terça-feira, fevereiro 19, 2008



AMENIDADES
O nono estava hospitalizado, os filhos, netos e bisnetos vieram de todos os cantos do mundo.
Os médicos deixaram que os parentes levassem-no para a sua casa, para cumprir o último desejo de morrer em casa ao lado de seus queridos.
Foi para o quarto e as visitas foram se revezando para tentar consolar e dar conforto ao nono em seu derradeiro momento. De repente o nono sentiu um aroma de comida que vinha da cozinha.
Era a nona tirando do forno uma fornada de pastiére de grano italiani.
Os olhos do nono brilharam e ele se reanimou. Então o nono pediu ao bisneto que estava ao lado da cama dele:
- Piccolo mio, vá lá na cojina e pede um pedaxo de pastiére pra nona.
O guri foi e voltou muito rápido.
- E o pastiére? - perguntou o nono.
- A nona disse que não!
- Ma per que non, porca miséria?
- A nona disse que é pro velório!!!












PENSAMENTOS DO DIA
“Não agüento mais viver submisso a esses marginais, tendo de respeitar as ordens deles. Tudo o que eu quero é poder trabalhar para alimentar minha família. Meus filhos precisam comer. Não vou roubar ou agir como esses criminosos para garantir o alimento deles”. (desabafo do morador H., de 37 anos, que pretendia trabalhar em marcenaria – O Dia Online – 14.02.2008)
“Nunca trabalhei com carteira assinada. Estava contando com este emprego nas obras do PAC para realizar meu sonho, que era trabalhar com registro, e agora estou sendo proibido pelos traficantes. O Estado precisa fazer alguma coisa para garantir meu direito de trabalhar” (desabafo do morador J., de 28 anos, que pretendia trabalhar em marcenaria – O Dia Online – 14.02.2008)
Íntegra da reportagem
aqui
- Considerando que “ólogos” e “istas” se opõem à participação das Forças Armadas no combate a esta bandidagem, alegando que a Constituição da republiqueta constitucionalíssima não permite sua atuação no combate ao crime, mas pelo que se sabe, a Constituição da republiqueta constitucionalíssima prevê, entre suas atribuições garantir a ordem e a integridade do território nacional, então, o quê está esperando a republiqueta constitucionalíssima, que a bandidagem instale um governo provisório???







O JUIZ A POÍLICA E O MALANDRO
"Ai, percebo que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto, ao que escuto, em alto e bom som: "Saia da rua, seu malandro e bêbado". Nesse momento, pensei: Isto não é jeito de tratar as pessoas na rua e respondi: "Não sou bêbado nem malandro; se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar atropelando alguém!"
Oportunidade em que os homens de preto descem da viatura dizendo: "Ô malandro, tu é abusado, tá preso". Ato contínuo, diante da voz de prisão, estendo os dois braços para ser algemado. Pergunto ao mais novo dos três, que estava completamente alterado: "Qual o motivo da prisão?" Resposta: "Desacato". Pergunto novamente: "O que os senhores entendem como desacato?" Resposta: "Até a DP a gente inventa, se a gente te levar pra lá". Neste exato momento, percebendo a gravidade da situação, disse: Estou me identificando como juiz federal e minha identificação funcional está dentro da minha carteira, no bolso da bermuda. Imediatamente o policial novinho, que se identificou como André e na DP disse se chamar Cristiano meteu a mão no meu bolso, pegou a minha carteira e a colocou em um dos bolsos de sua farda preta. Então o impensável aconteceu! Disseram: "Juiz Federal é o c..., tu é malandro e vai para a caçapa do camburão."
O trecho acima faz parte de artigo de Roberto Schuman, cidadão e Juiz Federal no Estado do Rio de Janeiro, especial para o blog.
(Blog do Noblat - O Globo – 14.02.2008)
íntegra aqui
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=90017
- Infelizmente, esta é a polícia que nós temos, deram azar que era um juiz federal, agora, quantos cidadãos já foram desrespeitados, humilhados e, talvez até, desaparecidos, devido ao despreparo e a prepotência de funcionários públicos, remunerados pelo próprio cidadão, que deveriam zelar pela segurança e integridade física daqueles que lhes pagam seus vencimentos. Os caras devem ser tão obtusos que nem se dão conta disto.

- Faço minhas as palavras do juiz transcritas no artigo, aliás, muito bom que seja lido na íntegra:” "Se como juiz federal fui ameaçado por três homens de fardas pretas com pistolas automáticas, algemado e jogado como um bandido na mala de um camburão, simplesmente por tê-los repreendido, de forma educada, como convém a qualquer pessoa de bem, o que aconteceria a um cidadão desprovido de autoridade e de conhecimento dos seus direitos?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário