segunda-feira, julho 21, 2008

QUE CIDADE É ESSA, GOVERNADOR?

Esta é a cidade em que, há mais de trinta anos convivem, harmoniosamente, bandidos da pior espécie, com políticos e policiais, os segundos, sustentados pelos primeiros; é a cidade em que, policiais despreparados e mal remunerados vão para as ruas atirar a esmo; é a cidade em que, governantes durante todos estes anos são cúmplices, coniventes ou omissos com o crime organizado; é a cidade em que, policiais quando flagrado por crimes graves, ou são deslocados para serviços administrativos, ou presos administrativamente por pouco tempo, ou presos num local que mais parece um SPA com todas as regalias e levam anos para ser expulsos e condenados; é a cidade onde não sabemos quem é polícia e quem é bandido, e quem devemos temer mais; é a cidade do paraíso de máfias de tudo quanto é espécie: é a cidade das milícias composta por PM, policiais civis, agentes penitenciários, militares do Exército e bombeiros e o Estado fez vista grossa durante anos; é uma cidade em que oportunistas que gostam muito de dar palpites não podem ver um cadáver vitima do despreparo policial para defender a bandidagem e desmoralizar a Segurança Pública.
É A CIDADE DE UM PAÍS QUE UMA ESCÓRIA DESTAS AÍ ESTÁ SOLTA GRAÇAS AS NOSSAS MARAVILHOSAS E O PODRE PODER JUDICIÁRIO
Aliás, se estes vagabundos tivessem trancafiados talvez, o camelô que tentou salvar sua filha, não tivesse sido atingido e morto pela polícia.

Observe-se que o vagabundo tem 21, vou repetir 21 passagens pela polícia.
É a cidade de uma republiqueta em que a mais alta Corte de Justiça em nome do sagrado direito constitucional de “não sei o quê” concede progressão de pena a vagabundos que cometeram os crimes mais bárbaros, em detrimento do direito constitucional do cidadão decente poder ir e vir em seu país; é a cidade de uma republiqueta em que um ministro do Supremo, sem a menor cerimônia desanca contra a Polícia Federal e o Ministério Público que cumpriram seu dever constitucional, e, horas depois tem o desplante de analisar conceder por duas vez hábeas corpus a um mafioso que tentou corromper um delegado federal, sem se dar por suspeito, e, pior, tenta intimidar o juiz oficiando para o tal Conselho Nacional de Justiça, uma invenção da republiqueta; é a cidade de uma republiqueta em que um ministro concede a um trambiqueiro que deu um rombo no país de 1 bilhão de reais, fugitivo da Justiça capturado no exterior, o direito de não ser algemado nem andar na caçamba do camburão; é a cidade de uma republiqueta em que ministros e desembargadores são flagrados metidos em quadrilhas de caça-níqueis, vendendo liminares e sentenças; é a cidade de uma republiqueta em que um ministro da Defesa, um ministro-presidente do Supremo, um ministro da Justiça e um presidente da República se reúnem para intimidar um delegado da PF que efetuou a prisão de um mafioso poderoso; é a cidade de uma republiqueta em que vigaristas famosos procurados pela polícia do exterior são recebidos em palácio e desfrutam de prestígio; é a cidade de uma republiqueta em que um ex-deputado vira lobista de mafioso e tenta fazer trafico de influência junto ao Gabinete Civil da presidência da República; é a cidade de uma republiqueta em que o sistema penitenciário é fábrica de bandidos; é a cidade de uma republiqueta em que patifarias acontecem na ante-sala da presidência e o presidente não sabe de nada; é a cidade de uma republiqueta em que políticos da oposição e situação, farinha do mesmo saco, convivem promiscuamente com a bandidagem de colarinho branco; é a cidade de uma republiqueta em que tem uma Constituição feita pra bandidos.

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