AMENIDADES
Amor... Amo-or!
Hummmm ???!!!
Acorda !!
- Hummm?!
- Acoorda!!!!
Desorientado e assustado, o sujeito se levanta e pergunta:
- O que aconteceu?!
-Estou com desejo...
- Desejo???
- É.... De comer carne de urubu....
- Urubu??? Mas onde vou achar um bicho desses, agora???
- Vai no lixão...
- Tá louca!!! Eu não vou a lixão algum!!! Se quiser, pinte um frango de preto,
mate e coma!!!
Puta da vida, ela fala:
- Nunca se arrependa
se nosso filho nascer com carinha de urubu.
Nove meses se passam... Chega o dia do parto e, quando o cara vai
ver seu filho querido, vê que seu herdeiro é pretinho, pretinho.
O retardado, cheio de remorso, corre para a casa de sua mãe e diz:
- Mamãe, eu não quis dar carne de urubu para a minha esposa quando ela estava grávida e sentiu desejo. Agora meu filho nasceu preto como o bicho!!!
A mãe, bem humorada, consola o filho que está em prantos:
- Esquenta não, filho... Quando eu estava grávida de você, tive desejo de comer carne de touro, não consegui...
E você nasceu chifrudo, e nem percebeu!!!
Veja a fortuna que estes parasitas tiram do povo, são quatro bilhões (contam-se nos dedos cidades brasileiras que têm tal arrecadação) só em autenticação e reconhecimento de firma, fora a lavratura de escrituras de todos os tipos, inclusive, de separações, divórcios e inventários consensuais.
Esta indecência de dar cartórios é desde sempre e figuras da republiqueta já tiveram suas Capitanias Hereditárias Brasil afora, no Rio, por exemplo, Quintino Bocaiúva (foi dono do 1º. RGI), Armando Falcão (dono do rentabilíssimo 2º. RGI, posteriormente herdado por seu filho), Helena Valadares, filha do ex-governador Benedito Valadares (dona do rentabilíssimo 5º. RGI que posteriormente caiu no colo de seu substituto, o inexpugnável “doutor” Marcondes, como gosta de ser chamado), além de apaniguados de ex-presidentes da republiqueta, seus médicos particulares, chefes de gabinete, chefes de cerimonial e familiares. Certa vez, aqui no Rio, um destes donatários ao receber a sinecura, ligou de um botequim pedindo que um funcionário do cartório fosse apanhá-lo, pois não sabia chegar ao endereço da sua galinha dos ovos de ouro. Outro, que ganhou do presidente Juscelino um tabelionato que pertencia a um membro da família Guaraná era menor, teve que ser emancipado para assumir a maquina de fazer dinheiro e ficou conhecido como Guaraná Caçula. Largou aquela capitania e hoje é dono de outra muito, mais muito mais rentável, que está na lista do CNJ.
Mas eles não vão largar suas capitanias assim tão facilmente não, e acho até, como diriam os árabes “é mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha”, principalmente conhecendo-se o Poder Judiciário que temos, seu poderio político e econômico!
Aliás, dentro daquele alto espírito público, segundo declarou (O Globo – 22.01.2010) o presidente da ANOREG (parece nome de remédio, mas são as iniciais da associação deles) “teme que os cartórios de pequenas cidades e não tão lucrativos, onde a sociedade local depende principalmente do registro civil, sofram por não ter concursados interessados em submeter-se a situação regional”.
Oh, coitados! Bobagem, quando não dão lucro exorbitantes eles jogam a sinecura para o Estado administrar o prejuízo.
Agora, Imagine a fortuna que arrecada um parasita proprietário de Registro de Imóveis aqui do Rio e de São Paulo, como é o caso, dentre outros, o 5º RGI que só num registro de um apartamento tira do cidadão R$ 759 reais (em 2008, já que todo ano a tabela sofre reajuste, este ano de 2010 já pulou pra módica quantia de R$ 536,02) e tudo, naturalmente, dentro das “leis” que eles arrumam na respeitabilíssima ALERJ, observe-se o monte de penduricalhos que compõem o valor total das custas. O cidadão pagou o tal registro R$ 484,91; mais “busca de indisponibilidade” (interesse do cartório, pois se registrar algum bem indisponível responde na forma da lei), mais “prenotação” (obrigação do cartório, antes de registrar qualquer título, é uma espécie de livro de protocolo) mais “microfilmagem” (interesse do cartório, por questão de segurança caso desapareça algum documento arquivado) mais “informática” (interesse do cartório em informatizar para agilizar seus serviços) mais “arquivamento” (que é que o cidadão tem com isso?) mais “guia de comunicação” à prefeitura (obrigação do cartório em comunicar a prefeitura para fins de cobrança do IPTU e não se dão nem ao trabalho de preenchê-la visto que a pessoa compra o formulário na papelaria e eles só a aceitam devidamente preenchida ) mais “gravação eletrônica” (nem sei que porra é essa!) mais 20% pra um tal de Fundo Especial do Tribunal de Justiça, mais 10% para uns tais de FUNDPERJ e FUNPERJ (e o cidadão é que fica FUNDido) mais mútua (associação de magistrados) como se isto tudo não devesse estar embutido na fortuna que o cidadão pagou por um simples registro do seu imóvel, isto é, R$ 484,91, no mínimo, pra ser menos indecente e imoral.
E tem mais, se, por acaso, o título apresentado tiver exigências a serem cumpridas e num determinado prazo o cidadão não cumpri-las, CANCELA-SE a tal prenotação e quando for reapresentado novamente, a pessoa paga novas custas, iguais a que foi paga anteriormente, sem contarmos que por uma certidão que se requeira paga-se R$ 21,39.
E tem mais ainda, por exemplo, se você compra um imóvel em prestações e lavra uma escritura de promessa de venda não levada ao registro, quando você quita e lavra a venda definitiva ao levá-la ao RGI, lhe é exigido o registro da promessa, deste modo, você é obrigado a pagar duas vezes, no caso R$ 539,02 por cada registro, ou seja, deixa na mão do parasita a módica merreca de R$ 1078,04.
Melhor do que ter cartório na republiqueta só exportando botões para a China!
Aliás, não vi na lista do CNJ para efeito de concurso público o 5º Registro de Imóveis e, pelo que me consta, de acordo com a lei o substituto somente assumiria a titularidade caso exercesse a substituição por um determinado tempo na mesma sinecura e, salvo melhor juízo, não é o caso do nobre “doutor” Marcondes. Seria mais um dos segredos dos mistérios da fé???
A propósito da “credibilidade” de que fala o ilustre oficial registrador:
FRAUDES - CARTÓRIOS DO RJ ENVOLVIDOS EM GOLPES. INVESTIGAÇÃO DO TJ E DA POLÍCIA CIVIL IDENTIFICA FRAUDES EM 15% DOS TABELIONATOS DO RIO RIO - Uma investigação conjunta envolvendo a Corregedoria Geral da Justiça do Rio e policiais civis, que começou há nove meses, já conseguiu identificar fraudadores atuando em cerca de 15% dos 532 cartórios instalados no Estado do Rio. (Fonte http://www.viaseg.com.br/noticia/5939-fraudes__cartorios_do_rj_envolvidos_em_golpes.html)
RIO: FRAUDES COM IMÓVEIS CHEGAM A R$ 30 MILHÕES
Com a ajuda de uma tabeliã, grupo fraudava assinatura de proprietários mortos ou em viagem e conseguia tomar o bem.
A prisão da tabeliã Maria de Fátima Brum Coelho levou a Corregedoria Geral de Justiça e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) a descobrirem um esquema de fraudes envolvendo a compra e venda de cerca de 150 imóveis no Rio.
De acordo com policiais, a fraude chegaria a R$ 30 milhões. A quadrilha fraudava a assinatura e certidões de proprietários mortos, ou que tivessem viajado para outros estados ou países, e vendiam os imóveis. Quando os herdeiros legítimos apareciam, é que se descobria a fraude.
Em dois meses de investigações, que contaram com a troca de informações entre o Ministério Público Federal e Estadual, além da receita e da Polícia Federal, foi possível prender até agora, além de Maria de Fátima, mais sete pessoas, advogados e estelionatários. O corregedor do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Zveiter, ainda determinou a intervenção no 1º Ofício de Notas de Japeri.
De acordo com as investigações, a tabeliã Maria de Fátima auxiliou o grupo fraudando documentos de pessoas como Zoel da Rocha Cabral, falecido em 12 de dezembro de 2003. Com a fraude, a quadrilha conseguiu transferir o imóvel que pertencia a Zoel para o grupo, além de retirar da conta do falecido R$ 42 mil para a conta de Ronaldo Cândido Teixeira, um dos presos.
20.08.2007
Fonte: http://www.crecisp.gov.br/exibir.asp?id=1608&edicao=
São apenas dois pequenos exemplos sobre os do Rio, mas quem tiver tempo pra consultar o tio Google verificarará que isto se repete Brasil afora.
ALIÁS,
Fica patente aqui, como afirma o nobre oficial registrador em sua missiva, que “os serviços extrajudiciais não estão contaminados pela burocracia, morosidade e incompetência de outras áreas do serviço público”, insisto serviço público que lhe outorgou de mão beijada uma Capitania Hereditária:
AH, JÁ IA ME ESQUECENDO!
NO CANADÁ NÃO EXISTE CARTÓRIO.
Certidões de nascimento e casamento são registradas pela prefeitura da cidade em que acontece o evento, que as encaminha para um órgão do governo da província, o qual as emite e envia pelo correio.
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/
- Mas enfim, como a republiqueta é onde tem ‘as leis mais avançadas do mundo”, pode ser que o Canadá ainda demore a sair das trevas e venha a criar também suas Capitanias Hereditárias!
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