TRÁFICO RETOMA PELA
PRIMEIRA VEZ ÁREA EM FAVELA COM UPP EM COMUNIDADE DE COPACABANA
Traficantes retomaram, pela primeira vez, uma área dentro de
uma favela pacificada desde 2009. Há duas semanas, policiais da UPP do
Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul, tentaram entrar na quinta e última estação do
plano inclinado. Não conseguiram. Foram surpreendidos por oito homens com
fuzis. Após 40 minutos de tiroteio, Thomas Rodrigues Martins, de 32 anos,
apontado como traficante pela polícia, acabou morto. Ali é a fronteira entre o
território dominado pelo Estado e a localidade conhecida como Vietnã. Segundo
seis policiais ouvidos pelo EXTRA, com média de cinco anos na corporação e
passagens por outras favelas pacificadas, a área — que equivale a 6% do terreno
— voltou às mãos do tráfico. “O morro é deles”, reconheceu um policial,
exagerando o poderio dos bandidos.
Por outro lado, o EXTRA constatou que 94% da favela contam
com patrulhamento da PM. A Ladeira Saint Roman, que já foi conhecida como uma
das maiores bocas de fumo da favela, tem viaturas em todos os seus acessos. Se
há policiamento na parte baixa da comunidade, a equipe de reportagem foi
orientada a retornar por um adolescente quando chegou à terceira estação do
plano inclinado, por volta das 15h da última quarta-feira. O coronel Frederico
Caldas, comandante das UPPs, diz desconhecer que haja um território dominado
por criminosos na área.
Em seis dias, o EXTRA percorreu 14 comunidades pacificadas
em todas as regiões da cidade, ouvindo 85 histórias contadas por policiais
militares e 50 moradores. Nessas favelas, há outras 37 áreas mapeadas com
histórico de confrontos com moradores ou policiais feridos e mortos neste ano.
Se no Vietnã não há tiroteios entre policiais e bandidos porque os PMs nem
chegam lá, nas demais áreas conflagradas a polícia ainda tenta evitar que criminosos
delimitem seu território.
No Parque Proletário e Vila Cruzeiro, na Penha, há pelo
menos três semanas bandidos estão, segundo PMs e moradores, tentando tomar de
volta parte do território perdido com a pacificação. Há dez dias, houve dois
confrontos num intervalo de 48 horas. No primeiro tiroteio, no dia 31 de
outubro, policiais disseram ter sido surpreendidos por mais de 15 homens
armados com fuzis na localidade da Vacaria, no Parque Proletário. Dois PMs
ficaram feridos e um traficante morreu. Com ele, os policiais apreenderam um
fuzil AK-47.
Dois dias depois, um policial morreu ao ser baleado num
ataque organizado pelo tráfico na mesma área. De acordo com o relato dado por
20 PMs que atuam na região, não foi um caso isolado.
— Eles dão tiro de fuzil direto. A última coisa que isso
aqui está é pacificado — disse um policial.
Na Macega, na Rocinha, a situação é semelhante. Segundo
policiais, dia e noite, pelo menos dois traficantes com fuzis fazem a segurança
da localidade, uma das maiores bocas de fumo da favela.
No Morro do São Carlos, os policiais dizem se sentir
vigiados. Próximo a um contêiner da UPP, três jovens observavam os PMs.
— Meu irmão ganha R$ 150 para avisar quando os policiais
estão por perto — admitiu uma moradora.
‘Vai embora, volta
direto, não para’
Tarde da última quinta-feira. Encostados num barraco na
região do Caratê, na Cidade de Deus, 15 homens conversam tranquilamente. Basta
uma viatura da UPP chegar ao beco para o grupo sair correndo. A região mais
humilde da favela é também a mais problemática: o tráfico se concentra ali,
segundo os relatos de policiais e moradores.
Do outro da favela, nos Apartamentos, porém, há apenas
pontos isolados de venda de drogas. Na Rua 1, quatro homens portavam
radiotransmissor. Lá, frases de ódio aos militares estão pichadas num muro. Uma
motorista de van orienta a equipe do EXTRA: “Vai embora, volta direto, não para
para ninguém.”
Nas favelas de Manguinhos e Jacarezinho, os PMs dizem evitar
pelo menos duas áreas: Coreia e Vasco Talibã. Nesses locais, contam, os
criminosos circulam livremente e, a qualquer abordagem, moradores revidam,
chegando a jogar garrafas nos policiais e viaturas.
No Morro dos Macacos, os policiais garantem que circulam por
toda a favela. O risco maior é o ataque de traficantes na localidade da
Rachadura.
— Não trocamos tiros. Recebemos — lamenta um soldado da UPP.
No vizinho São João, o Sampaio é apontado pela tropa como a
pior área.
— Não é que a gente não possa entrar, mas não somos
bem-vindos — ironiza o PM.
coronel Frederico Caldas, coordenador-geral das UPPs Foto:
Bruno Gonzalez
‘Esses problemas são pontuais’
Entrevista com o coronel Frederico Caldas, coordenador-geral
das UPPs
A política de proximidade fica comprometida com os últimos
confrontos?
Isso é uma exceção. Não dá para generalizar e dizer que o
processo de pacificação está sendo colocado à prova porque a gente está tendo
problema no Alemão, Penha e Rocinha. Esses problemas são pontuais. Na maioria
das UPPs, não temos um histórico de enfrentamento.
Os moradores do Parque Proletário contam que a UPP não foi
mais à localidade da Vacaria após a morte de um policial. A pacificação está
perdendo território lá?
A área passou a ser patrulhada pelo Bope. O policial foi
morto porque ali havia policiais da UPP. Quanto maior a resistência (dos
traficantes), maior a força (da ação policial). É o que está acontecendo na
Vacaria, com a presença do Bope.
Há relatos de policiais dizendo que o fuzil engasgou nos
confrontos no Parque Proletário.
Perguntei isso numa reunião com os comandantes das UPPs, na
segunda-feira. Não temos qualquer relato assim. Mesmo assim, determinei que
fosse feita vistoria nos fuzis.
QUADRILHA COM DEZ
FUZIS NÃO DEIXA A PM ENTRAR NO VIETNÃ, PARTE ALTA DO PAVÃO-PAVÃOZINHO, PACIFICADO
HÁ QUATRO ANOS
No último dia 6 de julho, Adauto do
Nascimento Gonçalves, de 33 anos, o Pitbull, deixou o Instituto Penal Edgard
Costa após receber o benefício de Visita Periódica ao Lar. Não
voltou mais para a cadeia. Depois, foi visto na Favela do Dique, em São João de
Meriti, onde se juntou a um grupo de dez bandidos armados de fuzis. Há cerca de
um mês, a quadrilha chegou na Zona Sul e fez de seu quartel general o Vietnã,
parte mais alta da favela do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, onde, há quatro
anos, uma UPP foi instalada. PMs da unidade e moradores contaram ao EXTRA que
não conseguem mais circular pelo local.
Pitbull nasceu no Pavão-Pavãozinho e chefiava o tráfico no
morro até 2008, quando foi preso. Ele chegou à favela para reassumir o cargo após
a prisão de Anderson Camilo Fortunato, de 29 anos, o Batoré, que ocupava o
posto mais alto na hierarquia da quadrilha, no último dia 10 de outubro, numa
casa de shows na Barra da Tijuca. O bandido é o principal alvo do inquérito da
13ª DP (Ipanema) que, há cinco meses, investiga o tráfico na favela e, agora
busca identificar os outros integrantes do grupo.
Desde a chegada da quadrilha, dois tiroteios entre bandidos
e PMs aconteceram na quinta e última estação do plano inclinado — local
determinado pelos traficantes como fronteira do território do tráfico. No
último confronto, dia 24, um morador identificado como Thomas Rodrigues
Martins, de 32 anos, apontado como traficante por PMs, morreu. Oito bandidos
com fuzis atiraram contra a polícia na ocasião.
Uma semana antes, quando quatro policiais chegavam à quinta
estação para checar uma denúncia anônima de som alto dentro de um barraco, um
grupo de seis bandidos abriu fogo. Os PMs fugiram e não houve feridos. Segundo
informações da 13ª DP, Pitbull porta um fuzil, participou de ambos os tiroteios
e saiu ferido do segundo confronto.
Por esse motivo, desde então, ele e seu bando não saíram
mais do Vietnã, onde o bandido se recupera. Até o dia 24, entretanto, ele saía
regularmente do Pavão para ir até a Baixada.
- Não adianta, com um inacreditável Poder Judiciário que
temos, não há iniciativas de combate a violência ou política de Segurança
Pública que sobreviva!
- E por falar em indulto concedido pelo inacreditável Poder
Judiciário...
- Dá pra acreditar, o vagabundo, chefão
do PCC, condenado e ainda respondendo por terror tocado em SP, o inacreditável
Poder Judiciário lhe concede saidinha temporária, possivelmente no Dia da
Criança!
- Ou melhor, dá pra
acreditar, sim, num país onde a respeitabilíssima Suprema Corte de Justiça
considera que:
“O CUMPRIMENTO DA PENA EM
REGIME INTEGRAL, POR SER CRUEL E DESUMANO IMPORTA VIOLAÇÃO A ESSES PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS”
(brocardo lapidar e emblemático de autoria do nobre
ministro “garantista” aposentado do STF EROS GRAU em seu voto
vencedor no HC 82959/SP que examinou a “constitucionalidade” do parágrafo 1°.
do Art. 2°. Da Lei 8072/90 que determinava o cumprimento da pena em regime fechado para
crimes hediondos, JULGADO
INCONSTITUCIONAL pela maioria dos nobres guardiões da
Constituição “Cidadã”)
- Ah, já ia me esquecendo:
COMANDANTE DA UPP DA
ROCINHA DIZ QUE TRÁFICO FATURA R$ 10 MILHÕES POR MÊS NA FAVELA
A presença de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) não
foi capaz de diminuir os lucros do tráfico de drogas da Rocinha. Um ano e dois
meses depois da implantação da UPP, traficantes movimentam R$ 10 milhões por
mês na favela. A informação, levantada pelo setor de inteligência da unidade,
foi revelada neste sábado pela comandante da UPP, major Pricilla Azevedo, em
entrevista ao EXTRA. Em abril de 2011, antes da ocupação da favela pela
polícia, um levantamento da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) apontou que a
quadrilha movimentava R$ 8 milhões.
Segundo a major, uma ofensiva da polícia contra as bocas de
fumo foi responsável pelos últimos tiroteios.
— A quadrilha fatura muito aqui e não quer perder esse
montante. Informações do nosso setor de inteligência apontam para um
faturamento de mais de R$ 10 milhões por mês, interno e externo — disse a
oficial, que confirmou que bandidos armados de fuzis ainda circulam pela
comunidade.
Pricilla também afirmou que a repercussão do caso Amarildo
em meio aos moradores foi usada pelo tráfico para pôr em xeque a legitimidade
da polícia. Segundo o Ministério Público, 25 PMs da UPP participaram da sessão
de tortura seguida de morte de Amarildo.
— O marginal se aproveita de qualquer oportunidade para
impor regras e mostrar para o morador que ainda tem poder. O que ampara as
ações do tráfico é o medo que ele impõe e a consequência disso é o silêncio da
comunidade. Isso pode ter diminuído o número de ações de repressão: a
comunidade denunciou menos — afirmou.
Segundo o setor de inteligência da UPP, há bocas de fumo em
todas as regiões da favela, inclusive no asfalto. A Via Ápia, rua mais
movimentada da Rocinha, tem dois pontos de venda de droga em sua extensão.
- Agora, eu no lugar deste corajoso que exerce sua função com
dignidade ligaria para o nobre juiz da Vara de Execuções Penais e propunha uma
permuta, para que ele passasse a julgar a bandidagem do crime organizado!
- E não sobraria só pra o juiz, não:
- Pra facilitar a expansão, o Estado brasileiro bandido ainda
permite que a bandidagem do PCC cumpra pena em outros os estados, num presídio
carinhosamente chamado de “segurança máxima” onde entra de tudo como se viu na
reportagem! Dá pra acreditar?!?!?!
TRAFICANTE QUE SERIA
RESGATADO DO FÓRUM DE BANGU DISSE QUE BASTARAM TRÊS VISITAS AO LOCAL PARA
ORGANIZAR PLANO DE FUGA
Três visitas ao Fórum de Bangu e o traficante Alexandre
Bandeira de Melo, o Piolho, elaborou o plano: aproveitando-se da segurança,
segundo ele, “fraca” do local no final do dia, ele seria resgatado da
carceragem por seus comparsas que estão soltos. O bandido confirmou
o planejamento para a fuga nessa sexta-feira, em depoimento no Complexo de
Gericinó. A tentativa de resgate frustrada de Piolho, que terminou num
tiroteio entre bandidos e policiais, está sendo apurada numa sindicância
pela Secretaria de Administração Penitenciária. No episódio, uma criança de 8
anos e um PM morreram.
O traficante contou ainda que o combinado com os comparsas
era retirá-lo da carceragem pela garagem do Fórum entre as 19h e 19h30m,
momento em que, de acordo com o bandido, há menos policiais no prédio. Ele
relatou que pretendia libertar todos os presos que estavam no local para que
não ficasse caracterizado que era o alvo do resgate. Piolho não soube explicar
porque os três bandidos entraram pela porta principal do fórum e antes do
horário previsto.
A Divisão de Homicídios (DH) investiga ainda se o traficante
Vanderlan Ramos da Silva, o Chocolate, que também estava na carceragem no
momento da invasão, participou do plano. Em depoimento em Bangu, o traficante
negou envolvimento. no episódio.
Piolho e Chocolate foram até o fórum após serem chamados
pela advogada Adriana Godoy dos Santos Prado para serem testemunhas num
processo de tráfico de drogas na Vila Vintém. Na hora em que eles seriam ouvidos, no
entanto, Adriana desistiu de seus depoimentos. A DH investiga a
informação de que uma advogada participou do plano para resgatar os
traficantes. Adriana será chamada pela especializada para prestar
depoimento. Procurada pelo EXTRA, a advogada não foi localizada.
A segurança do Fórum de Bangu não foi reforçada na
quinta-feira. O Tribunal de Justiça do Rio disse que o patrulhamento foi
montado de acordo com o que foi informado pela Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária do Rio , que, de acordo com o tribunal, deve
informar sobre a periculosidade dos réus e depoentes que são chamados. Já a Seap
informou que quem conhece e a “periculosidade e particularidade” de cada
inquérito são os juízes.
Quadrilha
Por volta das 17h45m da última quinta-feira, três bandidos
armados entraram no Fórum de Bangu para resgatar Piolho e Chocolate. PMs e
integrantes da segurança dos magistrados, no entanto, perceberam a ação e
entraram em confronto com os bandidos dentro do prédio. O tiroteio se estendeu
pela rua do fórum, a Doze de Dezembro, no momento em que os criminosos tentaram
fugir do local. Em depoimento, Piolho disse que havia de dez a 15 homens de sua
quadrilha participando da ação de resgate.O traficante Leandro Botelho, o
Scooby, já foi identificado como um dos três homens que invadiram o Fórum. De
acordo com o delegado Rivaldo Barbosa, da DH, o criminoso que coordenou a ação.
Piolho era chefe do tráfico do Morro do Deizoito, em Água Santa, Zona Norte do
Rio.
A Secretaria de Segurança do Rio já pediu a transferência de
Piolho e Chocolate para presídios federais. O mesmo será feito com Celso Luís
Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, um dos líderes da facção criminosa à qual
pertencem os traficantes que tentaram fugir. Os três estão, por enquanto, na
unidade de segurança máxima Bangu 1, em Gericinó. Também ouvido nessa
sexta-feira na sindicância, Celsinho negou que tenha participado do plano de
resgate dos traficantes.
O terceiro sargento Alexandre Rodrigues de Oliveira, um dos
responsáveis pela segurança do fórum, acabou baleado no tórax e não resistiu.
Já o primeiro-sargento Eduardo Gonçalves dos Santos, atingido no abdômen, está
em estado grave. O menino Kayo da Silva Costa, de 8 anos, foi baleado na cabeça
quando ia para o treino de futebol e também morreu.
Os bandidos usaram pelo menos dois carros na tentativa de
fuga: um Honda i30 e um Citroen C4. O primeiro foi usado pelos três bandidos
que entraram no fórum, e foi abandonado em Padre Miguel, num dos acessos à Vila
Vintém, para onde os criminosos fugiram. O veículo foi roubado no último dia
26, no Méier. O outro carro foi encontrado ontem dentro do Morro do Guache, em
Belford Roxo, e foi roubado na própria quinta-feira, em Bangu. A comunidade é
um dos redutos de Chocolate.
- E eles brincando de Segurança Pública, com blábláblá pra lá
e blábláblá, enquanto o crime organizado vai se unindo e se fortalecendo, até o
dia, e não está longe com este inacreditável Poder Judiciário, isto aqui virar
um narcoestado!
AGORA, SIM, ESTÃO
CHEGANDO POR ONDE DEVERIAM TER COMEÇADO.
- Tem que ser muito ingênuo ou cínico pra ignorar o conluio
de bandidos travestidos em advogados com o crime organizado.
- Data vênia, nobre presidente, que tolerância zero é esta em
que o vagabundo travestido de advogado é expulso da Ordem e reconduzido???
ENQUANTO ISSO...
- Vai, mas não vai muito!
MAIS RESPEITO,
CATIVEIRO, NÃO, NO PLENÁRIO DO EGRÉGIO JÚRI!
- Diga-se de passagem, presídios de “segurança máxima” que o
governo de São Paulo não se cansa de encher a boca dizer garbosamente!
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