔMENOS DA QUADRILHA DE CAÇA-NÍQUEIS
Quarta e quinta-feiras da semana passada, tive oportunidade de assistir a sessão plenária do respeitabilíssimo Supremo Tribunal Federal decidindo sobre a admissibilidade da denúncia oferecida pelo Ministério Público contra a quadrilha de caça-níqueis, segundo o procurador, envolvendo um ministro do venerando STJ, dois desembargadores, um juiz, um procurador regional da República e nobres e notórios contraventores do Rio de Janeiro. Somente nestes dois dias foram apreciadas as preliminares argüidas pelos advogados dos ilustres réus. Assistindo a sustentação oral dos nobres causídicos, todos regiamente remunerados, naturalmente, e de grande vulto no meio jurídico, mais uma vez tive vontade de chorar, tamanha a insensatez e a crueldade do Ministério Público e da Polícia Federal ao assacar contra a dignidade e honra das inocentes autoridades. Estou com vontade de parar de assistir as sessões, mormente, quando houver sustentação oral, pois são tantas emoções que, não sei até quando meu coração vai agüentar e se terei tantas lágrimas para verter.
Quando o relator começou a ler seu voto iniciando pelas preliminares, lá pelas tantas, causou-me espécie o indeferimento de uma Agravo Regimental, impetrado pelo nobre contraventor Aniz Abrahão David que pretendia, acredite se quiser, ser incluído no rol dos julgados pelo STF. Obvia e logicamente que foi indeferido, talvez por que, Sua Senhoria não tenha especificado em que qualidade faria jus ao foro privilegiado, sem como presidente de honra da Beija-Flor ou se presidente de honra da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa).
Como dizem Suas Excelências, ouvindo a sustentação oral dos nobres criminalistas, impressionou-me o tratamento dispensando por alguns aos policiais federais que, em última análise são servidores públicos que muitas vezes arriscam a vida para defender a sociedade e ultimamente têm posto na cadeia muito ladrão do dinheiro público, razão pela qual mereceriam mais respeito. Bons tempos em que os criminalistas se referiam a eles como autoridade coatora, Polícia Judiciária, agentes públicos, agora, do alto da tribuna, alguns a eles se referiram como tira (termo pejorativo usado por bandidos nos EUA), meganha e até jagunço, por pouco não ouvia verme que é como os traficantes do Rio se referem aos policias. Restou-me uma dúvida, não sei se o desrespeito está tão grande ao Poder Judiciário, com este vocabulário chulo usado na tribuna da mais alta Corte de Justiça, ou aos policiais ou aos dois ao mesmo tempo.
Por fim, uma reflexão do eminente presidente do respeitabilíssimo STF durante a sessão que afirmou “juiz não é sócio do Ministério Público e de delegado, no que concordo plenamente, mas, para considerá-lo brilhante, acrescentaria: “juiz não é sócio do Ministério Público, de delegado e muito menos de réus corruptos, bandidos de colarinho branco, mafiosos de quadrilha de caça-níveis, empresário corrupto que usa trafico de influência, exploração de prestígio, que tenta corromper delegado federal e afins”.

















PÉROLA
Do nobre réu professor Hugo Chicaroni que, junto com outro, tentou corromper um delegado federal para beneficiar Daniel Dantas e sua família, ao depor na 6ª. Vara Criminal Federal, perguntado de ter medo de ser preso:
“é claro que sinto medo. Sou um cidadão comum.” (O Globo – 20.11.2008)
- Data vênia amado mestre, não é um cidadão comum não, pois um cidadão comum não tem a ousadia e a petulância de oferecer um milhão de dólares um delegado federal para corrompê-lo, com se verificou em gravações exibidas nas telinhas.











TOP FIVE
Na edição do "RJ TV" a repórter faz a pergunta de costume depois das chuvas de segunda-feira, no Rio, entrevistando um velhinho que perdeu tudo - "O senhor está triste?". Não, cara pálida, está feliz da vida. Falta bom senso e orientação. (coluna Bastidores – Tribuna da Imprensa – 19.11.2008)
- São umas figuras, me lembra a história de uma repórter que foi entrevistar o Chico Buarque durante os funerais de seu pais e mandou: como é que você de sente?
E o Chico:
- Como é que você se sentiria ao perder o pai?

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