terça-feira, fevereiro 02, 2010
BRASIL É O GRANDE TEATRO DO ABSURDO
E agora? Agora, os familiares que chorem ao redor do cadáver.
E os assassinos? Os assassinos, se descobertos terão o benefício da progressão da pena concedida pelas nossas maravilhosas leis e ampliada pelo respeitabilíssimo Supremo Tribunal Federal.
AMENIDADES
Joãozinho estava saindo às pressas do hotel onde trabalhava como office-boy, quando ouve a voz da dona:
- Joãozinho, aonde você vai?
- Vou ao bordel, minha senhora! - Joãozinho responde.
- O quê?! - indigna-se a dona do hotel. - Moleque mal educado! Isso não é jeito de falar! Além do mais, você é menor e está em horário de serviço! Você fica aqui!
- Tudo bem, se a senhora mandar... - concorda Joãozinho - Mas então, o seu marido vai ter que ir pegar, ele mesmo, o guarda-chuva que esqueceu lá!
INSENSATEZ OU OMISSÃO?
Em artigo publicado sob o título INSENSATEZ, em O Globo (14.01.2010), sobre a polêmica da tal Comissão da Verdade, que pretende ver apurado os crimes assassinatos, desaparecimentos e de tortura na ditadura militar (ou civil???) o nobre senador Arthur Vigilio a certa altura de sua falação manda “E, pretendendo investigar torturas e desaparecimentos durante o regime militar, mexe num vespeiro. Reabrir as feridas que a Lei de Anistia mandou fechar e que tanta dor custaram aos brasileiros? Querem punir generais que já morreram? Ou pretendem afrontar os de hoje, que tinham 15 anos quando a violência de ambas as partes foi cometida? Por que a insana vontade de dividir o país, outra vez?
Minha família sempre foi vítima de golpes e ditaduras. Meu avô presidia o Tribunal de Justiça do Amazonhas quando Vargas fechou o Judiciário. Meu pai era líder do governo Goulart no Senado quando o golpe de 64 lhe ceifou a carreira política aos 48 anos. Apesar disso, não considero justo mexer no assunto. É insensatez fazê-lo. É contra o Brasil.
- Como se vê, para o nobre senador, fechamento do Judiciário e cassações políticas se comparam aos crimes de torturas, desaparecimentos e assassinatos, em nome do Estado.
- Por outro lado, para Sua Excelência, diria até Excelentíssima, investigar crimes de torturas e assassinatos é afrontar os generais de hoje ou a instituição Forças Armadas e vai mais além, é contra o Brasil, conseqüentemente antipatriótico.
- Seria muito bom que o nobre senador apresentasse tais argumentos, dentre outras, a família do Stuart Angel que por pensar diferente dos ditadores de plantão foi arrastado em circulo, várias vezes, amarrado ao pára-choque de um jipe numa unidade militar, depois enfiaram sua boca num cano de descarga de um veículo e aceleraram, vindo a falecer, não satisfeitos jogaram seu corpo ao mar. Sem esquecermos de sua mãe Zuzu Angel que morreu num “misterioso acidente” automobilístico, ou quem sabe à família do jornalista Vladimir Herzog “suicidado” enquanto custodiado pelo Estado, ou ainda, à família de Rubens Paiva, retirado de casa por agentes repressores do Estado, sem mandado judicial, até hoje desaparecido. A propósito, sugiro que antes de apresentar tais argumentos àquelas famílias, se é que ainda não teve a oportunidade de ver, assistisse ao filme Zuzu Angel para reavivar sua memória.
- A meu juízo, quem defende “esquecimento”, anistia ou tenha lá o nome que tiver, para assassinatos, desaparecimentos de pessoas e torturas, em nome do Estado, crimes universais contra a humanidade, no mínimo, sendo bem generoso, É CÚMPLICE.
- Vou logo avisando, pra não encherem meu saco, não tenho e nunca tive nenhum parente, conhecido ou amigo torturado ou perseguido político, vítima da ditadura.
- Ser contra o Brasil é jogar a sujeira, a barbárie e os crimes contra a humanidade pra debaixo do tapete, num país que se pretende ser civilizado e democrático.
GAIOLA DE OURO
A Câmara de Vereadores negocia com a prefeitura a transferência para o Porto. Ficaria na Rodrigues Alves, em frente aos armazéns. A “Gaiola de ouro”, um elefante branco caro, viraria Museu da Cidade. (coluna Gente Boa – O Globo – 17.01.2010)
- Bom, vai que Deus é mesmo brasileiro e vem um tsunami, facilitam as coisas pros munícipes, a outra é que, a Gaiola de ouro bem poderia virar mesmo um museu, mas da inércia, do ócio e das maracutaias políticas do Rio.
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